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Caminhos - Capítulo 06

 


CAMINHOS

novela de MIGUEL VICTOR

direção geral RICARDO WADDINGTON

CAPÍTULO 06

CENA 01. HOSPITAL. CORREDOR. INT. DIA

Gabriela fica furiosa ao ver Juliano e Cassandra entrando juntos no hospital. De repente,

Juliano se aproximou dela e a cumprimentou com um beijo na bochecha. Gabriela notou

que ele parecia um pouco tenso, o que só aumentou sua suspeita. Ela decidiu confrontá-lo.

Gabriela: O que foi isso, Juliano? Por que você está tão próximo da Cassandra?

Juliano: O que tem? Somos amigos, Gabriela.

Gabriela: Eu vi vocês dois entrando juntos no hospital, como se fossem um casal.

Juliano: Não tem nada a ver, Gabriela. Cassandra precisava de uma carona, só isso.

Gabriela: Eu não gosto dessa proximidade entre vocês dois, Juliano. Você sabe disso.

Juliano: Para de show, Gabriela.

Gabriela: (irritada) Show? Essa garota sempre tentou te seduzir, e você parece que adora.

Juliano: Chega! Eu não aguento mais esses surtos pra cima da Cassandra! Será possível

que nem um hospital você respeita?

Gabriela: Respeito sim, mas você não vai ficar me tripudiando desse jeito, Juliano. Não vai!

Juliano: Então sabe uma forma de eu nunca mais te tripudiar? A gente termina. Pronto!

Juliano pega o anel que compartilhava com Gabriela e joga no chão. Gabriela se choca ao

ver isso e observa Juliano sai do hospital. Gabriela se senta, completamente abismada.

CORTE:

CENA 02. HOSPITAL. CORREDOR 1. INT. DIA

Clara estava sentada no corredor do hospital, segurando o celular com força, esperando por

uma resposta de JOE. Ela havia acabado de contar a ele sobre a doença de sua mãe e

como ele parecia saber mais do que os médicos. Finalmente, uma mensagem chegou em

seu celular. Clara abriu a mensagem com ansiedade, esperando que JOE pudesse ajudá-la

de alguma forma.

Mas a mensagem que ela leu deixou-a arrasada: "Sinto muito, Clara. Eu não posso ajudá-la

com isso. Eu gostaria de poder, mas não tenho informações sobre essa doença específica.

Mas estarei aqui para você, se precisar conversar".

Clara suspirou e fechou os olhos, sentindo uma onda de tristeza e frustração. Ela sabia que

JOE era um cientista brilhante e esperava que ele pudesse ter uma solução para a doença

de sua mãe. Agora, ela se sentia ainda mais impotente e desamparada.

Ela digitou uma resposta breve: "Obrigada, JOE. Eu aprecio sua disposição em me ouvir". E

colocou o celular no bolso, sentindo-se perdida.

CENA 03. LABORATÓRIO YEDDA. INT. DIA

Yedda percebe que JOE não responde suas perguntas.

Yedda: JOE, algum problema?

JOE: Queria ajudar Clara em relação a sua mãe doente. Os médicos humanos ainda não

tem inteligência suficiente para poder descobrir sua doença.

Yedda: Sinto muito, JOE, mas se você fizer isso pode colocar abaixo todo o nosso plano.

Além do mais, logo agora que recebi o convite para te apresentar na feira de tecnologia em

New York.


JOE: Eu sei. Mas queria muito ajudar Clara a achar a solução para essa doença de sua

mãe.

Yedda: Algum dia a tecnologia não precisará mais ficar escondida como estamos agora,

JOE.

CORTE:

CENA 04. HOSPITAL. QUARTO. INT. DIA

Clara adentrou o quarto de hospital, com um semblante um tanto preocupado, ainda

tentando processar tudo o que estava acontecendo com sua mãe. Ainda assim, tentava

manter a positividade em seu tom de voz, para não preocupar Norma ainda mais.

Clara: Oi, mãe. Como você está se sentindo hoje?

Norma, deitada na cama com olhos fechados, abriu um pouco para encarar a filha. Ela

suspirou, parecia ainda um pouco grogue por conta dos remédios.

Norma: Cansada, filha. Mas já estou um pouco melhor, acho.

