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Destinos Ligados (Reprise) - Capítulo 16

 


 

Capítulo 16:

 

 

Cena 01 – Ikônica (Agência de Publicidade) [Interna/Manhã]

(Após observar a foto, Jean estranha o pedido de Ingrid).

 

JEAN: Estranho, porque quer editar essa foto com todas essas reformulações?

INGRID: Essa parte é segredinho meu!

JEAN: E não vai me meter em confusão, vai?

INGRID: Claro que não, pode ficar tranquilo. É coisa minha e eu assumo o que vier, não se preocupe.

JEAN: Olha lá, eu não quero uma confusão manchando o meu nome e o da agência.

 

Música da cena: Louca – Alice Caymmi

 

INGRID: Confie em mim, depois poderemos retornar a sua proposta de sair para jantar qualquer dia desses, o que acha? (Ingrid seduz Jean).

JEAN: Talvez eu mereça mais que um jantar!

INGRID: Ora Jean, não apresse as coisas. Primeiro a foto, depois negociamos o que você merece ou deixa de merecer.



Cena 02 – Apartamento de Maria Eduarda [Interna/Manhã)

 

MARCELA: (Organiza alguns objetos e guarda em sua bolsa, preparando-se para ir trabalhar).

MARIA EDUARDA: Graças a Deus hoje é sábado e a agência não abre, ainda não decidi o que vou fazer nessa folga. Acho que uma bela faxina, organizar as coisas, limpar. A limpeza é uma terapia!

MARCELA: Queria poder dizer a mesma coisa, mas hoje é um dos dias que mais tem movimento na loja. Segundo a Dona Nair, no sábado a loja vira um formigueiro de tanta noiva. Bem, já estou indo. Até mais tarde!

MARIA EDUARDA: Ótimo dia prima, até mais tarde!

 

(Marcela sai de casa e Maria Eduarda fecha a porta).

Música da cena: Café – Vitão

 

MARIA EDUARDA: Bom, vamos começar os trabalhos! (Maria Eduarda começa a organizar a casa).

 

Cena 03 – Jardim Saúde [Externa/Manhã)

(Ingrid estaciona seu carro em frente ao cortiço onde Maria Eduarda mora e permanece dentro do carro, observando a faixada do lugar com desdém).

 

Flashback / Ingrid lembra de uma conversa que teve com René

 

RENÉ: E o que pensa em fazer? Uma revanche num ringue de box? Não seja idiota!

INGRID: Ah é e o que você me sugere então?

RENÉ: Já deu pra perceber que ela e a sua irmã desenhista são bem próximas. Porque não estremecer a relação delas? Evite que ela lhe coloque contra a Maria Eduarda, já que ela é a galinha dos ovos de ouro da sua mãe. Seria muito ruim que alguém colocasse uma contra a outra nessa fase que sua mãe quer dar o céu e a terra para ela em compensação dos anos de ausência. Abra seu olho! Você vai abrir caminhos com a sua mãe e ganhar pontos se aproximando da sua irmã e não estando contra ela. Finja ser amiga dela... Que mãe não gostaria de ter filhas gêmeas e melhores amigas?

INGRID: Estou começando a gostar, inclusive umas ideias já começaram a brotar aqui nessa minha cabecinha genial. Além de gostoso, até que você serve para outras coisas...

Fim do Flashback

 

INGRID: Eu preciso me esforçar, então vamos lá!

 

Música da cena: Louca – Alice Caymmi

 

INGRID: Vamos, lá. Missão Gêmea dedicada! Deus, eu espero conseguir um lugar aí, viu? Porque aturar aquela hipponga ultrapassada vai me trazer rugas. (Fala consigo mesma enquanto se ajeita no espelho do carro).

(Ingrid desse do carro em câmera lenta. Usa um vestido justo de cor preta, sapatos de salto e óculos escuros, atraindo a atenção da vizinhança, inclusive de Jorginho, que está parado na porta da oficina).

JORGINHO: Tá um espetáculo hein, Eduarda? Uma gata!

INGRID: (Para na porta da oficina) E eu por um acaso tenho cara de Eduarda?

