Capítulo
14
Cena 01 – Na Boca do Povo, Redação
[Interna/Manhã]
(Luiza Helena permanece de pé e
olhando para a cadeira, pensando se deve ou não ocupá-la).
BETINHA: Luiza, ele está falando com você...
Sente-se!
LUIZA HELENA: (Olha para Ângelo, sem jeito).
ÂNGELO: (Percebe a apreensão de Luiza Helena e tenta acalmá-la) Não tenha medo
Luiza Helena, todos aqui estamos do seu lado e vamos te ajudar.
FERNANDA: (Encoraja Luiza Helena a assumir seu posto na empresa) Sente-se Luiza
Helena, fique tranquila, aqui todos nós queremos o melhor para essa revista. Se
o meu tio quis te nomear presidente dessa empresa, era porque ele sabia que
você faria o melhor por ela, tenho certeza de que ele ficará muito feliz com
isso.
LUIZA HELENA: (Encorajada pelas palavras da sobrinha de Demétrio, Luiza
Helena senta-se na cadeira).
(Os membros presentes na reunião
aplaudem a nova presidente da revista).
ÂNGELO: (Conduz Betinha ao lugar onde ela pode se sentar e ela senta ao lado de
Luiza Helena).
LUIZA HELENA: Eu agradeço a todos pelo o acolhimento. Como bem devem saber
ou já imaginam, eu nunca dirigi uma empresa. É tudo muito novo, mas eu estou
disposta a aprender e a colaborar o máximo para manter essa revista viva com a
essência de seu fundador, nosso querido Demétrio.
ÂNGELO: Temos certeza que sim e você terá o nosso total apoio! (Conclui).
Cena 02 – Associação de Moradores da
Mooca [Interna/Manhã]
Música da cena: Sampa – Caetano
Veloso
(Os principais pontos turísticos e
avenidas conhecidas da cidade de São Paulo são apresentados nas imagens
seguintes. Corta para o bairro da Mooca, um grupo de moradores está reunido
para começar a organizar os preparativos para a festa de São Januário, o padroeiro
do bairro).
PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO: (Sobe num pequeno palco e fala ao microfone para os
moradores) Senhoras e senhores, meus queridos moradores da comunidade da Mooca!
É um prazer revê-los aqui na associação por um motivo tão especial. Como todos
aqui sabem, no próximo dia 19 de setembro, comemoramos o dia do nosso
padroeiro, São Januário!
FRANCESCA: (Fala sozinha) Si, mio San Gennaro!
PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO: Então, gostaria de propor os pontos para que possamos
direcionar a nossa festa anual da melhor forma esse ano, para que tudo fique
ainda mais bonito. Como de praxe, teremos a nossa procissão e também a
quermesse na principal avenida do bairro.
ZECA: (Fala para as pessoas que estão ao seu lado se gabando) Que é a avenida
onde fica o meu restaurante e a minha casa, sabiam?
PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO: Após uma votação realizada através dos próprios
moradores do nosso bairro, elegemos pessoas para ficarem responsáveis por
denominada tarefa em nossa comemoração, eu vou falar os nomes para que vocês já
se preparem. (Segue falando os nomes de cada morador e sua denominada tarefa).
FRANCESCA: (Cutuca a mulher que está ao seu
lado e fala com ela) Io tenho certeza de que fui escolhida para fazer alguma
coisa, quer apostar? Espere e verá!
PRESIDENTE
DA ASSOCIAÇÃO: (Conclui
a lista) Por fim, os responsáveis pelas comidas típicas das barracas da
quermesse serão os nossos queridos, Zeca e Francesca.
(Nesse momento, Francesca e Zeca
ficam de pé, cada qual de seu lugar e falam ao mesmo tempo).
FRANCESCA: O que?
ZECA: O que?
Cena 03 – Na Boca do Povo, Redação
[Interna/Manhã]
(Após o fim da reunião, Ângelo leva
Luiza Helena até o local onde será a sua sala na revista).
ÂNGELO: (Abre a porta da sala de Evandro e
entra sem ser anunciado) E essa será a sua sala!
