Capítulo 03
Cena 01 – Pensionato
Santa Cruz [Interna/Manhã]
(Sozinha em seu quarto na pensão, Amanda voltou a folhear o dossiê de
Cristina).
AMANDA: (Observa a pasta) É, não seria uma má ideia me tornar uma mulher rica e
da alta sociedade. Eu combinaria bem mais nesse papel, isso é fato! (Amanda
fala consigo mesma e após um breve silêncio. Ela pega sua bolsa e sai do
quarto).
Música da cena:
Amarelo, azul e branco – ANAVITÓRIA e Rita Lee
(O fluxo intenso de carros é apresentado através da Avenida Paulista e
Marginal Pinheiros. Em seguida, surge uma banca de revista em um bairro do
centro da cidade).
VENDEDOR: (Recolhe o dinheiro e entrega a revista) Aqui está, moça. Obrigado!
AMANDA: (Pega a revista) Obrigada!
(Alguns instantes depois, Amanda surge folheando a revista sentada em um
banco de praça. Podemos notar a capa: “Empreendedorismo de sucesso. O império
de Marion Assumpção, a rainha do tomate”).
AMANDA: (Fecha a revista) Então eu estava mesmo certa. A avó da Cristina é uma
multimilionária e ela sequer sabe da existência dessa família. Já sei qual é a
oportunidade perfeita para ficar frente a frente com essa velha. (Sorri olhando
para a foto de Marion na capa).
Cena 02 – Sobrado
de Sofia [Interna/Manhã]
Música da cena: Não
Sai Da Minha Cabeça – Flávio Ferrari e Gabriel Nandes
(Imagens externas percorrem os principais pontos turísticos da cidade de
São Paulo. Em seguida, surgem como plano de fundo as ruas do bairro do Bixiga e
a fachada do sobrado de Sofia).
SOFIA: (Estranha a resposta de Cristina) Como o meu filho tem razão, menina?
Ele está te acusando de coisas horríveis.
CRISTINA: (Respira fundo e decide que não irá esconder o seu passado) Ele tem
razão. Eu sou uma mulher com passado, talvez isso horrorize vocês, mas eu não
tenho como apagar o que vivi. Eu estive na cadeia por alguns anos!
TIAGO: Viu? A senhora viu? Eu tinha razão! A senhora colocou dentro de casa
uma estranha, com ficha criminal. Está satisfeita, dona Sofia? Uma
ex-presidiária! (Grita).
SOFIA: Não, eu não posso acreditar. Eu sou um pouco sensitiva, sabe? E eu
senti desde o momento em que bati o olho em você, que você era uma boa moça.
Como pode ter estado presa? (Questiona incrédula ao sentar no sofá, ao lado de
Cristina).
CRISTINA: (Lacrimeja) Eu estava cega. Cega de amor, quando na verdade eu estava
amando por dois e isso destruiu a minha vida... (Responde com o olhar
distante).
Campinas, interior
de São Paulo - 2015
Cena 03 – Supermercado
Óttimo [Externa/Tarde]
Atenção leitor: A cena
a seguir ocorre no passado
Música da cena:
Oceana – Melim e OUTROEU
FLASHBACK
(Como repositora em supermercado, Cristina batalhava para juntar
dinheiro para conseguir entrar na faculdade de administração e era bem quista
pelos colegas de trabalho. Após encerrar mais um expediente de trabalho, ela
deixa o supermercado e procura alguém com o olhar).
CRISTINA: (Avista o namorado encostado em um carro e sorri acenando para ele. Em
seguida, caminha em sua direção e o beija assim que se aproxima).
VAVO: E aí, como foi seu dia minha gatinha? Eles trataram você bem? (Questiona
com as duas mãos envoltas da cintura de Cristina).
CRISTINA: Claro! Aqui todo mundo gosta de mim e me respeita. Se Deus quiser, logo
eu consigo uma promoção e quem sabe com um dinheiro a mais no orçamento, a
gente consiga casar.
VAVO: É justamente sobre isso que eu vim falar com você. Eu não posso casar
com você! (Diz com um olhar sério).
CRISTINA: Como não pode? Você não quer mais casar comigo, Vavo? (Questiona
assustada).
VAVO: Não, pelo menos não em as alianças. Vim te buscar para comprarmos as
alianças para o nosso noivado! (Sorri após pregar uma peça em Cristina).