JORGINHO: Tem sim!

INGRID: (Sorri de forma irônica) E você, quem é?

JORGINHO: Eu sou o Jorginho, não está me reconhecendo?

INGRID: Eu não sou a Eduarda, eu me chamo Ingrid. A Maria Eduarda e eu somos gêmeas, idênticas.

JORGINHO: Caramba, vocês são iguaizinhas. Carinha de uma, focinho da outra!

INGRID: (Baixa os óculos e observa Jorginho sem camisa e sujo de graxa por alguns instantes em silêncio).

JORGINHO: Está indo visitar a sua irmã?

INGRID: Estou sim, sabe onde fica a casa dela?

JORGINHO: Claro, ela é minha vizinha, super gente boa. Faz assim, você vai aqui reto, sobe a escadaria e... (Jorginho passa as coordenadas de como Ingrid fará para chegar no apartamento de Maria Eduarda).

(Maria Eduarda seca alguns pratos que acabara de lavar quando ouve batidas na porta e corre para abrir). 

MARIA EDUARDA: Já vai, já vai! (Abre a porta).

INGRID: Surpresa, visita da sua irmã gêmea favorita!


Cena 04 – Mansão Germai (Sala de jantar) [Interna/Dia]

(Betânia serve café a Malu e Antônio).

 

MALU: Onde estão minhas filhas, Betânia?

BETÂNIA: A Ingrid saiu logo cedo, toda arrumada. A Pérola, essa eu não vi. A cama estava arrumada, acho que não dormiu em casa.

MALU: Dormiu fora? Estranho, a Pérola não é disso.

ANTÔNIO: Os tempos são outros, mãe. Não somos mais as crianças que a senhora imagina, já somos adultos. Já parou para pensar que a Pérola já é uma mulher e que pode ter dormido na casa de um namorado?

MALU: Namorado? E porque será que ela não avisou?

ANTÔNIO: Não sei. Isso só iremos descobrir quando ela aparecer!

MALU: Ai, ai... Esses jovens! (Começa a comer).

 

Cena 05 – Boutique [Interna/Dia]

(Ingrid e Maria Eduarda entram numa loja de grife e bastante luxuosa).

 

MARIA EDUARDA: Nossa, eu nunca entrei numa loja dessas. Olha essas roupas, que tecidos! Eu só toquei em coisa parecida na época da faculdade.

INGRID: Eu não sabia que para ser costureira precisava de nível superior.

MARIA EDUARDA: Eu sou designer, Ingrid e não costureira.

INGRID: Ah, me desculpe. (Disfarça para não parecer agressiva). Precisávamos passar mais tempo juntas, como irmãs. A gente tem que ser próxima, bem ligadas. Somos gêmeas!

VENDEDORA: Ingrid Germai, que honra recebê-la em minha loja. Como vai sua mãe?

INGRID: Muitíssimo bem, obrigada.

VENDEDORA: (Olha para Maria Eduarda e Ingrid juntas e se surpreende).

INGRID: (Percebe o estranhamento da vendedora e logo explica). Essa daqui é a minha irmã gêmea, Isabela... Ou melhor, Maria Eduarda.

VENDEDORA: É surpreendente como são parecidas.

INGRID: Então querida, esse é o conceito de gêmeas idênticas. Agora será que você pode nos servir um pouco de champanhe e nos apresentar o que tem de novo para essa temporada?

VENDEDORA: Claro, agora mesmo!

Música da cena: Hoje Lembrei do Teu Amor – Tiago Iorc

 

(Ingrid e Maria Eduarda experimentam algumas roupas com diferentes estilos, ressaltando cada vez mais como são diferentes).

 

Cena 06 – Flat de René [Interna/Tarde]

(René abre a porta de seu flat para que o funcionário do local entre com um carrinho, trazendo seu almoço).



RENÉ: Obrigado, toma aqui sua gorjeta! (René tira uma nota de R$50 da carteira e entrega ao funcionário do lugar, que sai em seguida e ele fecha a porta).



(Trajando apenas um roupão de banho de cor branca, René serve uma taça de vinho branco para acompanhar o risoto que acabara de pedir).

