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Crime de Amor - Capítulo 01 (Reprise)


novela criada e escrita por
LUCAS

supervisão da versão reprise por
FELIPE LIMA BORGES

CAPÍTULO 01
capítulo 01 original com adaptações

Cena 1: Mansão Família de Alice - Noite

Alice está em sua cama mexendo no notebook, quando batem na porta.

Alice: Pode entrar!

Catarina, sua mãe, aparece.

Alice: Oi mãe.

Catarina: Oi, filha!

Catarina se senta e fecha o notebook.

Alice: O que aconteceu?

Catarina: Minha filha, já faltam dois dias pro casamento e você ainda não decidiu onde vai passar a lua de mel!

Alice: Ah, mãe, isso eu ainda vou decidir com o Arthur.

Catarina: Em dois dias? Nada disso! E como você é muito indecisa, eu e seu pai resolvemos lhe dar um presentinho...

Alice a olha desconfiada.

Alice: O que você e o papai aprontaram?

Catarina: Nada demais... Vocês só vão passar a lua de mel no HAVAÍ!!!

Alice não se anima.

Alice: Ai, mãe, eu nem sei se é isso que a gente quer...

Catarina: É isso sim, o Arthur já está sabendo!

Alice: Como?

Catarina: Seu pai tá lá na sala conversando com ele sobre a viagem.

Alice: Ele tá aqui?

Catarina assente com a cabeça. Alice então se levanta e vai até a sala, onde encontra Arthur, seu noivo, e seu pai Renato - um rico empresário que cuida de ilhas - sentados no sofá, conversando e rindo.

Arthur se levanta e dá um beijo em Alice, que está surpresa.

Alice: Quer dizer que você está sabendo de tudo?

Arthur: Claro, meu amor. 

Renato: Não se preocupe, filha, a viagem será totalmente sem custos, pois a Paradisíaca mantém contato com alguns empresários de uma ilha do Havaí.

Catarina: Tenho certeza de que aproveitarão muito.

Arthur abraça Alice.

Arthur: Eu também.

Arthur olha no relógio. 

Arthur: Bem, é melhor eu ir, já está tarde. 

Renato: Vou pedir pro Raul te levar. Sônia!!!

Sônia entra na sala. 

Sônia: Sim, senhor? 

Renato: Onde está o Raul? 

Sônia fica envergonhada. 

Sônia: Eu... Eu não vejo ele há horas, senhor... 

Renato revira os olhos. 

Renato: OK, eu levo você com o meu carro, Arthur. E você, Sônia, diga para seu marido cuidar pra não ser demitido. Ele é o nosso motorista e eu precisava dele agora! Diga a ele, viu?!

Sônia: S-sim, senhor...

Sônia sai e Arthur e Renato vão para a frente da mansão, na rua.

Alice: Eu os acompanho.


Cena 2: Mansão Família de Alice - Frente - Noite

Alice dá um beijo na bochecha de Arthur, que entra no carro junto com Renato.

Arthur: Bem, até o casamento!

Alice: A-até!

Renato sai com o carro.

Tremendo de frio, Alice junta as mãos. Mas ao mesmo tempo se sente aquecida pensando em seu casamento que se aproxima.

Ela se recorda de quando encontrou Arthur pela primeira vez, na empresa Paradisíaca; ele é um dos acionistas.

Alice então está quase entrando em casa quando ouve um barulho de discussão. Sentindo-se tentada, se aproxima pela direção de onde veio o som.

Ela fica atrás de uma árvore e consegue ver a cena perfeitamente: Raul, seu motorista, junto com um estranho.

Raul: Eu fiz tudo que você pediu!

Desconhecido: Você sabe aonde errou!

Raul: Eu não vou refazer tudo!

Desconhecido: Vai sim, por que estou te pagando!

Ele tira uma quantia de dinheiro do bolso e coloca na cara de Raul. 

Raul: Pouco me interessa o seu dinheiro! (joga o dinheiro para longe) E eu vou contar toda a verdade pra eles.

Desconhecido: Faça isso e sua esposa vai acabar pagando.

Raul: Não mexa com a Sônia!

Raul então começa a lutar com o desconhecido, mas esse saca uma arma. Alice quase grita de desespero, e cai ajoelhada atrás da árvore.

Enquanto eles lutam, a arma vai para vários lados. O homem pega a arma e Raul tenta tirar da mão dele. Acidentalmente, o revólver dispara...

...e atinge Raul. 

Alice fica totalmente paralisada. 

O desconhecido percebe que Raul está morto e começa a chorar. 

Porém ele logo arrasta o corpo até o barranco do outro lado da rua e o joga dali.

Quando o desconhecido está saindo, vê a espantada e trêmula Alice atrás da árvore.

Desconhecido: Quem é você?!

