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UMA PROVA DE FOGO
ORIGINAL RANABLE WEBS
NOVELA DE
EZEL LEMOS E ANDER XYMMER
CAPÍTULO 10
CENA 01- INT. MANHÃ, MANSÃO BERGAMAL, SALA DE JANTAR.
Várias pessoas da família estão jantando na mesa.
Arlete está irritada próxima da mesa, onde Deodora está em pé junto a sua cadeira.
ARLETE: (irritada) Você não pode tá falando sério?
DEODORA: Tô sim, mãe. O que você fez foi muito grave.
ARLETE: (irritada) Tudo que eu fiz foi pro seu bem. Para tirar seus irmãos intrusos daqui!
HORTÊNCIA: (chateada) Se você continuar falando asneira eu vou aí e te dou uma bofetada!
SULAMITA: (chateada) Eu tô bem mansinha aqui!
DEODORA: Tá vendo mãe, porque não dá para você continuar aqui!
Todos na mesa olham para Arlete, que está possessa.
ARLETE: (revoltada, com raiva) Isso não vai ficar assim! Vocês não perder por esperar!
DEODORA: Vá fazer suas malas, mãe!
Arlete olha com muita raiva.
CENA 02- EXT. RUA DE SANTA TERESA.
Adele levanta Gonzaga do chão de uma calçada. Ele se apoia nela e eles saem andando.
ADELE: Você tá bêbado.
GONZAGA: (embargando a voz) Não. Eu não tô bêbado.
ADELE: Onde você mora?
GONZAGA: Na mansão.
ADELE: Você tem sorte que conheço sua mãe. Que ela tem o restaurante vizinho a minha casa.
GONZAGA: (voz embargando) É do meu irmão, o restaurante.
Passa um táxi e Adele acena. O veículo para e eles entram.
ADELE: Eu vou te deixar em casa.
O veículo sai. Gonzaga deita a cabeça no banco.
Adele ver uma pedra de crack na mão de Gonzaga.
ADELE: Não acredito que você tá com isso!
GONZAGA: Você quer?
ADELE: Eu não!
GONZAGA: Guarda pra mim.
Gonzaga dá a Adele e ela pega a pedra. Ela olha, achando estranho.
CENA 03- EXT. MANSÃO, SAÍDA.
Germano, Daniela, Sulamita e Juliete vão no veículo, quando o táxi chega com Gonzaga.
Sulamita sai do carro estressada. Adele tira Gonzaga do táxi.
ADELE: Eu vim trazer ele. Encontrei ele bêbado caído.
SULAMITA: (irritada) Quero saber até quando você vai ficar assim?
GONZAGA: Eu, eu...
SULAMITA: Cala a boca! Vá lá pra dentro tomar um banho.
Gonzaga vai para o interior da residência cambaleando.
SULAMITA: Muito obrigado minha filha. Não sei nem como agradecer.
CENA 04- INT. MANSÃO BERGAMAL, QUARTO.
Arlete chora enquanto arruma sua mala.
ARLETE: Tudo que fiz não adiantou nada. Malditos sejam, esses filhos do Teodoro!
Deodora entra no quarto e Arlete olha com raiva.
ARLETE: Sua traidora! Jamais esperei isso de você!
DEODORA: Escuta...
ARLETE: Não venha se justificar, não tem desculpa! Eu não esperava isso de você. Você tá sendo uma ingrata. Depois de tudo que eu fiz por você.
DEODORA: Calma, mãe! Eu só quis te livrar da cadeia!
ARLETE: Como é?
DEODORA: Eu ouvi quando aquela bruxa da Sulamita disse que ia denunciar você! Então eu planejei de te expulsar na frente de todos. Assim eu evitava que te denunciasse e ainda ganhava ponto com meus irmãozinhos.
ARLETE: Então, eu não preciso ir embora?
DEODORA: Precisa, mãe. Nosso plano tem que continuar. Eu tenho que conquistar a confiança deles para assim poder destruir os negócios de cada um.
ARLETE: Eu não queria sair daqui! Essa é minha casa. Como vou viver sem minha cama,Keya lençóis, meus travesseiros?
DEODORA: Eu vou pagar um ótimo hotel para você, fica tranquila.
ARLETE: Ah, se é assim. Pelo menos eu vou ficar num lugar confortável.
Arlete abraça Deodora, feliz.
ARLETE: Filha, você é uma gênia!
DEODORA: Aprendi com você!
As duas se olham felizes.
CENA 05- INT RESTAURANTE DE GERMANO.
Alguns clientes estão nas mesas do local, enquanto Sulamita, Daniela e Juliete servem os clientes.
Gleice entra no local com algumas bandejas de doces.
GLEICE: Sulamita, eu vim trazer os doces.
