VESTIÁRIO - CAPÍTULO 27
CENA 01.
A cena mostra Rebeca (salto 14 vermelho, vestido branco listrado, cabelos loiros e óculos escuros preto) entrando no salão de beleza .
CENA 02. SALÃO DE BELEZA. DIA.
A cena mostra Rebeca sendo recebida por Ivan (gay afeminado, short preto, blusa rosa com estampa, cabelo preto) um amigo das antigas.
IVAN — Rebeca, meu sã chiquinho... surgiu das cinzas, foi?
REBECA — Andei sumida por tempo, por uns anos, mas resolvi reaparecer.
IVAN — E o que fez você tomar essa decisão de reaparecer?
REBECA — A saudade define esse retorno! A saudade das pessoas, família, amigos. Foram 18 anos, sabe?
IVAN — Sei, sei como é.
REBECA tira uma revista da bolsa de grife que estava usando.
REBECA — Quero que você dê um retoque no meu cabelo e na minha maquiagem, se inspire, me deixe igualmente essa moça da revista.
IVAN — Sabe, Rebeca! Enquanto cê andou sumidinha, você me fez relembrar uma coisa especial.
REBECA — O que é essa coisa de tão especial?
IVAN — Seu bom gosto, pra escolher roupa, joias, acessórios...
REBECA dá um leve sorriso pra Ivan, enquanto o cabeleiro começa a retocar a maquiagem da mesma.
CENA 03. MORADA DE AMÉLIA. COZINHA. DIA.
A cena mostra Amélia e Marcos tomando café da manhã.
AMÉLIA — Você agindo dessa forma, tá parecendo que ganhou, acertou os números da megasena rsrs.
MARCOS — Ganhei uma mulher na megasena... alias, conseguir me declarar pra ela ontem!
AMÉLIA — Que mulher?
ROSA estava trazendo a jarra de suco de vidro, quando ouve a conversa dos dois pela porta da cozinha.
MARCOS — Eu conseguir me declarar pra Cíntia. Conseguir declarar meu amor fiel por ela!
ROSA derruba a jarra de vidro no chão, espantada com a novidade. Amélia e Marcos ficam surpresos.
MARCOS — Você não tem olhos por acaso? Você quebrou a jarra de vidro da minha mãe... não veio do seu bolso não, empregada estúpida!
AMÉLIA — Meu filho... pra que falar nesse tom de voz com a Rosa?
ROSA começa a chorar levemente, tentando se segurar.
ROSA — Deixa, Amélia... o Marcos tem razão! Eu fui uma idiota.
ROSA sai correndo naquele momento. Marcos se levanta da cadeira.
MARCOS — Eu exagerei... eu devo um pedido de desculpas! A intenção não era deixá-la nesse estado.
AMÉLIA — Mas foi o que fez...
MARCOS vai correndo atrás de Rosa que estava em seu quarto de hospede na casa.
CENA 04. QUARTO DE ROSA. MORADA DE AMÉLIA. DIA.
O quarto de Rosa era médio, porém espaçoso, tinha algumas mobilhas como mesa cheio de revistas em cima, tinha algumas fotografias nas paredes da família de Rosa falecida, a cama e uma cadeira em volta dela.
MARCOS — Rosa, me perdoa, pelo amor de Deus! Eu fui um idiota, babaca de ter falado com você daquela forma! (Sendo Sincero)
ROSA — Tá perdoado... agora por favor me deixa sozinha, eu preciso refletir, pensar no que eu tenho de pensar. (Assustada e nervosa)
MARCOS — Desculpa, tá?
Aquelas haviam sido as últimas palavras de Marcos em cena, depois ele sai. ROSA fecha a porta levemente e começa a chorar ao se jogar na cama.
ROSA — Ele jamais deveria ter falado comigo daquela forma!!!! Quer dizer que ele já É comprometido, é isso que eu ouvir com os ouvidos mesmo? Não pode ser...
