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Saramandaia - Capítulo 30 | Última semana

 

SARAMANDAIA


Capítulo 30 ��️ Últimos Capítulo

Criada por: Dias Gomes

Adaptada e escrita por: Luan Maciel

Produção Executiva RanableLWebs


CENA 01. SARAMANDAIA. RUA. EXTERNA. TARDE

A passeia pela cidade mostrando que quase ninguém está na

rua. Em um giro de 180° podemos ver Marcina correndo pela

cidade e o desespero é visto em seu olhar. Ela está tensa.


MARCINA (fervendo por dentro): - João…. Onde você está? Eu

estou com um mal pressentimento. Tem algo muito errado.


Marcina fica totalmente abatida. Nesse momento Maricna

senfe alguém tocar em suas costas. Ela se vira e vê João Gibão.


MARCINA (esboçando um sorriso): - João!!!! Finalmente eu te

encontrei. Eu estava com medo de que alguma coisa tivesse te

acontecido. Eu fiquei com tanto medo de te perder.


JOÃO GIBÃO (olhando nos olhos): - Você nunca vai me perder

meu amor. Felizmente nada de ruim aconteceu. O ruim é saber

que o Zico Rosado não sobreviveu a explosão.

MARCINA: - A culpa não é sua, João. Esse ódio que o Zico

Rosado sentia contra você e a Zélia chegou no ápice. Nenhum

de nós podemos ser responsabilizados por essa tragédia.


João Gibão toca suavemente no rosto de Marcina. Ele a beija

apaixonadamente. Marcina retribui o ato de seu amado.

TRILHA SONORA:  (Eu Sei Que

Vou te Amar — Maysa)




Aos poucos a música vai ficando mais suave. João Gibão olha

para Marcina que retribui o olhar dela.


JOÃO GIBÃO (sorrindo): - Tudo o que eu consigo pensar nesse

momento é nosso casamento, meu amor. Nós passamos por

tantas coisas juntos. É o mínimo que a gente merece.

MARCINA (com vergonha): - Isso parece um sonho, João. Tudo

o que eu mais quero é ser sua esposa. Nada me faria mais feliz.

JOÃO GIBÃO: - Eu posso te garantir que você não está

sonhando, meu amor. É a mais pura realidade. Você sente?


João Gibão volta a beijar Marcina que mais uma vez retribui o

beijo. A música vai aumentando conforme nossos protagonistas

vão se beijando.

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CENA 02. CASA DE MARIA APARADEIRA E SEU CAZUZA.

QUARTO. INTERNA. TARDE

Maria Aparadeira está sentada na beira da cama totalmente

perdida em seus pensamentos. Sem que ela perceba Seu

Cazuza e se senta ao seu lado olhando em seus olhos. Maria

Aparadeira de assusta e Seu Cazuza a olha diferente.


MARIA APARADEIRA (assustada): - O que foi que deu em você,

homem? Vai ficar aí parado me olhando desse jeito? Diga logo o

que você quer. Eu ainda não aprendi ler pensamentos.

SEU CAZUZA (sério): - Não adianta você tentar se esconder

atrás dessa máscara de mulher forte que eu sei o que você está

sentindo. Você nunca foi uma santa, Maria. Mas eu sei

reconhecer todas as suas qualidades. Isso me encanta.

MARIA APARADEIRA: - Põe muito tempo eu humilhei o João, e

tudo isso para quê? Para descobrir que o Carlito Prata é um

calhorda da pior espécie. Foi ele mandou sequestrar a nossa

filha, Cazuza. Eu estava cega. Cono eu pude ser tão tola?


As lágrimas escorrem pelo rosto de Maria Aparadeira. Seu

Cazuza ajuda ela a se acalmar, e depois se olham.


SEU CAZUZA (ponderando): - Você cometeu erros que qualquer

pessoa poderia ter cometido, mulher. Mas você reconheceu o

seu erro. É isso importa.