 

RENÉ: Esses dias comendo sozinho vão acabar, em breve você estará comigo, mais do que você pode imaginar... (René fala sozinho consigo mesmo enquanto olha uma foto de Malu numa revista).

 



Cena 07 – Hospital Paulo Toledo [Interna/Tarde]

(Alfredo examina alguns pacientes que estão na ala de observação do hospital).

 

ALFREDO: (Anota a evolução do paciente no prontuário) Enfermeira, eu deixei anotado aqui alguns analgésicos em caso de dores abdominais, se o paciente se queixar, pode ministrar a dosagem que prescrevi.

ENFERMEIRA: Está bem, doutor.

ALFREDO: E o meu filho, ele já chegou?

ENFERMEIRA: Já sim, senhor. Ele está numa cirurgia acompanhando a ortopedista.

ALFREDO: Sei, bem... Se precisar de mim, já sabe onde me encontrar. Agora eu vou dar uma observada na terapia intensiva e depois vou até a minha sala.

(Alfredo sai a sala de observação, anda pelo hospital e cumprimenta alguns médicos no caminho. Entra na unidade de terapia intensiva – UTI e após observar seus pacientes, caminha em direção a sua sala).

ALFREDO: (Fala consigo mesmo) Vou ligar para a Malu e fazer uma reserva naquele restaurante que...

(Alfredo percebe que sua visão está ficando embaçada e se apoia numa parede do corredor).

 

ALFREDO: Tô precisando descansar mais, meu organismo já está querendo dar uma pane. Foi só um susto, vamos lá! (Alfredo vai para a sua sala).

 

Cena 08 – Centro de São Paulo [Externa/Noite]

(Marcela ajuda Nair a fechar a loja de vestidos de noiva após um intenso dia de trabalho. As duas se despedem e cada uma vai para um lado. Marcela caminha em direção ao local onde pegará um ônibus para ir para casa, quando de repente ouve uma buzina de carro).

 

MARCELA: (Olha para trás e observa quem está buzinando para ela) Você?

 

Música da cena: Cravo e Canela – Anitta e Vitin

 

ANTÔNIO: (Abaixa o vidro da janela do carro) Está indo pra onde? Eu acabei de sair do hospital, não fica muito longe daqui. Quer uma carona?

MARCELA: Carona, menino? Você mora na Vila Olímpia e eu no Jardim Saúde, quase uma viagem. Não precisa se incomodar, eu vou pegar um ônibus bem ali...

ANTÔNIO: Deixa de bobagem menina, entra aí que eu te deixo em casa. Aproveito e conheço o lugar onde você e a minha irmã mora.

MARCELA: Tem certeza que não vou incomodar?

ANTÔNIO: Absoluta, entra! (Antônio abre a porta do quarto para que Marcela entre).

MARCELA: Já que insiste, eu aceito. Vamos! (Marcela entra no carro de Antônio e fecha a porta em seguida).

ANTÔNIO: Pronta?

MARCELA: Pronta! (Responde ao colocar o cinto de segurança).

ANTÔNIO: (liga o carro e os dois partem para o Jardim Saúde).

 

Cena 09 – Jardim Saúde [Externa/Noite]

(Maria Eduarda e Ingrid caminham pelo pátio do cortiço, quando encontram Mercedes chegando do supermercado com algumas sacolas).

 

MARIA EDUARDA: Mercedes! Deixa que eu te ajudo com as sacolas. (Maria Eduarda recolhe algumas sacolas das mãos de Mercedes).

MERCEDES: (Respira aliviada) Eu agradeço filha.

MARIA EDUARDA: Essa daqui é a minha irmã gêmea, a Ingrid.

MERCEDES: (Olha fixamente para Ingrid).

INGRID: O que foi? Porque está me olhando assim?

MERCEDES: Seus olhos, eu vejo sombras no seu olhar. Fiquei arrepiada!

INGRID: Que bobagem é essa?

MERCEDES: Os astros não mentem, eu vejo a sombra em você. Você precisa deixar esse rancor de lado, precisa ir para a luz. A sombra da maldade está te cercando e cresce cada vez mais.