CRISTINA: Ai, Vavo! Você quase me matou de susto. Por um momento, pensei que
tinha desistido do nosso casamento. Mas como vai comprar as alianças? Sei que
você está numa pindaíba, sem trabalhar. Como vai comprar? (Pergunta sem
entender).
VAVO: Eu já disse para você não se preocupar com isso, gatinha. Eu descolei
um trampo novo e vai dar muito certo. Tanto vai dar certo, que em breve eu vou
ter o dinheiro para o casamento e comprar o nosso barraco.
CRISTINA: (Continua estranhando o comportamento do namorado) Que trabalho é esse,
Gustavo? Que foi? Você está estranho. Por acaso está escondendo alguma coisa de
mim?
VAVO: Confia em mim, princesa. Vamos nos dar muito bem! Agora deixa de
interrogatório e entra no carro. Vou te levar num lugar de bacana e depois de
hoje, selaremos a nossa história. (Dá a volta e entra no carro no lado do
motorista).
CRISTINA: (Desconfia de Vavo, mas resolve lhe dar uma chance e em seguida entra
no carro e senta-se no banco do passageiro, ao lado de Vavo).
Cena 04 – Galleria
Shopping Campinas [Externa/Tarde]
(Com o carro estacionado próximo a entrada principal da galeria, Vavo
passou algumas orientações para Cristina).
VAVO: Agora eu vou entrar e vou acertar aquele trampo que te falei. Faz o
seguinte pra gente não perder tempo, me espera no banco do motorista, porque aí
quando eu voltar, já vamos logo comprar as alianças, firmeza?
CRISTINA: Vavo, o que está acontecendo? Você está muito esquisito. É alguma coisa
que você não pode me contar? (Faz diversos questionamentos).
VAVO: (Beija Cristina para tranquilizá-la) Calma! Eu não vou demorar, faz o
que eu pedi, ok? (Sai do carro e veste um casaco).
CRISTINA: (Observa Vavo adentrar na galeria e em seguida tira o cinto de
segurança e vai para o lado do motorista, conforme Vavo havia pedido) O que
será que está acontecendo?
(No estacionamento interno da galeria comercial, Vivian estacionou o seu
carro de luxo e deu alguns retoques na maquiagem olhando-se através do espelho.
Em seguida, ela pegou sua bolsa que estava posicionada no banco do passageiro e
desceu do carro).
VIVIAN: (Ativa o alarme do carro e caminha em direção ao elevador que a levará
ao pavimento principal da galeria).
(Escondido atrás de uma pilastra, Vavo coloca uma máscara preta, em
seguida cobre a cabeça com o capuz do casaco e tira uma arma da cintura).
VIVIAN: (Pressiona o botão do elevador e observa as horas em seu relógio de
pulso enquanto aguardava).
VAVO: (Surpreende Vivian) Perdeu, madame. Perdeu! É melhor colaborar e não
fazer gracinha, se não eu dou um tiro nessa tua cara, sacou?
VIVIAN: (Levanta as duas mãos para o alto) Ca-ca-calma moço! Não faça nenhuma
besteira. Eu vou te entregar tudo o que quiser, só não me machuque.
VAVO: Isso, isso mesmo. Eu quero a bolsa com a grana, o celular e as joias.
Anda, vai logo e me entrega tudo o que eu estou mandando! (Grita com a arma
apontada para Vivian).
VIVIAN: (Trêmula, tira o relógio do pulso e o entrega junto da bolsa) Fique
tranquilo. Aqui está!
(Nesse momento, um carro entra no estacionamento e as portas do elevador
se abrem, distraindo Vavo. Nesse momento, Vivian se aproveita para correr e
pedir ajuda).
VIVIAN: Socorro, alguém me ajuda! Socorro! (Gritava enquanto corria).
VAVO: Volta aqui sua vagabunda, volta aqui... (corre atrás de Vivian).
(Quando o motorista do outro carro percebe que Vavo está armado, acelera
o carro e arranca de ré).
VIVIAN: Não, não, não! Me ajuda, por favor!
VAVO: Eu disse pra você colaborar, sua vaca...
VIVIAN: (Vira-se para trás e encara Vavo).
VAVO: (Atira duas vezes em Vivian, atingindo-a no peito).
