Type Here to Get Search Results !

A Razão de Amar - Capitulo 22 (Reprise)

  

   

 

Capítulo 22

A RAZÃO DE AMAR

 

Novela de João Marinho

 

Escrita por:

João Marinho

 

Personagens deste capítulo

Afonso Valadares                                   Cecília Valadares                                                                                                         

Branca Valadares                                   Eduardo Correia                  

Celso Correia                                          Elias

Jorge Correia.                                        Débora       

Madalena Correia.                                Vilma Duarte                                              

Marta Correia                                      Horácio Duarte              

Olímpio Vasconcelos.                        Jorge Correia    

Radialista.                                        Raul Fernandes              

Letícia Fernandes                            José Jacinto - Carcará

                       Venâncio Correia

 

 

 

 

 

 

CENA 01/ PALMEIRÃO DO BREJO/ INT. EXT. /MANHÃ

Continuação imediata da última cena do capítulo anterior. A cena começa no SALA DE ESTAR da FAZENDA CORREIA Celso entra na sala e questiona quem é aquele rapaz.

CARCARÁ – Eu sou José Jacinto, mas pode me chamar de Carcará. Eu queria falar com Otávio Correia.

CELSO – Otávio Correia morreu.

CARCARÁ – Como?

CELSO – Otávio Correia morreu. Me admira que depois de tanto tempo alguém venha atrás dele.

CARCARÁ (Surpreso) – Não, não pode ser.

Carcará sai. A cena continua no EXTERIOR. Ele sai desnorteado com o que acabara de escutar. Desce as escadarias da fazenda desesperado.

CARCARÁ – Meu irmão morreu? Não, isso não pode ser verdade! Como eu vou falar a mainha?

Ele continua andando desnorteado e chorando. Ele caminha sem rumo. 

Corta para:

CENA 02/ FAZENDA CORREIA/ SALA DE ESTAR/ INT./ MANHÃ

 Celso e Marta se entreolham confusos com o que acabara de acontecer. No instante, Jorge desce as escadas.

CELSO – Vocês entenderam o que aconteceu aqui?

MARTA – Por que alguém viria atrás de Otávio depois de tanto tempo?

CELSO – Não sei e também nem quero. Otávio não faz mais parte da minha vida.

MARTA – Por que você disse que Otávio morreu?

CELSO – Para gente ele morreu. Fugiu de casa e não tivemos mais notícias dele. Vai ver ele morreu mesmo.

JORGE (Interrompe) (pensativo) – Estranho

Celso anda pela sala pensativo.

CELSO (Pensativo) – É realmente muito estranho alguém vim atrás dele depois de quase 30 anos que ele fugiu daqui. Otávio deve ter morrido mesmo. Então, fiz certo em dizer o que disse.

JORGE – Às vezes pode ser alguma cobrança do passado.

CELSO – Não creio.

MARTA – Ele saiu muito desnorteado. Isso não me parece ser a reação de uma pessoa que quer cobrar algo. E nem faria sentindo ele vir cobrar aqui.

CELSO – Pode ser algum desafeto de Venâncio.

MARTA (Pensativo) – Faz um pouco mais de sentido, mas não creio. Tem alguma coisa entre esse José Jacinto e Otávio.

JORGE – Enquanto vocês tentam desvendar qual a relação entre Otávio e esse tal José Jacinto, eu vou resolver algumas coisas minhas.

Jorge sai. Celso volta para o escritório. Marta senta-se no sofá, pensativa.

Corta para:

CENA 03/ PALMEIRÃO DO BREJO/ RUA DA IGREJA/ EXT./ MANHÃ

Carcará caminha pela rua atordoado com o que ouvira na fazenda da família Correia. Ele, de pois de tanto andar. Tira a fotografia do bolso. Inserir Flashbck da cena 16 do capítulo 19:

José Jacinto abraça a mãe, que tem em suas mãos uma fotografia.

MADALENA (Entregando a fotografia ao filho) – Filho, essa é a fotografia do seu irmão. O nome dele é Otávio Correia. Se em algum desses lugares que você passar você o encontrar diga que eu o amo e que nunca esqueci dele. Ele mora em Palmeirão do Brejo nas propriedades da família Correia.

