Débora
CAPÍTULO 03
uma novela de
FELIPE LIMA BORGES
escrita por
FELIPE LIMA BORGES
baseada nos capítulos 3 a 5 do livro
de Juízes
FADE
IN:
CENA 1:
EXT. BETEL – RUA – NOITE
Lapidote sorri para uma Débora constrangida.
LAPIDOTE
Shalom...
Débora mexe os lábios e pigarreia.
DÉBORA
Sha-Shalom...
Lapidote, certo?...
LAPIDOTE
Isso. Boa
memória.
Débora sorri.
DÉBORA
Então...
Conseguiram um lugar para ficar?
LAPIDOTE
Meu pai
encontrou um velho amigo, ele está nos hospedando. Vai nos ajudar até
conseguirmos abrir a loja.
DÉBORA
Hum... Que
bom.
Lapidote faz que sim.
Alguns instantes de silêncio
constrangedor...
Lapidote finalmente o quebra.
LAPIDOTE
E você...
Débora... Débora, certo?
DÉBORA
(sorrindo) Isso.
LAPIDOTE
Débora...
Andando a essa hora por aí?...
DÉBORA
Bom, é
normal... Não tem nada demais. Todo mundo conhece todo mundo nessa cidade. Mas
eu te entendo... Quero dizer, é homem...
Ele franze a testa.
DÉBORA
Homens não
gostam que mulheres andem sozinhas à noite, principalmente se forem suas
esposas.
LAPIDOTE
Eu não vejo
problema. As mulheres são tão inteligentes e capazes quanto os homens. Talvez
até mais espertas...
Com isso o semblante de Débora
muda. Surpresa, olha fixamente para ele.
LAPIDOTE
É claro que
os perigos existem, talvez não muito aqui, mas em outros lugares há. Os
filisteus estão se espalhando por todo canto...
Débora ainda parece admirada com o
que ele disse anteriormente.
DÉBORA
(admirada) Um homem
que não enxerga as mulheres como seres inferiores...
LAPIDOTE
É, mas...
Não devo ser o único, quero dizer... Deve haver mais.
DÉBORA
Não há. Não
aqui, pelo menos. Sempre foi assim para todos, e pelo jeito sempre será:
mulheres inferiores e menos capazes. E o pior é que muitas concordam. Quase
todas.
LAPIDOTE
(entendendo) Você
não...
DÉBORA
Eu não. Eu
sei que Deus fez o homem primeiro que a mulher, mas Eva--
LAPIDOTE
(interrompendo) ...veio da
costela de Adão, não dos pés.
Débora, ainda mais admirada, deixa
escapar um sorriso e seu olhar brilha.
LAPIDOTE
(sorrindo) O quê?...
DÉBORA
É só que...
Ela não completa.
LAPIDOTE
Diga...
DÉBORA
É... Bom,
não... Esquece.
LAPIDOTE
Por
favor... Por favor, não deixe de dizer...
DÉBORA
(sem
olhá-lo diretamente nos olhos) É só que... eu pensei aqui... que
a moça que se casar com você... terá uma sorte rara.
E o olha. Lapidote sorri.
LAPIDOTE
Você acha
mesmo isso?
DÉBORA
Eu... Me
desculpe, eu não devia ter falado isso. Por favor, me perdoe... Shalom.
Débora vira e sai rápido, mas ele
vai atrás.
LAPIDOTE
Ei,
Débora... Espere...
Ele a alcança e ela para; vira para
ele.
LAPIDOTE
Está tudo
bem? Eu... percebi quando a encontrei... Parecia triste.
DÉBORA
É o meu
pai... É a minha história, minha vida... Basicamente ele queria um menino, e
quando nasci tentou se livrar de mim. Minha mãe conseguiu impedi-lo e o
expulsou de casa. Agora voltou dizendo estar arrependido... e minha mãe parece
disposta a perdoá-lo.
LAPIDOTE
Débora, eu
mal a conheço, estou ouvindo isso agora, mas... Não seria o certo perdoá-lo?