EVANDRO: (Olha para os dois sem entender
nada. Depois olha fixamente para Luiza Helena).
LUIZA
HELENA: (Olha para
Ângelo e Evandro) Essa? Mas essa sala não está ocupada?
ÂNGELO: Está sim, mas não por muito tempo. Evandro, meu caro! Como você sabe,
essa sala pertence a presidência dessa empresa e como hoje nomeamos a nova
presidente, que por ventura está aqui ao meu lado, preciso que desocupe essa
sala agora!
LUIZA HELENA: Não precisa se incomodar, qualquer sala está de bom tamanho,
pode ser outra...
ÂNGELO: Infelizmente precisamos seguir um padrão organizacional a risca. Essa
sala pertence a presidência, você é a presidente, portanto ela é sua. Evandro,
eu vou apresentar o restante da empresa e os demais departamentos para Luiza
Helena, é tempo suficiente de você mudar de sala, certo? (Ironiza).
EVANDRO: Evidentemente.
ÂNGELO: Vamos Luiza! (Sai da sala).
LUIZA HELENA: Com licença! (Sai da sala logo em seguida e segue Ângelo).
EVANDRO: (Olha para o lugar onde Luiza Helena estava, fixamente) Eu vou sair,
perdi uma batalha, mas não a guerra.
Cena 04 – Alcoólicos Anônimos
[Interna/Manhã]
(Enrico e Lola se acomodam numa
reunião dos alcoólicos anônimos. As cadeiras estavam organizadas em formato de
círculo para que todos se vissem e se ouvissem melhor).
GILBERTO: Bom dia pessoal! Hoje em nossa reunião, temos a presença de uma nova
membra, quero que todos a recebam com o máximo de carinho possível. Lola,
sinta-se à vontade!
LOLA: (Fica com os olhos marejados por estar ali).
ENRICO: (Olha para Lola, segura sua mão e a incentiva) Você consegue...
LOLA: O meu nome é Lola, tenho quarenta e cinco anos, perdi tudo o que eu
tinha e fui morar nas ruas. Desde que eu me entendo por gente, a bebida foi
minha companheira, essa vontade sempre foi mais forte que eu, era como se eu
não mandasse mais em mim, aquela vontade me dominava e eu bebia. Bebia quando
tinha sede e no lugar de água. Bebia para me sentir feliz, bebia para esquecer,
para dormir melhor e me desligar do mundo, para ter ânimo, para viver... Até
que o destino resolveu me dar uma segunda chance e colocou pessoas maravilhosas
em meu caminho. Eu quero aproveitar essa segunda chance, eu quero viver uma
nova vida e sem a bebida. (Conclui emocionada).
Cena 05 – Casa de Durant
[Interna/Manhã]
(Sozinha em casa, Maria Rita
aproveitara a calmaria para colocar a faxina em dia).
MARIA RITA: (Varre a casa quando ouve alguém tocar a campainha) Aposto
que o Rafael esqueceu a chave de casa de novo. Já vai! (Grita enquanto caminha
em direção a porta para abri-la).
(Ao abrir a porta, Maria Rita se
surpreende com a visita).
Música da cena: Jeito Sexy – Sambô
MARIA
RITA: Você aqui?
(Pergunta parada na porta).
MARCELO: Se Maomé não vai até a montanha, a montanha vai até Maomé. Você não
atendeu minhas ligações, nem minhas mensagens... Resolvi dar uma passadinha
aqui e vir te ver. Posso entrar?
MARIA RITA: Claro, pode... Entra!
MARCELO: (Entra na casa de Maria Rita, que fecha a porta logo em seguida).
MARIA RITA: Senta, fica à vontade. Você aceita uma água, um suco, um
café?
MARCELO: Não precisa, eu estou de boa assim. (Senta no sofá da sala).
MARIA RITA: (Senta ao lado de Marcelo no sofá).
MARCELO: E então, porque você está fugindo de mim?
