Débora
CAPÍTULO 09
uma novela de
FELIPE LIMA BORGES
escrita por
FELIPE LIMA BORGES
baseada nos capítulos 3 a 5 do livro
de Juízes
FADE
IN:
CENA 1:
INT. CASA DE NAJARA – SALA – DIA
Enquanto Sísera, sentado à mesa,
limpa a boca, Najara lava uma vasilha ao lado do fogão.
SÍSERA
O pão de
mel estava maravilhoso, mãe! Pena que preciso voltar para o palácio... Tenho
que montar esse plano de estratégia para entregar ao rei e poder ir até Amom.
Najara, no entanto, não responde ao
filho, apenas continua a lavar. Ele nota que o olhar da mãe é distante.
SÍSERA
Mãe?...
NAJARA
(virando
levemente) Sim?
SÍSERA
A senhora
está bem?
NAJARA
Sim, sim,
estou bem...
SÍSERA
Não
parece... Tem a ver com o nosso plano?
NAJARA
Não... Não,
não é sobre o plano. Na verdade... é sobre o seu pai...
Sísera limpa a boca uma última vez
e se levanta.
SÍSERA
(aproximando) A essa
hora... não era pra ele estar aqui?
Najara termina de lavar a vasilha e
vira para Sísera.
NAJARA
Era... Era
sim.
SÍSERA
A senhora
está preocupada?
Najara respira fundo.
NAJARA
Não... Não dessa
forma. Eu estou é desconfiada... desconfiada que seu pai está tendo um caso com
alguma mulher.
Sísera
é pego de surpresa pela confissão da mãe...
CENA 2:
INT. CASA DE NIRA – DIA
A casa é feita apenas de um quarto,
no qual está uma mesa, dois baús e uma cama, além de roupas e outras bugigangas
espalhadas em cima e embaixo de tudo isso.
Na cama há algo a mais, duas
pessoas: NIRA (28 anos) e JEBOÃO (60 anos), ainda vestidos, ele beijando-a
afoitamente. Rindo, ela escapa de seus braços, sai da cama e fica parada, em
pé. Ele olha para ela e se aproxima rapidamente. Leva suas mãos até a costa da
parceira e beija seu pescoço com vontade. Ela deixa por alguns instantes, mas
logo se desprende dele e volta para a cama, onde fica de barriga para cima numa
posição provocativa. Jeboão, parado, aprecia a visão.
JEBOÃO
(aproximando
devagar) Você é linda...
NIRA
Acha
mesmo?...
JEBOÃO
Acho,
muito, muito!...
Ela sorri para ele.
JEBOÃO
Você é como
uma deusa para mim. Perco completamente os sentidos, me esqueço de tudo!
Jeboão pula na cama e beija o pé de
Nira até a coxa, onde ela tira o rosto dele.
NIRA
Você se
esquece até da sua esposa?...
Ainda em cima das pernas dela, Jeboão
a encara nos olhos.
JEBOÃO
Quem é
Najara perto de você?
Nira
sorri para Jeboão, que rapidamente se arrasta até o mesmo nível dela e a beija
desengonçadamente no rosto. Quando ele está beijando o pescoço dela, ela encara
o teto do quarto com uma expressão de nojo e desprezo.
CENA 3:
EXT. BETEL – PRAÇA – DIA
Éder encara Débora.
ÉDER
Estou
esperando por uma explicação, Débora.
DÉBORA
Não posso
responder, não sei quem é ele. Acabei de conhece-lo.
BARAQUE
(aos dois) Perdão,
perdão. Meu nome é Baraque, habito na cidade de Quedes, na tribo de Naftali.
ÉDER
E o que
está fazendo aqui em Efraim? Em Betel? O que quer com minha noiva?!
DÉBORA
Baraque me
pediu uma informação. Ele queria saber se essa é--
ÉDER
(interrompendo) Eu
perguntei para ele, não para você.
Um tanto frustrada e irritada,
Débora respira fundo e fica quieta.
BARAQUE
Eu vim até
Betel para procurar por essa praça. Não pretendia falar com ninguém sobre o que
procuro, mas não vai ter jeito, já vi que todos saberão. Na verdade estou atrás
de um tesouro. Um tesouro que deve estar aqui em Betel.
