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EM SEU LUGAR - CAPÍTULO 30

 



 

Capítulo 30

 

Cena 01 – Mansão Assumpção [Interna/Noite]

(Os policiais seguravam as algemas, enquanto Marion e Murilo permaneciam estáticos).

 

POLICIAL 02: E então, podemos ir? (Pergunta mostrando as algemas).

MARION: Amália, vá até o meu quarto e pegue a minha bolsa. Murilo, ligue para o advogado e peça para ele nos encontrar na delegacia.

MURILO: Sim, senhora! (Diz ao tirar o telefone da base, em cima de uma mesinha).

POLICIAL 01: E então, vai demorar muito, madame? Não temos a noite toda!

MARION: O senhor já ouviu o que está acontecendo, não vai durar a noite todos. Somos maiores de idade e iremos prestar todos os esclarecimentos necessários para as autoridades. Podem ficar tranquilos!

(Segurando a bolsa e um casaco, Amália desce a escada rapidamente).

AMÁLIA: Aqui está senhora, trouxe o seu casaco também. (Diz ao entregar os pertences à Marion).

MURILO: O Doutor Rios irá nos esperar na delegacia. (Diz ao se aproximar).

MARION: Está bem, nós podemos ir!

POLICIAL 01: Tudo bem, coloque as algemas neles... (Orienta o outro policial).

POLICIAL: As mãos! (Diz olhando para os braços de Marion).

MURILO: Nós estamos colaborando, é realmente necessário? A minha mãe é uma dama, ela não vai fugir.

POLICIAL 01: É procedimento padrão, não podemos fugir do protocolo para privilegia-la, infelizmente temos que seguir as ordens. As mãos, por favor!

MARION: (Estende os braços e observa o policial a algemar).

 

Cena 02 – Apartamento de Ulisses [Interna/Noite]

(Ulisses estava sério e Cristina continuava parada na porta, sem entender o que estava acontecendo).

 

CRISTINA: Você vai ficar aí parado, não vai me convidar para entrar?

ULISSES: Eu deveria? (É rude).

CRISTINA: Eu não estou entendendo porque você está assim comigo. Eu passei o dia te ligando, deixando mensagens e você não me retornou. O que está acontecendo?

ULISSES: Não seja cínica, Cristina. Você sabe muito bem do que eu estou falando! (Diz ao adentrar no apartamento e deixar Cristina parada na porta).

CRISTINA: Ulisses, o que está havendo? Porque você está falando assim comigo, que bicho te mordeu? Eu vim aqui para conversar com você sobre uma coisa que aconteceu, mas não esperava ser recebida com quatro pedras na mão. (Questiona ao seguir Ulisses no interior do apartamento).

ULISSES: (Vira-se para Cristina e a encara furioso) Eu vi vocês dois! Eu vi você na cama com o seu amante, nua, como... Como uma qualquer, uma vagabunda!

CRISTINA: Eu não permito que você fale assim comigo, você não vai me ofender. Era justamente sobre isso que eu vinha falar com você, eu fui vítima de uma armação, só não sei o porque disso tudo ainda, mas irei descobrir...

ULISSES: Armação? Você acha mesmo que eu vou acreditar nessa historinha, Cristina? Todos os dias eu vejo pessoas mentindo em juízo, exatamente como você está fazendo.

CRISTINA: Espera, você está me comparando aos seus clientes? Você não quer nem me escutar e já está tirando as suas conclusões? Posso saber o veredito? Estou condenada sem ao menos me defender?

ULISSES: Faça-me o favor, eu não preciso de explicações para o óbvio, Cristina. Eu vi, ninguém me contou... Eu acreditava em você, que você era uma mulher decente, íntegra, mas você só está se mostrando digna daquele pilantra.

CRISTINA: Ulisses...

ULISSES: (Interrompe Cristina e começa a gritar) Chega de mentiras, Cristina... Chega! Você está mentindo desde que esse cara reapareceu. Pare com isso, não se suje ainda mais do que já se sujou. Eu tenho vergonha de ter me envolvido com você!

CRISTINA: (Se choca com as palavras de Ulisses) Tudo bem, eu não vou insistir. Eu vou embora, mas escreva o que eu estou te dizendo, eu vou provar que isso foi uma armação e cada palavra que você disse aqui, você vai ter que engolir. Boa noite! (Vai embora).

(Nesse momento, Janice e Joaquim saem de seus quartos e observam Ulisses na sala).

ULISSES: Não precisa falar nada, eu sei o que vocês dois estão pensando. Me poupem dos comentários, me poupem. (Vai para o quarto e deixa os dois sozinhos).

 

Cena 03 - Delegacia [Interna/Noite]

(Imagens externas apresentam as grandes avenidas da cidade e seus edifícios. Em seguida surge a fachada da delegacia. A imprensa já se aglomerava para receber Marion e Murilo).

