CAPÍTULO 25
ATENÇÃO!
A trama apresenta apenas adolescentes cheios de espinhas, aparelho nos dentes, óculos, pele oleosa etc. Não siga o que é dito. É tudo ficção.
Uma novela de Crisley
Personagens deste capítulo (ordem de aparição):
Karen
Sílvia
Laís
Lara
Danilo
Chris
André
Participações especiais:
Professor
CENA 1: SALA C/ INT./ MANHÃ
Os alunos entram na sala de aula. Karen entra e logo depois Sílvia, que fica a encarando. Lara vem logo atrás e pega Sílvia pelo braço e as duas se sentam. Karen se senta nos fundos. Laís chega e olha para a sala. Ela sorri. Laís se senta ao lado de Lara e Sílvia.
LAÍS — Que cara é essa, Sílvia? Tá com raiva porque a Carol foi suspensa por causa dela?
SÍLVIA — A Karen que tinha que ser suspensa. Ela que provocou isso tudo.
LARA — Calma também, né, gente. A Karen nem fez nada.
SÍLVIA — Como não fez nada, Lara? Ela enganou a escola toda e se faz de vítima ainda.
LARA — Talvez porque ela seja.
SÍLVIA — Ah, para com isso! Mas eu só não vou lá mesmo dar uns tapas na cara dela porque não posso ser suspensa, muito menos expulsa. Minha mãe ia ficar doida e iam cair em cima do perfil dela até ela ser cancelada na internet.
LAÍS — Acho que quase ninguém sabe que tua mãe a Irina, né?
SÍLVIA — Se perguntar, eu digo. Ninguém fica falando o nome da mãe por aí.
LAÍS — Mas a sua mãe é famosíssima na internet.
SÍLVIA — Coisa que eu nunca vou ser, né. Agora que a Carol foi suspensa, a minha chance de conseguir alguma coisa foi por água abaixo.
LAÍS — Por quê?
SÍLVIA — Porque, já que a Carol não foi líder, eu poderia ser.
LAÍS — Tá, mas a Karen continua líder.
SÍLVIA — Ok, continua, mas até quando?
LAÍS — Até ela sair da escola, que nem aconteceu com a outra menina lá.
SÍLVIA — Tá aí uma coisa que me fez pensar.
LARA — Sílvia, vai fazer nada de errado não, tá bom?
SÍLVIA — Calma, Lara. Cê tá muito pessimista.
Sílvia dá um sorrisinho diabólico.
Corta para:
CENA 2: SALA B/ INT./ MANHÃ
Os alunos tiram o material de suas mochilas enquanto o professor fala ao fundo. Danilo chega correndo na sala e é parado pelo professor, que coloca a mão em sua frente.
DANILO — Professor, eu já tô aqui.
PROFESSOR — Tô vendo.
DANILO — Certo. Tô entrando.
PROFESSOR — Não vai explicar o porquê de ter chegado tão atrasado?
DANILO — Mas não tem nem três minutos que bateu o sinal.
PROFESSOR — Mas você tá atrasado, né?
DANILO — Uns três minutos.
PROFESSOR — Então tá atrasado.
DANILO — É pra eu sair da sala?
PROFESSOR — Hum... Não. Pode entrar.
DANILO — Obrigado, professor lindo!
PROFESSOR — Vai, vai.
Danilo sorri e corre para se sentar. Ele se senta ao lado de Chris.
DANILO — E aí.
CHRIS — O professor quase acabou com você agora, hein.
DANILO — O professor tá viajando já. Deu nem tempo de respirar e já quer me impedir de entrar.
CHRIS — Atrasou por quê?
DANILO — Dormi demais.
CHRIS — Não aprende, né? Cê é um trouxa mesmo!
DANILO — Não assisti a esse filme.
CHRIS — Quê?
DANILO — Nada não.
CHRIS — Doido.
Danilo dá uma olhada pela sala toda.
DANILO — Cadê o André?
CHRIS — Eu sei lá. Pensei que você que tava de chamego com ele.
DANILO — Chris, para com isso, hein. Senão eu que vou te dar uma surra.
CHRIS — Ficou todo ofendidinho. Coisa mais linda! (aperta as bochechas de Danilo)
DANILO — Ai! Vou te dar um socão, hein.
CHRIS — Ihhh...
O professor arremessa uma caneta em Danilo.
PROFESSOR — Algum problema?
DANILO — Não, senhor!
PROFESSOR — Então fiquem quietos. Os dois.
DANILO E CHRIS — Sim, senhor.
O professor vira-se para frente e os dois riem bem baixinho.
Corta para:
CENA 3: ESCOLA MARA TÂNIA/ EXT./ TARDE
Entardece. O sinal toca. Todos saem da escola. Danilo aparece por ali e continua olhando. Chris também aparece ali.
CHRIS — Vai fazer o que agora?
DANILO — Nada. Por quê?
CHRIS — Vamo lá em casa jogar.
DANILO — Jogar o quê?
CHRIS — Como o quê? O meu novo jogo, ué. O futebol.
DANILO — Hum... Ih... Sabe que eu tenho agora?
CHRIS — O quê?
DANILO — Dentista. Eu vou indo. (vai saindo dali)
CHRIS — Dentista essa hora não existe. Danilo! Danilo, para de mentir, cara! Volta aqui!
Corta para:
CENA 4: CASA DE ANDRÉ/ EXT./ TARDE
Danilo caminha até a frente da casa de André. Ele está com o celular nas mãos com o mapa. Ele para ali e olha.
DANILO — (para si mesmo) Já tava me esquecendo que era aqui. Tenho que jogar jogo da memória, senão vou ficar que nem aqueles velhinhos que não lembram de nada.
Danilo toca a campainha. O portão se abre e ele entra.
Corta para:
CENA 5: CASA DE ANDRÉ/ QUARTO/ INT./ TARDE
Danilo entra no quarto de André.
DANILO — André? (olha em volta) Cadê ele?
André entra no quarto e o vê.
ANDRÉ — Danilo?
DANILO — Tava te caçando.
ANDRÉ — Não sou nenhum animal pra você me caçar.
DANILO — Há, há, há. Que engraçadão você é.
ANDRÉ — Por que cê tá aqui?
DANILO — Eu não te vi na escola e vim até aqui, ué.
ANDRÉ — Por que não mandou mensagem?
DANILO — Porque eu queria vir até aqui ver o que tinha acontecido, né.
ANDRÉ — Era só ter mandado mensagem que eu responderia.
DANILO — Tá, mas você ia mentir, não?
ANDRÉ — Por que eu mentiria?
DANILO — Eu sei lá. Eu só, sei lá, achei que tinha acontecido alguma coisa.
ANDRÉ — Cê ficou preocupado comigo só porque eu não fui na escola?
DANILO — (se afasta de André rapidamente) Não! É claro que não!
ANDRÉ — Ficou sim! Veio até aqui pra ver se eu tava doente.
DANILO — Eu já disse que não. Mas me responde logo: Por que faltou aula?
ANDRÉ — Porque eu fui ao banco com minha mãe. A gente avisou a diretora.
DANILO — Ah... Então se é assim, vou indo.
ANDRÉ — Espera.
DANILO — O quê?
ANDRÉ — Você ficou preocupado, né? Pode falar.
Danilo fica um pouco nervoso. Ele balança a cabeça negativamente e sai dali.
ANDRÉ — Ô, Danilo! Ué?
André se senta na cama e fica confuso.
FIM DO CAPÍTULO
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