SULAMITA: Amiga, que bom. Os clientes estava perguntando.
Sulamita pega as bandejas e as leva para o balcão.
JULIETE: Seus doces são os melhores.
GLEICE: Obrigada, Juliete.
Germano chega.
GERMANO: Dona Gleice! Seus doces são um sucesso. Vamos aumentar a encomenda.
GLEICE: Que alegria ouvir isso, Germano. Mas assim vou ter que contratar gente para me ajudar.
GERMANO: Contrate, contrate que vamos vender ainda mais.
SULAMITA: E sua neta, amiga, não ajuda?
GLEICE: Esse povo novo Sulamita, não quer ajudar ninguém. Não querem estudar e nem trabalhar.
SULAMITA: Nem me fale. Meu filho mais novo está numa situação desastrosa. Eu não sei mais o que fazer para ajudar aquele menino.
Gleice olha triste.
CENA 06- INT. MANSÃO BERGAMAL, JARDIM.
Tomaz está sem camisa fazendo flexão e Riana vai chegando e observa por um tempo.
Após alguns minutos, Tomaz nota sua presença ali.
TOMAZ: Desculpa patroa, não vi que estava aí.
RIANA: Sem problemas.
TOMAZ: A senhora vai sair?
RIANA: Que senhora? Se você está falando comigo, eu não vou sair. Só estava admirando as coisas belas nesse jardim.
TOMAZ: Desculpa pelo senhora. Se você precisar de mim, estou à disposição.
RIANA: Eu preciso, preciso que você venha no meu quarto, estou com pequeno problema lá.
TOMAZ: Claro, com certeza.
CENA 07- INT. MANSÃO BERGAMAL, QUARTO.
Riana e Tomaz chegam ao banheiro.
TOMAZ: Então, sobre essa questão do chuveiro eu realmente não vou poder ajudar. É mais uma questão para um técnico. Eu posso solicitar algum técnico para consertar.
RIANA: Eu te agradeço muito se você fizer isso.
Riana e Tomaz se olham atraídos. Ambos se olham e se aproximam. Eles começam a se beijar. Riana tira sua roupa e tira a camisa de Tomaz, na sequência ela tira sua calça.
Ambos vão para a cama, Ruana tira a cueca de Tomaz deixando seu bumbum de fora.
Tomaz lambe os seios de Riana.
CENA 08- INT. TARDE, HOTEL, RESTAURANTE.
Acácio e Clara estão no restaurante do local.
CLARA: A Cleia tá muito feliz com o tratamento.
ACÁCIO: Fico feliz em saber que ela tá assim.
CLARA: Tá cheia de esperança. E tudo isso por causa de você. Eu agradeço muito por tudo que você fez. Esse tratamento é muito caro, eu não ia conseguir arrumar esse dinheiro.
ACÁCIO: Eu não fiz nada demais. Não é nenhum sacrifício ficar ao seu lado.
Ambos riem. Neste momento eles vêem Arlete chegando ao restaurante do local.
ACÁCIO: Não é possível, essa mulher aqui.
CLARA: Foi ela que envenenou o bolo, não foi?
ACÁCIO: Sim.
CLARA: Sabe, vai ser difícil morar naquela casa.
ACÁCIO: É difícil pra mim, imagina pra você.
CENA 09- INT. TARDE, RESTAURANTE DE GERMANO, COZINHA.
Sulamita está mexendo uma panela enquanto Germano descansa.
GERMANO: Obrigado, mãe!
SULAMITA: Tá muito quente essa cozinha. Tem que vê a questão da ventilação.
GERMANO: Mãe, e o Gonzaga, continua gastando o dinheiro dele.
SULAMITA: Sim. Infelizmente gastou boa parte já. Mas agora ele não vai gastar mais não.
GERMANO: Porque não?
SULAMITA: Pedi para a Riana guardar o celular e o cartão dele.
GERMANO: Ele vai surtar!
SULAMITA: Deixa ele surtar!
CENA 10 - INT. TARDE, MANSÃO BERGAMAL, QUARTO.
Gonzaga procura seu celular por toda parte do quarto, ele revira tudo e não encontra.
GONZAGA: Droga! Onde tá isso?... Alguém deve ter pegado.
Ele sai do seu quarto e tenta entrar em outro, mas está fechado.
GONZAGA: Ela deve pegado! Por isso fechou a porta!
Gonzaga está super ansioso e nervoso.
GONZAGA: Eu preciso de um negócio.
Gonzaga vai no corredor, entra e outro quarto, ele vê uma jóia na cama e pega.
GONZAGA: Isso vai ser suficiente.
Neste momento Louise chega
LOUISE: O que você tá fazendo com minha jóia?
Gonzaga sai correndo, Louise corre atrás...
Já no corredor, Louise tenta agarrar Gonzaga e ele a empurra no chão.
