Falando de Amor - Capítulo 17
Não é recomendável para menores de 12 anos
Criada e escrita por
Luan Maciel
Supervisão
Lukas Lima
No Capítulo Anterior…
PILAR — (gritando) Como você ousa falar assim comigo? Eu sou dona desse hospital. Médica que nem você existe milhares por aí. Não se sinta especial por quem você não é.
HELOÍSA — O Miguel me contou muito bem como você gosta de tratar as pessoas Pilar. Eu não vou abaixar a cabeça para você. Eu e o Miguel vamos lutar para viver esse amor. Não tem nada que você possa fazer para impedir isso.
PILAR — (furiosa) É aí que você se engana. (P) Pegue suas coisas e saia do meu hospital. Você está demitida. Não quero te ver nunca mais na minha frente.E não pense em procurar o Miguel de novo. Você nunca vai estar aos pés dele. Pessoas que nem você são dignas de pena.
HELOÍSA — (fora de si) Pessoas como eu? Eu tenho muito orgulho em ser negra. Ao contrário de você que é uma mulher mal amada, infeliz e que acha que esse seu preconceito vai te levar algum lugar. Eu teria vergonha de ser uma racista que nem você é.
HELOÍSA JUNTA SUAS COISAS EM UMA CAIXA E VAI SAINDO DO CONSULTÓRIO MÉDICO. ANTES DE IR RMBORA ELA OLHA PARA PILAR QUE LANÇA UM OLHAR DE ÓDIO PARA NOSSA PROTAGONISTA.
Começa um novo Capítulo…
CENA 1. MANSÃO DOS GOMES LEITÃO. QUARTO. INT/DIA
CONTINUAÇÃO IMEDIATA DO CAPÍTULO ANTERIOR. A CÂMERA FOCALIZA EM VERÔNICA QUE ESTÁ SENTADA A BEIRA DA CAMA. ELA SE LEVANTA DA CAMA E PEGA UMA CAMISOLA QUE ESTÁ NO ENCOSTO DA CAMA. ELA VAI ATÉ A JANELA E ABRE A CORTINA DO QUARTO COM RAPIDEZ. NESSE MOMENTO MIGUEL ENTRA NO QUARTO E ELE FICA FRENTE A FRENTE COM VERÔNICA QUE OLHA PARA ELE COM UMA CARA DE MUITA RAIVA.
VERÔNICA — (nervosa) Então você lembrou que tem uma esposa? Aposto que você estava com aquela negrinha não é mesmo? Nem sequer lembrou do seu próprio filho.
MIGUEL — Eu não discutir com você Verônica. Eu não quero que o nosso filho presencie isso. (P) Nós precisamos conversar agora.
VERÔNICA — (furiosa) Se for o que eu estou pensando pode esquecer Miguel. Eu não vou dar a separação. Eu não vou te jogar no colo daquela negrinha. Você é meu marido e isso é uma coisa que não vai mudar.
MIGUEL — (sério) Porque você tem que ser assim Verônica? Você não percebe que o nosso casamento já acabou faz tempo? Eu não vou permitir que você use o meu filho para né atingir. Ele não tem nada haver com isso.
VERÔNICA PARTE PARA CIMA DE MIGUEL E DÁ UM TAPA NELE. MIGUEL SEGURA VERÔNICA PELOS BRAÇOS E JOGA ELA NA CAMA.
VERÔNICA — (gritando) Eu nunca vou te dar o divórcio Miguel. Eu não vou deixar que você e aquela negrinha fiquem juntos. Você é meu. Só meu. Ninguém vai tirar você de mim.
MIGUEL — Chega Verônica. Eu cansei de tudo isso. Você tem que entender que eu amo a Heloísa. Eu não vou deixar de amar por mais que você tente fazer de tudo.
VERÔNICA — (chorando de raiva) Porque você não me ama Miguel? Eu sempre fiz de tudo para que você me amasse. Mas você foi preferir aquela negra imunda. Eu te odeio Miguel.
MIGUEL — (firme) Você merece ser feliz Verônica. Eu sei que você ainda vai conhecer alguém que te mereça. Mas eu não posso te dar o que você tanto quer. Eu sinto muito.
MIGUEL OLHA COM PENA PARA VERÔNICA QUE ESTÁ JOGADA EM CIMA DA CAMA. ELE VAI SAINDO DO QUARTO. VERÔNICA FICA COMPLETAMENTE FURIOSA E JOGA UM JARRO DE FLORES COM MUITA RAIVA NA PORTA.
CORTA PARA:
CENA 2. ESCRITÓRIO DE BRUNO. SALA. INT/DIA
PLANO GERAL DA CENA. A CÂMERA MOSTRA UM LOCAL MUITO SIMPLES. PODEMOS VER UMA MESA, UM COMPUTADOR E BRUNO ESTÁ LENDO ALGUNS PAPÉIS. NESSE MOMENTO MÁRCIA ENTRA NA SALA DE BRUNO E ELA É ACOMPANHADA POR HORÁCIO QUE ESTÁ COM UM SEMBLANTE NENHUM POUCO AMISTOSO.
