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VILAREJO - Capítulo 20



Capítulo 20

Cena 01 - Fazenda Santa Clara [Externa/Manhã]

[Vladimir estava verdadeiramente impressionado com a beleza de Ana Catarina, que se quer tinha se dado conta de que ela era aquela jovem que ele havia conhecido na juventude.]


SEBASTIÃO: - E então sinhá, o que faço com o malfeitor?


ANA CATARINA: - Solte-o! [Ordena].


SEBASTIÃO: - Mas sinhá, ele estava roubando…


ANA CATARINA: - Não ouviu? Eu mandei soltar o cigano.


MIGUEL: [Olha para Ana Catarina e nota algo estranho no ar].


SEBASTIÃO: - Como quiser, sinhá. [Diz ordenando que os outros funcionários da fazenda soltem Vladimir].


VLADIMIR: - Bendita seja a tua sorte, gají. [Agradece após ser solto]. - Não roubo por mal, acontece que o meu povo tem fome e a dona da mercearia não quer vender mantimentos para nós, os ciganos.

Tradução: Gají = Mulher não cigana.


ANA CATARINA: [Sorri ao olhar para Vladimir] - Deixem que ele leve o que quiser e precisar. Diga ao seu povo que eles sempre serão bem-vindos em minhas terras e nunca passarão fome. Passar bem! [Segue a cavalo].


MIGUEL: [Acompanha Ana Catarina em seu respectivo cavalo].

VLADIMIR: [Observa Ana Catarina se afastar] - Quem é ela? [Questiona].


SEBASTIÃO: - A Condessa de Burgos, uma mulher muito fina e elegante. Veio do estrangeiro, tem muito dinheiro. Deu muita sorte, cigano!


VLADIMIR: - Por um instante, pensei que fosse uma xaborrí que conheci há muitos anos atrás. [Conclui].

Tradução: Xaborrí = Menina.


SEBASTIÃO: - Venha comigo, vamos pegar alguns mantimentos. [Conclui].


Cena 02 - Gazeta do Vilarejo [Interna/Manhã]

Música da cena: Quem Tome Conta de Mim - Paula Toller

[Com a transição de cenas, surgem os campos da cidade que logo dão lugar as principais ruas do vilarejo. Em seguida surge a fachada do jornal.]


RICARDO: - Não, não e não. [Disse ao caminhar pela redação]. - Não entendo o motivo de tanta insistência, é apenas um anúncio.


ANTÔNIO: - Ah, vosmecê não precisa ter segredos comigo. É apenas curiosidade. Quem é a mulher sã que se faria passar por tal papel? Buscar o marido como correio elegante de quermesse? Num anúncio de jornal? Conta quem foi, vai!


RICARDO: - Não, a pessoa que pediu para mantermos a descrição e eu não voltarei atrás com a minha palavra. [Conclui].


Cena 03 - Escritório Buarque Siqueira [Interna/Tarde]

[Após caminhar pelas ruas, Carlota observou uma casa no centro da cidade e leu novamente o jornal, constatando que tratava-se do endereço do advogado do anúncio do jornal.]


CARLOTA: [Observa bem a fachada da casa, em seguida olha para os dois lados e entra na propriedade].


[Instantes depois, Carlota surge sendo recebida pelo advogado responsável pelo anúncio.]


ADVOGADO: - É uma honra recebê-la, madame. Entre, faça o favor de sentar.


CARLOTA: - Eu que agradeço por me receber sem marcarmos hora. [Disse ao se acomodar em uma das cadeiras].


ADVOGADO: - Bem, como posso ajudá-la?


CARLOTA: - Bom, eu serei franca. Não sou uma mulher de muitos rodeios, o motivo da minha visita está ligada a respeito do anúncio do jornal. A proposta de casamento e dote é muito generosa, penso que eu e meu filho temos muito a ajudar essa pobre viúva.


