Episódio 05 – Último Episódio
Cena 01: Cidade de São Paulo – Madrugada – Esconderijo da
facção
Helena finalmente consegue
chegar ao endereço da facção. Ela tenta entrar pela porta da frente, mas
percebe que está trancada. Então andando nos arredores ela encontra uma entrada
secreta subterrânea. Ela desce uma escada e ao entrar da de cara com Miguel e
Rubens apontando uma arma para a cabeça de José que esta amordaçado.
Helena: Miguel?
O que está acontecendo aqui?
Miguel: Surpresa
minha amada Helena.
Rubens: Você
caiu direitinho no nosso plano.
Helena: Plano?
Rubens: Veio
direto para o matadouro.
Helena: O
que estão dizendo?
Miguel: Deixe-me
explicar. Eu deixei minha carteira de propósito para você encontrar este lugar.
Rubens: Depois
que descobrimos sua localização há um ano, mandamos o Miguel para se passar por
seu namorado e então te vigiar.
Helena: Você
é um canalha, como pode?
Miguel: Você
nunca me amou de verdade.
Rubens: Chega
de papo é hora da sua morte Helena.
Silvia aparece com uma arma
na mão.
Silvia: Não
ousem tocar nela ou eu mato vocês.
Rubens: Só
pode estar louca!
Miguel: Vamos
desconsiderar isso, deve ser a emoção em reencontrá-la.
Helena: Reencontrar-me?
Silvia: Isso
não importa agora, você deve fugir comigo.
Helena: Eu
não vou a lugar algum com você.
Miguel: Você
não sabe quem ela é não estou certo?
Helena: Quem
é ela?
Rubens: Sua
verdadeira mãe.
Helena sente o impacto da
notícia e fica um instante em silêncio. Após cair a ficha e começar a entender
toda a situação ela diz:
Helena: É
por isso que me trouxeram para cá não é? Para me matar? Vocês mataram meus
pais, meus únicos e verdadeiros pais? Mas por quê?
Rubens: Seus
pais fizeram parte de tudo isso.
Silvia atira para o alto.
Silvia: Não
diga mais nada, poupe a garota desse sofrimento.
Helena: Fale
agora. Eu quero saber.
Rubens: Eu
não direi mais nada, agora quem vai falar é seu avô.
Rubens tira os panos da boca
de José e o obriga a contar tudo.
Rubens: Fale
agora velho ou eu estouro os seus miolos.
José: Perdoe-me
Helena.
Helena: Perdoar
sobre o que?
José: Eu
sou o culpado de tudo isso.
Neste instante o pai da
facção aparece, ele surpreende a todos que ficam com os rostos espantados, ele então
diz:
Pai da facção: Finalmente
admite o que fez seu velho!
Helena percebe quem é o pai
da facção e diz:
Helena: Papai
o senhor está vivo?
Cena 02: Cidade de São Paulo – Madrugada – Esconderijo da
facção
Helena fica espantada ao ver
que o homem é idêntico o seu pai, mas ele logo diz:
Bruno: Chamo-me
Bruno. Sou irmão gêmeo de seu pai, portanto sou seu tio.
Helena: Não
soube de você.
Bruno: É
que seu pai não sabia que eu continuava vivo.
Helena: Como
vocês se separaram?
Bruno: Isso
quem vai contar é seu avô. Conte a ela.
José: Eu
imploro, solte a Helena, faça o que quiser comigo, mas, a solte.
Bruno: Conte
agora ou eu te mato agora.
José respira fundo e
chorando conta tudo a sua neta.
José: Há
muitos anos eu e sua falecida avó Maria buscávamos adotar uma criança, pois ela
não podia ter filhos. Um dia encontramos um homem que vendia crianças e então
compramos o seu pai.
Helena (chorando): E
por que não adotou uma em um orfanato?
José: Era
muita burocracia. Sua avó estava doente e tinha pouco tempo de vida, poderia
não dar tempo. Não tínhamos como ficar com duas crianças, portanto ficamos com
apenas uma.
Helena: Não
posso acreditar que minha avó, que apesar de não ter conhecido parecia tão boa,
tenha concordado com isso.
Bruno: É
porque ela não sabia. O velho me separou do meu irmão e eu tive uma vida amarga
e triste neste meio. Nunca fui vendido e então fui jogado nas ruas, com o
passar do tempo.
José: Perdoe-me
Helena.
Helena: E
por que mataram meu pai?
Bruno: Depois
de muitos anos eu juntei dinheiro e comecei meu próprio comercio ilegal de
crianças. Para meu azar seu pai era policial e estava investigando o sumiço de
crianças na região junto de sua mãe. Eles descobriram coisas importantes e
chegariam a mim e eu seria descoberto. Então mandei matá-los.
Helena: Você
é um monstro. Se não amava meu irmão, por que tanto remorso por terem sido
separados?
Bruno: Porque
ele foi escolhido e eu não, ele teve uma vida feliz e eu não. Ele teve tudo e
eu nada.
Helena: Agora
me explique como meus pais me adotaram?