MARIA RITA: (Olha para Marcelo com um semblante de seriedade e em
seguida fica de pé) Marcelo, eu não o quero enganar e por isso é melhor ser o
mais verdadeira possível. Não sou mulher de ter relacionamentos duradouros, eu
nem acredito no amor direito. A única vez que me apaixonei de verdade, o pai do
meu filho me deixou grávida e sozinha, nunca sequer veio conhecer o filho.
Então para evitar decepções, eu prefiro nem tentar!
MARCELO: (Levanta do sofá e se aproxima de Maria Rita) Eu sei que você tem suas
cicatrizes, marcas que o tempo provocou e seus problemas. Sei que você é mãe,
mas também sei que você é uma mulher incrível. Me deixa ficar com você e te
provar que um homem de verdade não abandona a mulher de quem ele gosta, pelo
contrário, ele age como o remédio para curar suas feridas...
MARIA RITA: (Olha para Marcelo nos olhos e sente-se cada vez mais sem
saída diante o novo sentimento que estava sentindo).
MARCELO: (Beija Maria Rita, que corresponde).
Cena 06 – Na Boca do Povo, Redação
[Interna/Manhã]
(Na sala da presidência, Suzana
entrega alguns documentos para que Luiza Helena passe a conhecer melhor a
revista que irá administrar).
SUZANA: A senhora precisa de mais alguma coisa, Dona Luiza Helena? (Pergunta
parada ao lado de Luiza Helena em sua mesa).
LUIZA HELENA: (Lê os documentos e tenta compreender seu conteúdo) Preciso
sim, que você pare de me chamar de senhora, de dona... Eu não sou melhor que
ninguém, eu sou gente, de carne osso, como você.
SUZANA: (Sorri timidamente) Tudo bem, eu vou tentar. Qualquer coisa que
precisar, eu vou estar bem ali na minha mesa, só me chamar.
LUIZA HELENA: Pode deixar, Suzana. Agradecida! (Suzana sai da sala e Luiza
Helena olha fixamente para um porta-retrato com a foto de Demétrio enquanto
sorri).
GLÓRIA: (Entra na sala aplaudindo) Olha, devo admitir que você cresce muito
rápido nesse enredo, sabia? Chegou na minha casa, roubou tudo o que era meu com
a maior cara de morta de fome e no dia seguinte já se instala na sala da
presidência da empresa da minha família.
LUIZA HELENA: (Empurra a cadeira onde está sentada para trás e fica de pé)
Escuta aqui sua mequetrefe, você não acha que já me atacou demais, não?
GLÓRIA: Meque... o que? (Questiona fazendo careta).
LUIZA HELENA: Eu não escolhi vir para cá, eu não pedi para o seu irmão
fazer o que fez. Se eu estou aqui é para fazer valer a última vontade dele, a
última coisa que eu gostaria de ver era o seu irmão decepcionado comigo. Então
vamos as claras, pare de me ofender, porque até as coitadinhas como você me
chamou, uma hora se cansam e a minha paciência vai se esgotar.
GLÓRIA: (Sorri ironicamente) E você vai descer muito rápido a ladeira da
compostura e das boas maneiras? Não resta a menor dúvida que você não tem
educação. O que você fazia no buraco que você vivia antes? Além de roubar
milionários doentes, é claro.
LUIZA HELENA: Eu era pescadora e artesã e para o seu governo, nunca roubei
ninguém, porque diferente de você, pelo menos pelo o que já ouvi ao seu
respeito, eu sempre trabalhei.
GLÓRIA: (Gargalha) Mas cada vez isso fica melhor! Uma pescadora de quinta categoria
ascendeu socialmente e se tornou a presidente de uma das maiores revistas de
entretenimento do país. Aproveite o seu legado, porque o posto de “venenosa”
nunca, jamais será seu. Isso, eu te garanto!
LUIZA HELENA: (Estranha o comentário de Glória) Venenosa? Do que você está
falando sua...
GLÓRIA: (Interrompe a fala de Luiza Helena) Pelo o que vejo, você ainda não fez
a sua lição de casa direito. Aproveite enquanto é tempo, logo mais o seu
reinado acaba. Só não rouba nada dessa sala, tá? Eu vou mandar inventariar,
para não correr o risco. Até logo, cunhadinha... (Glória deixa a sala da
presidência).