JOSÉ JACINTO – Eu vou encontrar o meu irmão, Mainha!

Fim do insert.

CARCARÁ (Guardando a fotografia no bolso novamente) – Vim para esta cidade em busca do meu irmão. O que é que eu faço agora? (Torna-se a andar). Desculpa, minha mãezinha, por não ter conseguido cumprir o que eu prometi.

Ele anda mais um pouco, mas não percebe que um carro se aproxima e continua andando. O carro se aproxima ainda mais, até que o atinge em cheio. Ele cai no chão. Eduardo e Olga descem do carro.

OLGA (P/Carcará) – Está tudo bem com você?

CARCARÁ (tonto) – Só alguns arranhões! (Levanta-se)

EDUARDO (P/Olga) – Acho que ele está bem. Já até se levantou.

OLGA – Não seja indiscreto. O rapaz está ferido. (P/Carcará). Eu sou médica.

CARCARÁ – Não precisa se preocupar.

OLGA – A culpa foi minha e do meu noivo. Faço questão de te ajudar.

Carcará aceita ajuda de Olga. Eduardo expressa descontentamento com Olga ajudando Carcará. Os três entram no carro.

Corta para:

CENA 04/ FAZENDA VALADARES/ QUARTO DE CECÍLIA/ INT./ MANHÃ

Cecília está sentada na escrivaninha. Ele pega um lápis e escreve um pouco.

CECÍLIA (Lendo, enquanto escreve) – “Eu nunca pensei que eu fosse nutri um sentimento de amor tão puro por alguém. Pensei até em ir ao convento servir a Deus, porque sabia que esse seria o gesto mais nobre que eu faria em toda a minha vida”

Ela, ao terminar de escrever aquilo na folha, coloca-o dentro do seu diário. No instante, Branca entra.

BRANCA – Como foi ontem com Otávio?

CECÍLIA – Ele vai me pedir em namoro aqui na fazenda.

BRANCA- Sempre soube que você se encantaria por um bom partido.

CECÍLIA – Mas eu não estou apaixonada por ele porque é de família nobre. Eu não quero um homem porque eu quero ser amada. Eu não quero um bom partido, mas um marido e, o principal, um grande homem.

BRANCA – Eu só quero que você seja feliz. Eu e o seu pai, claro. (Elas se lembram). Me lembro de você pequena correndo pela casa. Já demonstrava que não seria uma menina de temperamento nada fácil.

CECÍLIA – Eu não diria pessoas de temperamento difícil, mas uma pessoa que segue à risca as suas convicções.

Elas continuam conversando ao saírem do quarto.

Corta para:

CENA 05/ HOSPITAL AFONSO VALADARES/ CONSULTÓRIO DE OLGA/ INT./ MANHÃ

Olga coloca um remédio faz um curativo na perna de Carcará.

OLGA (P/Carcará) – Pronto! Agora sim. Estou com a consciência tranquila.

CARCARÁ – Não precisava disso tudo.

OLGA – Está tudo bem com você. Coloquei um remédio para não infeccionar, mas os arranhões foram superficiais. Não precisa pagar nada.

CARCARÁ – Muito obrigado.

Carcará sai. Neste instante, Eduardo entra e beija noiva.

EDUARDO – Você e sua mania de querer abraçar o mundo todo.

OLGA – Fiz o que eu achei que fosse correto. Atropelamos o rapaz.

EDUARDO – Esse não tem nem onde cair morto. Deve ser um vagabundo. (Mudando de assunto). Mas eu vim convidar você para jantarmos hoje à noite. Hoje será uma noite muito especial.

Eles se beijam novamente.

Corta para:

CENA 06/ FAZENDA CORREIA/ ESCRITÓRIO/ INT./ TARDE

Celso está lendo o livro “O conde de monte cristo”, no instante em que Marta entra.

MARTA – Desculpa te incomodar. Estava tão concentrado lendo.

CELSO – Continuo tendo a sensação de que o passado vai me assombrar novamente.

MARTA – Eu não sei do que você tem tanto medo.

