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Uma Prova de Fogo - Capítulo 17

 

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UMA PROVA DE FOGO 




ORIGINAL RANABLE WEBS 
















NOVELA DE

EZEL LEMOS E ANDER XYMMER 



















CAPÍTULO 17





CENA 01 - INT. MANHÃ, MANSÃO BERGAMAL, SALA.


Os policiais algemam Arlete, enquanto Deodora olha apavorada.


Hortência e Louise estão presentes na sala.


ARLETE: Não foi eu, não foi!


WANDA: Senhora, é melhor não resistir! Tudo que falar poderá ser usado contra si mesma!


ARLETE: (desesperada) Mas não fui eu, isso é uma injustiça!


Arlete tenta se soltar.


DEODORA: (aflita) Mãe!


Arlete se apavora e chora.


ARLETE: Filha, chama o Álvaro! 


Os policiais levam Arlete e Deodora se mostra triste. Hortência e Louise ficam surpresas.


HORTÊNCIA: Será que foi ela mesma?


DEODORA: É claro que não, minha mãe jamais mataria alguém!




CENA 02 - INT. METALÚRGICA BERGAMAL, SALA DE ÁLVARO.


Álvaro está em sua mesa e Sulamita sentada na cadeira em sua frente.


ÁLVARO: Então, Sulamita...


O celular de Álvaro toca e ele olha.


ÁLVARO: (fala baixo) Arlete me ligando, não quero falar com essa mulher agora.


SULAMITA: Sim, mas me fala sobre o dinheiro do Gonzaga.


ÁLVARO: O rendimento que ele teve, com o dinheiro que pegou da empresa, volta para a empresa.


SULAMITA: (surpresa) Oi?


ÁLVARO: Você não deve ter lido o contrato que eles assinaram, mas existe essa cláusula, que específica que em caso de morte ou desistência da disputa, todo o dinheiro volta para a empresa.


SULAMITA: Nossa, isso é um absurdo. 


ÁLVARO: Pode ser, mas é o que está no contrato.




CENA 03 - INT. MANSÃO BERGAMAL, QUARTO.


Henry olha sério para Alessandra.


ALESSANDRA: Eu vou embora, mas eu levo meus filhos comigo.


HENRY: Ah, não leva não! 


ALESSANDRA: Você não se importa com eles, para quê quer ficar com eles?


HENRY: Eu não deixar meus filhos com uma imoral como você.


ALESSANDRA: Claro, porque você é muito certinho, não é?


HENRY: Meça sua palavras, sua vagabunda!


ALESSANDRA: Seu criminoso!


HENRY: Vai embora dessa casa!


ALESSANDRA: Se meus filhos não podem ir comigo, eu não vou!


HENRY: Problema, seu! Mas não quero mais suas coisas aqui, vai dormir no quartinho dos empregados!


Alessandra pega as malas e sai do quarto.




CENA 04 - INT. DELEGACIA, SALA DE VISITA.


Deodora entra na sala onde Arlete está algemada, sentada na mesa.


ARLETE: Você conseguiu falar com o Álvaro?


DEODORA: Não, ele não me atendeu.


ARLETE: Você vai lá na empresa e exige que ele me tire daqui.


DEODORA: Eu vou sim, mamãe. Antes eu quis vim te ver, para saber como você tá.


ARLETE: Escuta, meu amor. Você não pode continuar com aquele motorista morto de fome! Por favor, esqueça que ele existe ou terei que dar um fim nele. Não posso permitir que uma menina linda como você estrague sua vida.


DEODORA: (chateada) Mãe! Olha onde você tá? Para de falar essas coisas! 


ARLETE: (chateada) Eu tô falando muito sério, filha!


Deodora olha chateada para a mãe.



CENA 05 - INT. MANSÃO BERGAMAL, QUARTO DOS FUNCIONÁRIOS.


Riana chega até o quarto de Tomaz, ele está calçando o sapato.


RIANA: Oi!


TOMAZ: Oi meu amor.


Ambos se beijam por um tempo.


RIANA: E a Deodora… Aceitou o fim do romance de vocês?


TOMAZ: Que nada! Ela tá irredutível.


RIANA: E como nós vamos ficar? Porque eu não vou aceitar dividir você com ela.


TOMAZ: Eu não sei. Talvez tenhamos que namorar escondido. 


RIANA: Não. Eu já disse, não quero isso.


TOMAZ: Ela não vai deixar a gente em paz. E você viu do que ela capaz, não foi?


RIANA: Você ficou com

a arma?


