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BUDAPESTE - CAPÍTULO 06

 

BUDAPESTE - CAPÍTULO 6
BUDAPESTE - HUNGRIA

Escrita por:

Wanderson Albuquerque

Cena 01 – Casa de Barbara – Sala– Int. – Noite

Barbara está tomando banho, o box do banheiro esfumaçado não permite a nudez explicita. A CAM fecha em close no seu rosto que está com um olhar distante.

Barbara (para si): Não é possível que vão me encontrar aqui.

SETEMBRO, 2008

Cena 02 – Mansão – Int. Dia

Barbara aparece em sua versão adolescente, mexendo em um computador. Ela ouve um barulho vindo do corredor e resolve seguir em direção.

Barbara: Tem alguém aí?

Ela continua andando, desce as escadas e encontra uma mulher penteando o cabelo no sofá.

Gizzela: Algum problema, Barbara?

Barbara: Ouvi um barulho estranho no corredor e vim conferir o que era. Achei que eu estava sozinha em casa.

Gizzela: Ah, mas não está, minha querida. Eu e seu pai acabamos de chegar da reunião.

Barbara: E aonde está o papai?

Gizzela: Bom, você sabe, ele trouxe um amiguinho e está se divertindo com ele no soltão. (risos)

Barbara: Gostaria que vocês me deixassem um dia brincar um pouco.

Gizzela: Seu pai não quer que você entre nisso, Barbara. Não foi por essa razão que ele te tirou daquele bordel.

Barbara: Mas eu quero. Eu odeio tudo relacionado ao meu passado.

Gizzela (seca): Seu passado não existe! Você é uma de nós agora, uma raça pura. Nem ouse pensar que você é igual àquela gente.

Barbara: Tudo bem, mãe.

Barbara vai em direção ao sótão e Gizzela permanece penteando o cabelo.

Cena 03 – Mansão – Sótão - Int. Dia

Um homem está deitado no chão todo ensanguentado, é possível ouvir barulhos de ferramentas no local. Barbara através da fresta da porta, observa tudo.

Domokos (cínico): Não precisa ter medo, em breve sua alma vai estar purificada. Assim que você morrer, saberá como foi importante.

O homem permanece no chão sem expressão nenhuma, apenas de desistência diante da situação. Ao fundo, Barbara continua observando.

Domokos (percebe Barbara): Quer terminar o serviço, filha?

Barbara (se assusta): Posso?

Barbara entra no recinto e escolhe uma ferramenta em uma mesa de mármore que estava ali ao lado. Vai em direção ao homem deitado e dá uma cravada no pescoço. Este, dá um último rompante e arregala os olhos, mas morre logo em seguida.

Domokos: Ótimo trabalho, Barbara.

Barbara: Tudo em nome da purificação da raça, pai.

Domokos: Eu acho tão lindo como você me chama de “Pai”. Acredito que tudo tem seu momento. Não esperava encontrar você naquele bordel. A Gizzela infelizmente perdeu nosso filho prematuramente, passou por uma cirurgia e precisou retirar o útero. Você foi o nosso pedido a Deus!

Barbara: Você prefere que eu te chame de Reichsführer?

Domokos (bravo): Não ouse! Eu sou seu pai antes de qualquer coisa.

Barbara assente e abraça o pai.


MARÇO, 2022

Cena 04 – Ruas de Budapeste - Noite


A CAM mostra a cidade do alto, as avenidas iluminadas, o Rio Danúbio está com suas águas claras, por conta do reflexo das luzes. Mostra-se pessoas na frente dos estabelecimentos degustando seus jantares.

FUSÃO COM:

Cena 05 - Restaurante – Int. – Noite

CONT. DA CENA.

Frank (surpreso): O quê?

Otávio: Nossa, Victoria. Sinto muito por isso.

Victoria: Está tudo bem. Eu tive uma Insuficiência placentária, na qual a disfunção hepática e a trombocitopenia estão diretamente associadas à síndrome de HELLP, o que levaram a insuficiência. A placenta não estava funcionando adequadamente, o que resultou em redução do suprimento de oxigênio e nutrientes ao bebê.