VIVIAN: (Ainda atônita pela adrenalina, olha para baixo e percebe que sua blusa
de seda branca está manchada de sangue, caindo no chão onde agonizaria).
Cena 05 – Ruas de
Campinas [Externa/Tarde]
(Carregando os pertences de Vivian, Vavo corria para chegar ao local
onde havia deixado seu carro).
VAVO: (Tira a máscara e entra no carro bruscamente) Vai, vai, vai... Pisa no
motor, acelera!
CRISTINA: Vavo, o que aconteceu? Eu fiquei preocupada, ouvi tiros.
VAVO: Não me ouviu, eu disse pra você arrancar essa porcaria! (Grita,
deixando a arma na cintura aparecer sem querer).
CRISTINA: (Observa a arma horrorizada) Meu Deus, você...
(Alguns instantes depois, viaturas perseguem o carro de Vavo, enquanto
um helicóptero sobrevoa as ruas de Campinas).
TENENTE: Atenção todos as viaturas. Veículo identificado, ele está seguindo para
a direção oeste da cidade. Repito, veículo identificado seguindo pela via
Avenida Francisco Glicério. Suspeito de latrocínio está em alta velocidade.
(Fala no rádio helicóptero, enquanto sobrevoa a avenida).
(Alguns instantes depois, o carro com Cristina e Vavo fica preso no meio
de um engarrafamento).
CRISTINA: O que está acontecendo, Gustavo? Pra que essa arma? O que foi que você
fez naquela galeria e que coisas são essas? (Pergunta nervosa enquanto dirige).
VAVO: Eu já falei para você não fazer tanta pergunta. Quanto menos você
souber, melhor. (Responde observando ao redor e inclusive pelos retrovisores do
carro).
CRISTINA: Você roubou essas coisas? Ainda há tempo de consertar as coisas, vamos
devolver a bolsa e o relógio. Eu converso com a pessoa que você roubou, explico
que você não fez por mal...
VAVO: Mas o que você está dizendo, Cristina? Será que você ainda não entendeu
o que está acontecendo? Não é tão simples como você pensa. Eu matei aquela
dondoca. Ela iria me entregar se eu não fizesse isso, não tive escolha.
CRISTINA: Matou? (Repete incrédula).
VAVO: (Ouve as sirenes da polícia se aproximarem) Olha gata, não é nada
contra você, mas agora é questão de sobrevivência, cada um por si! (Vavo abre a
porta do carro e foge, deixando Cristina sozinha).
CRISTINA: Vavo... Vavo! (Grita enquanto observa Vavo correr entre os carros).
(A polícia cerca o carro com Cristina em seu interior, dando-lhe voz de
prisão).
São Paulo,
atualmente (2021).
Cena 06 – Sobrado
de Sofia [Interna/Manhã]
(Tiago e Sofia estavam estáticos, completamente chocados com a história
de Cristina).
CRISTINA: Então, essa é a minha história. Eu agradeço imensamente pelo
acolhimento da noite anterior. Não precisam se preocupar, eu já estou indo!
(Diz enquanto amarra o cabelo e recolhe seus pertences).
SOFIA: Não, espera! Ninguém aqui vai embora. Eu acredito em você! A sua
história me tocou e mesmo que você tivesse passado vinte anos na cadeia, você
pagou a sua conta com justiça e merece uma segunda oportunidade. Além disso, tenho
um quarto vago e algo me diz que podemos confiar em você. Então, porque não?
CRISTINA: (Chora ao ouvir as palavras de Sofia).
SOFIA: (Olha para Tiago) Não vai dizer nada?
TIAGO: Eu acho que peguei pesado com você. A sua história é realmente muito
triste, me perdoe!
CRISTINA: Vocês não sabem o quanto esse apoio significa para mim, de verdade.
SOFIA: Assunto resolvido, vamos ao que interessa... Café da manhã, eu estou
faminta! (Conclui).
Cena 07 – Casa de
Marina e Antônio [Interna/Manhã]
Música da cena:
Because You Loved Me – Claudia Rezende
(Com a transição de cenas, imagens do bairro do Bixiga são apresentadas.
Surge então a fachada da casa onde Marina e Antônio moram).
MARINA: (Arruma a mesa de café da manhã enquanto cantarola).
ANTÔNIO: (Chega de surpresa e abraça Marina por trás) Acordou feliz, meu amor?
