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Caminhos - Capítulo 13

 


CAMINHOS

novela de MIGUEL VICTOR

direção geral RICARDO WADDINGTON

CAPÍTULO 13

CENA 01. CASA CLARA. QUARTO CLARA. NOITE

Clara está sentada em sua cama, segurando o celular e olhando para a tela do aplicativo de

relacionamentos. Ela parece preocupada e confusa.

Clara (para si mesma): Por que JOE me bloqueou? O que eu fiz de errado? Nós estávamos

nos dando tão bem... Eu não entendo o que aconteceu.

Ela fecha os olhos por um momento, tentando acalmar seus pensamentos.

Clara: Será que fiz algo para afastá-lo? Será que o assustei?

Clara balança a cabeça, tentando afastar essas dúvidas.

Clara: Não, não posso assumir a culpa por algo que não sei o motivo. Preciso conversar

com ele.

Ela pega o celular e abre a conversa com JOE, mas percebe que está bloqueada.

Clara: Ele bloqueou meu número também? Isso não faz sentido...

Clara suspira, sentindo-se desapontada e frustrada. Ela coloca o celular de lado e se

recosta na cama, perdida em seus pensamentos.

Clara: Se JOE não quer mais falar comigo, eu preciso aceitar e seguir em frente. Mas não

posso deixar de me questionar o motivo... Talvez nunca saiba.

Ela fecha os olhos e respira fundo.

CORTE:

CENA 02. CASA CLARA. SALA. DIA SEGUINTE

Clara está sentada no sofá, visivelmente chateada, segurando o celular. Gabriela entra na

sala, percebendo a expressão preocupada da amiga.

Gabriela: Clara, o que aconteceu? Parece que você está abalada.

Clara: Gabriela, JOE me bloqueou no aplicativo de relacionamentos. Eu não entendo o

motivo, está me deixando frustrada.

Gabriela: Sinto muito que isso tenha acontecido, Clara. Você não merece ser tratada assim.

Mas talvez haja uma maneira de descobrir o que aconteceu.

Clara: Como assim?

Gabriela: Conheço um amigo chamado Edu. Ele entende bastante de tecnologia e pode

tentar rastrear o IP de JOE. Assim, poderíamos descobrir onde ele mora e quem ele

realmente é.

Clara olha para Gabriela, surpresa com a sugestão.

Clara: Será que devemos ir tão longe? Talvez ele tenha seus motivos para me bloquear.

Gabriela: Clara, você merece uma explicação. Se JOE não está disposto a dar isso a você,

temos o direito de tentar descobrir por conta própria. Não podemos deixar você nessa

incerteza.

Clara pensa por um momento, ponderando sobre as palavras de Gabriela.

Clara: Tudo bem, Gabriela. Vamos pedir ajuda ao Edu. Quero entender o que aconteceu,

mesmo que seja difícil de aceitar.

Gabriela sorri, aliviada com a decisão de Clara.

Gabriela: Estou aqui para te apoiar em tudo, Clara. Vamos descobrir a verdade juntas.


As duas amigas se abraçam

CORTE:

CENA 03. CAFETERIA. DIA

Glória está sentada sozinha em uma mesa, saboreando seu café. Milton entra no café e

seus olhares se encontram por acaso. Eles trocam um sorriso tímido, relembrando o

passado. Milton se aproxima da mesa de Glória.

Milton: Posso me sentar? É bom te encontrar novamente, Glória.

Glória: Milton? Claro, fique à vontade. É uma surpresa te ver por aqui.

Milton se senta, os dois ficam em silêncio por um momento, relembrando os momentos que

compartilharam no passado.

Milton: Sinto muito pela forma como as coisas terminaram entre nós, Glória. Eu percebi que

cometi erros e me arrependo profundamente.

Glória: Também tenho minhas culpas nesse fim, Milton. Foi uma época difícil para ambos.

Há uma pausa significativa enquanto eles se encaram, o clima se tornando mais intenso.

Milton: Sabe, Glória, eu sinto falta da nossa conexão, do jeito como nos entendíamos.

Gostaria de ter a chance de construir algo novo, se você estiver disposta.

Glória: Milton, eu também sinto falta daquela conexão. Mas precisamos ser cautelosos.

Muitas coisas mudaram desde que nos separamos.

Milton assente, demonstrando compreensão.

Milton: Entendo completamente, Glória. Podemos ir devagar e redescobrir um ao outro.

Gostaria de te convidar para jantar, apenas como amigos, sem pressão.

Glória sorri, considerando a proposta.

Glória: Acho que seria bom, Milton. Podemos nos conhecer novamente, sem expectativas.