INGRID: O que a senhora está dizendo? Ficou doida?

MARIA EDUARDA: Calma Ingrid, a Mercedes é cartomante, por isso fala desse jeito...

INGRID: Era só o que me faltava, uma charlatã fajuta de quinta categoria.

MERCEDES: Eu não sou uma charlatã, minha jovem. Apenas digo o que sinto e o que vejo, eu vejo algo obscuro em você...

MARIA EDUARDA: Já chega Mercedes, nós temos que ir. Toma as suas sacolas, vamos Ingrid... (Maria Eduarda vai embora e leva Ingrid).

(Mercedes entra em casa rapidamente, coloca as sacolas em cima da mesa de jantar, vai até o apoiador e retira uma vela da gaveta. Em seguida acende e começa a falar consigo mesma).

MERCEDES: Aqueles olhos, eu vi o ódio, a mágoa e o ressentimento. Essa moça não é uma boa pessoa, não é? É um anjo mau, quer fazer mal a própria irmã, sangue do seu sangue.

 

Cena 10 – Mansão Germai [Interna/Noite]

(Malu e Pérola assistem um filme na sala de estar quando Alfredo chega em casa).

 

MALU: Amor, nós te esperamos para jantar... Achei que fosse passar a noite no hospital, te liguei e deu na caixa postal.

ALFREDO: Eu esqueci o celular no carro e ele descarregou.

PÉROLA: Está tudo bem, pai? Estou te achando tão abatido.

MALU: Agora que você comentou, é... Eu também estou te achando bem abatido. Você comeu alguma coisa hoje?

ALFREDO: Eu estou bem, fiz um lanche no hospital.

MALU: Lanche? Eu juro que não entendo vocês médicos. Desde quando fazer um lanche é suficiente, Alfredo?

ALFREDO: Sermão agora?

MALU: Suba e tome um banho, vou pedir para a Betânia esquentar o jantar, em seguida eu subo com comida de verdade. Desse jeito você não para em pé, vai acabar doente.

PÉROLA: Tem que se cuidar pai, não pode esmorecer. Olha lá, hein?

 

Cena 11 – Apartamento de Maria Eduarda [Interna/Noite]

(Ingrid está sentada no sofá quando Maria Eduarda chega na sala com uma xícara de café para a irmã).

 

MARIA EDUARDA: Ora Ingrid, também não é para tanto. Ela é só uma esotérica, não tem nada demais e nem tem que acreditar no que ela disse.

INGRID: (Segura a xícara com nojo, mas disfarça para que a irmã não perceba e a coloca em cima da mesinha da sala) Mulherzinha estranha, hein? Aliás, tudo aqui é muito modesto, não é? Não pensa em se mudar desse cortiço agora que está trabalhando e ganha um salário razoável?

MARIA EDUARDA: Eu não penso em me mudar agora, pelo menos não por enquanto. Eu adoro esse lugar, tem pessoas maravilhosas, é aconchegante, tão familiar... Me sinto numa grande família e os vizinhos me ajudaram muito quando me mudei.

INGRID: (Sussurra) Além de hippie, adora uma favela...

MARIA EDUARDA: (Não entende com precisão o que a irmã disse) O que disse?

INGRID: Disse que parece casa de novela...

MARIA EDUARDA: Sério? Mas é tudo tão modesto...

 

(Marcela e Antônio entram em casa conversando e distraídos).

 

MARIA EDUARDA: Temos uma noite especial hoje, olha quanta visita!

 

(Marcela e Ingrid se encaram por um longo momento e o clima fica pesado).

 

Cena 12 – Apartamento de Maria Eduarda [Interna/Noite]

 

MARCELA: Como vai Ingrid?

INGRID: Vou muito bem, obrigada. Você não sabe o quanto estou feliz em vê-la! (Ironiza).

MARCELA: Entra Antônio, não fica aí plantado.

MARIA EDUARDA: Antônio, que prazer vê-lo aqui, entra. Senta ali no sofá, quer um café?

ANTÔNIO: Aceito, um pequeno.

MARIA EDUARDA: Já volto! (Maria Eduarda vai até a cozinha pegar o café).