Cedric: É justamente por isso que nós nunca dissemos nada. A Vic passou por várias complicações.

Otávio: E tenho certeza que deve ter sido mesmo.

Frank continua estático, mas tem um rompante. Limpa sua boca com o guardanapo e sai de cena. Victoria tenta impedir, mas Otávio não deixa.

Otávio: Deixa-o ir. O Frank se comportou como uma criança hoje, na verdade, jamais uma criança faria o show que ele fez hoje.

Cena 06 – Mansão Angyal – Sala. Int.

Emese entra na sala, joga sua bolsa no sofá e se joga no sofá. Sebestyénne já com trajes de dormir surge.

Emese: Não precisa nem me dizer, Sebestyénne. Tenho certeza que a tia Ilona já partiu sem se despedir.

Sebestyénne: Exatamente. Ela preferiu dessa forma, não foi nada muito bem planejado, mas ela achou que deveria.

Emese: Eu entendo. Depois ligarei para ela.

Sebestyénne: Faça isso... Mas, Emese, como foi na empresa hoje? Vi que saiu nos jornais que o Kim seria o novo presidente escolhido pelo conselho.

Emese: Sim, fizemos a votação, mas algo me intrigou, Sebestyénne.

Sebestyénne (intrigada): O que?

Emese: O Konrad. Ele não encarou isso como uma derrota, simplesmente estava lá, sentado, rindo da cara de todos, como se ele realmente estivesse por cima.

Sebestyénne: Que estranho, Emese. É melhor você ter cuidado com ele.

Emese permanece deitada olhando pensativa para o teto.

AMANHECE O DIA EM BUDAPESTE


Cena 07 – Mansão Angyal – INT. Sala

Emese desce as escadas ainda aparentando estar com sono. Lorenzo chega e se depara com a mesma de baby-doll

Lorenzo (envergonhado): Me desculpe. Eu deveria ter anunciando minha entrada.

Emese: Ah, para com isso, Lorenzo. Aconteceu alguma coisa?

Lorenzo: Não, nada. Eu só vim te avisar que hoje vamos dar uma geral na biblioteca. Eu sei que você não gosta que mexam lá, mas está criando casa de aranha em todas as estantes.

Emese: Tudo bem. Se precisar, pode chamar algumas faxineiras por fora. Essa biblioteca nunca foi limpa de verdade.

Lorenzo: Pode deixar!

Cena 08 – Fame Magazin – Escritório – Int. – Dia

Otávio está folheando alguns catálogos, escolhendo modelos e também tecidos para a próxima edição da revista.

Otávio: Simplesmente já usamos esses tons no inverno passado. Não podemos repetir os mesmos tons, vocês querem que a reputação da nossa revista vá por água abaixo?

Daniella: Nós buscamos mesclar os tons neutros com algo mais chamativo. Não é necessariamente o mesmo.

Otávio: Cinza para o inverno não é nada inovador. Precisamos de ideias. As fotos para a próxima edição serão na próxima semana e não temos nada decidido ainda.

Daniella: Vou verificar com outros fornecedores.

Otávio vislumbra a imagem de Felícia do lado de fora do escritório, através da parede de vidro.

Otávio: Volto em meia hora.

Felícia: Topa tomar um café comigo?

Otávio: Tenho trinta minutos.

Cena 09 – Bartha’s Enterprise – Sala Presidencial – Int. – Dia.

Kim está sentado em sua cadeira visualizando algumas planilhas, quando Konrad entra na sua sala sem autorização.

Kim (surpreso): O que você está fazendo aqui?

Konrad (deboche): Oras! Essa empresa continua sendo da minha família e também sou Diretor do departamento de marketing.

Kim: Não quero que você entre na minha sala sem qualquer autorização. Eu não permiti!

Konrad (cínico): “Minha sala” (risos). Essa sala era pra ser minha e ainda será, é tudo questão de tempo até eu ter toda a empresa na palma da minha mão.

Kim: Sinto muito, Konrad, mas isso não acontecerá. O Conselho jamais aprovaria você na empresa. Sua reputação nunca foi das melhores.