MARINA: (Beija o marido) E tem como não ser feliz? Eu sou casada com um homem
incrível, que me deu dois filhos lindos. Temos uma vida simples, mas muito
feliz. Senta, come um pouco antes de ir para a oficina.
ANTÔNIO: Você não sente mesmo nem um pouquinho de falta da vida que tinha antes?
Da sua mãe, seu irmão? (Questiona após se sentar).
MARINA: Não, essa vida não me pertence mais há muito tempo. Você sabe que eu
não gosto de falar sobre isso... Vamos esquecer? É melhor.
ANTÔNIO: Você fala como se fosse fácil esquecer que você é filha de Marion
Assumpção.
(Daniel surge na sala e ouve o final da conversa entre os pais).
DANIEL: Eu ouvi bem? A minha mãe é filha de Marion Assumpção? Marion Assumpção,
a rainha do tomate? A dona da empresa que faz molho de tomate?
ANTÔNIO: (Percebe que foi indiscreto e tenta disfarçar para não criar uma
situação ainda mais desconfortável para a esposa) Não... Você ouviu mão! Eu
disse que a sua mãe...
MARINA: (Interrompe Antônio) Você ouviu muito bem, meu filho. Essa mulher é
minha mãe, mas nós rompemos há muitos anos e eu não quero voltar a falar sobre
esse assunto, entendeu? (Questiona ao sentar à mesa, ao lado do marido).
DANIEL: Não está mais aqui quem perguntou, mas algum dia a senhora vai ter que
me contar o motivo de ter rompido com a sua mãe, eu fiquei curioso. (Também se
senta à mesa).
ANTÔNIO: Já chega desse assunto! Cadê a minha filha? Porque ela não veio tomar
café conosco? (Pergunta enquanto passa manteiga em um pão francês).
MARINA: (Serve-se com um pouco de café) Ela acordou cedo e foi trabalhar, disse
que tinha que organizar algumas coisas antes, pois teria uma reunião muito
importante. A Letícia é uma menina de ouro!
Cena 08 – Consultório
Médico [Interna/Manhã]
(Na sala de espera do médico, a secretária atendia e orientava aos
pacientes que estavam chegando para a consulta. Enquanto isso, no interior do
consultório, o médico lia o resultado do exame que havia solicitado).
LETÍCIA: (Entra no consultório do médico, conduzida pela secretária) Bom dia,
doutor! Vim assim que soube que o resultado estava pronto.
MÉDICO: Bom dia, Letícia! Sente-se, por favor. (Orienta a cadeira onde Letícia
deve se sentar).
LETÍCIA: (Senta na cadeira posicionada em frente a mesa do médico) E então
doutor, o que eu tenho?
MÉDICO: Bem, eu devo parabenizá-la. Você está grávida! (Diz com um sorriso no
rosto).
LETÍCIA: Grávida? (Repete surpresa).
MÉDICO: Que foi? Até parece que não gostou de saber que está esperando um bebê.
LETÍCIA: Não, não foi isso. Eu apenas fiquei surpresa, acho que a ficha ainda
não caiu.
MÉDICO: Pois então alegre-se e compartilhe dessa felicidade com o pai do seu
filho. Tenho certeza de que essa criança será motivo de muita alegria na vida
de vocês.
LETÍCIA: (Fica distante em seus pensamentos) É... Eu aposto que o André ficará
muito feliz com a notícia!
(Alguns instantes depois, Letícia surge caminhando pela rua em meio a
uma multidão).
Música da cena: Resposta – Skank
LETÍCIA: (As palavras do médico ecoavam na cabeça de Letícia e ela estava
vivendo um verdadeiro misto de emoções).
Cena 09 – Mansão
Assumpção [Interna/Manhã]
(Imagens externas mostram a luxuosa mansão da Família Assumpção,
jardineiros arrumam as plantas, enquanto seguranças protegem a propriedade.
Enquanto isso no interior da mansão, Marion, Murilo e Stella tomavam café da
manhã juntos).
AMÁLIA: A senhora deseja mais alguma coisa? (Pergunta enquanto serve alguns
pratos).
MARION: Não, se precisar de mais alguma coisa, te chamo. Pode se retirar,
Amália. (Diz enquanto limpa delicadamente os lábios com um guardanapo de
tecido).