LUIZA HELENA: (Olha para os papéis em cima de sua mesa e depois olha para
a porta tentando entender o que Glória quis dizer).
Cena 07 – Apartamento de Glória [Interna/Tarde]
Música da cena: Me Leva – Alice
Caymmi
(Imagens da cidade de São Paulo são
apresentadas enquanto as horas do dia percorrem seu rumo natural, dando início à
tarde. No apartamento de Glória, mas especificamente no quarto dela, Judith ao
invés de arrumar, faz a festa).
JUDITH: (Espana os móveis quando olha para a penteadeira de Glória e resolve se
sentar, olhando para o espelho) Olha quanta coisa... Dona Glória nem usa isso
tudo, também, se ela usar um colar desses nesse bairro, os ladrões levam até o
pescoço dela! (Dá uma risadinha).
(Judith experimenta algumas jóias,
cremes e casacos de Glória enquanto imita a patroa em frente ao espelho).
Cena 08 – Mansão Martins de Andrade
[Interna/Tarde]
Música da cena: Sampa – Caetano
Veloso
(As imagens percorrem a cidade de São
Paulo, dando lugar a fachada da mansão Martins de Andrade. No interior da
mansão, Eva e as outras empregadas organizam o quarto de Luiza Helena e
Betinha).
EVA: (Inspeciona a arrumação do quarto de
Luiza Helena).
EMPREGADA: Dona Eva, eu estava organizando as
roupas da senhora Luiza no closet e encontrei esse envelope, o que faço com
ele? (Pergunta segurando a carta que Manoel escreveu para Luiza Helena).
EVA: (Pega o envelope e identifica o nome
de Luiza Helena) Tem o nome da Senhora Luiza Helena nele, deve ser algum
documento importante. Coloca na primeira gaveta da penteadeira, depois eu aviso
a ela que você o colocou lá.
EMPREGADA: Sim senhora! (A emprega faz o que
Eva orientou, vai até a penteadeira, abre a gaveta e coloca o envelope lá,
fechando a gaveta logo em seguida).
Cena 09 – Na Boca do Povo, Redação
[Interna/Tarde]
(Na sala de Luiza Helena, Betinha
observa a irmã lendo relatórios).
BETINHA: (Deita num sofá que está posicionado no canto da sala da presidência)
Ai, eu já estou cansada. Podemos fazer outra coisa agora? Sei lá, dar uma volta
pela cidade, conhecer os pontos turísticos, gente nova... Vamos? (Convida
empolgada).
LUIZA HELENA: (Não dá muita atenção e continua lendo os documentos) Eu
adoraria, mas agora não vai dar. Faremos isso em breve, Betinha. Agora mudando
de assunto, eu estava pensando em uma coisa que a mequetrefe da irmã do
Demétrio me disse hoje cedo.
BETINHA: (Senta-se no sofá) Aquela entojada esteve aqui? O que ela te disse?
LUIZA HELENA: Ela falou algo sobre eu ser venenosa, ou querer ser a nova
venenosa... Eu até agora não entendi o que ela quis dizer.
BETINHA: (Sorri, em seguida levanta e vai até a mesa de Luiza Helena) Ai Luiza
Helena, de que planeta você é? As vezes parece que você veio de marte! Todo
mundo sabe o que ela quis dizer, foi sentido figurado.
LUIZA HELENA: Como assim, menina?
BETINHA: Todo mundo sabe que Demétrio Martins de Andrade consolidou sua revista
no mercado em cima das fofocas que ele garantia com furos de reportagens. (Fala
enquanto digita no teclado do computador e faz uma busca). Por conta disso e
dos inúmeros inimigos que ele ganhou durante sua trajetória no ramo do
entretenimento brasileiro, ele ganhou o apelido de “o venenoso”. Por onde ele
andava, era o venenoso pra lá, o venenoso pra cá... Ou seja, como esposa e
herdeira, nova dona da revista... Isso te faz “venenosa”. Entendeu?