CENA 05. COLÉGIO. CORREDOR. INTERVALO.
No intervalo, corredor, mostra Abigail (camisa rosa com estampa de flores, calça jeans azul clara, tênis preto). Abigail olhava pro céu, entre árvores, paisagens e objetos que estavam em sua volta.
Se eu não te amasse tanto assim 🎶🎶🎶
Abigail relembra todas as humilhações que já fazia passado por Rachel. "Você parece um botijão de gás com esse vestido... minha filha, quem ia querer passar a festa inteira acompanhada com uma coisa horrorosa do seu tamanho?". Abigail se senta num banco em frente há uma árvore e várias lágrimas começam a se escorregar pelos seus olhos, quando um rapaz chamado Fernando (Alto 1,85. camisa verde com estampa, jaqueta preta, calça jeans azul, tênis bege)
FERNANDO — Vai ficar tudo bem, eu prometo, viu? (Sendo carinhoso)
ABIGAIL — Você só tá falando isso pra tentar me reanimar, certo?
FERNANDO — Toda folha cai, todo vento vai... deixa fluir essa infelicidade dentro de você!
ABIGAIL fica desentendida.
— Você é?
FERNANDO — Me chamo Fernando, e venho te ajudar.
ABIGAIL — Você é meu bichinho de estimação, né?
FERNANDO — Sou a solução dos seus problemas! Eu sei que você mesma não se sente avontade consigo mesma... por isso, após o final da aula, você me acompanhe em tudo o que der, ok?
ABIGAIL — Mas a gente mal se conhece... e eu não me disse meu nome.
FERNANDO — Abigail, eu sei. Lindo nome. Você vai me agradecer, vai se sentir tão agradecida com o novo caminho que eu vou fazer contigo.
ABIGAIL algum tempo depois resolve dá uma chance ao rapaz, e sorrir pra ele, que também devolve o sorriso. O clima fica relaxoso.
CENA 06. REFEITÓRIO. CANTINA.
A cena mostra Rachel e Luciana na mesma mesa, comendo a refeição juntas.
RACHEL — O Verdadeiro significado da amizade é essa entre amba de nós.
LUCIANA — Conte comigo no que precisar, viu?
RACHEL — Forever! (Sempre)
LUCIANA — A Abigail é a sensível, chora por tudo, hein?
RACHEL — Nunca suportei ela! Cheia de mimimi... não dá pra aturar!
LUCIANA — Além disso... ela é péssima em visual! Nunca foi um salão de beleza.
RACHEL — Nem na próxima reencarnação ela ficaria bonita hahaha!
LUCIANA — Tem toda a razão!
RACHEL se levanta quando se esbarra em CALEB que a olha frustamente.
CALEB — Você de novo, boneca dos trapos?
RACHEL — Olha o tom, mocinho! Rumm.
CALEB — Agora vai querer mandar na minha voz, é isso?
RACHEL — Não necessariamente... dai só sai mofo!
CALEB — Mofo é o seu caráter, personalidade, sua forma de agir!
RACHEL — Caráter meu amor pra mim é ser quem você é! E eu sou.
CALEB — Não... caráter é ajudar o próximo, ser fiel há seus amigos, coisa que você nunca foi pra Abigail!
O silêncio toma conta por alguns segundos, enquanto todos olham pra Rachel de outra forma.
RACHEL — Quem você é pra dar lição de moral em mim, hein? Você é um babaca, inútil em forma humana.
CALEB — Não sou ninguém pra julgar, realmente, mas ao menos eu tento mostrar a realidade que não é nenhuma proibição, e que eu saiba...não existe lei pra isso.
RACHEL — Vou arrancar sua língua e todos os seus olhos, seu treva!
RACHEL parte pra cima de Caleb que tenta se defende.
CALEB — Não sou de bater em mulher, viu? Mas tenta da próxima vez não tirar minha paciência, ou tomo uma atitude ousada.