 

MARION: Quem chamou a imprensa? Parecem uns abutres nos esperando! (Questiona-se dentro da viatura).

MURILO: Nós estaremos em todas as manchetes sensacionalistas amanhã. (Responde).

POLICIAL 01: Bem, agora que as celebridades chegaram, o que acham de começarmos o show? Vamos descer!

POLICIAL 02: (Desce do carro e abre a porta para Murilo descer).

MURILO: (Abaixa a cabeça e tenta cobrir o rosto dos flashes das câmeras).

POLICIAL 01: (Desce do carro, dá a volta e abre a porta, ajudando Marion a descer).

MARION: (Com a fisionomia fechada, Marion caminha com escolta policial e não se esconde da imprensa, porém não responde nenhuma pergunta).

(Com ajuda de outros policiais, os quatro conseguem furar o bloqueio da imprensa e entram na delegacia).

AMANDA: Vovó, eu vim assim que soube o que os meus pais fizeram. Eu não tinha como evitar! (Diz ao se aproximar).

MARION: Não se preocupe, Amanda. Cedo ou tarde isso iria acontecer, precisamos enfrentar a realidade. O Doutor Rios já chegou?

AMANDA: Já sim, vovó. Ele está lá dentro com o delegado.

POLICIAL 01: A conversa está boa, mas temos que ir agora. Pra dentro, vamos! (Diz ao conduzir Marion e Murilo por um extenso corredor).

AMANDA: Eu vou tirar vocês daqui! (Grita e em seguida fala consigo mesma através do pensamento). – Vai, dois cretinos... Esse é o momento ideal para os meus planos, sem querer, os papaizinhos da Cristina me ajudaram e muito. (Sorri satisfeita ao se deleitar com a cena).

 

Cena 04 – Casa de Marina e Antônio [Interna/Noite]

Música da cena: Because You Loved Me – Cláudia Rezende

(Sozinhos em casa, Marina e Antônio assistiam ao noticiário).

 

REPÓRTER: A empresária Marion Assumpção, conhecida como “rainha do tomate” foi presa na noite de hoje, junto com o seu filho Murilo Assumpção. De acordo com a nota emitida pela delegacia, temos a informação de que ela foi responsável pelo desaparecimento da neta há mais de duas décadas. Ainda não se sabem os motivos que a levaram a isso, mas continuaremos aqui e logo mais traremos mais informações sobre essa prisão que chocou toda São Paulo. É com vocês aí no estúdio. (Finaliza).

(Após a conclusão da fala da repórter, Antônio desligou a TV).

ANTÔNIO: É, finalmente aconteceu. Eu sinto muito pelo fato de serem sua mãe e seu irmão, mas eles precisam pagar pelo o que fizeram.

MARINA: Ela não é minha mãe! Que tipo de mãe faz uma coisa dessas que ela fez comigo? A Marion só é mãe do Murilo, ela deixou de ser a minha mãe no dia que roubou a minha filha. Eu estou com dor de cabeça, vou tomar um remédio e me deitar. Te espero no quarto. (Levanta-se e vai para o quarto).

 

Cena 05 – Donna Sô (Café Bar) [Interna/Noite]

Música da cena: Quando O Amor Encontra O Orgulho - João Rosa

(Com a transição, surgem as ruas do bairro do Bixiga. Tiago atendia alguns clientes nas mesas externas, quando percebeu que Sofia não parava de acenar dentro do bar).

 

TIAGO: (Atravessa o bar, cumprimenta alguns clientes e em seguida se aproxima do balcão) O que foi? O que aconteceu?

SOFIA: Olha isso, você tem que ver... (Diz ao entregar o celular ao filho).

TIAGO: (Sem entender o que está acontecendo, Tiago pega o celular e lê a manchete indicada pela mãe) Santo Deus, isso daqui é uma verdadeira bomba. A Cristina já viu?

SOFIA: Não, ela ainda não voltou da casa do Ulisses. Pior que eu já estou ficando preocupada com essa menina. Tem algo no ar, algo pairando sobre ela e eu estou apreensiva.

TIAGO: Ih, já vi tudo... A senhora andou colocando tarô de novo? Eu já falei que não acredito nessas coisas.

SOFIA: Você pode não acreditar, mas está acontecendo e as cartas não mentem. Não mentem! (Conclui).

 

Cena 06 – Delegacia [Interna/Noite]

Música da cena: Não Sai Da Minha Cabeça – Flávio Ferrari, Gabriel Nandes

(Imagens aéreas percorrem a cidade de São Paulo, a Marginal Pinheiros, a Ponte Octávio Frias de Oliveira e o MASP são apresentados na sequência. Em seguida surge a fachada da delegacia).

 

AMANDA: Você precisa se acalmar, vovó! (Diz do lado de fora da cela).

