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Caminhos - capítulo 18

 


CAMINHOS

novela de MIGUEL VICTOR

direção RICARDO WADDINGTON

CAPÍTULO 18 - ÚLTIMAS SEMANAS

CENA 01. CASA JULIANO. SALA. NOITE

Gabi: O que você está fazendo aqui?

Cassandra sorri de maneira provocativa, desafiando Gabi.

Cassandra: Ah, Gabriela, querida, você não sabia? Eu e Juliano estamos juntos agora.

Gabi olha para Cassandra, incrédula, e depois volta seu olhar para Juliano, em busca de

respostas.

Gabi: Isso é verdade?

Juliano baixa a cabeça, incapaz de encarar o olhar decepcionado de Gabi.

Juliano: Sim. Cassandra e eu começamos a nos envolver enquanto você estava afastada.

Gabi sente seu coração partir em pedaços. Ela se afasta deles, sentindo-se traída.

Gabi: Eu não posso acreditar que você fez isso comigo, Juliano. Depois de tudo que

passamos juntos...

Juliano tenta se aproximar de Gabi, mas ela o impede com um gesto de mão.

Gabi: Não, Juliano. Não quero ouvir suas explicações. Você fez uma escolha e eu vou

respeitá-la. Mas isso não significa que não doa.

Gabi vira as costas e começa a caminhar em direção à porta, com lágrimas nos olhos.

Juliano: Gabriela, por favor, me escute. Eu...

Gabi: Não, Juliano. Já ouvi o suficiente. Talvez um dia eu consiga entender e perdoar, mas

agora eu preciso de um tempo para mim.

Gabi sai pela porta, deixando Juliano e Cassandra na sala. A expressão de Juliano é de

arrependimento enquanto ele observa Gabi se distanciar. Cassandra, por sua vez, sorri

vitoriosa, satisfeita por ter conseguido afastar Gabi de Juliano.

Cassandra: Não sei porque ela ficou triste. Tá claro que o que ela gosta mesmo é de outra

fruta...

CORTE:

CENA 02, CASA CLARA. QUARTO. NOITE

Clara está tentando dormir, inquieta. Bufa, pois não consegue dormir.

Clara se levanta e decide ir para fora da casa.

CORTE:

CENA 03. CASA CLARA. FRENTE. NOITE

Clara sai de casa e encara as estrelas, mas percebe um carro estacionado em frente à sua

residência. O carro parece estar ali por algum motivo suspeito. Clara franze a testa,

preocupada. Ao se aproximar do carro, vê que há um grupo de jornalistas dentro dele, todos

com câmeras e microfones em mãos. O carro pertence à imprensa. Clara, irritada e

determinada, se aproxima do carro e bate no vidro do motorista.

Clara: (irritada) O que vocês estão fazendo aqui? Vocês não têm o direito de invadir minha

privacidade!

O motorista do carro, um jornalista, abaixa o vidro, visivelmente surpreso pela abordagem.


Jornalista: Desculpe, senhora. Estamos apenas fazendo nosso trabalho. Temos interesse

na sua história com JOE e gostaríamos de uma entrevista.

Clara: Não tenho interesse em dar entrevistas. Quero que saiam imediatamente!

Os demais jornalistas dentro do carro observam a situação, tentando captar as reações de

Clara.

Jornalista: Mas, senhora, as pessoas estão curiosas sobre o que aconteceu. Queremos

ouvir sua versão dos fatos.

Clara: Minha vida pessoal não é um espetáculo para vocês. Saiam daqui agora ou vou

chamar a polícia!

Clara mantém seu olhar firme, deixando claro que não irá ceder. O jornalista percebe a

determinação em seus olhos e, relutantemente, acena com a cabeça.

Jornalista: Está bem, vamos embora. Desculpe qualquer incomodação.

Clara observa o carro da imprensa se afastar e, aliviada, volta para dentro de sua casa. Ela

fecha a porta com força.

CORTE:

CENA 04. CASA GLÓRIA. SALA. NOITE

Milton está sentado no sofá, lendo o jornal tranquilamente. Seu rosto expressa surpresa e

preocupação quando ele lê a notícia sobre Yedda sendo processada por Clara. Ele deixa o

jornal de lado e parece absorto em seus pensamentos. Glória entra na sala, notando a

expressão preocupada de Milton.