GONZAGA: (irritando) Me deixa!
Louise está caída no chão e Gonzaga sai correndo pela porta.
Louise levanta com dificuldade.
LOUISE: Ai, Gonzaga tá indo longe demais.
Hortência vai chegando no local e vê a filha passando a mão no cotovelo.
HORTÊNCIA: O que foi filha?
LOUISE: O Gonzaga roubou uma jóia minha.
HORTÊNCIA: (surpresa) Quê? Ele foi capaz disso? Esse menino tá louco!
LOUISE: E pior que me empurrou no chão. Quase me machuquei.
HORTÊNCIA: Você tem que denunciar ele!
LOUISE: Não, mãe. Prefiro deixar isso em família.
HORTÊNCIA: Sua família sou eu e seu irmão. Pensei que você tivesse entendido isso.
LOUISE: Mãe, ele tá doente. O vício é uma coisa horrível.
HORTÊNCIA: Comigo não tem isso não! Esse moleque vai me pagar!
Hortência olha com raiva.
Louise observa a mãe, surpresa.
CENA 11 - HOSPITAL DITUAN, QUARTO
Acácio e Clara entram no quarto onde está Cleia.
ACÁCIO/CLARA: (felizes) Surpresa!!!
Cleia fica feliz ao vê-los.
CLEIA: Vocês aqui? Vocês são loucos? Estão em lua de mel.
ACÁCIO: Sua irmã não parava de falar em você, então nada mais justo que virmos te ver.
CLARA: Você é tudo que eu tenho.
Cleia se emociona.
ACÁCIO: Bem, eu vou ali na lanchonete. Vou deixar vocês duas sozinhas para conversarem melhor.
Acácio sai do quarto.
Clara e Cleia se olham, ambas se abraçam.
CLEIA: Clara, eu comecei o tratamento. Mas eu quero que você saiba que quando eu quis que você se casasse com o Acácio, não foi por mim, mas sim por você. Não queria que você ficasse sozinha quando eu morresse.
CLARA: Ô minha irmã. O Acácio é um bom homem. Ele não gosta de mim, eu acho. Talvez eu não seja o tipo de mulher que ele gosta, sei lá.
CLEIA: Ah, para! Você é um mulherão. Ele não sabe o que tá perdendo.
CENA 12 - ANOITECER, RUA DESERTA.
Vários moradores de rua e usuários de drogas compõem o local. Gonzaga anda na rua.
Ele mostra a jóia a um dos usuários que olha e aparentemente recusa.
Gonzaga vai andando na rua e logo passa um jovem correndo e arranca a jóia de sua mão, deixando Gonzaga transtornado.
GONZAGA: (irritado) Ah! Ah! Imbecil!
Gonzaga passa por vários grupos de usuários pedindo droga e ambos demonstram recusa.
Gonzaga chega em um muro escuro onde tem dois caras jovens, ambos se sinalizam para Gonzaga.
GONZAGA: Eu só tenho essa roupa para oferecer.
HOMEM 1: Certeza que só isso, mano?
HOMEM 2: Cê acha que esse muafo vale um bagulho do nosso, irmão?
Os dois caras se olham.
Gonzaga encosta na parede e abaixa a bermuda, mostrando o bumbum.
Os dois homens começam abrir as calças.
CENA 13 - INT. NOITE, MANSÃO BERGAMAL, SALA DE JANTAR.
Hortência janta com a filha, Louise. As filhos de Sulamita, Juliete e Riana, também estão presentes na mesa.
HORTÊNCIA: Cadê Sulamita?
JULIETE: Mãe ficou no restaurante. Ela deve tá chegando.
HORTÊNCIA: Preciso falar com ela.
LOUISE: Mãe, deixa isso quieto.
HORTÊNCIA: Não deixo! A gente não pode ficar convivendo com esse drogado aqui em casa. Una hora dessas ele surta e mata todos nós.
LOUISE: Que exagero!
HENRY: O que aconteceu?
RIANA: O que o Gonzaga aprontou dessa vez?
HORTÊNCIA: Seu irmão roubou uma jóia da minha filha.
RIANA: (surpresa) Ô, não acredito!
HORTÊNCIA: E isso não é tudo. Ele a empurrou no chão. Minha filha poderia te se quebrado toda.
CENA 14 - MANSÃO BERGAMAL, COZINHA.
Marivalda, Tomaz, Serafina e Dalila jantam na mesa.
MARIVALDA: Vocês souberam do último babado da família?
TOMAZ: Não, conta pra nós.
MARIVALDA: O filho daquela mulher de Natal, a Sulamuta, ele roubou uma jóia da Louise.
Todos ficam surpresos.
SERAFINA: Ele roubou a própria irmã!