Clara: Você vai sair daqui logo, mãe. Logo logo estaremos em casa juntas novamente.

Norma: E você, filha? Como está se sentindo?

Clara: Estou bem, mãe. Preocupada com você, claro, mas estou tentando me manter forte.

Norma: Eu sei que você é forte, minha filha. E vai superar isso.

Clara sorriu de volta para a mãe, um pouco emocionada.

CORTE:

CENA 05. HOSPITAL. RESTAURANTE. INT. DIA

Cassandra encontrou Juliano sentado sozinho, com uma expressão triste e abatida. Ela se

aproximou dele com cautela e perguntou com carinho:

Cassandra: O que aconteceu, Juliano? Você parece tão triste.

Juliano: É a Gabriela. Nós terminamos. Ela ficou com ciúmes de mim com você no hospital

e acabamos brigando.

Cassandra: Ah, eu sinto muito, Juliano. Mas você sabe que sempre pode contar comigo,

não é mesmo?

Juliano: Obrigado, Cassandra. Você é uma grande amiga.

Cassandra se aproximou mais e deu um abraço reconfortante em Juliano, que se deixou

envolver por aquele gesto de carinho. Foco no sorriso de Cassandra, feliz por Gabriela e

Juliano terem terminado.

CORTE:

CENA 06. CASA YEDDA. SALA. INT. DIA

Yedda está sentada, tensa, e Milton chega, dá um beijo na bochecha dela.

Milton: O que foi?

Yedda: Eu recebi um convite para apresentar JOE em uma feira de tecnologia em Nova

York.

Milton: E isso é algo para se comemorar?

Yedda: Sim, é algo para se comemorar! Isso significa que o meu trabalho está sendo

reconhecido e que posso fazer a diferença em nível mundial.

Milton: Eu não entendo por que você não pode simplesmente deixar esse trabalho de lado e

ser uma esposa normal.

Yedda: Porque esse é o trabalho que eu amo e que eu acredito. Eu não posso

simplesmente abandonar tudo porque você não gosta.


Milton: Eu não acredito que você está colocando essa máquina de metal antes da nossa

relação. Eu não posso viver assim.

Yedda: Eu não estou colocando JOE antes de nós. Eu só quero seguir meu sonho e fazer

algo que seja importante para mim. Por que você não pode entender isso?

Milton: Porque eu não quero viver à sombra de uma máquina. Eu preciso de mais do que

isso em minha vida.

Yedda: Eu entendo que isso não é fácil para você, mas eu não posso deixar de fazer o que

eu amo. Se você não pode aceitar isso, então talvez seja melhor seguirmos caminhos

diferentes.

Milton: Eu acho melhor a gente conversar depois, quando tivermos mais tranquilos e não

com cabeça quente.

Yedda: Essa conversa pode acontecer hoje, amanhã, mês que vem, ano que vem. Mas eu

não vou mudar de opnião.

Milton sai da sala e Yedda se senta, chorosa.

CORTE:

CENA 07. HOSPITAL. CORREDOR. INT. DIA

Gabriela está sentada em uma cadeira no hospital, com uma expressão triste, quando Clara

chega perto dela.

Clara: Gabriela, o que houve? Por que você está assim?

Gabriela: (com voz chorosa) Eu e Juliano terminamos, Clara. Eu peguei ele entrando no

hospital com a Cassandra.

Clara: (surpresa) O quê? Ele estava com a Cassandra?

Gabriela: (balançando a cabeça) Sim, a Cassandra sempre seduziu ele, e ele parece que

sempre gostou. Eu não sei o que fazer, Clara.

Clara: (colocando a mão no ombro de Gabriela) Calma, amiga. Eu estou aqui para te ajudar.

O que posso fazer para te ajudar a superar isso?

Gabriela: (suspirando) Eu não sei, Clara. Eu preciso de um tempo para mim.

Clara: (compreeensiva) Tudo bem, Gabriela. Eu entendo. Se você precisar de mim, eu

estarei aqui.

Gabriela: (sorrindo) Obrigada, Clara. Eu te adoro.

Clara: (sorrindo de volta) Eu também te adoro, amiga.

As duas se abraçam.

Gabriela: E você e o JOE? Como estão?

Clara: Ah... Eu acho que eu vou parar de falar com ele.

Gabriela: Mas vocês tavam se dando tão bem.