HORÁCIO — (nervoso) Eu posso saber o que está acontecendo aqui? (P) Porque você está abrindo esse escritório? Eu quero você ao meu lado Bruno. Nós juntos podemos conseguir mais clientes que vão fazer do meu escritório um dos mais influentes do país. Seu lugar é ao meu lado meu filho.
BRUNO — (sério) A minha resposta continua a mesma. Eu não vou me sujeitar aos negócios escusos que você pratica. Eu não concordo com nada do que você faz. Aqui no meu escritório eu pretendo trabalhar para ajudar quem realmente precisa.
MÁRCIA — Dr Bruno eu vou me retirar. Assim vocês podem conversar melhor. Eu não quero atrapalhar.
BRUNO — Não é necessário Márcia. Nós já acabamos por aqui. Esse senhor já está de saída. Eu e ele não temos nada para conversar.
HORÁCIO VAI INDO EM DIREÇÃO A PORTA. MAS ELE VOLTA E OLHA PARA BRUNO COM RANCOR.
HORÁCIO — Você acha mesmo que ser honesto hoje em dia adianta? Acorda para vida. O mundo é um lugar sujo, podre e só vence quem é mais esperto. (P) Pelo visto essa é uma lição que você só vai aprender quando quebrar a cara.
BRUNO — Quando eu era criança você era o meu herói. Eu olhava para você e pensava que qua do eu crescesse eu iria ser que nem você. Mas hoje eu vejo que você é um homem desprezível que não tem caráter. Eu tenho vergonha de ser seu filho.
MÁRCIA — Calma Bruno. Você não acha que está sendo muito duro com o seu pai? É melhor vocês conversarem Melhor.
BRUNO — (sério) Não se preocupe Márcia. Eu sei muito bem que eu estou fazendo. Esse homem é uma pessoa que não é confiável.
SEM DIZER NEM SEQUER UMA PALAVRA HORÁCIO VAI SAINDO DO ESCRITÓRIO DE BRUNO. MÁRCIA FICA PARADA NA FRENTE DE BRUNO E ELES SE OLHAM POR ALGUNA INSTANTES.
CORTA PARA:
CENA 3. ROVIÁRIA. INT/DIA
É MOSTRADO QUE VÁRIAS PESSOAS VÃO PASSANDO DE UM LADO PARA O OUTRO NA RODOVIÁRIA. A CÂMERA FOCALIZA EM FRANCISNALDO E MARIA DA GLÓRIA QUE ESTÃO ESPERANDO UN ÔNIBUS QIE VEM DA PARAÍBA CHEGAR. DEPOIS DE ALGUNS MINUTOS UM ÔNIBUS VEN CHEGANDO A RODOVIÁRIA. AS PESSOAS COMEÇAM A DESCER DO ÔNIBUS E FRANCISNALDO VAI FICANDO NERVOSO. LOGO EM SEGUIDA DULCINEIA VAI DESCENDO E INDO AO ENCONTRO DE FRANCISNALDO QUE ESTÁ RADIANTE DE ALEGRIA.
FRANCISNALDO — (feliz) Que saudades minha mãe. Finalmente você chegou.
DULCINEIA — Égua! Finalmente eu cheguei. Que demora da moléstia.
MARIA DA GLÓRIA — (sorrindo) Fez uma boa viagem minha sogra? Aposto que deve estar cansada não é mesmo?
DULCINEIA — (provocando/com sotaque nordestino) O que você está fazendo aqui sua cobra do agreste? Veio repudiar de mim foi sua rata boi?
FRANCISNALDO FICA ENTRE DULCINEIA E MARIA DA GLÓRIA PARA IMPEDIR QUE UMA FIQUE ENFRENTANDO A OUTRA. ELAS FICAM SE OLHANDO DE UMA FORMA PROVOCATIVA.
FRANCISNALDO — Por favor mamãe. A Maria da Glória é minha esposa. Eu vou te pedir que respeite ela. (P) Porque vocês não conseguem se dar bem?
DULCINEIA — (provocando) Eu nunca vou me dar bem com essa bexiguenta. (P) Você deveria ter escolhido uma mulher que não fosse uma oportunista.
MARIA DA GLÓRIA — (nervosa) Eu vim aqui na maior boa vontade, mas eu não vou ficar calada ouvindo suas ofensas. Você é uma cobra dona Dulcineia. Me cansei de olhar para sua cara.
DULCINEIA SAI ANDANDO DANDO AS COSTAS PARA FRANCISNALDO E MARIA DA GLÓRIA QUE FICA FERVENDO DE ÓDIO.