TOMAZ: Sim. Mas dessa vez eu joguei no lixo. Não quero que aconteça o que aconteceu.


RIANA: Acho melhor você ser firme com ela. Fala logo de uma vez que não quer e acabou. Fala que se ela não aceitar o fim vai pedir demissão e ir embora.


TOMAZ: Você seria capaz de ir comigo?


RIANA: Foi só uma ideia. Fala isso pra ela.



CENA 06 - INT. RESTAURANTE DE GERMANO, SANTA TERESA.


Fábio chega no estabelecimento e é recebido por Juliete.


JULIETE: Bom dia, nós não abrimos ainda.


FÁBIO: Eu sei, eu vim falar com o Germano.


JULIETE: Ele tá fazendo algumas receitas, aguarde só um pouquinho que logo ele vem.


FÁBIO: Tá bom.


JULIETE: Quer um café, pelo menos café já temos.


FÁBIO: Aceito sim.


Juliete serve café para Fábio no balcão do local.


Fábio toma o café.


FÁBIO: Hum, tá muito bom esse café.


JULIETE: Quer algo para acompanhar o café?


FÁBIO: Não, obrigado.


Os dois começam sentir um cheiro diferente, ambos se olham.


FÁBIO: É queimado, né?


Juliete adentra o restaurante e Fábio a acompanha... Chegando na cozinha eles vêem Germano e Daniela se beijando enquya panela queima no fogo.


JULIETE: Germano!


Germano e Daniela se assustam.




CENA 07 - EXT. SALÃO DE BELEZA, FACHADA.


Sulamita vai passando com algumas compras e para em frente a um local, ela observa e vemos que é um salão.


SULAMITA: Eu acho que aqui é o lugar certo. Preciso dá um UP no meu visual,na minha vida.


CENA 08 - EXT. IMAGENS DA CIDADE 


CENA 09 - INT. NOITE, MANSÃO BERGAMAL, SALA DE JANTAR.


Hortência, Henry, Louise, Alessandra, Juliete, Germano e Daniela estão na mesa jantando.


DANIELA: Não acho que foi ela que matou o Gonzaga.


HENRY: Quem garante que não foi ela?


HORTÊNCIA: É, ninguém pode dizer que não foi. 


Neste momento, Sulamita chega à mesa com visual totalmente repaginado. 


Todos ficam surpresos.


LOUISE: (surpresa) Sulamita! 


GERMANO: Mamãe, você tá chique!


DANIELA: Arrasou, sogrinha!


SULAMITA: Eu precisava dessa mudança. 


Sulamita se senta a mesa. Álvaro chega.


ÁLVARO: Boa noite! Sulamita, o que houve com você?


SULAMITA: Eu decidi mudar. Mas não venha falar que tem mais uma notícia ruim, não. Chega de notícias ruim.


ÁLVARO: Não, eu vim falar com a Deodora sobre a prisão da mãe dela.


SULAMITA: Ah, tá! Se ela realmente for culpada, que apodreça na cadeia. O que não pode é a morte do meu filho ficar impune.


LOUISE: Eu acho que a Deodora está no quarto.


ÁLVARO: Eu vou subir.



CENA 10 - INT. NOITE, CASA DE GLEICE E PLUTARCO.


Plutarco, Gleice, Melina, Fábio e Oleive jantam na mesa.


GLEICE: Adele tá me preocupando muito.


MELINA: Também, a coitada foi abandonada pela doida da Marivalda. Mãe, ela nem se importa com a filha.


PLUTARCO: Você tem toda razão, filha. 


GLEICE: Eu sinceramente não sei o que fazer.


MELINA: Seria bom falar com a Marivalda, quem sabe ela tenta falar com a filha.


PLUTARCO: É bem difícil. 


FÁBIO: Mudando de assunto, eu vou trabalhar no restaurante do Germano.


MELINA: Você vai largar mesmo a metalúrgica?


FÁBIO: Sim. Eu falei com o Germano e acertei com ele para ficar no turno da noite. 


PLUTARCO: Se é pro seu bem, desejo todo sucesso, meu filho.




CENA 11 - INT. MANSÃO BERGAMAL, COZINHA.


Glauce e Marivalda jantam na mesa. 


GLAUCE: Mari, você se arrepende de ter abandonado sua filha?


MARIVALDA: Nenhum pouco. Nunca quis ter filhos.


GLAUCE: A Gleice me falou que ela anda dando trabalho.


MARIVALDA: Eu não quero saber nada, tia.


Glauce olha triste.




CENA 12 - INT. MANSÃO BERGAMAL, ESCRITÓRIO.