MARIVALDA: Sim, a tal.da Hortência tá com muita raiva e vai falar com a Sula.
Dalila coloca o pé na virilha de Tomaz, por baixo da mesa. Ele sorri e Serafina estranha.
MARIVALDA: Esse povo tudo reunido nesse cada ainda vai dá muita confusão.
SERAFINA: Vai mesmo.
Dalila continua com o pé na virilha de Tomaz.
Glauce chega e ver o que acontece por baixo da mesa.
GLAUCE: Dalila, o que faz com pé nas partes de Tomaz?
Serafina olha feio para Tomaz.
GLAUCE: Vocês dois tão loucos? Se a patroa entraase aqui?
CENA 15 - INT. HOTEL, RESTAURANTE.
Acácio e Clara vão passando pelo restaurante do local e vêem as mesas todas ocupadas.
ACÁCIO: Vamos pedir algo no quarto mesmo
CLARA: Sim.
Acácio vê Arlete e Deodora em uma das mesas.
ACÁCIO: Aquelas alí são a Arlete e a filha.
CLARA: São elas mesmas.
ACÁCIO: Estranho, mãe falou que Deodora tinha expulsado a mãe de casa. Como é que já estão jantando juntas?
CENA 16 - EXT. IMAGENS DO RIO DE JANEIRO
CENA 17 - MANHÃ, RUA DE SANTA TERESA.
Gonzaga anda pela rua, mal vestido. Ele pasa por uma área de comércios e entra em uma uma lotérica. As pessoas do local o observa com receio.
Ele chega no caixa.
GONZAGA: Oi, moça!
Gonzaga tira várias notas do bolso e coloca no balcão.
GONZAGA: Eu quero jogar tudo isso na loteria.
Caixa: (mulher) Você vai apostar em que número?
GONZAGA: Ah, eu vou ver sabe, esse dinheiro me custou muito.
CENA 18 - INT. MANSÃO BERGAMAL, SALA.
Sulamita desce a escada e enconta Hortência lá na sala.
HORTÊNCIA: (mal humorada) Ah, e com você mesma que eu queria falar!
SULAMITA: Eu soube o que o Gonzaga fez e sinto de verda pelo que aconteceu.
HORTÊNCIA: Ah mas você não sente não. Quem sentiu foi minha filha que foi agredida poe aquele delinquente do seu filho. E trate de dá um jeito nele se não eu mesma sou.
SULAMITA: Ele é viciado, o que quer que eu faça?
HORTÊNCIA: Mande-o embora dessa casa, faça o que for preciso!
SULAMITA:. Você é mãe,tente me entender!
HORTÊNCIA: Sou mãe, mas não tenho filho marginal não. Eduquei muito bem os meus filhos!
Sulamita olha triste.
CENA 19 - INT. MANSÃO BERGAMAL, QUARTO
Henry fala ao telefone, olhando pela janela. Ele está nu de costa, mostrando o bumbum.
HENRY: Então quer dizer que meu maninho tá afogado nas dívidas de drogas. Agora ele não tem como ganhar a herança. Saiu tudo como eu queria pesado. Cuida do bar aí, e não esquece que se ele não pagar, apaga! Tira do mapa.
Alessandra está olhando escondida próxima a uma parede só quarto.
CENA 20 - INT. MANSÃO BERGAMAL, QUARTO.
Daniela está de toalha penteando o cabelo, quando rapidamente chega Alessandra chorando e a abraça.
DANIELA: (surpresa) O que foi Alê?
ALESSANDRA: (chorando) Eu não aguento mais ele, Dani. Meu marido virou um marginal.
CENA 21 - INT. CASA DE GLEICE, SANTA TERESA.
Adele está olhando o celular, deitada no sofá. A campainha toca e ela lavanta e daí atender.
Causando surpresa em Adele, Oleive (Nathalia Timberg) entra rapidamente, com sua mala, sem olhar em sua cara.
OLEIVE: Cadê minha filha desnaturada? E o imprestável do meu genro?
ADELE: Quem é a senhora?
Oleive olha chateada.
CENA 22 - MANHÃ, MANSÃO BERGAMAL, CORREDOR DOS QUARTOS.
Gonzaga vai andando e entra em seu quarto. Ele escuta o barulho da fechadura da porta e tenta abrir, mas não consegue.
SULAMITA: (off) Eu fechei Gonzaga! Você vai ficar preso aqui no quarto até devolver o colar da sua irmã.
GONZAGA: (irritado) Você não pode fazer isso! Abre essa porra! Abre!
Gonzaga chuta aporta, chuta os móveis próximos.
SULAMITA: Pode quebrar tudo, Gonzaga,mas não vai sair!
GONZAGA: Quando eu sair daqui, eu vou te matar!
Gonzaga olha com muita raiva.
Obrigado pelo seu comentário!