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Destinos Ligados - Capítulo 33

Capitulo 33

    - No capítulo anterior:
MARIA EDUARDA: (Corre pela mata desesperada tentando fugir de seus algozes).
GARIBALDI: (Consegue segurar Maria Eduarda) Perdeu gatinha, perdeu!
MARIA EDUARDA: Me solta, me solta! Eu vou gritar, me solta... Socorro, socorro! (Grita).
INGRID: Grita, pode gritar... Ninguém vai te escutar aqui! Sabe o que vai te acontecer? Eu não deveria, mas vou te contar. A partir de hoje, Ingrid Germai não existe mais, para não ser presa, ela fugiu e durante a fuga, morreu...
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INGRID: (Tira a arma da cintura de Garibaldi) Solta ela, eu quero ter esse gostinho... Sou eu quem vai atirar!

(Após Garibaldi soltar Maria Eduarda, ela começa a andar para trás enquanto olha para Ingrid que está com uma arma apontada para ela. Maria Eduarda se aproxima de um barranco, porém não percebe pois está de costas).

MARIA EDUARDA: Baixa essa arma Ingrid, vamos conversar...
INGRID: Você apareceu contra a minha vontade, roubou a minha mãe de mim, a minha empresa... Acha mesmo que vai ficar impune? Se prepara para morrer!
MARIA EDUARDA: (Maria Eduarda se desequilibra e cai no barranco, de modo que fica pendurada pelas mãos) Socorro, socorro! (Maria Eduarda suplica para que Ingrid lhe salve).
INGRID: (Se debruça como se fosse segurar a irmã) Quer que eu te salve? (Ingrid fica de pé e pisa nas mãos de Maria Eduarda com seus sapatos de salto, fazendo com que ela se solte e caia).

(Conforme o corpo de Maria Eduarda cai pelo barranco, seus gritos vão desaparecendo conforme a profundidade fica cada vez maior).
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CAÍQUE: Você está vendo aquilo ali? É um corpo?
PAULA: Onde?
CAÍQUE: (Caíque aponta) Ali, bem ali... (Desliga o carro).
PAULA: Você parou porque? O que está pensando em fazer? Não, você não vai fazer o que eu estou pensando, Caíque...
CAÍQUE: Não só, como vou! (Caíque desce do carro e caminha em direção ao local).
PAULA: Droga! (Solta o cinto de segurança e desce do carro em seguida).

(Caíque chega ao local e avista o corpo de Maria Eduarda).
CAÍQUE: É o corpo de uma mulher. Será que ela está morta?

- Fique agora com o capítulo de hoje!

Cena 01 – Atibaia (Centro) [Interna/Manhã]

(Paula se aproxima do local junto com Caíque).

PAULA: Deixe-me ver! (Paula se aproxima para verificar a pulsação de Maria Eduarda).
CAÍQUE: E então? Como ela está? Está morta?
PAULA: Não, está viva. Tem pulso, fraco, mas tem. Precisamos chamar uma ambulância!
CAÍQUE: Eu vou buscar meu celular e ligo...

(Caíque corre até o carro para buscar o celular).

Cena 02 – Apartamento de Maria Eduarda (Quarto) [Interna/Manhã]
Música da cena: Louca – Alice Caymmi
(Ingrid anda pelo quarto de Maria Eduarda com uma expressão de nojo cada vez que toca em algo).

MARIA EDUARDA (INGRID): Que nojo, quanta coisa de pobre... Até a toalha, Jesus... Essa toalha deve ser igual ao pano de chão! É assim que eu vou ter que viver agora? Preciso dar um jeito de sair daqui, não vou aguentar uma semana nessa pocilga!
MARCELA: (Entra no quarto) O Miguel já foi, disse que volta depois. Você foi tão fria com ele. Quer conversar sobre o que aconteceu ontem a noite? Eu sei que você está abalada.
MARIA EDUARDA (INGRID): Não, eu não quero falar mais sobre isso, na verdade eu quero esquecer toda a noite de ontem. Eu vou tomar um banho e um cochilo depois disso, não vou até a agência...
MARCELA: Que bom, porque eu também avisei a Dona Nair que vou passar o dia em casa com você.
MARIA EDUARDA (INGRID): Não, não precisa. Eu não quero que você se prejudique no seu trabalho por minha culpa, foi tão difícil conseguir esse emprego, pode ir...
MARCELA: Que engraçado, eu tô te achando tão estranha!
MARIA EDUARDA (INGRID): Estranha? Estranha como? (Fala consigo em pensamento). Será que a retirante percebeu alguma coisa?
MARCELA: Não sei, seus olhos talvez... Deve ser coisa da minha cabeça, já que você está bem, eu vou trabalhar. Qualquer coisa você me liga, tudo bem?
MARIA EDUARDA (INGRID): Ligo sim! (Ingrid senta na cama aliviada após Marcela deixa-la sozinha). Agora eu preciso prosseguir com os meus planos, não posso me deixar vencer. Ninguém vai me descobrir, ninguém!