Álvaro e Deodora chegam no escritório.


DEODORA: Imagino que venha falar sobre a prisão da mamãe.


ÁLVARO: Sim, ela pediu para eu levar você para prestar depoimento. 


DEODORA: (surpresa) Eu?


ÁLVARO: Sim. Segundo ela, você estava com ela no momento do crime e com seu depoimento pode facilitar o habeas corpus. 


DEODORA: Bem, eu não sei se estava no horário que ele morreu.


ÁLVARO: Mas de alguma forma seu depoimento pode ajudar.


DEODORA: Eu não sei se devo ir.


ÁLVARO: O que está acontecendo, Deodora? Porque não quer ajudar a sua mãe? Vocês sempre foram unha e carne. Não estou entendendo.


DEODORA: Ah, eu vou falar... Ela tá se metendo no meu relacionamento com um carinha aí.


ÁLVARO: Mas por causa disso você vai deixar sua mãe presa? Acha que ela vai gostar de saber disso.


DEODORA: Não sei, preciso de um tempo para pensar.


ÁLVARO: Bem, se é o que você quer, eu não poderei fazer nada.


DEODORA: Álvaro, não fala nada para ela sobre isso.


ÁLVARO: Claro. Como preferir.


Deodora sai só local e deixa Álvaro sozinho.


Álvaro fica feliz.


ÁLVARO: Isso é perfeito! Arlete presa é tudo que eu precisava para me livrar da chantagem dela. 




CENA 13 - INT. MANSÃO BERGAMAL, CORREDOR DOS QUARTOS.


Deodora vai andando lentamente no corredor do local.


DEODORA: (pensativa) Eu não vou tirar ela da cadeia. É claro que eu passei a noite com ela naquele dia. Mas eu preciso me casar com Tomaz antes que ela saia da cadeia.



CENA 14 - INT. MANHÃ, DELEGACIA, CELA DAS PRESAS.


Arlete está triste sentada na cela.


ARLETE: Eu não aguento mais ficar nesse lugar.


Duas outras presas a observam.


PRESA 1: Cê não disse que tua filha ia te ajudar.


PRESA 2: A fia dela ter enrolado ela.


PRESA 1: Com certeza.


ARLETE: (irritada) Calem a boca suas idiotas! Minha filha é unha e carne comigo. Jamais deixaria de me ajudar nesse momento. A culpa é desse sistema judiciário do Brasil. Anda há passos lento como uma tartaruga. 


Às pressas se olham. 


Arlete levanta, pega na grade e olha com muita raiva, enquanto as companheiras de cela a observam.




CENA 15 - INT. MANSÃO BERGAMAL, QUARTO DE GERMANO E DANIELA.


Germano está deitado na cama. Ele olha para o teto pensativo.


FLASHBACK: 


Germano vai no carro com Sulamita.

GERMANO: Você acha que a gente vai encontrar ele?

SULAMITA: Temos que encontrar, filho. O Gonzaga tem que ser internado. 

GERMANO: Mas ele não vai querer.

SULAMITA: A gente leva ele a força.


FIM DO FLASHBACK.


Germano continua deitado na cama olhando para o teto.


Biel chega no quarto.


BIEL: Papai, você viu minha câmera?


GERMANO: Que câmera, Biel?


BIEL: A câmera que eu tenho, você não sabe?


GERMANO: Não vi câmera nenhuma.



CENA 16 - INT. CASA DE CLARA E CLEIA, COZINHA.


Acácio faz panquecas e Clara chega.


CLARA: Não acredito, você tá fazendo panqueca?


ACÁCIO: Eu sei cozinhar, também.


Clara vai pegando uma panqueca.


ACÁCIO: Opa, tira a mão das minhas panquecas.


Acácio pega um pedaço da panqueca e dá a boca de Clara.


Clara saboreia e gosta.


CLARA: Hum, tá ótima.


Acácio dá outro pedaço de panqueca a Clara e ambos fica bem próximos, eles se olham e quase se beijam...


Neste momento, Cleia chega.


Acácio e Clara se apartam.


CLEIA: (sorridente) É isso que eu tô vendo? Acácio cozinhando?



CENA 17 - EXT. IMAGENS DA CIDADE 


LETREIRO: Um mês depois...



CENA 18 - INT. MANHÃ, MANSÃO BERGAMAL, SALA DE JANTAR.


Henry, Alessandra, Louise, Juliete, Germano e Daniela tomam café na mesa.


DANIELA: A reunião é de que horas?


GERMANO: Daqui a pouco. Estou ansioso para saber quem está na frente.