MARIA APARADEIRA (respirando fundo): - Eu não tenho tanta

certeza como você, homem. Será que a Marcina e o João vão

conseguir me perdoar? Eles tem motivos para me odiar.

SEU CAZUZA: - O João sempre foi uma rapaz do bem, Maria. E

além do mais a nossa filha já te perdoou. Você precisa superar.


Maria Aparadeira olha para Seu Cazuza que sorri em sua

direção. Ela esboça um sorriso como nunca tinha feito.

��️


CENA 03. SARAMANDAIA. RUA. EXTERNA. TARDE

Close em Helena que vai andando e olhando que felizmente

nada de ruim aconteceu depois da explosão da bomba. Ao seu

lado está Homero que a olha de um jeito diferente. Ele pega

suavemente em suas mãos e Helena fica balançada.


HOMERO (se declarando): - Helena…. Eu sei que eu não deveria

falar isso, mas depois que eu te conheci parece que minha vida

mudou. Você é uma mulher jovem e muito bonita. Você não

merece continuar sofrendo toda essa humilhação de seu

marido.

HELENA (surpresa): - Você me pegou de surpresa, Homero. Eu

não esperava ouvir isso de você. Mas eu não vou negar que eu

estou sentindo o mesmo. Mas essa situação é delicada. O meu

marido acabou de falecer. O povo dessa cidade não vai aceitar.

HOMERO: - E você ainda se importa com o que esse povo

pensa, Helena? Você me disse que eles são preconceituosos e

que ninguém nunca fez nada para te ajudar. Esquece deles.


Helena percebe que Homero está completamente certo. Nesse

ele se aproxima de Helena que vai ficando sem reação.


HOMERO (sincero): - Helena…. Eu sei que o seu marido era um

homem muito poderoso aqui na região. E eu também sei que

perto dele eu não sou ninguém. Mas eu quero ficar com você.

HELENA (desabafando): - Durante mais de 30 anos de

casamento eu nunca fui tratada dessa forma, Homero. Você é

diferente de tudo que eu já conheci. Pode acreditar nisso.


Homero e Helena se olham profundamente nos olhos. Em

questão de segundos eles se beijam apaixonadamente.

TRILHA SONORA:  (Folhetim —

Gal Costa)



��️


CENA 04. RUA. VIELA. EXTERNA. TARDE

Carlito Prata anda pela viela procurando por quem foi que ligou

para ele. A viela está totalmente deserta e a única pessoa que

está alí é o próprio Carlito Prata. Nesse momento, o celular do

vilão toca e ele atende enraivecido.


CARLITO PRATA (ao telefone/gritando): - Onde está você? Eu já

estou aqui. Não vai aparecer não? Ficou com medo é?

VOZ (ao telefone): - As coisas não são como você quer, Carlito.

Você está exatamente onde eu quero. Você nunca mais vai ferir

as pessoas dessa cidade. A sua hora finalmente chegou.

CARLITO PRATA: - Deixa de falar bobagem. Agora eu

finalmente sei com quem eu estou falando. Vai continuar se

escondendo atrás desse celular? Apareça e me enfrente.


Carlito Prata desliga o telefone. A câmera mostra alguém

caminhando na direção de Carlito Prata sem mostrar o rosto de


quem é. A pessoa pega uma faca e acerta nas costas de Carlito

Prata que vai agonizando no chão.


CARLITO PRATA (surpresa): - Você??!!! Eu não acredito que isso

esteja acontecendo. Como você pode ter feito isso comigo?


Em questão de segundos Carlito Prata vai no chão morto e com

uma faca cravada em suas costas. A câmera mostra que agora

ele está sozinho e a pessoa que estava com ele foi embora.

��️



��️ ANOITECE ��️


CENA 05. CASA DO PROFESSOR ARISTÓBULO. QUARTO.

INTERNA. NOITE

A janela do quarto está aberta e o vento entra balançando tudo

em seu caminho. O professor Aristóbulo está sentado na beira

da cama totalmente perdido em seus pensamentos. Risoleta faz

um carinho o que acaba assustando ele. O professor Aristóbulo

olha para Risoleta que entende o que está acontecendo.