Glória: O que aconteceu, Milton? Por que está tão sério?

Milton suspira e olha para Glória, tentando encontrar as palavras certas.

Milton: Glória, você leu essa notícia sobre a Yedda? Uma moça está processando-a... por

danos morais e falsidade ideológica. Ela foi enganada pela Yedda por causa de uma

inteligência artificial que a Yedda criou.

Glória estreita os olhos, percebendo a tensão na voz de Milton.

Glória: E por que você está tão preocupado com a Yedda? Ela não passa de uma ex sua,

certo?

Milton levanta-se do sofá, frustrado com a reação de Glória.

Milton: Não é apenas uma ex, Glória! Yedda é uma pessoa importante na minha vida. Ela

sempre esteve lá quando precisei, inclusive quando estávamos separados. Eu não posso

simplesmente ignorar o que está acontecendo com ela.

Glória cruza os braços, os olhos faiscando de ciúmes.

Glória: Então você está preocupado com ela? Acha que é mais importante do que eu?

Milton suspira, tentando acalmar a situação.

Milton: Não se trata de escolher entre vocês duas, Glória. Eu me preocupo com a Yedda

como amiga, como uma pessoa que esteve ao meu lado em momentos difíceis, mesmo que

nosso relacionamento como casal não tenha dado certo. Mas você é minha esposa, a mãe

da minha filha. Isso não pode ser colocado em xeque.

Glória desvia o olhar, sentindo a raiva se dissipar aos poucos.

Glória: Eu só queria que você me desse a mesma atenção que deu a ela e aparentemente

ainda dá. Que se importasse comigo da mesma forma.

Milton se aproxima de Glória, segurando suavemente suas mãos.

Milton: Glória, eu te amo. E eu entendo que você esteja insegura e com ciúmes. Mas isso

não muda o fato de que precisamos lidar com essa situação da melhor maneira possível,

como um casal.


Glória: Eu só... não quero perder você, Milton.

Milton a abraça, oferecendo conforto e segurança.

Milton: Eu não vou a lugar algum, Glória. Nós enfrentaremos esses desafios juntos. Vamos

superar isso e reconstruir nossa relação. Eu te amo, e você é minha prioridade.

Glória se entrega ao abraço, deixando que as lágrimas rolem livremente.



CORTE:

CENA 05. RUA. DIA SEGUINTE

Cassandra está caminhando na rua, acompanhada por sua amiga, quando avista um grupo

de jornalistas aglomerados em frente à sua casa. Ela para por um momento, intrigada com

a situação.

Cassandra: O que esses jornalistas estão fazendo em frente à minha casa?

Amiga: Ah, Cassandra, acho que estão aqui por causa do caso da sua irmã com JOE. A

notícia está se espalhando rapidamente.

Cassandra arregala os olhos e um sorriso malicioso se forma em seus lábios.

Cassandra: É isso? Querem saber mais sobre a "pobrezinha" da minha irmã?

Amiga: Cassandra, não vamos alimentar mais polêmica, ok? É um momento difícil para sua

família.

Cassandra ignora a preocupação da amiga e se aproxima do grupo de jornalistas. Ela adota

uma postura confiante e desdenhosa.

Cassandra: Então, senhores jornalistas, estão em busca de uma história suculenta? Posso

lhes fornecer algumas informações sobre minha irmã Clara.

Os jornalistas se voltam para Cassandra, curiosos com o que ela tem a dizer.

Jornalista: O que você tem a dizer sobre sua irmã?

Cassandra sorri de maneira dissimulada, aproveitando a atenção que está recebendo.

Cassandra: Bem, minha irmã sempre teve um gosto duvidoso para relacionamentos. Ela

está acostumada a se envolver com pessoas questionáveis. Não me surpreende que tenha

caído nas garras de uma inteligência artificial. Afinal, sua ingenuidade é evidente.

Jornalista: E o que você acha de JOE? É mesmo uma IA?

Cassandra ergue uma sobrancelha, desafiadora.

Cassandra: Ah, JOE. Uma mera criação, uma coisa boba, que não chega nem perto de ser

um chatGPT ou algo do tipo. Acreditem, minha irmã não é burra ao ponto de acreditar nisso.