Cena 03 – Hospital de Atibaia [Interna/Manhã]
(Paula e alguns enfermeiros retiram Maria Eduarda da ambulância numa maca, logo em seguida Caíque chega em seu carro).

PAULA: A gente encontrou essa mulher caída na estrada e desacordada, não possui nenhum tipo de bolsa ou documento que a identifique, possui diversos ferimentos e está inconsciente desde o momento que a trouxemos para cá. Levem para a sala de raio-x, precisamos verificar se existe algum trauma.
CAÍQUE: Paula, eu vou esperar por notícias aqui fora. Assim que tiver alguma novidade, me fala.
PAULA: Pode deixar, agora deixe-me entrar para acompanhar os exames.

(Paula entra na sala de exames e permanece lá por um longo período com uma junta médica).

CAÍQUE: Quem será essa mulher e o que terá acontecido? (Se pergunta).



Cena 04 – Mansão Germai (Quarto de Malu) [Interna/Tarde]
(Pérola entra no quarto da mãe e a encontra totalmente deprimida deitada na cama).

PÉROLA: (Se aproxima e deita na cama junto da mãe) Eu sei que a senhora está decepcionada e não esperava que a Ingrid fizesse isso, mas a senhora não está sozinha. Eu estou aqui e não vou te abandonar nunca, nunca!
MALU: (Permanece em silêncio, porém acaricia a mão de Pérola).
PÉROLA: A Ingrid vai aparecer, não se preocupe. Não deve ter acontecido nada, acredite.
MALU: Obrigada por tudo, filha... Eu tenho muita sorte em ser sua mãe, você é muito especial!
PÉROLA: (Abraça a mãe para confortá-la).

Cena 05 – Hospital Paulo Toledo (UTI) [Interna/Tarde]
(Alfredo está deitado em seu leito na UTI em coma, quando Ingrid entra no local sem ser vista e se aproxima dele).

MARIA EDUARDA (INGRID): Vegetal...Vegetal... (Ingrid sussurra no ouvido de Alfredo). Você está muito longe? É muito escuro aí onde você está? Como você conseguiu sobreviver depois de tudo? Ao aneurisma, a queda... Quer competir com a minha irmã? Ah... Esqueci que ela já perdeu, já ia esquecendo de avisar... Eu avisei! Você ouviu demais e agora eu vou ter que acabar com o resto do trabalho. Como você prefere? Sufocado com um travesseiro ou que eu desligue um aparelho desses aqui?
(Ingrid percorre o quarto com os olhos procurando algo que possa apressar a morte de alguém).

MARIA EDUARDA (INGRID): Travesseiro é um clássico, não é? Vi em várias situações na internet, então acho que é bem clássico. Que o diabo te carregue! (Ingrid pega um travesseiro num grupo de armário e prepara-se para sufocar Alfredo).

(Antônio entra no quarto).

ANTÔNIO: Eduarda, que surpresa!
MARIA EDUARDA (INGRID): (Baixa o travesseiro disfarçadamente) Vim visitar o Alfredo, estava tão preocupada com ele. Como está o estado de saúde dele?
ANTÔNIO: Na mesma, infelizmente ele ainda não apresentou evoluções e segundo ao médico responsável, ele pode ficar assim durante a gravidez ou até o fim dela.
MARIA EDUARDA (INGRID): Tenho fé que ele vai ficar bem, tenho fé! Bom, agora tenho que ir... Quero visitar a mamãe, ela está precisando de mim...
ANTÔNIO: Está mesmo, ela está muito abalada depois de tudo que aconteceu. Sua presença fará muito bem a ela, ela te ama muito.
MARIA EDUARDA (INGRID): Então está bem, bom trabalho. Tchau! (Ingrid vai embora).

Cena 06 – Jardim Saúde (Casa de Mercedes) [Interna/Tarde]
(Gigi permanece obcecada pelas redes sociais, pois cada vez mais seus seguidores aumentam).