CORTA PARA:
CENA 4. HOSPÍCIO. INT/DIA
VISÃO GERAL DA CENA. MUITAS PESSOAS COM PROBLEMAS MENTAIS ESTÃO ESPALHADAS PELO HOSPÍCIO. EUN CANTO DO HOSPÍCIO VEMOS DINORAH QUE ESTÁ OLHANDO PARA TODOS OS LADOS PRESA DENTRO DE UMA CAMISA DE FORÇA. NESSE MOMENTO UM ENFERMEIRO SE APROXIMA DE DINORAH E VAI LEVANDO ELA PARA UM LUGAR MAIS TRANQUILO DENTRO DO HOSPÍCIO. O ENFERMEIRO TIRA A MÁSCARA DE PROTEÇÃO E É AÍ QUE PODEMOS QUE FÁBIO ESTÁ ALI DISFARÇADO.
FÁBIO — (chocado) Meu Deus do céu… O que fizeram com você Dinorah? Eu não posso acreditar no que essas pessoas estão fazendo aqui.
DINORAH — (dopada) Eu me lembro de você. (P) O que você está fazendo aqui?
FÁBIO — (falando baixo) Nós precisamos sair daqui agora. Eu vou te tirar desse inferno Dinorah. Eu não deixar que você fique nem mais só dia aqui.
FÁBIO VAI LEVANDO DINORAH PARA A SAÍDA DO HOSPÍCIO. NESSE INSTANTE UN DOS SEGURANÇAS DO HOSPÍCIO PERCEBE O QUE ESTÁ ACONTECENDO .
SEGURANÇA — (gritando) Onde vocês pensam que estão indo? Voltem aqui agora.
FÁBIO — (desesperado) Vamos embora daqui logo. Nós não podemos deixar ele nos alcançar.
FÁBIO E DINORAH SAEM CORRENDO PELO HOSPÍCIO. TRANSIÇÃO DE CENA PARA O PÁTIO DO HOSPÍCIO. FÁBIO ESTÁ CORRENDO E ELE VAI LEVANDO DINORAH COM CERTA DIFICULDADE. O SEGURANÇA DO HOSPÍCIO VEM SEGUINDO ELES LOGO ATRÁS. FÁBIO E DINORAH ENTRAM EM UM CARRO QUE ESTÁ PARADO.
SEGURANÇA — (nervoso) É melhor vocês sairem desse carro. Não tem como vocês fugirem daqui. Façam o que eu estou mandando que ninguém vai se machucar.
FÁBIO — (sussurando) Confie em mim Dinorah. Eu vou te tirar daqui.
FÁBIO ACELERA O CARRO E VAI SAINDO DO HOSPÍCIO. O SEGURANÇA FICA COMPLETAMENTE IRRITADO. ELE PEGA SEU TELEFONE E FAZ UMA LIGAÇÃO.
COETA PARA;
CENA 5. CASA DE HELOÍSA. SALA. INT/ENTARDECER
ALGUMAS HORAS DEPOIS. A TARDE JÁ VAI INDO EMBORA. HELOÍSA CHEGA EM CASA E JOGA SUAS CHAVES EM CIMA DA MESA. ELA ESTÁ MUITO COM TUDO QUE ACABA DE ACONTECER. CELESTE VEM DA COZINHA E ESTRANHA VER A NOSSA PROTAGONISTA ESSE HORÁRIO EM CASA.
CELESTE — (estranhando) O que você está fazendo aqui? Não deveria estar no hospital?
HELOÍSA — (séria) Eu não quero falar disso agora. Eu não estou com cabeça para discutir com você .
HELOÍSA VAI ANDANDO PELA SALA SALA COM UM OLHAR TRISTE. NESSE MOMENTO DAVI VEM AO ENCONTRO DE HELOÍSA. ELE OLHA COM MEDO PARA CELESTE QUE NÃO ENTENDE O PORQUE DE SEU NETO ESTAR ASSIM.
DAVI — Mãe eu preciso falar com você. Eu tenho que te contar uma coisa para te contar.
HELOÍSA — (curiosa) Do que você está falando meu filho? O que você está querendo me contar?
DAVI — Hoje de manhã veio uma mulher aqui e ofereceu dinheiro para minha avó para separar você e o Miguel.
CELESTE — (furiosa) Fique quieto Davi. Porque você está inventando essa mentira sobre mim?
HELOÍSA — (nervosa) Você fez isso comigo mãe? (P) Quem te deu esse dinheiro? (gritando) Fala agora.
HELOÍSA FICA COMPLETAMENTE NERVOSA E FICAM SEM RAZÃO E OLHA PARA CELESTE COM MUITA RAIVA. CELESTE TENTA FINGIR, MAS HELOÍSA PERCEBE QUE SUA MÃE ESTÁ MENTINDO.
A IMAGEM CONGELA NO ROSTO DE HELOÍSA, E AOS POUCOS A IMAGEM VAI SE TRANSFORMANDO EM UM RETRATO.
Obrigado pelo seu comentário!