ADVOGADO: - Senhora, me desculpe a indiscrição… Mas como nesse vilarejo todos se conhecem, o seu filho não está noiva de Laura Lobato? Sobrinha do finado Comandante Militar Juvenal Ribeiro Alves?


CARLOTA: - Bem, como o senhor mencionou a importância da descrição, farei uma confidência, entendendo que claro, o senhor será um homem discreto nessa situação. Meu filho foi muito bem criado, estudou nos melhores colégios da capital e formou-se com louvor na universidade. Ele merece mais do que uma caipira de São José dos Vilarejos, merece fazer um bom casamento e ascender socialmente na vida.


ADVOGADO: - Entendo, então vosmecê quer acordar que o seu filho seja o candidato a se casar com a viúva milionária?


CARLOTA: - Exatamente. Como podemos proceder?


ADVOGADO: - Traga-o até aqui amanhã, irei levar as informações dele para a minha cliente, se ela desejar prosseguir com o acordo, amanhã poderemos fechar negócio e assinar o pré-contrato.

CARLOTA: - Excelente! [Comemora].


ADVOGADO: - Agora se me permite, como fará com o noivado dele?


CARLOTA: - Pode deixar isso comigo, certamente não será um problema.


Cena 04 - Fazenda Santa Clara [Interna/Tarde]

Música da cena: Coleção - André Leonno

[Ao entrar em seu quarto, Ana Catarina logo tirou o chapéu que usava e o lançou em cima da cama. Olhou-se refletida no espelho e permaneceu distante.]


ANA CATARINA: [Começa a lembrar do passado e se recorda do dia em que conheceu Vladimir].


FLASHBACK

Há 18 anos atrás…


VLADIMIR: - Eu acho que a xaborrí está muito enganada. O meu povo não é acostumado a mentir como disse. [Fala ao se aproximar].

Tradução: Xaborrí = Menina.


ANA CATARINA: [Vira-se e encara Vladimir] - E vosmecê, quem é? Certamente não sabe que é feio ouvir e interferir na prosa alheia? [Questiona enfurecida].


ANA CATARINA: [Olha ao redor no que pode pegar para ajudar e logo enxerga uma carroça] - Convenhamos, minha irmã… Eu não sou o tipo de filha princesinha que o meu pai tanto sonhou. Eu vou até lá e não irei esperar mais! [Afirma subindo na carroça e se preparando para puxar as rédeas do cavalo].


VLADIMIR: - Ei… Essa carroça não é sua, desça já daí, xaborrí! [Grita].

Tradução: Xaborrí = Menina.


ANA CATARINA: - Considere como um empréstimo, meu caro cigano. Certamente irei devolvê-la, não se preocupe. Vai! [Grita ao puxar as rédeas para trás, fazendo com que o cavalo corra puxando a carroça].


FIM DO FLASHBACK


ANA CATARINA: [Sorri com a lembrança] - Será que ele também não me reconheceu? [Pergunta a si mesma].


Cena 05 - Cachoeira [Externa/Tarde]

Música da cena: Corre - Gabi Luthai

[Com a transição de cenas, surgem as imediações de onde está o rio e a cachoeira da cidade. Sozinhas, Maria do Céu e Tomásia se aproximaram do local.]


TOMÁSIA: [Olha para os dois lados, visivelmente preocupada] - Não deveríamos termos nos afastado tanto, sinhazinha. Sua tia pode dar por nossa falta e isso não será bom.


MARIA DO CÉU: - Minha tia não vai descobrir nada, além disso vosmecê sempre diz que ela demora muito quando vai pra rua. Eu estava com muita vontade de conhecer o rio, desde que me falou como ele era.


TOMÁSIA: - Agora vassuncê já viu, vamos voltar pra casa!


MARIA DO CÉU: - Deixe-me apenas sentir um pouco da água. [Disse inclinando-se próximo ao rio, para tocar na água].


[Sem se apoiar corretamente, Maria do Céu perdeu o equilíbrio e caiu dentro do rio].


