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Alto Mar - Capitulo 8





ALTO MAR

GÊNERO WEBSÉRIE
ESCRITA POR GABRIEL PRETTO
EMISSORA RANABLE WEBS
CAPÍTULO 8
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Cena 1: Quarto 214/Hotel Caribe/Manhã/

Vinicio adentra no quarto e fecha a porta

Laerte: Quem você pensa que é pra vim aqui me enfrentar? Perdeu a noção do perigo garoto? 
É isso? Perdeu o medo de morrer?
Vinicio: Quem eu acho que eu sou? Eu sou uma pessoa quem sabe exatamente quem você é. 
Laerte: Ah é? Então me diz quem eu sou que eu quero ouvir. Quem eu sou? Vai! Fala!
Vinicio: Você é Laerte Aviles, dono da transportadora espanhola Coimbra. Um homem mal caráter 
que é capaz de tudo pelo sucesso mesmo que desonesto da sua empresa. Seduz as pessoas por
 interesse. A maioria são seus sócios que só estão querendo trabalhar. E quando ‘’chega a hora’’ 
você despacha essas pessoas. Arma esquemas dentro da sua empresa. Como por exemplo...
nossa, São tantas as coisas que eu posso citar. Por onde posso começar? Deixa eu ver...
hum…

Laerte está visivelmente nervoso

Vinicio: Deixar as suas embarcações sem sistemas de segurança adequados. É um bom começo. 
O que mais? Talvez falar que você destrói qualquer pessoa que sabe de alguma coisa...
comprometedora sobre você? É. Também é um bom argumento. Tem algo mais? Ah! 
Quase esqueci! Você é capaz de implodir uma das suas embarcações fazendo com que a ação 
pareça um acidente para se livrar de seus inimigos, matando todos a bordo e deixando uma 
criança órfã. 
Laerte: Eu não vou aguentar que uma pessoa invejosa como você faça acusações fal-
Vinicio: Tá pouco? Quer mais? Além do Demeter, ele foi capaz de assassinar a sangue frio 
investigadores que sabiam de seus podres, como Lauro Hernot por exemplo, como mostra a 
gravação feita pelo próprio Laerte Aviles e que foi ironicamente destruída pelo próprio para impedir 
que o seu sócio saiba da verdade. Mas eu vou te dizer uma coisa. Seu império não vai mais muito 
longe não. Você tá nas minhas mãos. Logo, todos vão ficar sabendo quem é Laerte Aviles!

Laerte dá um tapa em Vinicio, que revida jogando ele na cama e começando a enganá-lo

Vinicio: Eu vou acabar com a tua raça!
Laerte: Me solta!
Vinicio: Você acabou com a minha mãe, com o meu pai, com a minha família e agora eu vou 
acabar com você.
Laerte: Acaba! Eu vou te dizer uma coisa! Eu acabei sim! Acabava outra vez!
Vinicio: ASSASSINO!
Lorenzo entra no quarto e vê Laerte sendo esganado.

Lorenzo: Para! Para!

Lorenzo tira Vinicio de cima de Laerte

Laerte: Ordinario! Invejoso! 
Vinicio: Você merece muito mais!
Lorenzo: Pelo amor de deus! Parem com isso!
Vinicio: Isso é só o começo. Foi muito pouco pro que você merece.
Laerte: Lorenzo, tira ele daqui! Tira! Antes que eu chame a segurança!
Lorenzo tira Vinicio do quarto

Lorenzo: O que foi que aconteceu?
Laerte: Esse homem apareceu no meu quarto e começou a me ameaçar. 
Mas agora eu não quero falar sobre isso. Gente invejosa!

Cena 2: Bote Salva-vidas/Atena/Amanhecer/

Todos estão conversando sobre os recursos que têm.

Ludim: Tá. Então a gente têm o que exatamente?
Ávila: Temos...dois sacos de arroz...duas garrafas d’água e dois sinalizadores.
Paola: Então acho que a gente precisa discutir como nós vamos fazer com a água. 
Fernando: Eu acho que a mesma forma que nós estamos fazendo com a comida.
E nós devíamos aproveitar a água da chuva para abastecer as nossas reservas de água.
Gallego: É. Também acho. Todo mundo concorda? Sim né?