RACHEL — Coitado!
CALEB — Coitada de você, boneca dos trapos! Rainha do quilo!
RACHEL — Cão chupando manga!
De repente, Caleb deixa Rachel falando sozinha que fica enfurecida.
MAGGIE aparece junto com Leonardo em cena.
MAGGIE — Querida, bata nessa tua cara, antes que eu bata!
RACHEL — Quem é você na fila do pão, coroa?
MAGGIE — E quem você é na fila da gasolina? Vai vender petróleo em vez de cuidar da vida alheia dos outros!
RACHEL — E eu vou me preocupar com a vida de gente esfarrapada?
MAGGIE — Gente esfarrapada que conhece o significado da dignidade.
RACHEL — Foda-se! Sua dignidade não te leva a lugar algum, cachorra!
TODOS DE REPENTE COMEÇAM A SAIR DO REFEITÓRIO, DEIXANDO RACHEL SOZINHA COM LUCIANA.
LUCIANA — Minha amiga... eu tenho que ir pra sala, entregar meu trabalho de exatas!
RACHEL — Claro, mas é claro... eu estou indo juntas!
LUCIANA — Então vamos, vamos que o tempo voa, passa rápido.
MAIS TARDE... NA HORA DA SAÍDA.
CENA 07. FRENTE DO COLÉGIO. CALÇADA. TARDE.
MAGGIE, Luciana, LEONARDO estavam tendo uma conversa.
MAGGIE — Coé Luciana, como é que você se atreve a dá confiança pra essa cascavel?
RODRIGO APARECE EM CENA.
RODRIGO — Maggie tem razão... vai que ela te pique com seu veneno! Quem sabe dessa forma, você seja uma das próximas a sentir o sabor horroroso dele! (Fazendo gracinha)
LUCIANA — Vocês comentam da Rachel como se ela fosse o pior ser humano da fase da terra! Não vamos abaixar o nível, viu? (Defendendo a amiga)
RODRIGO — Mas isso não vem ao caso... a Rachel precisa ao menos aprender uma lição!
LUCIANA vê Rachel que acena pra mesma, ela em seguida corre até seu caminho e as duas vão embora juntas.
MAGGIE — Que tal se a gente der um fim nessa asquerosa? filhote de cruz credo?
LEONARDO — Ótima ideia, ótima opção! Mas que ideia é essa?
RODRIGO — Até eu fiquei louco agora... já tem ideia bolada na cabeça?
MAGGIE — Eu tenho uma ideia um pouco bem desenvolvida, mas dois rapazes ultra mega inteligente como vocês dois, podem me ajudar a desenvolvê-lo da melhor forma possível.
RODRIGO — Ótimo então!
CENA 08. MANSÃO DE VERA E RICARDO. SALA DE JANTAR. NOITE.
A cena mostra Samuca e Ivete jantando, fazendo refeição da noite na casa de Vera e Ricardo que eram os pais de Samuca. Ivete certamente estava fingindo ser namorada de Samuca.
IVETE — Eu posso ir ao toalete? se não for incomodo, claro.
VERA — Pode ficar a vontade, minha adorável moça.
IVETE — Gracias!
IVETE sai de cena. Vera e Ricardo começam a sussurar enquanto Samuca não estava prestando atenção.
RICARDO — Que felicidade enorme pro paizão aqui... nosso filho não é gay!
VERA — Lá vem você de novo com esse teu preconceito contra a nova geração fundamental!
RICARDO — Dane-se!
RICARDO e Vera terminam de sussurar, quando percebem que o filho Samuca já estaria estranhando alguma coisa.
CENA 09. MANSÃO. FRENTE.
A cena mostra claramente Rachel saindo de casa após ter recebido um telefonema. Ao sair de casa ela praticamente é recebida com uma paulada na cabeça.
GANCHO
)%20(1).png)
)%20(1).png)
Obrigado pelo seu comentário!