INGRID: Não sabia que eram amigos.

ANTÔNIO: Eu encontrei a Marcela quando estava saindo do hospital, então ofereci uma carona.

INGRID: Que conveniente, não?

MARCELA: Eu não entendi o que você quis dizer com conveniente, Ingrid. Seja clara!

 

(Maria Eduarda entra na sala com outra xícara de café).

 

MARIA EDUARDA: Aqui está, Antônio. Faço muito gosto na sua amizade com a minha prima.

MARCELA: Eu vou descer um pouco, tomar a fresca. O ar está um pouco intragável aqui... (Marcela sai do apartamento).

ANTÔNIO: (Bebe um gole de café e se levanta bruscamente) Eu vou com você... (Antônio segue Marcela).

INGRID: É, eu acho que a sua prima não gosta muito de mim. Eu não sei porque, desde o começo eu tento me aproximar e ser simpática, mas ela é tão fechada, arredia...

MARIA EDUARDA: Deve ser ciúmes, a Marcela é como se fosse minha irmã. Somos muito próximas desde criança, acho que por isso ela implica com você.

INGRID: Eu não gostaria de te criar problemas, minha irmã. Quero muito que sejamos boas amigas!

MARIA EDUARDA: E assim será Ingrid, assim será!

 

Cena 13 – Delegacia [Interna/Noite]

(Peter e Miguel se preparam para encerrar mais um plantão, depois de um dia bem corrido).

 

PETER: Essa vida agita de polícia as vezes me cansa, por mais que nunca caia na mesmice, sinto falta da calmaria. E você?

MIGUEL: Eu também sinto, acho que quando me acertar com a Eduarda eu vou mudar de emprego, algo mais calmo e mais maleável, quero me dedicar a família que iremos construir.

PETER: Se acertar? Família? Não me diga que está pensando em se casar com ela?

MIGUEL: E se eu disser que sim, meu amigo?

PETER: Essa mulher merece os parabéns, está provocando uma verdadeira transformação em você.

MIGUEL: Eu sei. Nós estamos indo com calma, mas ninguém inicia um relacionamento pensando que ele não vai dar certo. Ela é a mulher que eu quero para ser minha companheira, mãe dos meus filhos, pra minha mãe chamar de nora. O casamento não é pra agora, mas ele virá em breve, escuta o que estou te dizendo.

 

Cena 14 – Apartamento de Maria Eduarda [Interna/Noite]

 

MARIA EDUARDA: Tchau! (Maria Eduarda se despede de Ingrid e Antônio para em seguida fechar a porta).

(Marcela está sentada no sofá assistindo televisão).

 

MARIA EDUARDA: Olha Marcela, foi muito feio o modo como você agiu com a Ingrid hoje. Precisava daquela grosseria de sair de casa e ficar lá fora? O que você tem contra ela? É ciúme?

MARCELA: Ciúme? Eduarda, eu sei muito bem o papel que tenho na sua vida, nada pode mudar. São anos, agora uma coisa eu te digo, essa sua irmã não é flor que se cheire. Ela é má, ambiciosa, fria. Eu não confio nela, você deveria tomar cuidado com ela.

MARIA EDUARDA: Ela é minha irmã, Marcela. Só está tentando se aproximar, como toda a família. Que mal tem nisso? Eu gostaria tanto que vocês se dessem bem, fossem amigas.

MARCELA: Amiga? Daquela cobra? Nem brincando.

MARIA EDUARDA: Agora já chega, Marcela! Você não pode falar assim dela. Eu entendo que você a ache metida, ela tem realmente esse ar de ser exibida, mas é o jeito dela. Ela tem dinheiro, foi criada assim, não vamos mudá-la da noite para o dia.

MARCELA: Se você quer se enganar, o problema é seu. A Ingrid não é o que aparenta e você vai descobrir isso, cedo ou tarde. Agora se você me permite, eu vou dormir... O filme ficou chato! (Marcela desliga a TV e vai para ao quarto).

 

(A imagem foca em Maria Eduarda encarando Marcela com um semblante pensativo, a cena congela e o capítulo encerra com o som de uma câmera fotografando).



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