TOMÁSIA: [Desespera-se] - Sinhazinha, volte já para a margem. Vassuncê há de se afogar!


MARIA DO CÉU: - Eu não sei nada… Socorro! [Gritou tentando não afundar conforme começava a ser levada pela correnteza].


TOMÁSIA: - Céus e agora o que eu faço? Socorro, socorro… [Começa a gritar].


[Nesse momento, Miguel que passeava a cavalo nas imediações ouve os gritos e se aproxima do local para investigar o que estava acontecendo.]


MIGUEL: - Tomásia, o que faz aqui? Aconteceu alguma coisa? [Questionou ao se aproximar da escrava, montado em seu cavalo].


TOMÁSIA: - A minha sinhá, ela caiu ali no rio e eu não sei nada, doutorzinho. Salva ela!


[Nesse momento, Maria do Céu volta à superfície e grita por socorro novamente.]


MIGUEL: [Ao avistar a cena, Miguel salta do cavalo, tira o chapéu e pula na água].


[Após ressurgir na superfície da água, Miguel conseguiu se aproximar de Maria do Céu e a resgatar de volta à margem.]


TOMÁSIA: - Graças a Deus vosmecê está bem! [Disse ao ver Miguel trazer Maria do Céu de volta à terra firme].


MIGUEL: - Não entendo o motivo de vosmecê andar fantasiada dessa maneira, mas devo lhe advertir que esse rio é muito traiçoeiro, não volte a se aproximar dele já que não sabe nadar tão bem assim.


MARIA DO CÉU: [Nervosa e completamente encharcada, abraça Miguel fortemente].


TOMÁSIA: - É melhor irmos embora, sinhazinha. Antes que nos descubram!


MARIA DO CÉU: [Levanta-se do chão e vai ao encontro de Tomásia] - Obrigada, doutor. Vosmecê agiu como um herói, se não fosse vosmecê, estaria morta.


MIGUEL: - Não há de quê, Senhorita Maria do Céu. Espero que possamos nos reencontrar e sermos amigos!


MARIA DO CÉU: - Certamente. Nos vemos aqui amanhã, nesse mesmo horário. Até logo! [Disse despedindo-se].


MIGUEL: [Observa as duas se afastarem com um brilho no olhar].


Cena 06 - Ruas da cidade [Externa/Tarde]

Música da cena: Coleção - André Leonno

[As ruas da cidade aparecem como plano de fundo e logo podemos avistar uma carruagem cruzar as avenidas. Ao estacionar, o chofer logo desceu e abriu a porta da cabine para que Ana Catarina pudesse descer.]


ANA CATARINA: - Vou a costureira, não me demoro. Me espere aqui, está bem? [Orientou ao descer].


CHOFER: - Sim, madame. [Respondeu].


ANA CATARINA: - Até logo! [Despediu-se].


[Ana Catarina caminhava pelas ruas enquanto mexia no interior de sua bolsa, quando esbarrou em alguém em uma das saídas das principais casas do centro da cidade.]


ANA CATARINA: - Me desculpe, eu estava distrai… [Disse ao erguer a cabeça para se recompor].


ANTÔNIO: - Não há o que desculpar, só ficaria frustrado se fosse outra pessoa que tivesse esbarrado em mim. [Responde feliz ao rever a condessa].


ANA CATARINA: [Sorri ao perceber que está diante de Antônio].




Cena 07 - Ruas da cidade [Externa/Tarde]

[Parados na rua, Antônio e Ana Catarina continuavam conversando como se fossem velhos amigos.]


ANA CATARINA: - Ainda assim, volto a me desculpar. Fui muito distraída, poderia ter causado um acidente.


ANTÔNIO: - Absolutamente, foi um pequeno incidente que já esqueci. Nada diminui a graça de poder esbarrar em vosmecê, uma nobre e bela senhora.