LOUISE: Não sou eu, com certeza.


HENRY: Claro mana, você não investiu em nada.


LOUISE: Não tenho pressa.


HENRY: Até parece que você acha que vai ganhar essa herança sem investir seu dinheiro. Fala aí manda, qual meio você vai fazer para ganhar.


LOUISE: Eu poderia dizer que tenho meus planos. Mas a verdade é que não tô nem aí para essa herança.


JULIETE: Nem eu, haha.


HENRY: (mal humorado) Com certeza o vencedor vai ser eu!


Todos olham chateados para Henry.




CENA 19 - INT. DELEGACIA, CELA. 


Arlete está feliz, sentada no colchão do local, enquanto outras pessoas conversam distante dela.


ARLETE: Espero que meu habeas corpus tenha saído hoje.


PRESA 1: Vou sentir sua falta colega! 


ARLETE: Cala a sua boca que não sou tua colega!


PRESA 2: Eita, já tá voltando a ser metida, igual quando chegou.


ARLETE: Eu peço que em meus últimos minutos aqui, não me dirijam a palavra! 




CENA 20 - INT. MANSÃO BERGAMAL, QUARTO DOS FUNCIONÁRIOS.


Deodora e Tomáz se beijam.


DEODORA: Então, tá tudo certo, meu amor. Quando chegar lá da metalúrgica, eu pego você e a gente vai lá no cartório e nos casamos.


TOMAZ: Tá bom.


DEODORA: Você parece que não tá feliz. 


TOMAZ: Tô sim.


DEODORA: Então eu vou indo.


Deodora vai embora do quarto e Tomaz fica pensativo. Neste momento, Riana sai de baixo da cama.


RIANA: Nossa, que ruim ficar embaixo dessa cama.Ela é muito baixa. 


TOMAZ: Você comprou as passagens?


RIANA: Sim. Eu conheço tudo lá em Natal, então, é um bom lugar para a gente ir. 


TOMAZ: Sua irmã vai surtar quando descobrir que a gente fugiu junto.


RIANA: Quem mandou ela querer te obrigar a casar com ela?


TOMAZ: Pois é! E eu tive ceder para ela não fazer nenhuma besteira.


Ruana abraça Tomaz.


RIANA: A partir de hoje tudo vai ser diferente, meu amor.


Tomaz olha desconfiado. 



CENA 21 - INT. CASA DE GLEICE E PLUTARCO, QUARTO.


Gleice chega no quarto de Adele e vê-la dormindo.


GLEICE: Adele minha filha! Acorda! Acorda filha! Preciso falar com você!


Adele acorda, mas continua deitada.


ADELE: Que é? Me deixa dormir!


GLEICE: Filha, o que tá acontecendo com você? Você precisa se controlar, resistir a esse vício por bebidas.


ADELE: Me deixa, a vida é minha.


GLEICE: Enquanto você morar aqui vai precisar seguir minhas regras!


ADELE: Pois se quiser, hoje mesmo eu vou embora.


Gleice olha surpresa.



CENA 22 - INT. DELEGACIA,  SALA DE WANDA.


Wanda está sentada em sua cadeira e Maurício chega.


MAURÍCIO: O que foi chefa?


WANDA: O advogado Arlete ligou e vai trazer o habeas corpus dela.


MAURÍCIO: (chateado) Caramba! Porque isso?


WANDA: Não surgiu mais nenhuma evidência que desse andamento a investigação para que ela continuasse presa. 


MAURÍCIO: Todo nosso trabalho foi em vão. 


WANDA: Mas realmente pode não ter sido ela.


MAURÍCIO: Se não foi ela, quem será o assassino?


Wanda olha desconfiada.



CENA 23 - INT. METALÚRGICA BERGAMAL, SALA DE REUNIÃO.


Acácio, Juliete, Germano, Deodora, Henry e Louise estão sentados na mesa.


ACÁCIO: Juliete, cadê a Riana?


JULIETE: Não sei. Quando eu saí procurei ela, mas não encontrei.


ACÁCIO: Onde será que ela está? 


DEODORA: Tá se aproximando o final dessa disputa.


LOUISE: Tá mesmo. Faltam poucos meses.


JULIETE: Independente de quem ganhar, espero que a paz prevaleça entre nós.


ACÁCIO: Se eu ganhar eu vou dividir todos vocês as ações da empresa. 


GERMANO: E pode isso?


ACÁCIO: Eu não sei, mas se puder eu divido.


HENRY: Você tá é querendo ganhar ponto!