Todos respondem que sim.

Gallego: Então beleza. Assim está decidido.

Cena 3: Bar/Puerto Limon/Tarde/

Lorenzo está sentado em uma mesa com Vinicio em sua frente.

Lorenzo: Porra meu. Tá doido é? Que que deu em você? Quer colocar tudo a perder? É isso? 
Vinicio: Qual o problema?
Lorenzo: Como assim qual é o problema? Você se avança nele e ainda pergunta qual é o problema?
Vinicio: Ele merece. Merecia muito mais. 
Lorenzo: Tá. Mas indo ao que interessa. Eu trouxe o relatório. 
Vinicio: Perfeito.

Lorenzo põe o relatório sobre a mesa

Lorenzo: Ai tem tudo. O nome do navio, a situação atual da embarcação, os tripulantes, 
peso, tamanho, tudo o que for necessário para ajudar na investigação.
Vinicio: Isso é mais do que perfeito. Isso é excelente. Já to imaginando a cara dele quando 
isso tiver em todos os canais de TV e jornais. Ai...vai ser maravilhoso ver a reação dele.
Lorenzo: Eu não celebraria tanto assim não.
Vinicio: Por quê?
Lorenzo: Ele é um homem muito poderoso e muito esperto. Eu tenho certeza que ele já tem 
uma carta na manga para usar se o sigilo for quebrado. A questão é qual é essa carta. Outra coisa, 
eu acho que a gente tinha que pensar no que vai acontecer depois que isso virar notícia.
Vinicio: Eu já tenho umas ideias em relação a isso. A mídia vai cair em cima dele obviamente, 
as famílias vão se comover, equipes de resgate vai navegar pela rota do navio que nem loucas 
em busca da embarcação e eu tenho certeza que ele vai tentar se fazer de inocente. E dependendo 
da situação do Atena, se ele tiver afundado por exemplo, eu tenho certeza que as consequências 
vão ser bem mais severas pra ele. Mas ele provavelmente vai fazer de tudo para atrapalhar as 
investigações. E talvez as coisas fiquem complicadas pra você.
Lorenzo: Por quê?
Vinicio: Se você dizer alguma coisa tentando ajudar o Laerte, considerando que ele 
realmente for preso ou que alguma ação legal seja tomada contra ele, você pode ser considerado 
pela lei como um cúmplice dele.
Lorenzo: Então o que eu devo dizer?
Vinicio: Não diga nada! Pelo menos, nada até chegar a hora certa. Alguma pergunta? 
Lorenzo: Não. Mas eu tenho medo o que vai acontecer com o seu colega se o Laerte realmente 
descobrir que foi ele que vazou isso.
Vinicio: Ele sabe se cuidar. Bom, eu preciso ir. Meu voo sai daqui a pouco. Eu volto em dois dias. 
Eu vou te deixar esse papel com o meu número. Qualquer coisa você me liga.

Vinicio entrega um papel com um número telefônico.

Vinicio: Por favor. Tome cuidado. Fique com deus.
Lorenzo: Igualmente.

Vinicio sai do bar.
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DOIS DIAS DEPOIS…

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Cena 4: Quarto 210/Hotel Caribe/Manhã/

Laerte se acorda com barulhos do lado de fora do hotel.

Laerte: Huh? Mas que...que que é isso?

Ele vai até a janela, abre as cortinas e vê centenas de pessoas na frente do hotel. 
Ele vê um homem segurando uma placa dizendo ‘’Queremos respostas, queremos nosso 
filhos.’’ Ele olha mais um pouco e vê dezenas de pessoas balançando um bandeirão que 
diz ‘’Salvem o Atena’’.

Laerte: O quê?

A câmera mostra o lado de fora do hotel. Onde vemos Keylor, que nota Laerte na janela 

Keylor: Olha ele lá gente! Aquele é o safado do dono da empresa.

Todos começam a vaiar Laerte.

A câmera volta para o quarto de Laerte. Que fecha as cortinas. A vaia continua.

Laerte: Mas que caralho tá acontecendo? 