RISOLETA (falando baixinho): - Calma, Aristóbulo…. Eu seu

muito bem o que está acontecendo com você. Hoje é noite de

lua cheia. Não importa o que você diga eu vou ficar com você.

PROFESSOR ARISTÓBULO (sério): - Você não entende,

Risoleta. É por isso que nós não podemos ficar juntos.

Enquanto eu tiver essa maldição eu sempre irei ter medo de te

machucar. (P) É melhor você ir embora.

RISOLETA: - É isso que você quer, Aristóbulo? A sua boca diz

uma coisa, mas os seus olhos dizem outra. Eu não acredito que

você queira me ver longe. Você não me convenceu.


O professor Aristóbulo se levanta da cama e fica rodeando a

janela enquanto olha para a lua cheia. Risoleta fica tensa.


RISOLETA (cheia de coragem): - Você precisa enfrentar isso,

Aristóbulo. Você não pode deixar que essa maldição te domine.

PROFESSOR ARISTÓBULO (desanimado): - Eu queria tanto

acreditar nisso, Risoleta. Mas eu sei que quando eu perco o

controle dessa besta que tem em mim tudo corre perigo..Eu

amo você, mas você precisa ir embora. Me escute, por favor.

RISOLETA: - Eu não vou a lugar nenhum, Aristóbulo. Eu não

estou com medo e eu vou ficar ao seu lado. Você entendeu?


O brilho da lua entra pela janela do quarto. O professor

Aristóbulo começa a se transformar em um lobisomem.

Risoleta fica olhando a cena imóvel. O professor Aristóbulo está

totalmente transformado. Risoleta se aproxima e o toca no

rosto todo peludo. O lobisomem a olha fixamente.

��️


CENA 06. FAZENDA DE TIBÉRIO. CASA GRANDE. SALA.

INTERNA. NOITE

Dona Cândida está sentada em frente a poltrona de Tibério que

está cercada por muitas raízes. O semblante dela é

preocupação. Tibério percebe que algo está bem errado.


TIBÉRIO (observador): - O que foi que aconteceu com você,

Cândida? Eu estou sentindo que você está querendo me contar

alguma coisa. (P) O que foi que houve dessa vez?

DONA CÂNDIDA (séria): - Eu sei que você não vai acreditar em

mim, Tibério. Eu quando vi não acreditei no primeiro

momento. Mas o meu filho está vivo. Eu não sei como ele

conseguiu escapar da explosão da bomba. Ele está vivo.

TIBÉRIO: - Isso é algo surreal, Cândida. Mas porque você está

com essa cara? Você deveria estar feliz por saber que seu filho

está vivo. Tem mais alguma coisa, não é mesmo? Conte.


Dona Cândida respira fundo e olha nos olhos de Tibério. O seu

olhar é um misto de preocupação e aflição. Tibério percebe isso.


DONA CÂNDIDA (com os olhos marejados): - O Zico não

desistiu da idéia de se vingar de todos, Tibério. Se ele foi capaz

de colocar uma bomba para explodir no meio da cidade eu não

sei o que ele pode fazer com todos nós. Estou com medo.

TIBÉRIO (sensato): - Você precisa ficar calma, Cândida. Se o

seu filho está realmente vivo nós precisamos avisar a todos para

que eles fiquem cientes. O Zico Rosado não vai machucar mais

ninguém.

DONA CÂNDIDA: - Eu queria ter essa sua confiança, Tibério. O

meu maior erro foi ter alimentado a guerra entre nossas

famílias. E é por isso que o meu filho é o que é hoje.


Dona Cândida se aproxima de Tibério e eles se dão as mãos. A

troca de olhares entre eles é em silêncio e profunda.

��️


CENA 07. SARAMANDAIA. RUA. EXTERNA. NOITE

Close em Zélia e Lua Viana que estão andando pelas ruas da

cidade admirando o céu estrelado. Zélia respira fundo


demonstrando estar mais aliviada depois de tudo que

aconteceu. Lua Viana toca suavemente em suas mãos.