Éder sorri.
ÉDER
Todo o povo
de Naftali é inocente assim ou é só você mesmo? Porque pra sair falando dessa
forma de um tesouro...
BARAQUE
(tirando um
pergaminho de dentro da veste) A pessoa que me fizesse mal e me
tomasse essa carta não estaria em melhores condições, pois nem eu estou
conseguindo interpretar direito o que diz a carta.
ÉDER
Deixe-me
ver isso.
Éder leva sua mão para tomar a
carta, mas Baraque, num movimento ágil e certeiro, a desvia e a protege de
Éder, que olha com estranheza.
ÉDER
Como foi
tão rápido?!
BARAQUE
É que, ao
contrário da maioria do nosso povo, eu treino. Espada, duelos, cavalgadas...
DÉBORA
(sorrindo) E você tem
razão. Isso pode ser útil um dia.
Éder olha para Débora com um
semblante de ódio.
ÉDER
Vamos!
Agora, vamos embora!
Éder agarra o braço da noiva e a
puxa.
BARAQUE
Ahn, será
que vocês não podem por favor me ajudar com o juiz Sangar?! Para onde fica sua
residência?
DÉBORA
(sendo
puxada por Éder e apontando) Por ali!...
BARAQUE
Muito
obrigado! Shalom!
Baraque
sai por um lado e Éder com Débora por outro.
CENA 4:
EXT. BETEL – RUA – DIA
Éder continua puxando Débora pelo
braço, mas ela, com raiva, se solta.
DÉBORA
Você está
me machucando, Éder!
Eles param.
ÉDER
Quantas
vezes eu já pedi pra você não tomar a palavra na minha frente?!
DÉBORA
Sim, mas eu
estava apenas te contando o que aconteceu, pois Baraque já havia me falado por
cima o que veio fazer!...
ÉDER
Eu me
preocupo. Eu me preocupo muito!
DÉBORA
Por quê?...
ÉDER
Eu sou o
homem, Débora. Quando nos casarmos como poderei ser o homem da casa com você
sempre me interrompendo e tomando a palavra sem eu pedir?!
Débora fica quieta.
ÉDER
Eu não
gosto nada desse seu jeito.
Débora abaixa um pouco a cabeça.
DÉBORA
Eu vou
tentar mudar...
ÉDER
Não, não! Tentar,
não! Já era pra você ter mudado há muito tempo!
Ela respira fundo.
ÉDER
Além do
mais, você se atrasou. Chegou mais tarde do que de costume. Não estava usando
espada, estava?
DÉBORA
(rapidamente) Não!
Ela não mantém seus olhos nos dele.
ÉDER
Estou
tentando confiar em você, Débora. Não venha estragar isso, não quebre a ainda
frágil confiança que tenho em você!
Desanimada, ela faz que sim.
ÉDER
Imagine só
uma esposa que sabe lutar, mas o marido não. Que absurdo, que escândalo seria
se descobrissem!
Éder tenta se acalmar.
ÉDER
Muito bem,
vamos. Vamos logo para a sua casa.
Eles
saem.
CENA 5:
EXT. CASA DE TAMAR – FRENTE – DIA
Éder e Débora chegam à frente da
casa, onde estão Elian e Tamar.
DÉBORA
Shalom.
ELIAN
Shalom...
TAMAR
Shalom,
minha filha.
ELIAN
Ainda bem
que a encontrou, Éder.
ÉDER
É...
ELIAN
O que
aconteceu, Débora?
Ela olha para Éder e de volta para
o pai.
DÉBORA
Um rapaz de
Quedes de Naftali me parou para pedir uma informação sobre a cidade... Tal de
Baraque.
ELIAN
Hum.
DÉBORA
Vou entrar
e comer alguma coisa.
Débora começa a caminhar para a
porta, mas para com o chamado de seu pai.
ELIAN
Débora.
Ela olha para ele.
ELIAN
(apontando Éder
e sorrindo forçadamente) Seu noivo... Convide-o.
Tamar observa a situação com um
leve pesar.
DÉBORA
Ah,
claro... Éder, venha comer...