ACÁCIO: Eu não pretendo ganhar ponto com ninguém! Eu tenho uma boa relação com meus irmãos. Não tenho porque querer agradar vocês também.


Henry olha chateado para Acácio.




CENA 24 - INT. DELEGACIA, FACHADA.


Arlete vai saindo muito feliz da delegacia, enquanto tenta ajeitar seus cabelos e sua roupa amassada.


ARLETE: (surpresa) Ninguém veio me receber?


Arlete olha para os lados e não vê ninguém.


ARLETE: Bem, o que importa é que eu tô livre.


Arlete abre os braços feliz.


ARLETE: (gritando) Eu tô livreeeeeeee! Eu não matei ninguéeeeeeeeeem! Eu tô livreeeeeeee!




CENA 25 - INT. METALÚRGICA BERGAMAL, SALA DE REUNIÃO. 


Acácio, Juliete, Germano, Deodora, Henry e Louise estão na mesa e Álvaro chega.


ÁLVARO: Bom dia!


TODOS: Bom dia! 


ÁLVARO: Estamos nos aproximando do final dessa grande disputa. Vocês têm pouco tempo para conseguir lucrar e assim receber a herança do pai de vocês. 


HENRY: Vai direto ao ponto, Álvaro!


ÁLVARO: Cadê a Riana?


ACÁCIO: Não sabemos. Deve ter se arrasado. 


ÁLVARO: Bom, vou começar sem ela. Todos estão empreendendo. Todos estão lucrando, tenho certeza que Teodoro estaria muito feliz se estivesse aqui entre nós. Quem está atualmente saindo na frente… Essa pessoa obteve o maior lucro nos últimos meses… Essa pessoa é a Deodora.


DEODORA: (feliz, surpresa) Eu?


Todos ficam surpresos.


HENRY: Ela? Tem certeza? 


GERMANO: Também não tô acreditando nisso. A gente não sabe no que ela investiu o dinheiro.


DEODORA: Vocês não se enxergam? Eu sou muito capaz de conseguir trabalhar e investir meu dinheiro.


JULIETE: Na verdade ninguém te vê trabalhando.


ÁLVARO: Chega! Não cabe a vocês questionar nada. Eu trouxe aqui os dados e quem quiser provas, eu tenho. Mas aviso que essas provas só serão expostas aqui apenas no dia da posse da herança.


ACÁCIO: Quem está em segundo lugar?


ÁLVARO: Dessa vez eu não vou falar. Não quero acirrar mais essa rivalidade entre vocês.


GERMANO: Ah, como assim?


ACÁCIO: Isso é injusto, porque você falou que sempre ia informar quem estava indo bem nos investimentos.


ÁLVARO: Essa é a minha decisão. Peço que respeitem. 



CENA 26 - INT. AEROPORTO DE IPANEMA.


Tomaz está carregando uma mala na fila do embarque. Ele espera ansioso por Riana.


TOMAZ: Cadê você, Riana?


Tomaz olha o celular e fica aflito. Ele olha para todos os lados do local, procurando por Riana e fica aflito ao não encontrar a amada.



CENA 27 - EXT. RUA, TRÂNSITO.


Arlete vai feliz em um táxi. Ela está ansiosa para chegar em casa.


ARLETE: Não vejo a hora de chegar em casa, ver minha filhota. 


O trânsito está congestionado, muitos carros formam filas dos dois lados da via.


ARLETE: Vamos demorar a chegar.


MOTORISTA: Sim. Tá difícil esse trânsito hoje.


ARLETE: Eu tenho que chegar em casa!




CENA 28 - INT. MANSÃO BERGAMAL, COZINHA. 


Serafina mexe a panela, enquanto Dalila faz suco no liquidificador. Marivalda lava louça. 


SERAFINA: A casa ficou tão boa sem dona Arlete!


DALILA: Realmente as brigas pararam.


MARIVALDA: Nunca gostei dela. Muito abusada! 


Ouve-se um disparo de arma.

Elas três se assustam.


MARIVALDA: O que foi isso? 


SERAFINA: Isso foi um tiro!


DALILA: Será?




CENA 29 - INT. MANSÃO BERGAMAL, JARDIM.


Arlete abre o portão, ela vai andando no jardim apressada e ao se aproximar da casa, vê alguém caído no chão. Ao chegar mais perto ver que se trata de Deodora, que está com o peito sangrando.


ARLETE: (gritando) Ahhhhhhhhhhhhhhh! Nãooooooooooooooooooo! Nãooooooooooooo! Nãooooooooo! 


A cena termina focando no corpo de Deodora sobre o chão do jardim.


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