Bruno: Silvia
trabalhava para mim, mas teve o azar de ficar grávida de um antigo membro dessa
organização, que hoje já se encontra morto. Quando você nasceu eu roubei você
dela e lhe coloquei na porta da casa de meu seu pai e eles ficaram com você.
Fiz isso para sempre poder encontrar seu avô e um dia me vingar dele, naquilo
que ele mais ama, que no caso pé você.
Helena: Se
tocar no meu avô, você morre.
Bruno: E
como pensa que vai fazer isso? Você é uma contra todos nós. Hora de vocês
morrerem e enterrar para sempre toda a sua família.
Cena 03: Cidade de São Paulo – Madrugada – Esconderijo da
facção
Aproxima-se o momento da
guerra final.
Silvia: Ela
não está sozinha tem a mim.
Bruno: Se
você não sair da frente vai morrer junto dela.
Helena saca duas armas e
atira em Rubens, que cai no chão, mas o mesmo usava colete a prova de balas.
Rubens: Não
pense que sou tão idiota assim.
Bruno pega sua arma e aponta
para a cabeça de José.
Bruno: Mais
um passo e o velho está morto.
Helena: Solte
meu avô agora.
José: Fuja
Helena, se salve.
Neste instante Silvia pula
nas costas de Bruno e começa a enforcá-lo, então Helena solta seu avô. Rubens
começa a lutar com Helena e Miguel começar a bater em José.
Helena: Solta
meu avô.
Helena da um tiro certeiro
na perna de Miguel que cai no chão.
Miguel: Sua
desgraçada.
Helena: Isso
foi pelo tempo em que enganou.
Ela chuta e cospe a cara de
Miguel. As luzes do local se apagam e Helena fica com seu avô no centro da sala
sem conseguir enxergar Rubens e Bruno. Silvia fica caída no chão, após apanhar
de Bruno.
Cena 04: Cidade de São Paulo – Madrugada – Esconderijo da
facção
No escuro Helena e José
recebem vários golpes e caem no chão. As luzes finalmente se acendem novamente.
Helena: Vocês
são covardes, preferem atacar no escuro.
Bruno: Eu
prometi que iria me vingar de você José e aqui termina a sua história.
Bruno atira em José que
morre na hora. Helena fica enfurecida de raiva e dor ao mesmo tempo.
Helena (chorando): Vovô,
não morra!
Helena se abraça ao corpo ensangüentado
de seu avô e parte para a vingança, para matar seus rivais.
Helena: Vocês
são homens mortos.
Ela luta com os dois ao
mesmo tempo, mas a cada golpe percebe que não tem forças para lutar com os dois
ao mesmo tempo. É neste instante que aparece Silvia e a mesma atravessa uma
barra de ferro na cabeça de Rubens, que morre.
Bruno: Desgraçada
traidora.
Helena: Não
fale assim dela.
Silvia: Perdoe-me
por tudo Helena, eu sei que errei em fazer parte de tudo isso por tanto tempo,
mas saiba minha filha que eu sempre te amei, e nunca deixarei de te amar.
Miguel levanta com a perna e
a cabeça sangrando, saca sua arma e atira em direção a Helena.
Silvia: Minha
filha não.
Ela entra na frente e leva
um tiro pela filha.
Helena: Calma,
você vai sobreviver.
Neste instante Helena escuta
choro de crianças.
Helena: Tem
crianças aqui?
Silvia (agonizando): Salve
as crianças minha filha.
Bruno: É
muito tarde para isso.
Helena então se lembra que
colocou explosivos em cantos estratégicos para destruir o local, mas antes
precisa salvar as crianças. Ela então bate na perna de Miguel que ferido cai, e
luta um combate corporal com Bruno. Ele segura a garota e começa enforca - lá.
Bruno: Vou
te estrangular até morrer.
Com suas ultimas forças
Helena pega uma faca de seu bolso e enfia na barriga de Bruno, que começa a
sangrar.
Helena: Você
vai sangrar até morrer.
Helena então aciona os
explosivos e resgata as crianças do local. Após retirá-las ela resgata sua mãe
Silvia e ambas saem do local.
O esconderijo explode e
todos ali que ainda estavam vivos (Bruno e Miguel) morrem queimados.
Anos depois...
Cena 05: Cidade de São Paulo – Dia – Parque
Helena finalmente se começa
a namorar novamente e adota legalmente uma das crianças que resgatou. Sua mãe
Silvia fica com a filha e muda de identidade e arrependida constrói uma ONG de
ajuda a crianças sem família.
Helena: Nunca
eu iria imaginar que poderia ser feliz de novo.
Lucas: Eu
te amo mamãe.
Helena beija seu filho e seu
marido e abraça sua mãe, ambos fazem um lanche no parque e vivem felizes sua
vida. Helena então sorrindo pensa:
Helena (pensando): Eu
perdi pessoas que eu amava, mas ganhei outras em minha vida. Acho que
finalmente dei um passo para mudar o meu destino e agora posso dizer que sou
feliz.
Obrigado pelo seu comentário!