LUIZA HELENA: (Suspira) Agora tudo faz sentido! A única coisa que eu não
entendo é como o Demétrio foi fazer isso comigo. Porque ele me deixou toda a
herança dele e me jogou aos leões?
BETINHA: (Se afasta e volta para o sofá) Para de reclamar Luiza, até quando você
vai se lamentar por isso? Você deveria agradecer a ele... Agora nós somos
milionárias, temos dinheiro para gastar a vida toda e ainda sobra.
LUIZA HELENA: (Encara a irmã) Dinheiro, dinheiro, dinheiro... tudo é
sempre dinheiro para você, Betinha. Até investigar e decorar a história do
Demétrio, você decorou. Eu passei a vida toda trabalhando junto dos nossos pais
e você não aprendeu nada, nada mesmo sobre nos esforçarmos e crescermos por nós mesmos na
vida?
BETINHA: (Guarda o celular na bolsa, a coloca sob os ombros e fica de pé) Eu não
estou nenhum pouco interessada em seus momentos de lições de moral. Você não é
a minha mãe! (Anda em direção a porta).
LUIZA HELENA: Para onde você vai?
BETINHA: Sua irmã interesseira vai dar um rolê! Tchauzinho... (Deixa a sala de
Luiza Helena).
LUIZA HELENA: (Pensando ter dado uma bola fora, Luiza Helena baixa a
cabeça e sente-se culpada).
Cena 10 – Ruas de São Paulo [Externa/Tarde]
Música da cena: Dona de Mim - Iza
(Sem rumo e em meio à multidão,
Betinha caminha pelas ruas de São Paulo completamente deslumbrada com os
prédios grandiosos).
BETINHA: (Para com um grupo de pessoas numa
esquina, esperando que o semáforo fique vermelho e os pedestres possam
atravessar. Em seguida ela começa pela faixa de pedestres).
(Em uma praça, Betinha se distrai com
um ilusionista. Depois toma um soverte e continua passeando pela cidade).
Cena 11 – Posto de Gasolina [Externa/Noite]
(Maria Rita esperava que Berbily
terminasse de abastecer o carro de um cliente para que elas pudessem conversar
tranquilamente).
BERBILY: (Vai ao encontro da amiga) Pronto!
Termina de me contar esse bafo... Quer dizer que o vizinho foi até a sua casa e
te beijou?
MARIA
RITA: Beijou e que
beijo... Tive que me segurar para não esmorecer naqueles braços fortes. Ele me
disse coisas tão lindas!
BERBILY: E pelo o que eu estou vendo, você
está começando a cair na lábia do bonitão!
MARIA
RITA: E agora, o que
eu faço? Se ele descobrir o que eu faço para ganhar a vida, ele nem vai mais
olhar na minha cara.
BERBILY: Você não comentou que estava
pensando em se aposentar, em largar essa vida? Quem sabe não é esse o momento e
você se liberta de uma vez para viver uma grande paixão?
MARIA
RITA: (Olha para
Berbily e fica pensativa).
Cena 12 – Ônibus, Ruas de São Paulo
[Interna/Noite]
(Ainda em seu passeio, Betinha havia
pego um ônibus para voltar para casa, mas com o longo trajeto, acabou
adormecendo).
BETINHA: (Dorme com a cabeça encostada na
janela).
(O motorista estaciona o ônibus na
parada final e desce do veículo. Em seguida o cobrador organiza o dinheiro e os
vales arrecadados no dia para finalizar o dia de trabalho. Percebendo que
Betinha continua dormindo em sono profundo, um homem se aproxima para
acordá-la).
HOMEM: (Toca no ombro de Betinha) Moça! A
viagem do ônibus encerra aqui, você precisa descer...
BETINHA: (Desperta assustada e olha fixamente para o homem que acabara de lhe
acordar).
A imagem foca em Betinha olhando
fixamente para o homem que havia lhe acordado. A cena congela e vira uma capa
de revista.
Obrigado pelo seu comentário!