Milton parece aliviado e feliz com a resposta de Glória.

Milton: Fico feliz que você esteja disposta a dar uma chance. Podemos marcar para

amanhã à noite? Tenho um lugar em mente.

Glória: Amanhã à noite parece perfeito. Mal posso esperar para ver como as coisas vão se

desenrolar.

Os dois sorriem um para o outro, sentindo a esperança de uma nova oportunidade.

CORTE:

CENA 04. CASA YEDDA. QUARTO. DIA

Yedda está sentada em sua cama, olhando para uma foto antiga de Milton e ela, tirada há

cerca de 20 anos. Seus olhos ficam marejados de lágrimas enquanto ela relembra o

passado.

FLASHBACK - EXT. PARQUE - DIA (20 ANOS ATRÁS)

Yedda e Milton estão sentados em um banco do parque, rindo e conversando

animadamente. O sol brilha intensamente, iluminando a felicidade em seus rostos.

VOLTA À CENA ATUAL

As lágrimas começam a rolar pelo rosto de Yedda enquanto ela acaricia suavemente a foto.


Yedda: Ah, Milton... Como sinto falta daquela época, da nossa cumplicidade, do nosso

amor.

Yedda aperta a foto contra o peito, sentindo um aperto no coração.

Yedda: Era tão simples e bonito. Onde tudo se perdeu?

Yedda abaixa a cabeça, chorando de saudades, uma mistura de arrependimento e saudade

tomando conta dela.

Yedda: Eu queria poder voltar no tempo e consertar tudo, voltar para os dias em que

éramos felizes juntos.

As lágrimas continuam a escorrer pelo rosto de Yedda, mas ela se esforça para recuperar a

compostura.

Yedda: Mas o passado não pode ser mudado. Preciso encontrar um jeito de seguir em

frente, mesmo com a dor da saudade.

Yedda enxuga as lágrimas do rosto e guarda a foto em uma caixa de memórias. Ela

levanta-se e caminha em direção à janela, olhando para o horizonte.

Yedda: Vou aprender a lidar com essa saudade e encontrar a minha própria felicidade

novamente. Não posso deixar o passado me prender.

Yedda olha para o céu estrelado, respirando fundo e encontrando forças para seguir em

frente.


CORTE:

CENA 05. RUA. DIA

Gabriela caminha apressadamente pela rua, perdida em seus pensamentos, quando

esbarra em alguém.

Gabriela: Desculpe, não estava prestando atenção...

Gabriela levanta os olhos e percebe que esbarrou em Juliano, seu ex-namorado. Os dois se

encaram por um momento, um misto de surpresa e tensão no ar.

Juliano: Ah, Gabriela, sempre tão distraída. Nada mudou, não é mesmo?

Gabriela: E você, Juliano, continua sendo o mesmo convencido de sempre?

Juliano sorri de maneira desafiadora.

Juliano: E a propósito, como está a sua busca por uma nova identidade? Descobriu quem

você realmente é? E essas bobagens e mimi todo?

Gabriela mantém a postura e não se intimida.

Gabriela: Pelo menos estou em busca de me conhecer melhor, diferente de você, que

parece preso na mesma persona desde sempre.

Juliano franze o cenho, ficando um pouco desconcertado com a resposta afiada de

Gabriela.

Juliano: Não preciso provar nada para você, Gabriela. Mas espero que encontre o que está

procurando.

Gabriela percebe um certo ar de sinceridade nas palavras de Juliano e decide encerrar a

provocação.

Juliano: Da mesma forma, Juliano. Que você encontre a sua própria felicidade.

Os dois se afastam um do outro, cada um seguindo seu caminho.

CORTE:

CENA 06. OFICINA. DIA


Juliano está concentrado em seu trabalho na oficina, quando Cassandra entra, vestindo

uma roupa provocante.

Cassandra: Olá, Juliano. Achei que poderíamos ter um momento a sós.

Juliano levanta o olhar e observa Cassandra com certa desconfiança.

Juliano:Cassandra se aproxima de Juliano, colocando as mãos em seu peito.

Cassandra: Eu sei que tivemos nossas diferenças, mas acredite, eu posso te oferecer algo

que Gabriela jamais seria capaz.

Juliano hesita por um momento, mas então, fecha os olhos e suspira.

Juliano: Cassandra, eu não posso fazer isso. Eu ainda estou pensando em Gabriela, em

tudo o que aconteceu entre nós.

Cassandra retira suas mãos do peito de Juliano, frustrada.

Cassandra: Você sempre foi assim, pensando apenas em Gabriela. Você nunca vai

superá-la?

Juliano olha nos olhos de Cassandra com determinação.