Alice: Eu... Eu... Por favor, não me machuque! 

Desconhecido: Você viu tudo? 

Alice se levanta e tenta correr, mas o desconhecido a alcança, segura seu braço e a pega pela cintura. 

Alice: Ei, me solta! Por favor, me solta!

Ela começa a gritar e a chorar. O homem a leva até seu carro e a coloca lá dentro. Logo depois entra e sai rapidamente.


Cena 3: Apartamento do Desconhecido - Noite

Alice acorda.

Ela percebe que está deitada em uma cama, e suas mãos amarradas por cordas. 

Alice: Onde estou?...

Percebe que a porta vai se abrir; então finge dormir.

O desconhecido entra e se senta na cama. 

Desconhecido: Não finja que está dormindo. 

Alice continua quieta.

Desconhecido: Eu já disse! 

O homem a puxa e coloca o rosto dela próximo ao seu. 

Alice se vê obrigada a abrir os olhos e se depara com o rosto daquele estranho muito perto do dela. Ele segura o queixo de Alice e a olha com curiosidade. 

Desconhecido: O que uma dama como você estava fazendo a essa hora da noite na rua? 

Alice: E o que um idiota como você estava pensando quando decidiu matar meu motorista?!

O homem engole em seco e solta a mão dela rapidamente. 

Desconhecido: Qual o seu nome?

Alice: Alice. Alice Villa Real.

O homem se levanta e vira de costas.

Desconhecido: V-você nunca deverá contar para ninguém o que viu e ouviu.

Alice: Você está maluco?! Eu vou chamar a polícia!

O homem pula na cama e se aproxima novamente dela.

Desconhecido: Não faça isso ou...

Alice: Ou vai me matar?

Desconhecido: Eu não queria matá-lo... O seu motorista, eu não queria matá-lo. Disparei sem querer.

Alice: Então por que levou um revólver com você?

Desconhecido: Pra me proteger.

Alice: Do quê?!

Desconhecido: Você não entenderia...

Ele olha para o anel de noivado de Alice.

Desconhecido: Eu só sei de uma coisa: se contar alguma coisa para alguém, essa pessoa com quem você está comprometida pagará caro.

Alice: Você não sabe quem é!

Desconhecido: Arthur Flores. Está escrito na aliança.

Alice fica com medo.

Alice: Você não vai fazer nenhum mal ao meu noivo!

Desconhecido: Matei alguém na sua frente. Do que mais você acha que eu não seria capaz?

Alice começa a chorar.

Desconhecido: Pode chorar. No seu lugar eu também choraria.

Alice: Você não vai me soltar? Meu casamento é daqui a dois dias! 

Desconhecido: Você deverá ficar aqui hoje, pra eu ter certeza de que não vai abrir sua boca!

Alice: Eu não vou contar nada. Por favor, me solta!

Desconhecido: Não adianta insistir!

O desconhecido tira a roupa e se deita ao lado de Alice. Vira de costas e apaga a luz no interruptor acima da cabeceira.

Desconhecido: Boa noite.

Alice não corresponde e se vira para o lado dele.

Alice: Qual é seu envolvimento com o Raul?

Desconhecido: Você nunca vai saber.

Alice: Ele era meu motorista, eu tenho direito de saber!

Desconhecido: Essa é a última vez que você me verá, então não tem por que saber. Claro, se você contar alguma coisa, eu voltarei pra "falar" com seu noivo.

Ela começa a chorar mais ainda.

Ele toca nela, mas ela se debate.

Alice: Não se aproxime de mim!

Desconhecido: Se você não fosse intrometida, nada disso estaria acontecendo.

Alice vira de costas para ele e chora até dormir. O desconhecido também dorme.


Cena 4: Apartamento do Desconhecido - Manhã



Alice, já acordada, fica pensando em tudo que lhe aconteceu na noite anterior. O homem ainda está dormindo ao seu lado.



Alice: Eu preciso sair daqui!



Ela tenta se desamarrar, mas não consegue.



Então bola um plano em sua mente.


Alice abraça o homem por trás. Sentindo ela o abraçar, ele começa a fazer carinho na mão dela, apesar de ainda dormir. Ela coloca sua mão perto da dele e ele começa a desamarrar sem nem perceber.

Quando as cordas já estão frouxas, ela tira o resto e se levanta rapidamente da cama. Antes de ir, olha para o desconhecido... e sai.

Alice encontra a chave do apartamento e consegue sair dali.

Agora fora do apartamento ela só pensa na loucura que aconteceu e em como explicar a seus pais o porquê de ter sumido misteriosamente na noite passada. E como ela própria reagirá quando acharem o corpo de Raul e como se concentrará em seu casamento tendo presenciado uma morte e tendo sido sequestrada?

CONTINUA...

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