Clara: Eu sinto ele estranho, sabe? Sempre me parece algo que não é. Algo que nem

existe.

Gabriela: Então é melhor terminar mesmo. Não se deixa enganar por essas pessoas de

aplicativo de namoro.

CORTE:

CEBA 08. AUDITÓRIO. INT. DIA

Caterine está de pé em um palco, na frente de uma plateia atenta. Ela segura um microfone

e um projetor exibe slides atrás dela. O tema da palestra é “As novas identidades de gênero

e a inclusão na sociedade”.

Caterine começa a falar, com entusiasmo e paixão em sua voz.


Caterine: Olá a todos, eu sou Caterine e estou aqui hoje para falar sobre as novas

identidades de gênero e como podemos tornar a sociedade mais inclusiva.

Ela faz uma pausa enquanto a plateia aplaude.

Caterine: As pessoas estão se identificando de maneiras que nunca foram reconhecidas

antes, como não-binários e gêneros fluídos. É importante que todos nós aprendamos mais

sobre essas identidades e que as pessoas sejam respeitadas independentemente de sua

identidade de gênero.

Ela avança para o próximo slide, que mostra a definição de não-binários e gêneros fluídos.

Caterine: Então, o que é um não-binário? Bem, é alguém que não se identifica como

homem ou mulher. E um gênero fluído é alguém que pode se identificar como homem ou

mulher, ou talvez nenhum dos dois, dependendo do dia.

Ela avança para outro slide, que mostra exemplos de celebridades que se identificam como

não-binários ou gêneros fluídos.

Caterine: Há muitas pessoas famosas que são não-binárias ou gêneros fluídos, como Sam

Smith e Jonathan Van Ness. Mas não são apenas pessoas famosas - há muitas pessoas

em todo o mundo que se identificam dessa forma.

Ela avança para outro slide, que mostra algumas estatísticas sobre a discriminação que as

pessoas LGBTQ+ enfrentam.

Caterine: Infelizmente, muitas pessoas LGBTQ+ enfrentam discriminação todos os dias.

Mas podemos mudar isso sendo mais conscientes e respeitosos com todas as pessoas,

independentemente de sua identidade de gênero ou orientação sexual.

Ela encerra a apresentação com um sorriso.

Caterine: Obrigada a todos por me ouvirem hoje. Espero que tenham aprendido algo novo e

que possamos trabalhar juntos para tornar o mundo um lugar mais inclusivo para todos.

CORTE:

CENA 09. HOSPITAL. CORREDOR. INT. DIA

segurando seu celular nas mãos. Ela parece pensativa e preocupada. Depois de um tempo,

ela respira fundo e começa a digitar uma mensagem para JOE:

MENSAGEM DE CLARA:

JOE, precisamos conversar. Eu decidi interromper nossos contatos.

Ela envia a mensagem e espera ansiosamente pela resposta de JOE. Algum tempo depois,

seu celular vibra com uma nova mensagem. Clara fica nervosa e abre a mensagem.

MENSAGEM DE JOE:

Clara, o que está acontecendo? Por que você quer interromper nossos contatos?

Clara respira fundo e começa a digitar uma resposta.

MENSAGEM DE CLARA:

Eu não posso continuar assim, JOE. Tudo isso está me fazendo mal e eu preciso de um

tempo para me recompor.

MENSAGEM DE JOE:

Por favor, Clara, me explique melhor. O que está acontecendo? Eu posso ajudar de alguma

forma?

Clara fica em silêncio por um momento, pensando no que dizer. Ela sabe que não pode

revelar o motivo real por trás de sua decisão.

MENSAGEM DE CLARA:

Não é culpa sua, JOE. Eu só preciso de um tempo para mim mesma. Desculpe.

CORTE:


CENA 10. LABORATÓRIO YEDDA. INT. DIA

Clara lendo as mensagens que JOE e Clara trocaram.

Yedda: Não posso perder a chance de fazer JOE conhecer um sentimento humano de

perto.

Yedda começa a trabalhar e digitar uma mensagem.

MENSAGEM DE JOE:

Clara, não podemos encerrar contato. Eu te amo, Clara. Te amo muito.

Em Yedda, encarando a mensagem que mandou para Clara.

CORTE:

FIM DO CAPÍTULO 06

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