Não é isso o que devemos fazer?
Débora respira fundo.
DÉBORA
É
complicado...
Entendendo, Lapidote faz que sim.
DÉBORA
Bom,
preciso ir...
LAPIDOTE
Eu quero...
te ver... de novo.
Um frio na barriga parece tomar
Débora, que o olha com o rosto corado.
DÉBORA
Bom...
Estarei por aí.
Ela
sorri e sai rápido. Empolgado, Lapidote a observa se afastar.
CENA 2:
INT. CASA DE TAMAR – COZINHA – NOITE
Elian e Tamar conversam, sentados à
mesa, mais próximos do que quando Débora estava.
ELIAN
Eu quero
recomeçar, Tamar. Quero passar um pano em tudo o que aconteceu e fazer uma nova
jornada junto com vocês.
TAMAR
Não seria
fácil...
Elian se aproxima mais.
ELIAN
Eu nunca
pensei que seria. Não foi fácil no início do nosso casamento, não é agora que
será.
Próximos, eles se encaram, olho no
olho.
Então Elian levanta a mão e toca de
leve no rosto de Tamar, que fecha os olhos sentindo a carícia...
Logo ele afasta a mão e Tamar abre
os olhos.
ELIAN
(baixinho) Eu senti
tanta saudade...
Olho no olho... Se inclinam... Se
aproximam... Os lábios de um caminha na direção dos do outro... e se tocam;
Tamar e Elian se beijam delicadamente.
É
quando a porta se abre e Débora entra; ao ver o beijo, paralisa com os olhos
arregalados! Um pouco assustados, os pais olham para ela.
CENA 3:
INT. BETEL – CASA – QUARTO – NOITE
Lapidote entra no quarto onde está
Misael e todos os pertences de ambos. O homem percebe o sorriso no rosto do
filho.
MISAEL
(descontraído) Qual seria
o motivo desse sorriso, hum?
Lapidote olha para o pai
simpaticamente.
LAPIDOTE
Eu conheci
uma moça, meu pai. (se corrigindo) Ahn, na verdade é aquela moça que
vimos na entrada da cidade. Débora é o seu nome.
Misael gosta do que ouve.
MISAEL
Oh, mas que
notícia boa! Diga-me mais... Qual foi a ocasião do novo encontro?
LAPIDOTE
Na verdade
eu estava apenas vindo para cá quando nos cruzamos na rua.
MISAEL
Lapidote,
meu filho, apesar da pouca idade e caso se derem bem, vocês podem esperar até
terem idade de casamento!
LAPIDOTE
(interessado) Será que
ela esperaria por mim?
MISAEL
Ainda é
muito cedo para dizer, vocês precisam se conhecer melhor...
Lapidote faz que sim.
MISAEL
Meu filho,
eu o aconselho a fazer amizade com essa menina. É assim que começa.
LAPIDOTE
(sorrindo) Certo.
CENA 4:
INT. CASA DE TAMAR – COZINHA – NOITE
Tamar e Elian, juntos, olham para
Débora.
TAMAR
Filha...
Débora respira fundo, fecha a porta
e entra devagar.
DÉBORA
Então a
senhora o perdoou...
Tamar olha para Elian, que se
levanta e se aproxima da garota.
ELIAN
Débora, por
favor, eu peço que me ouça apenas essa vez.
Com semblante de desinteresse, ela
o olha.
DÉBORA
Tudo bem.
Cruza os braços e continua a
encará-lo.
ELIAN
Agora que
sua mãe me perdoou, nós voltaremos a morar juntos.
DÉBORA
Não estou
nada satisfeita com isso. A vida toda foi só minha mãe e eu. Agora outra
pessoa, um homem que me desprezou, que me rejeitou--
ELIAN
(interrompendo) Eu já
disse que me arrependo amargamente desse ato, Débora. Foi um erro.