Ele abre a porta do quarto e se depara com um Jornal, pega o papel e vê a manchete.
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LA NOTICIA - LIMÓN

DESASTRE NO MAR 
Navio cargueiro desaparece com 17 tripulantes. Confira a reportagem 
especial nas páginas 9-15.
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Laerte solta um grito de desespero. Lorenzo escuta os gritos e corre até o quarto do chefe.

Lorenzo: Eu ouvi um grito. O que é essa gente toda lá fora? O que aconteceu?
Laerte: Olha isso!

Laerte entrega o jornal para Lorenzo.

Laerte: Vazaram! Vazaram pra mídia toda! Quebraram o sigilo do Atena!
Lorenzo: O quê? Como assim vaza-
Laerte: Foi ele Lorenzo! Foi ele!
Lorenzo: Ele quem?
Laerte: Foi aquele tal de Vinicio! Eu tenho certeza disso!

Cena 5: Entrada/Hotel Caribe/Puerto Limon/Manhã/

Laerte e Lorenzo estão a caminho da delegacia para fazer uma denúncia. 
Ao saírem, eles se deparam com uma multidão de pessoas. Ao verem Laerte, 
que está visivelmente nervoso, todos começaram a vaiá-lo, jogar coisa nele e xingá-lo

Laerte: Parem com isso! Parem!
Lorenzo: Vem! Vamo sair daqui! Vamos sair daqui antes que façam alguma coisa com vocês. 
Laerte: Você já ligou para os meus guardas-costas?
Lorenzo: Sim. E pra sua secretária também. Todos estão caminho. Devem chegar pela tarde;
Lorenzo: Ah, Lorenzo, não sei o que faria sem você nessa situação.
Carlos: Era meu filho! Eu quero meu filho!

Carlos agarra Laerte pelo braço.

Laerte: Ai! Me solta! Me solta! Socorro!
Lorenzo: Solta ele! Solta!

Lorenzo solta Laerte. Ao ver quem foi que puxou seu chefe, ele reconhece Carlos.

Carlos: Você?
Lorenzo: Carlos…
Carlos: Então você tá aliado com esse bandido? É isso?
Lorenzo: Eu posso ex-
Carlos: Como é que você tão cara de pau a ponto de tentar me consolar sabendo que o meu filho 
pode ta morto!
Laerte: Eu não vou permitir que você faça mentiras contra o meu sócio, pobretão de merda.
Lorenzo: Laerte! Por favor!
Carlos (para Laerte): Assassino! Assassino! Eu vou acabar com a tua raça. 
Entendeu seu filho da puta? Eu mato você! EU MATO!

Laerte e Carlos saem da multidão e vão até um táxi que foi chamado pelos dois. 
Todos ficam vaiando o empresário e ficam jogando coisas no carro.

Cena 6: Delegacia/Puerto Limon/Manhã/

Lorenzo e Laerte estão caminhando até uma sala para prestar queixa junto com um funcionário.

Laerte (nervoso): Eu preciso de um advogado!
Lorenzo (apreensivo): O senhor não tem?
Laerte: Não. Sempre lidei com os meus problemas sozinho. Nunca achei que fosse me 
meter em uma situação tão grave assim. E se isso falir com a Coimbra?
Lorenzo: Calma. Vamos prestar queixa sobre isso e vamos ver o que podemos fazer. 

Eles chegam até uma sala.

Funcionário: Aqui. Podem entrar. O delegado já está ouvindo.
Lorenzo: Muito obrigado.

O funcionário abre a porta para que Lorenzo e Laerte entrem. 
Ao entrarem os dois se deparam com Vinicio, que está como um rosto maléfico. 
Ao ver Vinicio, Laerte fica chocado.

Vinicio: Bom dia senhor Aviles.
Laerte: V...vo…
Lorenzo: O que que…
Vinicio: Ué. Que caras são essas? Parecem que viram um fantasma? Eu ouvi a situação já. 
Eu vou auxiliar o senhor Aviles com as buscas do Atena.

A câmera foca em Laerte, que está visivelmente nervoso.

Vinicio: Então, como vai, senhor Aviles? Ou quer que eu te chame de Laerte?

A câmera foca em Vinicio, que está com um olhar maléfico. A câmera congela em Vinicio. 
O fundo fica desfocado e a imagem inteira fica azul.

FIM DO CAPÍTULO
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