Konrad: Quem disse que eu preciso da validação do conselho pra alguma coisa?

Kim: Vai querer passar por cima da lei?

Konrad: Lei? Que lei? A lei está ao meu favor, olha pra mim (mostra os braços) Eu sou sangue puro. Eu jamais aceitaria um amarelo que nem você ser um superior meu.

Kim: Fazendo um comentário totalmente racista! Respeite meu povo, Konrad.

Konrad: Ah, sem militância, por favor. Todo mundo sabe que vocês japas são uma praga pra esse mundo. Sempre comendo morcegos e trazendo doenças pra nós

Kim (exalta): Me respeite, seu moleque! Antes de tudo, eu sou sul-coreano! Eu exijo que você me trate com respeito e ao meu povo.

Konrad (risos): Agora sim! É esse Kim que eu quero ver. Ouça bem o que vou te dizer (se aproxima) Eu vou ter minha empresa de volta e você vai limpar o chão que eu piso com a sua língua. Anote.

Konrad põe seus óculos escuro e sai da cena, deixando Kim aterrorizando com as palavras despejadas.

Cena 10 – Haras Kóvacs – EXT. Dia

András está penteando a crina do cavalo. Há uma intensa movimentação de caminhão despejando carga de ração. Kimerul se aproxima de András.

Kimerul: Chegou cedo hoje! Não vi você saindo de casa.

András: Eu fui fazer minha caminhada matinal e acabei resolvendo vir pra cá direto.

Kimerul: Vi que você chegou um pouco tarde ontem. Saiu com alguma menina?

András (mente): Na verdade, não. Eu estava com alguns amigos da época da faculdade.

Kimerul: Entendi. Pensei em te esperar para jantar, mas estava com sono. Ainda bem que não fiquei te esperando.

András: Hoje chegarei em casa cedo, prometo.

Kimerul dá um tapinha no ombro de András que sorri.

Cena 11 – Jornal – Sala de Reuniões. Int. – Dia

Zóltar está conversando com Zaco de forma apreensiva.

Zaco: Você acha que não devemos publicar essa matéria sobre o Senador, Zóltar?

Zóltar: Não tenho certeza. Seria o segundo ataque direto a ele em menos de uma semana. Precisamos ter cautela.

Zaco: Mas precisamos mostrar a todos que ele é um homofóbico de merda que rejeitou o filho.

Zóltar: Zaco, o eleitor do Fridrich é um eleitorado conservador, os quais pregam os valores cristãos. Eles não se importam com o filho gay dele. Isso não daria nenhuma munição pra nós.

Zaco: Você tem razão. O que vamos fazer, então?

Zóltar: Vamos fazer uma matéria comum. Também não iremos postar nada sobre as fotos que a Aranka e o István enviaram. Quero ir na polícia primeiro. Eu tinha agendado a matéria, mas resolvi cancelar.

Zaco: Mas por quê?

Zóltar (pensativo): Preciso confirmar se a minha teoria está correta.

Cena 12 – Cafeteria – Ext. – Dia

Otávio e Felícia estão sentados em uma mesa na calçada da cafeteria.

Felícia: Tentei te ligar diversas vezes ontem, mas não obtive resposta.

Otávio: Estava naquele jantar do Frank com a irmã e o cunhado.

Felícia: E aí, como foi?

Otávio: Foi horrível. O Frank está agindo como se fosse um imaturo de merda. Eu realmente não sei por qual motivo ele está sendo um babaca com a irmã. Acredita que ela descobriu na gravidez que tinha síndrome de Helpp? Simplesmente era uma gravidez de super risco.

Felícia (surpresa): Nossa, eu realmente não imaginaria que fosse dessa forma. A Victoria deve estar devastada e ainda o Frank implicando com ela sem motivo algum.

Otávio: O pior que ele saiu no meio do jantar. Não entrei em contato, porque sinceramente, estou por aqui de dramas do Frank.

Felícia: Isso se chama amor, querido.

Otávio joga o croissant em Felícia que ri.