ÉDER
Certo.
Sem esperar pelo noivo, Débora vai
até a porta, abre-a e entra; Éder a segue e fecha a porta.
Insatisfeito, Elian faz que não e
Tamar nota.
TAMAR
O que foi,
Elian?
ELIAN
Débora não
trata Éder como devia. Como uma esposa cuidadosa, atenta e zelosa que ela vai
ter que ser.
TAMAR
Mas não é
pra menos, ela não gosta dele.
ELIAN
(irritado) Como você
pode falar isso?!
TAMAR
Ora, você é
ingênuo, Elian? É tão inocente a ponto de pensar que ela aceitou de bom grado o
moço que seu pai lhe empurrou goela abaixo?!
ELIAN
Pra se
casar não tem que gostar! Isso vem depois, com o tempo. Éder tem tudo para
Débora gostar dele. É trabalhador, honesto, de boa reputação...
Enquanto
Elian continua a elencar as qualidades que vê em Éder, Tamar revira os olhos e
continua seu serviço.
CENA 6:
EXT. CASA DE SANGAR – FRENTE – DIA
Dois servos estão postos à porta da
casa de Sangar. Perto dali, um transeunte aponta a residência para Baraque, que
se aproxima rapidamente.
BARAQUE
Shalom!
SERVO 1
Shalom.
BARAQUE
É aqui a
casa do juiz Sangar?
SERVO 1
Exato. Quem
deseja?
BARAQUE
Baraque, de
Quedes, Naftali.
SERVO 2
Um
instante.
O servo 2 entra na casa e, segundos
depois, retorna.
SERVO 2
Entre. O
senhor Sangar o receberá.
BARAQUE
Obrigado.
Baraque
passa por eles e entra na casa.
CENA 7:
INT. CASA DE SANGAR – SALA – DIA
A porta se fecha e Baraque se
aproxima da cama onde está deitado Sangar.
BARAQUE
Senhor
Sangar... Shalom... Com licença...
SANGAR
Aproxime-se,
filho...
Baraque chega à cama.
SANGAR
Sente-se.
Baraque senta na cadeira ao lado da
cama.
BARAQUE
É uma honra
finalmente conhecer o juiz de Israel.
SANGAR
No que eu
posso ajudá-lo?
BARAQUE
Senhor
Sangar, eu vim de Quedes até Betel à procura de um tesouro. Um tesouro de minha
família, muito antigo.
Apesar de debilitado, Sangar presta
bastante atenção.
BARAQUE
Meu pai
nunca se importou com isso, nunca acreditou. Mas meu avô diz que é verdade, que
no passado sua família escondeu esse tesouro.
SANGAR
Muito
interessante... E o que deseja de mim, filho?
Baraque pega o pergaminho.
BARAQUE
Pelo que eu
li nessa carta, o tesouro está embaixo da praça de Betel.
Sangar franze a testa.
SANGAR
Posso
lê-la?
BARAQUE
Claro.
Baraque entrega o pergaminho para
Sangar, que lê.
SANGAR
Não há
menção à Betel aqui. O texto fala apenas sobre a casa de Deus... E em cima,
não embaixo... “Sobre a casa de Deus”. Não “sob a casa de Deus”.
Baraque estranha e parece ficar
arrasado.
BARAQUE
Não
acredito que cometi esse erro tão simples...
SANGAR
(entregando
o pergaminho) Fique tranquilo, isso acontece.
Baraque pega a carta e a guarda
rapidamente.
SANGAR
Por que
você interpretou a localização como sendo aqui em Betel?
BARAQUE
Bom, Betel
significa “a casa de Deus”, então só poderia estar aqui...
SANGAR
Hum. Bem
pensado...
BARAQUE
Mas se não
pode estar em cima da praça por motivos óbvios... onde estará?
SANGAR
Perto da
cidade, no lado sudeste, há um grande monte. É possível vê-lo de quase qualquer
rua de Betel... No passado, muitos hebreus ricos e idólatras foram sepultados
ali com alguns de seus bens. É o que dizem... O problema é que, com o tempo, o
único acesso que havia desmoronou. Agora... só há uma forma de chegar lá em
cima: escalando um paredão de rocha.