ANA CATARINA: - Muito galante de sua parte, creio que a sua noiva não irá gostar muito desse tipo de comentário.


ANTÔNIO: - Laura tem passado dos limites ultimamente, sinto muito que tenha sido vítima do seu terrível humor. Enfim, não quero falar sobre ela. Para onde estava indo até que eu apareci em seu caminho?


ANA CATARINA: - Estava indo até a modista, preciso de alguns vestidos mais apropriados para o calor do Brasil.


ANTÔNIO: - Naturalmente. Se incomoda se eu acompanhá-la até o seu destino?


ANA CATARINA: - Me acompanhar? [Repete surpresa].


ANTÔNIO: - Sim, desde que não haja problemas, é claro…


ANA CATARINA: - De forma alguma, será muito bom conversar enquanto caminhamos.


ANTÔNIO: - Então não se fala mais nisso. Me dá a honra? [Diz estendendo o braço].


ANA CATARINA: - Cavalheiro! [Responde envolvendo o próprio braço ao de Antônio].


[Juntos e sorridentes, Antônio e Ana Catarina caminharam pela rua principal do centro até desaparecerem no fim da avenida.]


Cena 08 - Casa dos Lobato [Interna/Noite]

[Perdida em seus pensamentos lembrando do momento que teve mais cedo com Miguel, Maria do Céu não parava de pensar no jovem médico.]


GRAÇA: [Abre a porta do quarto e entra logo em seguida] - Olha quem veio te visitar, eu mesmo… Tia Graça!


MARIA DO CÉU: [Olha para trás e percebe a presença da tia] - Titia, eu nem te vi entrar.


GRAÇA: - Eu vim ver como vosmecê está, se precisa de algo. Sabe como é, vosmecê é como se fosse minha própria filha.


MARIA DO CÉU: - Estou bem, titia. Na realidade melhor do que nunca, às vezes até esqueço que sou doente. Sabe titia, ultimamente tenho tido muita vontade de sair, de ir a rua, ver gente…


GRAÇA: - De novo essa história, Maria do Céu? Eu já te expliquei que isso não é possível, vosmecê tem a saúde frágil, sair pode ser fatal para vosmecê.


MARIA DO CÉU: - Mas se de um jeito ou de outro eu vou morrer, de nada vai adiantar ficar presa aqui.


GRAÇA: - Chega, Maria do Céu. Não quero continuar com essa con… [De repente, Graça repara melhor no rosto da sobrinha] - Vosmecê está corada?


MARIA DO CÉU: - Corada? Eu? Impressão sua, titia. Faz anos que não saio desse quarto por causa da minha doença, deve ter sido um pouco de tinta que respingou em meu rosto enquanto pintava, ao esfregar com água, tive dificuldade de removê-la.


GRAÇA: [Observa com desconfiança] - É, deve ter sido isso mesmo. Afinal, vosmecê jamais mentiria para mim, não é?


MARIA DO CÉU: - Não, titia. Eu jamais mentiria! [Responde desconsertada].


GRAÇA: - É bom mesmo, nem sei do que seria capaz de fazer se soubesse que vosmecê sai ou tem ajuda para sair desse quarto nas condições em que se encontra. [Completa].


Cena 09 - Casarão D’ávilla [Interna/Noite]

Música da cena: Flor de Lis - Melim

[A fachada do engenho surgiu iluminada, quando Carlota adentrou na propriedade. Ao caminhar pelo corredor do pavimento superior da casa, ela percebeu a porta do quarto de Antônio entreaberta e resolveu conversar com o filho.]


CARLOTA: - Posso entrar? [Perguntou parada na porta].


ANTÔNIO: - Mamãe… É claro, pode entrar. Faça o favor, nem a vi chegar.


CARLOTA: - É, cheguei há pouco do banco. Estava pensativa com os problemas financeiros que se abateram sobre essa casa.


ANTÔNIO: - Nenhuma alternativa ainda? [Questiona].