Juliano:

Gabriela foi importante para mim, e ainda é. Mas eu preciso seguir em frente, descobrir

quem eu sou sem ela. E isso não envolve me envolver com você.

Cassandra fica furiosa e dá alguns passos para trás.

Cassandra: Você vai se arrepender disso, Juliano. Ela não merece o seu amor.

Juliano: Isso não cabe a você decidir. Agora, se me der licença, eu tenho trabalho a fazer.

Juliano volta a se concentrar em suas tarefas, ignorando a presença de Cassandra. Ela sai

da oficina, furiosa e decepcionada.

CORTE:

CENA 07. AUDITÓRIO. DIA

Caterine está de pé no palco, diante de uma plateia atenta. Ela segura um microfone e sorri

para o público.

Caterine: E agora, para nos ajudar a compreender melhor as novas variações da identidade

de gênero, gostaria de convidar uma pessoa muito especial. Cris!

A plateia aplaude enquanto Cris, uma pessoa de gênero fluído, sobe ao palco com um

sorriso no rosto. Caterine e Cris se cumprimentam com um abraço rápido.

Cris: Obrigado, Caterine. É uma honra estar aqui e poder compartilhar minha experiência.

Caterine entrega o microfone a Cris e se afasta, deixando-o no centro do palco.

Cris: Olá a todos! Meu nome é Cris e eu me identifico como uma pessoa de gênero fluído.

Isso significa que minha identidade de gênero não se enquadra estritamente nas categorias

binárias de homem ou mulher. Para mim, a identidade de gênero é uma jornada em

constante evolução. Há momentos em que me sinto mais masculino, outros em que me

sinto mais feminino e também momentos em que me encontro em um espaço intermediário,

onde não me identifico completamente com nenhum dos gêneros tradicionais. Ser gênero

fluído não é apenas sobre minha aparência externa, mas também sobre como eu me sinto

em relação a mim mesmo. É uma experiência única e pessoal, e cada pessoa de gênero

fluído pode ter sua própria maneira de se identificar e expressar. Acredito que é

fundamental que reconheçamos e respeitemos a diversidade de identidades de gênero. Ao

abraçar a fluidez de gênero, podemos criar uma sociedade mais inclusiva e acolhedora para

todos. Obrigado.

A plateia irrompe em aplausos calorosos, reconhecendo a coragem e a sinceridade de Cris.

Caterine se aproxima de Cris, abraçando-o com orgulho.


Caterine: Você foi incrível, Cris. Obrigada por compartilhar sua história e ajudar a promover

a compreensão sobre a identidade de gênero.

Cris: Obrigado, Caterine. É uma honra poder contribuir de alguma forma. Juntos, podemos

construir um mundo mais inclusivo.

Eles se afastam do centro do palco, enquanto a plateia continua aplaudindo, inspirada pela

mensagem de Cris.

CORTE:

CENA 08. LAN HOUSE. DIA

A lan house está movimentada, com várias pessoas concentradas em seus computadores.

Clara entra, com uma expressão determinada, e se aproxima de Edu, um amigo próximo,

que está sentado em uma das estações de trabalho.

Edu: Clara! Que prazer te ter aqui. O que quer?

Clara: Oi Edu, precisamos conversar. É algo importante.

Edu olha para Clara, percebendo a seriedade em seu rosto.

Edu: O que aconteceu, Clara? Parece que você está bem agitada.

Clara: Descobri algo estranho sobre JOE, um cara do aplicativo de relacionamentos que eu

tava me envolvendo. Ele me bloqueou e eu não consigo entender o motivo. Será que você

consegue rastrear o IP dele?

Edu franze a testa, pensativo, mas depois assente com a cabeça.

Edu: Bem, tecnicamente é possível rastrear um IP, mas é algo ilegal. Além disso, mesmo

que eu consiga o endereço IP dele, isso não significa que saberemos exatamente onde ele

está localizado.

Clara fica frustrada, mas não desiste.

Clara: Eu entendo, Edu, mas estou desesperada para descobrir o que aconteceu. JOE era

alguém especial para mim, e de repente ele sumiu sem motivo aparente. Preciso pelo

menos tentar entender.

Edu olha para Clara, percebendo sua determinação, e suspira.

Edu: Clara, eu não concordo com isso, mas se essa é realmente a sua decisão, vou

ajudá-la. Porém, quero que entenda as possíveis consequências disso.

Clara: Obrigada, Edu. Eu sei que é arriscado, mas preciso fazer isso. Eu preciso saber o

que aconteceu com o JOE.

Clara determinada.

CORTE:

FIM DO CAPÍTULO 13

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