MARION: É fácil falar, é muito fácil falar quando não é você que está presa aqui dentro. (Diz sentada em na cama de baixo de um beliche).

AMANDA: Eu já falei com o advogado e ele está bem confiante, a senhora vai ver, quando menos esperar vai estar fora desse lugar.

MARION: Eu não posso ficar aqui, eu tenho uma vida lá fora. Tenho uma empresa, quem vai comanda-la? O Murilo Neto não quer saber de nada que está ligado a nós, a empresa não pode ficar sozinha.

AMANDA: (Observa Marion por um breve momento e em seguida responde) Se a senhora quiser, eu posso fazer isso. Eu posso cuidar da empresa para a senhora.

MARION: Você? (Pergunta com um ar de desdém).

AMANDA: É, você. Se a senhora me der uma procuração de plenos poderes e instruções, eu posso perfeitamente administrar a sua empresa durante esse período que estiver ausente.

MARION: (Levanta e dá alguns passos, com um ar de reflexão) Procuração? (Repete).

 


Cena 07 – Mansão Assumpção [Interna/Noite]

(Marion continuava pensativa com o que Amanda acabara de propor, enquanto Amanda seguia tentando ludibria-la).

 

MARION: Eu não sei se é uma boa ideia, você ainda é muito nova. Não tem experiência no mercado.

AMANDA: Vovó, eu já provei que sou de confiança e tenho o sangue dos Assumpção nas veias, eu posso administrar tudo da melhor forma. Se me der essa procuração, eu posso cuidar de tudo e quando a senhora sair, pode revogar imediatamente. Eu só quero te ajudar, vovó!

MARION: (Vira-se e encara Amanda com um ar de desconfiança) Eu vou te fazer uma pergunta e quero que você me diga a verdade, Amanda.

AMANDA: (Estranha, porém disfarça) Claro, pode fazer...

MARION: Eu vi o que aconteceu com a oficina do Antônio no jornal. Você não teve nada a ver com isso, teve?

AMANDA: Eu? Claro que não vovó, eu jamais faria isso com o meu próprio pai. Porque você pensou isso? (Disfarça).

MARION: Seus olhos! Por um instante eu vi algo sombrio nos seus olhos. Pensei que você pudesse ter feito algo para que seus pais precisassem de mim ou de meu dinheiro.

AMANDA: A senhora deve estar nervosa com o que está acontecendo, isso que está dizendo não faz o menor sentido. Eu amo os meus pais e jamais faria algo para prejudica-los. Bem, eu já vou agora, o horário de visita já excedeu. Pense no que te falei, a senhora só tem a ganhar se eu administrar a empresa de forma interina. Amanhã eu volto, se cuide vovó. (Despede-se e vai embora).

MARION: (Se aproxima das grades da cela e permanece desconfiada).

 

Cena 08 – Ruas de São Paulo [Externa/Noite]

Música da cena: A Primera Vista – Pedro Aznar

(Com a transição de cenas, surgem as ruas de São Paulo. Entre as pessoas, Cristina caminhava desnorteada).

 

AMANDA: (Chora enquanto caminha pelas ruas).

 

Cena 09 – Apartamento de André [Interna/Noite]

Música da cena: Resposta - Skank

(Imagens externas mostra o trânsito frenético da cidade, iluminada pelos faróis dos veículos. Grandes edifícios surgem logo após surge a fachada do edifício onde André morava agora com Leticia).

 

LETÍCIA: (Com o rosto menos marcado das agressões, Letícia colocava a mesa do jantar).

ANDRÉ: (Deixa o quarto de banho tomado, arrumado e perfumado).

LETÍCIA: O jantar já está quase pronto, eu termino num minuto...

ANDRÉ: Eu tive um dia cheio! A prisão da mãe da sua madrasta está me rendendo muitos problemas. Eu preciso espairecer, vou sair.

LETÍCIA: Vai sair? Mas eu preparei um jantar especial!

ANDRÉ: Guarda na geladeira, depois você esquenta.

LETÍCIA: Então eu vou com você, eu só troco e roupa e...

ANDRÉ: (Interrompe) Não, você não vai, você vai ficar em casa. Como é obrigação de toda mulher, ficar em casa, esperando o marido. Não me aborreça, você sabe como eu fico quando estou com raiva, não sabe? (Questiona com um olhar violento).

LETÍCIA: (Se afasta e coloca as duas mãos na barriga, como se estivesse protegendo o filho que crescia em seu ventre).

ANDRÉ: Foi o que pensei! Agora eu já vou, não me espere acordada. (Vai embora e fecha a porta).

LETÍCIA: (Senta-se na cadeira junto a mesa de jantar e começa a chorar).