CELSO – Ando tendo sonhos muito enigmáticos.

MARTA – Você é tão cético e acreditando em sonhos.

CELSO – São sonhos muito reais. É como se anunciassem a volta de Venâncio.

MARTA – Mas Venâncio está morto e enterrado.

CELSO – Não sei. Esses sonhos estão querendo me passar algum recado.

MARTA – Sonhos para mim são nada mais que delírios do subconsciente. (Insinua). Para você está assim deve ter feito algo muito grave no passado. Será isso tudo não tem relação com a morte de Venâncio. Você era um dos que mais ganhariam com a morte dele. Como de fato ganhou.

CELSO – Você está insinuando que eu fiz o quê? Que matei o meu irmão?

MARTA – Entenda como você bem quiser.

Marta sai em seguida. Celso, enraivado, volta a ler o livro “O conde de monte cristo”.

Corta para:

CENA 07/ PENSÃO DO ELIAS/ QUARTO DE CARCARÁ/ INT./ TARDE

Carcará está deitado na cama, pensativo. Elias entra no quarto, ao perceber que o inquilino está contido no quarto.

ELIAS – Vi que você chegou e subiu para o quarto.

CARCARÁ – Estou com saudade da minha terra. A vida aqui na cidade é muito sofrida. Até agora tudo está dando errado para mim.

ELIAS – A vida na cidade é muito diferente da do campo!

CARCARÁ – Vim atrás do meu irmão e hoje fui recebido com uma punhalada no peito. Ele está morto.

ELIAS – Sinto muito.

CARCARÁ – Eu não sei como vou falar a minha mãe isso.

ELIAS – Posso te dá um conselho. Se você veio a cidade para melhorar de vida, não desista. O caminho pode parecer difícil, mas nada é impossível. Espera um pouco para falar com sua mãe também.

CARCARÁ – Eu vou seguir o seu conselho.

Elias sai do quarto, enquanto Carcará continua deitado pensando na vida.

Corta para:

CENA 08/ CEMITÉRIO/ INT./ TARDE 

Tocar a música “Prelude in C major”, J.S. Bach.

Otávio, carregando uma rosa, vai ao túmulo de Venâncio.

OTÁVIO – Eu nunca esqueci de você, meu pai. De tudo que aconteceu. A sua morte, eu fui desprezado pela minha mãe, pelo meu tio. Mas prometo eu vou recuperar tudo. O meu tio não pode ficar com tudo. Eu não fazer vingança, mas vou recuperar tudo que o senhor deixou para mim.

O espírito de Venâncio aparece.

VENÂNCIO – Estarei te protegendo de todo o mal, meu filho.

OTÁVIO (Sorridente) – Pai?

O espírito de Venâncio desaparece em meio à ventania.

CENA 09/ FAZENDA CORREIA/ SALA DE ESTAR/ INT./ TARDE

Celso sai do escritório e se depara com Raul.

CELSO (Exaltado) – Essa casa agora virou agora a casa da mãe Joana? Todo mundo entra a todo momento. Eu não posso viver mais sossegado nessa casa? (P/ Raul). Quem é você?

RAUL – Não está me reconhecendo não, Celso Afrânio Alves Correia?

CELSO – Não, não faço a menor ideia de quem você seja.

RAUL – Raul Fernandes. Se lembra agora?

CELSO (cínico) – Ah, sim. Quanto tempo, meu amigo!

Raul tira uma faca da cintura e avança em cima de Celso, que cai em cima do sofá.

RAUL (apontando a faca para o pescoço de Celso) – Eu vou matar você!

Corta para:


CENA 10/ FAZENDA CORREIA/ SALA DE ESTAR/ INT./ TARDE

Continuação imediata da última cena do bloco anterior. Raul avança para cima de Celso com uma faca.

RAUL (repetindo) – Eu vou te mar!

CELSO (Tenso) – Você vai acabar com a sua vida!

RAUL (Gritando) – Eu já acabei com a minha vida. Nada mais importa para mim. Você estava de conluio com Venâncio, sabia do caso dele com Vera.

CELSO (Tenso/ Cínico) – Eu não sei do que você está falando.