Os olhos de Baraque parecem
esperançosos novamente.
SANGAR
É um bom
lugar para se enterrar um tesouro.
BARAQUE
Gostei.
Gostei, senhor. Tem razão! Agora, só mais uma coisa: onde eu poderia passar a noite?
SANGAR
Você tem
como pagar por conforto?
BARAQUE
Sim.
SANGAR
Então
recomendo a hospedaria aberta recentemente... O povo nas ruas poderá orientá-lo
a como chegar lá.
BARAQUE
Muito
obrigado, senhor!
SANGAR
Se escalar
o paredão de rocha e chegar lá em cima, não viole os supostos bens dos
sepultados. E, se o tesouro realmente estiver lá, use-o bem, com sabedoria.
Lembre-se dos pobres, dos aflitos, das viúvas e dos necessitados.
BARAQUE
(levantando)
Claro,
claro... Obrigado, meu senhor. Deus o abençoe.
SANGAR
Amém,
Baraque. Que Deus o abençoe e o guie.
BARAQUE
Amém!
Shalom!
SANGAR
Shalom...
Baraque então caminha para a porta
e sai. Sangar, deitado, observa-o partir.
CENA 8:
INT. CASA DE NIRA – DIA
Nira está sentada na cama e Jeboão
deitado com a cabeça em suas pernas. Ambos com as roupas amarrotadas.
JEBOÃO
Não, eu não
quero ir... Está tão bom aqui, tão maravilhoso...
NIRA
(tentando
levantá-lo) Jeboão, mas é melhor, meu amor... Você precisa
ir...
JEBOÃO
(aproveitando
o colo) Não, hummm...
NIRA
Não podemos
ser vistos... Já pensou se, por uma infelicidade do destino, sua esposa o
flagra aqui comigo?!
Incomodado com a possibilidade,
Jeboão levanta a cabeça e se senta.
JEBOÃO
Eu
voltarei. Eu quero, eu preciso ver você novamente, Nira.
NIRA
(acariciando
os braços dele) É claro, Jeboão! Eu sou toda sua, sempre e para
sempre!
JEBOÃO
(sorrindo) Gostei!
Então ele se levanta, arruma sua
roupa e calça a sandália. Vai até ela, que o observa com um olhar fingido de
admiração, e a beija.
JEBOÃO
Até breve,
minha deusa.
NIRA
Até, meu guerreiro
maravilhoso!
Jeboão sorri orgulhoso, vai até a
porta, dá uma última olhada nela e sai.
Quando a porta se fecha, Nira pula
e corre até a mesma. Espera alguns instantes...
Então a abre, olha para o lado... Está
limpo. Sai para fora, olha para cima e assovia.
Não demora muito e um homem pula da
casa lá de cima direto para o chão ao lado de Nira. É DEBIR (29 anos, moreno e
alto).
NIRA
(com
pressa) Entre...
Os dois entram rapidamente e fecham
a porta. Logo Nira agarra os braços de Debir.
NIRA
Por favor,
Debir, me limpe, vai, rápido, me abrace e me limpe! Que nojo, tire logo esse
cheiro do Jeboão do meu corpo!
DEBIR
Eu também
não quero sentir esse cheiro, Nira. Lave-se antes.
NIRA
(abraçando-o) Não, não,
Debir! Estou desesperada por você! (se esfregando nele) Por um homem de
verdade, por um amor quente, forte!...
Debir
não resiste e a aperta com força, e logo os dois se entregam a um beijo
intenso. Caem na cama agarrando-se com extremo desejo.
CENA 9:
INT. CASA DE NAJARA – SALA – DIA
Escorado em um pilar, Sísera
observa sua mãe sentada à mesa.
SÍSERA
E o que a
senhora pretende fazer em relação ao pai?
NAJARA
Olha, eu
não quero nem pensar no caso de ele estar me traindo. Nem sei qual seria minha
reação!
SÍSERA
Meu pai não
tem o direito de fazer isso com a senhora.
NAJARA
(levantando) Bom, por
enquanto não se preocupe com isso, Sísera. Você precisa se concentrar no seu
trabalho. O plano não pode ter uma única falha. Volte ao palácio e monte
a estratégia com calma e cuidado.