Cena 13 – Bairro Judeu de Budapeste – Ext. Dia

Barbara está na direção do carro, o qual está parado, mas com o motor ligado. Ela observa o movimento do bairro. Está de óculos escuro.

Barbara: Bando de merdas. Sujando toda essa cidade.

O olhar da vilã é de puro ódio. Seu rosto aparece no retrovisor central do carro. Close no retrovisor. Barbara vê um senhor que aparenta ter uns 60 anos atravessando a rua. Ela põe o pé no acelerador e quando estava prestes a sair com o carro, é levada por um susto de uma bola e uma criança passando na frente do carro.

Barbara (para si): Te falta coragem, Barbara!

Barbara dá murros no volante do carro e grita copiosamente.

Cena 14 – Haras Kovács – Escritório – Int

András está escolhendo algumas fotos de cavalos para a próxima competição. Felícia adentra no escritório.

András: Achei que não fosse vir hoje.

Felícia: Eu preciso treinar hoje, as competições estão se aproximando e sinto que ainda não estou preparada.

András: Você sabe que é ótima. Não precisa ficar se martirizando o tempo todo. Relaxa!

Felícia: Diz isso pra minha ansiedade, então (risos).

András: Meu pai está tentando trazer uns eventos pra cá. É uma forma de arrecadarmos dinheiro extra.

Felícia: O Haras está indo tão mal assim?

András (preocupado): Nós conseguimos pagar funcionários e coisas básicas para o funcionamento. Mas a situação não anda muito boa.

Felícia: Tem algo que eu posso fazer?

András: Se você conhecer algum dono de fazenda que queira alugar o nosso haras, seria de ótima ajuda.

Felícia (deboche): András, você acha mesmo que se eu conhecesse algum dono de fazenda, eu estaria aqui?

András (risos): Você tem um ponto.

Cena 15 – Clínica Veterinária – Consultório – INT. – Dia.

Emese está examinando um gato. A sua dona está esperando ansiosamente e olha para Emese preocupada.

Mulher (preocupada): Há algum problema, doutora?

Emese: Bom, não posso dar nenhum parecer sem antes solicitar alguns exames. Mas pelos sintomas que você me disse que ele está tendo, há uma probabilidade de ser Aids Felina.

Mulher (abismada): O quê?

Emese: Como eu disse, eu não posso ter certeza sem fazer os exames, mas é uma possibilidade alta. Mas não se preocupe, com a medicação correta, ele pode viver tranquilamente por muitos anos, obviamente, fazendo visitas periódicas ao veterinário.

Mulher: Onde eu marco o exame?

Emese: A minha assistente vai marcar pra você e entrará em contato também.

Mulher (pegando o gato): Obrigada, doutora.

Emese assente, a mulher sai. Emese vira-se para a parede e pega um livro, onde faz uma anotação. Neste momento, Gabor entra na sala.

Gabor (ofegante): Vim o mais rápido que pude.

Emese (estranha): O que aconteceu, Gabor?

Gabor: Eu pedi para a contabilidade investigar como o Konrad anda gastando o dinheiro e pra minha surpresa, ele comprou o Monster Grill, aquele pub perto do Rio Danúbio. Inclusive, ele bateu em duas mulheres lá, porém a polícia simplesmente fechou os olhos e não levou a denúncia adiante.

Emese: Pouco me importa o que o Konrad está fazendo, Gabor. Eu quero o máximo de distância desse garoto. O mais estranho é ele ter agredido duas mulheres e a denúncia não ter ido pra frente.

Gabor: Exatamente. Eu tenho certeza que ele tem costas quentes.

Cena 16 – Casa de Fatima – Int. - Dia

Fatima está cozinhando algo em sua cozinha. A Casa é simples e pequena. O cheiro invade toda casa. Ela começa a lembrar do rosto de Bárbara.

Fatima: Aquela menina… Eu a conheço de algum lugar, seu rosto, não é estranho. Eu tenho certeza. Seu rosto vem em minha mente, mas não consigo associar.

Fatima sente um aperto no peito, misturado com angústia.