CARLOTA: - Infelizmente ainda não. Nem mesmo o dote do seu casamento com a Laura vai nos salvar da ruína, meu filho.


ANTÔNIO: [Aproxima-se de Carlota] - Não se preocupe, mamãe. Vamos dar um jeito, eu faço qualquer coisa para cuidar da minha família.


CARLOTA: - Qualquer coisa mesmo? [Pergunta].


ANTÔNIO: - Absolutamente, mamãe.


CARLOTA: [Sorri] - É bom saber que posso contar com vosmecê.


Cena 10 - Acampamento Cigano [Interna/Noite]

Música da cena: Lua Cheia - Dienis (Participação Especial: Letícia Spiller)

[Madalena servia o jantar, quando notou que Açucena estava distraida.]


MADALENA: - O que deu em vosmecê, xaborrí? Porque está com esse olhar distante? Acaso está pensando em seu noivo?

Tradução: Xaborrí = Menina.


AÇUCENA: - Não é nada, vovó. Não se preocupe!


MADALENA: - Eu já tive a sua idade, Açucena. Conheço bem esse olhar, isso é amor. Porque vosmecê não se abre mais com a sua avó? Acaso não confia mais na velha Madalena?


AÇUCENA: - Confio, vovó. Confio muito, acontece que eu sei que vosmecê não há de gostar do que tenho para falar, então é melhor evitar.


MADALENA: - Somos amigas, vosmecê sempre poderá confiar na sua velha avó, não importa o que seja. Vamos, se abra comigo!


AÇUCENA: [Respira fundo e toma coragem] - Está bem, vovó… Eu beijei outro rapaz e acho que gostei. [Dispara].


MADALENA: [Surpreende-se].


Cena 11 - Fazenda Santa Clara [Interna/Noite]

Música da cena: Amor Gitano - Beyoncé ft. Alejandro Fernández

[Sozinha em seu quarto, Ana Catarina arrumava-se sentada em frente a penteadeira. Enquanto penteava o próprio cabelo, a condessa acabou se distraindo.]


ANA CATARINA: [Relembra da tarde que passou com Antônio e logo após volta a si] - Céus, o que está acontecendo comigo? Eu não posso deixar que os meus sentimentos me confundam. Eu não amo mais Antônio Guerra, eu o odeio. O odeio com todas as minhas forças e não vou sossegar enquanto não o fizer pagar com juros e correções monetárias. [Pensa em voz alta].


Cena 12 - Escritório Buarque Siqueira [Interna/Manhã]

Música da cena: Flor de Lis - Melim

[A noite se vai e o dia logo chega. O sol ilumina os campos e as principais avenidas da cidade. Em seguida surge a fachada do escritório do tabelião. No interior do escritório do advogado, Carlota e Antônio aguardavam a chegada de alguém.]


ANTÔNIO: - Mamãe, já faz muito tempo que estamos nesse escritório e vosmecê ainda não me disse o que viemos fazer acá. Pode me dizer o que está acontecendo?


CARLOTA: - Acalme-se, logo vosmecê saberá. [Responde friamente].


[Nesse momento, o tabelião entra no escritório apressado após se atrasar um pouco.]


ADVOGADO: - Desculpe o atraso, perdi a hora. Já podemos começar! Imagino que vosmecê seja Antônio Guerra, correto? [Questionou referindo-se a Antônio.]


CARLOTA: - Sim, ele é o meu filho do qual falei.


ADVOGADO: - Excelente, vamos discutir a proposta?


ANTÔNIO: - Desculpem, mas será que alguém pode me explicar o que está acontecendo?


ADVOGADO: - A sua mãe ainda não contou? Estamos reunidos aqui para tratar do seu futuro casamento com a mais nova milionária da cidade.


ANTÔNIO: [Surpreende-se].


[A imagem congela focando em Antônio surpreso com a fala do advogado, surge um efeito de uma pintura envelhecida e o capítulo se encerra].


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