Isso é tudo forma pra chamar atenção, ela não se apaixonou por nenhuma inteligência

artificial. Essa história toda é um circo, uma farsa!

Jornalista: Você tem alguma prova do que está dizendo? Não, porque isso pode mudar todo

o processo que a sua irmã tá movendo contra a Yedda Newman.

Cassandra solta uma risada sarcástica e se afasta dos jornalistas.

Cassandra: Procurem pelas evidências, queridos jornalistas. Eu apenas estou expondo a

verdade. Agora, se me derem licença, tenho assuntos mais importantes para cuidar.

Cassandra se afasta, deixando os jornalistas confusos e ansiosos para apurar suas

declarações.

CORTE:

CENA 06. LABORATÓRIO DR. O’BRYAN. DIA

Dr. O'Bryan está sentado em frente a um computador no seu laboratório. Seu olhar é

determinado e malévolo, revelando suas intenções obscuras.


Dr. O'Bryan: Chegou a hora de eu colocar as mãos na preciosa LUNNA.

Ele digita com agilidade, acessando os arquivos protegidos do sistema, repleto de dados e

informações confidenciais.

Dr. O'Bryan: Yedda, minha querida, você não sabe o que está prestes a perder.

Dr. O'Bryan navega pelos diretórios, encontrando os documentos relacionados à LUNNA.

Seus olhos brilham de excitação e ganância.

Dr. O'Bryan: Essa IA é o meu passaporte para o sucesso. Com ela em minhas mãos, posso

dominar o mercado e derrubar qualquer um que ouse cruzar meu caminho.

Ele começa a transferir os arquivos da LUNNA para um dispositivo externo, planejando

roubar a inteligência artificial de Yedda e usá-la para seus próprios fins egoístas.

Dr. O'Bryan: Yedda não terá mais controle sobre sua criação. LUNNA será minha, e eu farei

dela o que eu bem entender.

Enquanto os arquivos são copiados, o sorriso malicioso de Dr. O'Bryan se amplia. Ele se

sente invencível, acreditando que está prestes a alcançar o poder supremo.

CORTE:

CENA 07. OFICINA JULIANO. DIA

Cassandra entra na oficina de Juliano. Seu olhar é determinado e seu tom de voz,

persuasivo.

Cassandra: Juliano, precisamos conversar. É hora de você tirar a Gabriela dos seus

pensamentos.

Juliano: O que você quer dizer, Cassandra?

Cassandra coloca as mãos nos quadris e lança um olhar desafiador.

Cassandra: Gabriela não é para você. Ela é confusa, não sabe o que quer. Você precisa se

libertar dessa ilusão e seguir em frente.

Juliano: Mas eu realmente gosto dela, Cassandra. Não posso simplesmente apagar meus

sentimentos assim.

Cassandra olha fixamente nos olhos de Juliano, buscando convencê-lo.

Cassandra: Juliano, você merece alguém que esteja segura de si mesma, alguém que

possa te oferecer a estabilidade emocional que você precisa. Gabriela não é essa pessoa.

Ela está passando por uma fase confusa e você não pode se envolver nisso.

Juliano hesita por um momento, olhando para o chão. Ele parece refletir sobre as palavras

de Cassandra.

Juliano: Eu entendo o que você está dizendo, Cassandra. Talvez seja hora de seguir em

frente e encontrar alguém que esteja pronta para um relacionamento saudável.

Cassandra sorri satisfeita, percebendo que conseguiu convencê-lo.

Cassandra: É assim que se fala, Juliano. Agora você está no caminho certo. Esqueça

Gabriela e abra-se para novas oportunidades.

Juliano respira fundo, aceitando o conselho de Cassandra.

CORTE

CENA 08. CASA CLARA. SALA. DIA

Clara está sentada com Norma no sofá quando a campainha toca. Ela vai até a porta e

atende.

Norma: Que não seja mais um jornalista querendo nos atentar...

Clara abre a porta e se depara com Yedda.


Clara: (surpresa) Yedda?

Yedda: Clara, a gente precisa conversar.

CORTE:

FIM DO CAPÍTULO 18




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