 

Cena 10 – Canto da Ema (Casa Noturna) [Interna/Noite]

Música da cena: Faking Love – Anitta ft. Saweetie

(A casa noturna estava lotada, muitos clientes dançavam na pista de dança, conduzidos pelo DJ da casa. Gastando o restante do dinheiro que tinha arrancado de Amanda e Stella, Vavo se divertia quando se aproximou do bar).

 

VAVO: (Grita com o barman do bar) Me vê outro drink desse! (Se desequilibra e esbarra em outra cliente que estava no balcão). – Me desculpa, foi mal...

JACQUELINE: Não se preocupe, está tudo bem. Foi só um acidente! (Diz ao se virar, secando o vestido com auxilio de um guardanapo de papel).

VAVO: (Se surpreende com a beleza de Jacqueline) Se você quiser, eu posso te pagar outro...

JACQUELINE: (Sorri com a proposta de Vavo) Claro, porque não? Jacqueline! (Diz ao estender a mão na direção de Vavo).

VAVO: (Aperta a mão de Jacqueline a encarando) Gustavo, mas pode me chamar de Vavo. Rapaz, outro drink pra moça... Por minha conta! (Pede ao barman).

Cena 11 – Delegacia [Interna/Manhã]

Música da cena: Suit & Tie - JAMZ

(A noite se vai e o dia amanhece, as pessoas caminhavam de um lado para o outro pelas ruas. Ônibus percorriam toda a cidade, enquanto as plataformas de metrô seguiam agitadas. Em seguida, surge a fachada da delegacia. Em uma sala particular, Marion conversava com seu advogado).

 

MARION: Eu quero saber qual é a minha real situação, quando eu vou sair daqui. Eu não aguento mais esse lugar!

ANDRÉ: Eu não vou mentir para você, Marion. Sua situação não é nada boa, o crime está repercutindo negativamente na mídia e a sociedade vai começar a cair em cima, pedindo por justiça. Você precisa se preparar para uma fase ruim!

MARION: Você está sendo muito bem pago para me defender, precisa encontrar uma saída. Eu quero sair daqui!

ANDRÉ: Não é questão de dinheiro, Marion. É questão de justiça, são muitos trâmites enquanto isso. Você já parou para pensar quem vai te assessorar na empresa? Eu pergunto pelo fato do seu filho, braço direito e diretor da empresa também ter sido preso. Aquele lugar não pode ficar sem o comando de alguém, principalmente pelo fato de não sabermos ao certo quanto tempo você vai ficar aqui.

MARION: Eu sei disso, eu só tenho uma alternativa. Eu preciso falar com o meu neto, preciso convencê-lo a comandar a empresa durante a nossa ausência, ele é a minha última esperança. (Conclui).

 

Cena 12 – PUC – SP, Universidade [Interna/Tarde]

(A universidade estava movimentada durante aquela tarde, muitos estudantes caminhavam pela área externa do lugar. Em seguida, surgiu a biblioteca).

 

CRISTINA: (Distraída, Cristina fazia uma atividade e não ouviu os chamados de Rodrigo).

RODRIGO: Cristina? Está tudo bem com você?

CRISTINA: Ah, oi... Está sim! Eu só estava distraída, desculpe. Faz tempo que você está aí?

RODRIGO: Não, não... Eu acabei de chegar! Você está me devendo uma resposta.

CRISTINA: Resposta? (Pergunta com um semblante de esquecimento).

RODRIGO: O projeto de extensão, você esqueceu?

CRISTINA: Ah, sim... Você tem razão! Realmente eu esqueci de te dar a resposta. Você acha mesmo que eu já estou capacitada para participar desse projeto?

RODRIGO: Claro que sim! Você tem uma mente brilhante e muito potencial, basta que seja bem desenvolvida e de uma boa consultoria. Essa parte, você deixa comigo. E então, o que me diz? (Pergunta sorridente).

CRISTINA: Tudo bem, eu aceito. Vai ser bom mesmo ocupar minha mente com algo útil agora.

Música da cena: In The Silence – Leroy Sanchez

RODRIGO: Ótimo, eu tenho certeza de que será uma ótima parceria. Seja bem-vinda ao projeto! (Estende a mão para Cristina em sinal de acordo).

CRISTINA: Tenho certeza que sim! (Sorri ao apertar a mão de Rodrigo).

 

Cena 13 – Delegacia [Interna/Tarde]

(Com a transição de cenas, surge a fachada da delegacia. Marion andava aflita de um lado para o outro na cela).

 

MARION: Eu vou enlouquecer se continuar nessa pocilga! (Fala consigo mesma).

MARINA: Pensasse nisso antes de roubar a minha filha! (Diz ao se aproximar e observar Marion no interior da cela).

MARION: Marina? (Se surpreende ao avistar Marina, parada do lado de fora da cela).

MARINA: Eu vim conferir com os meus próprios olhos que você está pagando por todos os seus crimes. (Conclui).

 

CONTINUA!

Trilha Sonora Oficial,

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