AMÁLIA: Com licença! (Retira-se da sala de jantar).
MURILO: Como vão os preparativos para a festa de 40 anos da empresa para o
próximo sábado, mamãe? (Pergunta enquanto corta um pedaço de waffle).
MARION: Você é diretor da empresa, Murilo. Você mais do que ninguém deveria
estar por dentro de como vão as coisas e não ficar perguntando como uma
empregada de lavanderia.
MURILO: Eu nem vi você chegar ontem à noite. Eu peguei no sono e quando acordei
de madrugada, você já estava ao meu lado na cama. (Pergunta a esposa, tentando
fingir que não se incomodou com o comentário hostil da mãe).
STELLA: É, eu saí com algumas amigas. Fiz compras no shopping, fomos jantar e
eu acabei perdendo a hora. Meu celular descarregou e eu não tive como avisar.
Quando cheguei, você estava dormindo profundamente e eu não quis te incomodar.
MARION: A sua esposa tem chegado tarde com frequência, não acha meu filho?
(Pergunta de maneira irônica).
STELLA: Eu não entendi o seu tom, minha querida sogra. Quer dizer alguma coisa?
MARION: Quero dizer que o meu filho deve abrir bem os olhos com você. Sai
demais, gasta demais... Eu não me surpreenderia se você me aparecesse com um
amante esfarrapado e sem classe como você. A única coisa que você fez que
preste nessa vida foi parir o Murilo Neto. O meu único herdeiro e substituto!
(Dispara).
MURILO: Já chega, mamãe. A senhora está me desrespeitando com essas insinuações
caluniosas. (Grita ao jogar os talheres em cima do prato com agressividade).
MARION: Só disse a verdade! Essa daí não me engana, abre bem os olhos. Se me
permitem, perdi o apetite. Com licença! (Levanta-se da mesa e deixa os dois
sozinhos na sala de jantar).
Cena 10 – Ruas de
São Paulo [Externa/Tarde]
Música da cena:
Oceana – OUTROEU e Melim
(Com a transição de cenas, surgem as ruas movimentadas do centro de São
Paulo. Entre a multidão, Cristina caminha procurando emprego de loja em loja).
CRISTINA: (Observa uma placa de vagas em uma vitrine e entra na loja).
(Alguns instantes, Cristina deixa a loja com um olhar triste por não ter
conseguido o emprego e resolve continuar as suas buscas).
Cena 11 – Mansão
Assumpção [Externa/Tarde]
(Marion saiu da mansão carregando consigo uma pasta, enquanto organizava
itens na bolsa. O motorista logo se encarregou de abrir a porta do carro, para
que ela se acomodasse. Em seguida, deu a volta e sentou ao volante. Os portões
da mansão se abriram e o carro deixou a propriedade).
AMANDA: Então quer dizer que essa é a minha vovozinha? A senhora mal perde por
esperar! (Diz a si mesma enquanto observa a movimentação da mansão atrás de uma
árvore).
Cena 12 – Ruas do
Bixiga [Externa/Tarde]
Música da cena:
Because You Loved Me – Claudia Rezende
(Pelas ruas do bairro do Bixiga, Marina caminhava carregando grandes
sacolas com seus quitutes, ela abastecia o fornecimento do bar de Sofia. Marina
usava um vestido simples estampado e chamava a atenção na rua por sua beleza).
MARINA: Tenho que me apressar, daqui a pouco vai anoitecer e o bar não pode
abrir sem os meus quitutes. A Sofia depende do meu trabalho! (Murmura enquanto
aguarda o sinal fechar para atravessar a faixa de pedestres).
(O sinal abre para os pedestres e Marina atravessa rapidamente a rua. Ao subir na calçada, ela apressa ainda mais os passos e acaba tropeçando, por conta disso desequilibra-se e cai derrubando as sacolas).
MARINA: Mas que droga, caindo na rua feito uma menina. Ainda mais essa!
(Resmunga limpando a poeira das mãos).
CRISTINA: (Observa a cena e corre para ajudar Marina) A senhora está bem, se
machucou?
MARINA: (Ergue a cabeça e ao olhar para Cristina, sente uma estranha sensação).
CRISTINA: Senhora, algum problema? (Questiona estendendo a mão para que Marina se
apoie e se levante).
CONTINUA!
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