ZÉLIA (pensativa): - Eu sei que eu não deveria falar isso, mas eu

estou aliviada. O mais importante é que ninguém se machucou.

Mas ainda eu fico pensando que as podiam se diferentes. Será

que eu estou falando bobagem, Lua?

LUA VIANA (sorrindo): - É claro que não, meu amor. Você é

uma ótima pessoa, Zélia. Mesmo com tudo o que o Zico Rosado

te fez você ainda se preocupa. Nós precisamos seguir em frente.

ZÉLIA: - É… Você tem razão. Nós conseguimos mudar o nome

da cidade. O João é o prefeito. Mas parece que ainda está

faltando alguma coisa. Eu não sei explicar o que é.


Zélia fica totalmente abatida. Lua Viana a abraça bem forte.

Nesse momento um garotinho de uns 7 anos puxa o vestido de

Zélia e lhe entrega um bilhete e depois sai correndo.


ZÉLIA (confusa): - Que coisa mais esquisita. Quem é esse

garotinho? E o que será que está escrito nesse bilhete?

LUA VIANA: - Só tem um jeito de descobrir. É você ler, Zélia.


Zélia começa a ler o bilhete e ela fica totalmente horrorizada.

Ela joga o bilhete fora. Em seguida Lua Viana pega e começa a

ler. No bilhete está escrito: "Acharam mesmo que iriam conseguir se

livrar de mim? Isso ainda está só começando. Eu vou acabar com todos

vocês. Disso vocês podem ter certeza". Zélia e Lua Viana se olham

apreensivos e ficam também procurando por todos os lados

procurando por Zico Rosado, mas eles não encontram nada.

��️


CENA 08. CASA DE LEOCÁDIA. SALA. INTERNA. NOITE

A câmera mostra que João Gibão e Marcina estão sentados no

sofá da sala vendo algo na TV totalmente despreocupados.

Leocádia vem da cozinha e ela para os nossos protagonistas

com um certo brilho no olhar. Nesse momento podemos ouvir

uma batida insistente na porta. Leocádia abre a porta e fica

surpresa ao ver o Delegado Tavares (Enrique Díaz) parado em

sua porta. O semblante do delegado é de muita seriedade.


LEOCÁDIA (surpresa): - Delegado Tavares??? O que o senhor

está fazendo parado na frente da minha a essas horas da noite?

Não me diga que mais alguma coisa está acontecendo.

DELEGADO TAVARES (sério): - Eu sinto muito pela hora, mas o

assunto é sério. Eu preciso falar com o prefeito, Leocádia.


João Gibão percebe a conversa e vai na direção do Delegado

Tavares. Quem também vai é Marcina que fica intrigada.


DELEGADO TAVARES (firme): - Eu juro que eu não queria ter

que fazer isso, senhor Prefeito. Mas é o melhor trabalho. (P)

João Gibão…. Você está preso pelo assassinato de Carlito Prata.

MARCINA (impactada): - Que espécie de brincadeira é essa?

Você não pode estar falando sério, Delegado. O João nunca faria

uma coisa dessas. Você só pode estar enganado.

LEOCÁDIA: - A Marcina está certa. Tavares…. Você tem certeza

do que está fazendo? O meu filho jamais machucaria uma

mosca. Deve estar acontecendo algum engano.

DELEGADO TAVARES (ponderando): - Infelizmente não tem

nenhum engano, minha cara amiga. O seu filho é o principal

suspeito desse assassinato. A rivalidade entre ele e a vítima são

provas mais que suficientes. É melhor você vir comigo,

prefeito.


O Delegado Tavares coloca um par de algemas nas mãos de João

Gibão. Marcina e Leocádia ficam incrédulas. João Gibão parece

não acreditar no que lhe está acontecendo.


A imagem congela no olhar distante de João Gibão. Aos poucos

a imagem vai ganhando um efeito como se transformasse em

uma moldura.


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