SÍSERA
Tudo bem. Vou
indo... Até mais tarde, mãe.
NAJARA
Até. Que os
deuses o acompanhem.
Sísera caminha para a saída. Quando
estende a mão, a porta se abre e Jeboão entra. Por alguns segundos Sísera e
Najara encaram o homem...
NAJARA
Jeboão...
JEBOÃO
Oi... Eu...
me distraí com uma barraca nova lá no comércio... mas já estou de volta. (para
Sísera) Novidades, meu filho?
SÍSERA
Sim, o
senhor não vai acreditar no que o rei--
NAJARA
(interrompendo) Vá,
Sísera, vá logo! Eu conto para o seu pai.
SÍSERA
Tudo bem.
Até mais tarde.
Jeboão faz um sinal com a cabeça e
fecha a porta após Sísera sair.
JEBOÃO
E então?
Najara
começa a contar tudo o que aconteceu com Sísera.
CENA 10:
INT. CASA DE TAMAR – SALA – DIA
Débora pega alguns biscoitos do
forno e traz para Éder, sentado à mesa. Olhando-a fixamente, ele nota que ela
não o olha nos olhos.
DÉBORA
(NAR.)
Uma das
piores coisas pelo que alguém pode passar na vida é ter seu destino decidido
por outros sem o seu consentimento. Sem nem mesmo a sua voz poder dar uma mera
opinião. É sufocante... É como se uma corda, amarrada ao seu pé e puxada por
uma pedra, te levasse cada vez mais para o fundo de um profundo e escuro rio.
Mas eu precisava passar por isso. Quase todas as mulheres tinham que
experimentar essa amargura.
Quando Débora termina de servir o
copo de vinho de Éder, ele segura seu braço e ela o olha.
ÉDER
Por que
você está assim?
DÉBORA
(franzindo
a testa) Assim como?
ÉDER
Assim, esse
seu jeito... Você!...
Débora, não entendendo, faz que
não.
ÉDER
Você não
gosta de mim.
DÉBORA
Éder, pode
soltar o meu braço?
Ele olha com certa raiva para o
braço dela, mas o solta.
ÉDER
Diga,
Débora. É verdade, não é? Você não gosta de mim.
DÉBORA
(sem
olhá-lo) Eu... É claro... que eu gosto de você, Éder. É o meu noivo...
Éder a encara por alguns segundos.
Por fim ela olha para ele.
ÉDER
Sabe o que
eu acho?
DÉBORA
O quê?...
ÉDER
Acho que
você passa tempo demais com o Jaziel.
DÉBORA
Jaziel é
como um irmão para mim. Somos amigos de infância.
ÉDER
Não é
apropriado você passar mais tempo com ele do que com o seu noivo.
DÉBORA
Mas nós
passamos bastante tempo juntos, Éder. Às vezes você até vem fora do horário dos
nossos encontros enquanto eu ainda estou trabalhando...
CENA 11:
EXT. CASA DE TAMAR – FRENTE – DIA
Uma garota de aparência alegre vem
da rua e para ali próximo a Elian e Tamar: é ISABEL (20 anos).
ISABEL
Shalom,
tios!
ELIAN,
TAMAR
Shalom!
ISABEL
A Débora
está?!
TAMAR
Está sim,
Isabel. Entre, entre...
ISABEL
Com
licença.
Isabel vai até a porta e entra.
ISABEL
Prima!
CENA 12:
INT. CASA DE TAMAR – SALA – DIA
Débora e Éder olham para a porta.
Ao ver o rapaz, Isabel paralisa ali mesmo na entrada.
DÉBORA
Isabel? Que
bom, entre!
A garota mexe os lábios e tenta
desviar seu olhar de Éder, mas em vão. No constrangimento de Isabel, IMAGEM
CONGELA
CONTINUA...
FADE OUT:
No próximo capítulo: Sísera faz uma promessa a uma prostituta que o
despreza, Sama fica desconfortável na casa de Jaziel e Baraque pede ajuda a
Débora e Jaziel na busca do tesouro.
Obrigado pelo seu comentário!