RAUL – Sabe sim. Não se faça de cínico.

CELSO (Tenso) – Mas faz tanto tempo. Que culpa eu tenho se você é um idiota! (Grita). Socorro! Socorro!

Marta vem da cozinha, enquanto Jorge desce as escadas. Eles correm para a apartar a briga. A força que Jorge para apartar a briga faz com que ele e Raul caiam no chão. Raul se levanta.

RAUL – Não pense que eu vou desisti de acabar com você!

Raul sai perturbado. Celso, quase sem fôlego, tenta entender tudo que aconteceu.

CELSO (Sem fôlego) – Eu acho que ele está fora de si.

Marta vai até a cozinha, volta com um copo de água e dá para o marido.

MARTA – Parece que o sonho que você teve estava certo.

CELSO – Eu não quero saber. Exijo a proibição da entrada desse homem aqui na fazenda.

JORGE – Eu não vou deixar mais ele entrar aqui.

Celso e Marta sabem para o quarto. Jorge vai à cozinha.

Corta para:

CENA 11/ MANSÃO DE FAUSTO/ SALA DE ESTAR/ INT./ TARDE

Tereza, Débora e Cecília estão sentadas no sofá. Elas tomam café.

DÉBORA – Estou me dedicando a escrever poemas. Penso em ser escritora. Ando escrevendo alguns poemas.

CECÍLIA – É lamentável que durante séculos as mulheres não tiveram lugar na literatura. Eu fico imaginando como era na Inglaterra. As irmãs Bronté, Jane Austen. Aqui no Brasil tem a Maria Firmina dos Reis.

DÉBORA – A literatura das mulheres era tida como inferior. Estou pesquisando sobre isso no curso de literatura. (Mudando de assunto). Percebi que você está mais feliz.

CECÍLIA – Eu pensei no que nós conversamos na igreja. E resolvi me abrir para o Otávio. Disse tudo que me veio na mente. Ele também disse tudo o que sentia por mim. (Sorridente). Estamos namorando.

DÉBORA – Ah, minha amiga, estou muito feliz por você.

CECÍLIA – Você estava certa. Nós temos que amar sem medo.

DÉBORA – Eu tive um sonho que eu encontrava um grande amor.

CECÍLIA – O Otávio foi muito romântico. Até disse que a nossa história se parecia a de Elizabeth Bennet e Darçy.

DÉBORA – De Orgulho e Preconceito. É muito linda essa história.

TEREZA (P/Cecília) – Você é muito decidida como o seu pai.

CECÍLIA – Fui uma das principais virtudes que eu peguei do meu pai. (P/Débora) Ainda não oficializamos o namoro. Só a minha mãe e os pais dele sabem; meu pai ainda não.

DÉBORA – Vai dá tudo certo, minha amiga.

Elas se abraçam.

Corta para:

CENA 12/ FAZENDA VALADARES/ SALA DE ESTAR/ INT./ NOITE

Coronel Afonso está sentado, enquanto Eduardo está de pé. O patriarca da família está escutando o rádio.

RADIALISTA (off) – Palmeirão do Brejo passará nos próximos por uma eleição suplementar. Será o primeiro pleito com participação direta das mulheres. Uma conquista histórica e que ficará marcada na história política da cidade. Porém, elas terão que ter autorização de seus maridos para exercer o poder de escolher seus governantes.

Afonso desliga o rádio.

AFONSO (P/Eduardo) – Eu quero que você seja o meu sucessor na prefeitura desta cidade. Há anos que estamos no poder de Palmeirão. Você tem se mostrado um homem muito competente para comandar esta cidade e dá prosseguimento a nossa dinastia.

EDUARDO – Obrigado, meu pai. Pode ter certeza que eu vou fazer jus ao nome da família. Eu sou um Gomes Valadares e vou honrar este sobrenome.

AFONSO – Você poderia muito bem formar uma chapa com Otávio. Ele parece ser muito inteligente, dedicado e competente.

EDUARDO – Ia sugerir isso. Seria perfeito eu como prefeito, Otávio como vice e Olga como primeira dama.