DÉBORA
Erro foi o que,
em todos esses anos, eu pensei que fosse para o meu pai!
Elian então se aproxima mais de
Débora, cujos olhos estão marejados, apesar do rosto enfurecido.
ELIAN
Eu estou
olhando agora para o futuro. O meu futuro, onde estou com Tamar e com você, a
minha filha querida.
Os músculos faciais de Débora,
tremendo, são riscados por lágrimas.
ELIAN
Quero
recuperar o tempo perdido. Quero ser o amigo que você não teve. Independentemente
de como você me receber, Débora, eu vou sempre amá-la e respeitá-la como homem
algum poderia!
Débora rapidamente seca as
lágrimas.
ELIAN
Eu entendo.
Você pode ter um tempo para se acostumar. (pequena pausa) E, quando
estiver pronta, eu estarei aqui, esperando para te abraçar.
Débora funga e tenta manter o
contato visual.
TAMAR
(ainda
sentada) Abrace seu pai, minha filha...
Débora olha para a mãe num misto de
revolta e indignação.
ELIAN
Dê a ela o
tempo necessário, Tamar.
Débora então volta a olhar para o
pai.
DÉBORA
Por
enquanto, que o senhor se contente com eu não mais indo contra o seu retorno.
Elian faz que sim sutilmente.
DÉBORA
Vou me
deitar. Shalom.
Débora
passa pela mesa e sobe a escada sem olhar para trás. Tamar e Elian a observam,
e depois se entreolham...
CENA 5:
INT. CASA DE TAMAR – QUARTO DE DÉBORA – NOITE
Deitada
em sua cama e com a cabeça sobre as mãos, Débora encara o teto, mas sem
realmente vê-lo. Pouco a pouco, seus pensamentos vão do retorno de seu pai para
o garoto chamado Lapidote... Um sorriso mínimo se forma em seus lábios.
CENA 6:
INT. CASA DE TAMAR – COZINHA – DIA
A noite passa e o novo dia
amanhece.
Postos à mesa, Elian e Tamar
desjejuam quando ouvem Débora descendo a escada.
DÉBORA
Shalom.
TAMAR,
ELIAN
Shalom!
Ao invés de se aproximar deles,
Débora caminha para a porta.
TAMAR
Filha, onde
vai?! Não vai desjejuar?
DÉBORA
Depois.
Estou sem fome agora.
Abre a porta.
TAMAR
Como vai
enfrentar a labuta do dia de estômago vazio?!
DÉBORA
Eu consigo.
Shalom.
Débora sai e fecha a porta.
TAMAR
Essa
menina...
ELIAN
Débora tem
12 anos, certo?
TAMAR
Sim.
ELIAN
O que ela
faz durante o dia?
TAMAR
Arruma a
casa, cuida das ovelhas, das plantas, faz as compras, me ajuda a cozinhar...
Inclusive ela é a melhor em receitas com tâmaras. Faz como ninguém!
Sorrindo, Elian faz que sim.
ELIAN
E... ela
nunca te disse nada sobre... sobre algum rapaz, sobre algum interesse amoroso?
TAMAR
(saboreando
a comida e fazendo que não) Não... Débora ainda é muito criança, sabe?
Ainda há muito da infância nela. É como se... como se ela se recusasse a se
tornar uma mocinha. Como se quisesse continuar com as peraltices. Mas é
inegável o bloqueio que ela tem para assuntos de casamento.
ELIAN
(abaixando
a cabeça) Minha culpa.
Tamar confirma com a cabeça.
TAMAR
Ela diz que
os homens são quase todos iguais.
ELIAN
Precisamos
quebrar isso, Tamar. Como pais precisamos ver um bom moço para ela.
TAMAR
Ainda é
muito cedo, Elian. Como eu disse, ela mal saiu da infância.
ELIAN
Mas não é
para agora. Podemos firmar um compromisso com um bom partido e reserva-los um
para o outro. Quando chegar a hora adequada, os dois se casam.