MERCEDES: Menina, sai dessa redes sociais... Você não fez nada hoje, só ficou no celular!
GIGI: Tia, você não tem noção... As pessoas estão me seguindo, querem me ver. Eu virei famosa! Se eu soubesse que precisava só tirar uma foto nua, já tinha feito isso antes.
MERCEDES: Que safadeza, menina. Não diga essas barbaridades que eu te mando de volta para o Ceará e o seu pai te conserta, Brígida!
GIGI: Não me chame de Brígida, me chame de Gigi Almeida, a nova estrela das redes sociais. Vou ser modelo e influencer!
MERCEDES: Vai ser o que?
GIGI: Tia a senhora não entende também, deixa quieto. Eu vou descansar a minha beleza agora e não quero ser pertubada.
MERCEDES: Perturbada você já é... (Sai do quarto e deixa Gigi sozinha).

Música da cena: Toda Toda – Pikeno e Menor
GIGI: Vai debochando, já, já eu vou ser a top das tops e a senhora vai ver só! (Gigi faz pose de frente para o espelho).
Cena 07 – Hospital de Atibaia [Interna/Tarde]
(Paula e Caíque caminham pelo hospital enquanto ela explica o caso da paciente que acabaram de encontrar).

PAULA: Ela teve algumas lacerações, não fraturou nada. O que era mais preocupante foi a forte pancada que levou na cabeça provavelmente enquanto caía, mas na tomografia não identificamos nada demais, só não conseguimos identificar essa demora dela em acordar.
CAÍQUE: E eu posso vê-la?
PAULA: Vê-la? Pode, pode sim. Ela já está no quarto, é esse daqui... (Paula abre a porta do quarto).

(Caíque entra no quarto e se depara com Maria Eduarda deitada na cama com alguns hematomas pelo rosto com uma aparência serena enquanto dormia. Em suas veias corriam o soro que descia gota a gota).

CAÍQUE: Oi! Você vai ficar bem logo, tá? Vamos cuidar bem de você. O que será que aconteceu com você? Como se chama?
PAULA: Ela não vai te responder...
CAÍQUE: Ela me ouve, tenho certeza que me ouve... (Conclui).

Cena 08 – Casarão Emília Bertolini – Sanatório [Interna/Tarde]
(Ingrid caminha por um corredor enorme do hospital guiada por uma enfermeira até a sala do diretor do local).


PSIQUIATRA: Boa tarde, a senhora é?
MARIA EDUARDA (INGRID): Eu me chamo Maria Eduarda Germai!
PSIQUIATRA: Sente-se. Em que posso ser útil?
MARIA EDUARDA (INGRID): É sobre a minha mãe, doutor. Ela está passando por momentos bem difíceis. Meu padrasto sofreu um acidente e está em estado vegetativo, sem possibilidades de acordar e a minha irmã gêmea desapareceu após lhe aplicar um golpe, diante disso, ela está estranha...
PSIQUIATRA: Estranha? Defina estranha!
MARIA EDUARDA (INGRID): Ela está muito nervosa, vive oscilando. Fora que ela está fora de si, nem parece ela... (Embarga a voz como se quisesse chorar). Parece está ficando louca!
PSIQUIATRA: Bem, não posso dar um diagnóstico sem vê-la. Preciso que você a traga aqui o quanto antes.
MARIA EDUARDA (INGRID): Está bem doutor, trarei ela aqui o quanto antes, como pediu.

Cena 09 – Hospital de Atibaia [Interna/Noite]
(Caíque permanece sentado numa poltrona ao lado da cama de Maria Eduarda enquanto ela dorme).

MARIA EDUARDA: (Tem flashes da noite em que sofreu o acidente como num sonho e acorda aos gritos).
CAÍQUE: (Levanta-se da poltrona e vai até a cama onde Maria Eduarda está) Calma, fique calma... Você está segura!
MARIA EDUARDA: Quem é você? Onde eu estou? Que lugar é esse?
CAÍQUE: Eu me chamo Carlos Henrique, mas você pode me chamar de Caíque. Estamos um hospital, eu te encontrei na estrada machucada e inconsciente e trouxe você para cá. Que bom que você está bem... Como se chama?
MARIA EDUARDA: Como eu me chamo? (Pensa durante alguns segundos... Até responder). Eu me chamo Isabela!

(A imagem foca em Maria Eduarda sentada na cama do hospital, a cena congela e o capítulo encerra com o som de uma câmera fotografando).

Trilha Sonora Oficial – Destinos Ligados (Spotify): http://twixar.me/Jk21




 

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