AFONSO – Certamente, os Correia não vão ter tanta força na eleição deste ano. Jorge não é um potencial candidato.

EDUARDO – Eu vou fazer de tudo para vencer essa eleição. (Mudando de assunto). Agora, eu vou jantar com a minha futura esposa.

Eduardo e o pai se cumprimentam com um aperto. Em seguida, o filho do coronel sai.

Corta para:

CENA 13/ MANSÃO DA FAMILIA DUARTE/ QUARTO DE OLGA/ INT./ NOITE

Olga está penteando o cabelo, no instante em que Otávio entra cantarolando.

OLGA – Que felicidade é essa? Nunca vi você assim.

OTÁVIO (Feliz) – Ah, minha irmã, estou cada dia mais conquistando a confiança de Cecília.

OLGA – Ah, meu irmão, que você seja muito feliz ao lado dela.

OTÁVIO – Desde que eu vi Cecília pela primeira vez que eu não consigo desgrudar os olhos dela.

OLGA – Cecília é uma menina muito boa. Um anjo, como se diz por aí. Eu conheço ela a muito mais tempo que você e posso dizer com propriedade.

OTÁVIO (Sorridente) – Estou ansioso para pedir ela em namoro.

OLGA – Ela é a queridinha do pai.

OTÁVIO – Tenho medo dele não aceitar por causa da forma que eu tratei ela no início.

OLGA – O Coronel Afonso não é tão rancoroso como se imagina. No fundo, ele há de aceitar. Ele coloca a felicidade dos filhos acima de tudo.

OTÁVIO (Sorridente) –Deus te ouça, minha irmã, Deus te ouça!

Os dois se abraçam. Otávio dá um beijo na bochecha de Olga.

Corta para:

CENA 14/ FAZENDA VALADARES/ EXT./ NOITE

Algumas horas depois.

A noite é de lua cheia. Os grilos cantam, enquanto alguns vaga-lumes voam, iluminando o local. Otávio e Cecília estão abraçados.

CECÍLIA – Te amo. Eu nunca te disse isso.

OTÁVIO – Faço das suas as minhas palavras.

CECÍLIA – Já passou da hora de nós falarmos com meu pai. Ele precisa saber.

OTÁVIO – Eu vou falar com ele. Iremos marcar um jantar para oficializar a nossa relação.

No instante que eles estão abraçados e conversando, Olga e Eduardo chegam. Eles descem do carro.

EDUARDO (P/ Otávio e Cecília) – Que casal bonito. (P/Otávio). Temos alguns assuntos a tratar, mas hoje não. Estou um pouco cansado.

OTÁVIO – Estou querendo marcar um jantar em minha casa para oficializar o meu namoro com Cecília. Quero fazer uma surpresa.

EDUARDO e OLGA (Olga) – Damos todo apoio!

OTÁVIO – Agora eu já vou que amanhã tem trabalho logo cedo. (P/Olga). Vai comigo, minha irmã?

OLGA – Vou. (Dá um beijo no noivo). Amanhã a gente se vê!

Otávio beija Cecília na boca. Da janela do quarto, Afonso observa Otávio beijando Cecília.

AFONSO (Pensamento) – Otávio e Cecília estão namorando?

Ele puxa a cortina. A luz se apaga.

CENA 15/ MANSÃO DA FAMÍLIA DUARTE/ SALA DE JANTAR/ INT./ NOITE

Letreiro mostra: Alguns dias depois.

Afonso, Branca, Eduardo, Olga, Horácio, Vilma, Cecília e Otávio estão sentados à mesa, que está farta de comida. Filé ao molho de cachaça, arroz, salada, farofa, vinho e champanhe. Otávio se levanta.

OTÁVIO – Já que estão todos aqui, posso começar. Vou direto ao ponto. (P/Afonso e Branca). Eu e a filha de vocês estamos vivendo uma linda história. No início foi difícil, mas essa parte já foi superada. Eu queria pedir as suas permissões para namorar Cecília.

Focar na expressão enigmática de Afonso.

Congelamento preto e branco, emoldurado como um retrato.









Postar um comentário

0 Comentários
* Please Don't Spam Here. All the Comments are Reviewed by Admin.