TAMAR
Não sei se
ela vai gostar de saber disso. Aliás, sei sim! Com certeza ela não aprovará.
ELIAN
Tamar, eu
amo Débora, quero reconquistá-la... Mas ela é filha. Não tem que aprovar o que
os pais sabem que é melhor para ela.
Tamar
olha para o nada e respira fundo. Um tanto receosa, faz que sim.
CENA 7:
EXT. BETEL – ARREDORES – DIA
Débora e Jaziel caminham como se
houvessem inúmeros obstáculos pelo chão.
DÉBORA
É
frustrante, Jaziel! Não aguento ver Elian lá na mesa, comendo como se tudo
estivesse bem.
JAZIEL
Nossa... Eu
nem sei o que te dizer, Débora.
Nesse momento Lapidote, saindo da
cidade, os nota e se aproxima. Débora o observa com um brilho no olhar.
JAZIEL
Hum... Vou
resolver umas coisas dos meus pais e depois nos falamos.
Débora faz que sim rapidamente e
ele sai. Logo Lapidote chega ali.
LAPIDOTE
Shalom!
DÉBORA
Shalom...
LAPIDOTE
(sorrindo) Eu vim
falar com você.
DÉBORA
Mesmo?...
Por quê?
LAPIDOTE
Bom, quis
saber se está tudo bem com você, na sua casa... Por causa daquela situação.
Débora sorri.
DÉBORA
Você se
importou... Um homem sensível!...
LAPIDOTE
Mas não
poderia ser diferente. Em minha oração antes de dormir e na de hoje de manhã eu
apresentei você e sua família ao Senhor.
Débora então se ajeita e o olha
fixamente.
DÉBORA
Será que os
homens não são assim apenas quando estão nessa idade?...
Lapidote ri.
LAPIDOTE
Bom, no meu
caso, acho que não... É natural, eu nem percebo, quando vejo você já está
admirada... Simplesmente quero saber se você está bem.
Débora o olha com um bonito
sorriso.
DÉBORA
Lapidote,
venha. Me acompanhe que eu vou te contar tudo.
Então
ambos saem caminhando por ali.
CENA 8: INT.
CASA DE TAMAR – COZINHA – DIA
Com a mesa retirada e limpa, Elian
se prepara para sair.
ELIAN
Eu vou dar
uma volta na cidade, tudo bem? Ver como as coisas estão, o que mudou, o que não
mudou...
TAMAR
(sorrindo) Claro...
ELIAN
E aí eu
venho e vejo no que posso trabalhar. Shalom.
Eles trocam um rápido beijo.
TAMAR
Shalom.
Elian
sai.
CENA 9:
EXT. CAMPO – DIA
Débora e Lapidote caminham
conversando pelo campo quando Elian aparece logo atrás e os encontra. Aperta os
olhos, não gosta do que vê.
Mantendo
distância, ele persegue os dois, que conversam descontraidamente.
CENA 10:
EXT. DIVERSOS LUGARES – DIA
Conforme os dias vão se passando,
Débora e Lapidote se aproximam mais; não há mais o silêncio constrangedor do
início, os assuntos rendem muito em suas caminhadas pelas ruas, arredores de
Betel e campos da região. No entanto, Elian continua a persegui-los em oculto.
DÉBORA
(NAR.)
Enquanto eu
me aproximava do garoto por quem meu coração batia mais forte a cada dia, meu
pai me seguia com um zelo extremo demais para quem deseja reconquistar uma
filha. Hoje eu o entendo melhor, mas ainda assim é uma manobra perigosa.
CENA 11:
EXT. CASA DE TAMAR – FRENTE – DIA
Em um determinado dia, enquanto
Débora, Jaziel e Lapidote conversam descontraídos na rua, Tamar e Elian,
sentados na entrada da casa, descascam legumes. Ele, porém, não tira os olhos
dos três adolescentes.
ELIAN
Eu percebi
que Débora passa muito tempo com aqueles dois.
Tamar tira os olhos dos legumes que
descasca, olha para Elian e olha para os três, bem perto dali.
TAMAR
Jaziel é
como um irmão para ela. Brincam desde que eram bem pequenos.
ELIAN
O problema
é o outro.
TAMAR
Lapidote?
ELIAN
Ela fala
muito dele.
TAMAR
Acha que
ela está gostando dele?
ELIAN
Basta
observar como eles se olham... Ambos se gostam.
Tamar os observa por alguns
instantes. Depois olha para o marido.
TAMAR
E o que
pretende fazer?
ELIAN
Primeiro...
confirmar que existe o sentimento.
Perto dali, Jaziel despede de
Débora e Lapidote e vai embora.
LAPIDOTE
Escute,
Débora, eu estava pensando numa coisa...
DÉBORA
O quê?
LAPIDOTE
Sabe a
torre naquela rua que acaba na praça?
DÉBORA
Claro, é o
lugar mais alto da cidade.
LAPIDOTE
Sim.
Gostaria de me encontrar lá no início da noite?
DÉBORA
Lapidote,
não é certo sairmos à noite... Sozinhos, sem ninguém nos vendo...
LAPIDOTE
Ora, mas
estaremos no alto... Se alguém quiser nos ver, bastará olhar para cima.
Débora ri.
DÉBORA
Mas há
poucas pessoas nas ruas.
LAPIDOTE
Sim...
Ela
o encara...
CENA 12: INT.
CASA DE TAMAR – COZINHA – NOITE
A noite cai.
Apesar de consertar um cesto
rasgado, Elian não consegue se concentrar no serviço.
ELIAN
Já é tarde,
Tamar, e nada da Débora. Eu vou atrás.
TAMAR
É normal
ela demorar um pouco mais às vezes, Elian. Depois chega aí com as canelas
raladas e a roupa suja.
ELIAN
(levantando) Débora
pode não querer deixar de ser criança, mas não pode negar os próprios
instintos. Volto logo.
Elian
caminha para a porta e sai. Tamar faz que não, mas nada diz.
CENA 13:
EXT. BETEL – RUA – NOITE
Débora caminha pela rua quase vazia
de forma tranquila. O luar e o fogo das tochas penduradas nas paredes iluminam
a leve ansiedade no rosto da garota.
Finalmente
ela chega na torre e para. Olha lá para cima, mas não vê ninguém. Então entra.
CENA 14:
EXT. BETEL – TORRE – TERRAÇO – NOITE
Débora abre uma porta e pisa no
terraço, o ponto mais alto da torre. Não há ninguém ali, mas logo ela se
encanta pela visão. Dali é possível ver toda a cidade, cada rua e casa
iluminada por tochas.
Espera alguns bons minutos enquanto
aprecia a paisagem, mas não vê nem sinal de Lapidote. Então vira para descer
quando dá de cara com o mesmo.
DÉBORA
Ai, que
susto! (sorrindo) Quer me matar?!
Lapidote ri.
LAPIDOTE
Perdão, não
era a minha intenção...
DÉBORA
Por que se
atrasou, Lapidote?
LAPIDOTE
Eu cheguei
e te vi aqui em cima olhando para a cidade... e não resisti.
DÉBORA
Não
resistiu...?
LAPIDOTE
À imagem. Fiquei
apreciando.
DÉBORA
Bobo.
Lapidote sorri e eles se encaram.
Então ele se aproxima um pouco e ela parece receptiva... Até que seus olhos se
fecham e seus lábios trocam um suave e apaixonado beijo sob o luar.
Se eles olhassem para a rua lá
embaixo, veriam Elian chegando, notando-os naquela situação e parando para
observar. No delicado beijo de Débora e Lapidote, IMAGEM CONGELA
CONTINUA...
FADE OUT:
No próximo capítulo: Ao
descobrir sobre Débora e Lapidote, Elian toma uma providência. E o garoto
decide ir falar com os pais de Débora.
Obrigado pelo seu comentário!