Fatima: Que sentimento esquisito é esse? Alá, dai-me discernimento para entender o que está acontecendo. Por que o rosto dessa menina fica indo e voltando assim da minha mente…

CORTA PARA

Cena 17 – Clínica Veterinária – Consultório – INT. – Dia.

Emese e Gabor estão conversando ainda. Eles estão apreensivos.

Gabor: O seu primo Konrad não ter sido preso, só mostra que ele é muito bem protegido por alguém.

Emese: Isso me deixa com um frio na espinha. Eu não sei como posso lidar com ele. Gabor, você precisava ver, durante a votação do conselho, ele estava zombando da cara de todo mundo. Ele estava rindo, achando graça, eu realmente não sei o que pensar.

Gabor: Se eu fosse você, andaria com seguranças. O Konrad está ficando perigoso. Se ele teve coragem de internar a própria mãe em uma clínica, imagine o que ele não pode fazer com você.

Emese: Eu não tenho medo dele. Se ele quiser guerra, ele vai ter. Eu sou Emese Angyal!

Gabor: O Que não significa nada, gata. Você poderia ser a Kate Middleton, não iria mudar nada.

Emese ignora o que Gabor acaba de falar e olha fixamente para um ponto no consultório.

Cena 18 – Delegacia – Sala – INT. – Dia.

O Delegado Orsolya está olhando pela janela, fumando seu charuto pacientemente. Ele aparenta ter em torno de 60 anos. Um policial bate a porta.

Policial: Delegado, tem um jornalista aqui fora querendo falar com o senhor. Segundo ele, é uma conversa urgente.

Del. Orsolya: Peça para que entre.

O policial assente e chama Zóltar que imediatamente adentra a sala do Delegado.

Del. Orsolya: O senhor deve estar querendo algum furo jornalístico, não é? Mas sinto muito, todas as investigações são mantidas em sigilo.

Zóltar: Meu nome é Zóltar Jakab. Sou o diretor do Jornal da cidade.

Del. Orsolya: E qual o motivo da sua visita?

Zóltar: Quero saber porque a polícia não está investigando corretamente os últimos assassinatos de cunho nazista em Budapeste

CORTA PARA:

Cena 19 – Casa do Senador – Sala. Int

Borbála está tomando um vinho branco. Ela vai até a mesa ao lado da porta de entrada e verifica as correspondências. Ela vai folheando cada uma. Sua expressão muda totalmente. Ela derruba a taça de vinho no chão, a qual faz um eco na sala. Close no que parece ser um convite de casamento. Borbála abre e fica zonza ao ver.

CONVITE

Que o amor não dependa do tempo, nem da paisagem, nem da sorte muito menos do dinheiro. Que ele seja puro e verdadeiro como um diamante e resistente como as raízes de uma árvore.

Gabor & Vencel

CONVIDAM PARA A CELEBRAÇÃO DE SEU CASAMENTO

Casarão NORTH – VIENA, ÁUSTRIA.

Borbála (zonza): Não pode ser. O Fridrich vai te matar, Vencel.

Cena 20 – Delegacia – Sala – INT. – Dia.

Del. Orsolya (seco): Assassinatos de cunho nazista? De onde você tirou essa maluquice? (Risos). Você está procurando coisas aonde não tem!

Zóltar (incisivo): Será mesmo, delegado? Nos últimos meses aconteceram atentados e também mortes que deixavam bilhetes e até marcas nos corpos das vítimas.

Del. Orsolya (mente): Como eu disse anteriormente, nenhum caso será divulgado. A opinião pública e da imprensa pode dificultar todo o processo. Agora, se o senhor me der licença, peço que se retire da minha sala.

Zóltar: Delegado, espero que o senhor não esteja do lado errado da história. Eu não vou descansar enquanto não descobrir o que está acontecendo em Budapeste.

Del. Orsolya (sério): Acho que você não vai querer fazer isso, pelo seu próprio bem.

Zóltar ri e sai da sala. O delegado acompanha com os olhos a saída do jornalista. Logo em seguida, Orsolya abre a primeira gaveta da sua mesa e pega um aparelho de celular antigo. Ele digita um número.

Del. Orsolya (Tel.): Alô? Acho que temos uma pedra no sapato, no momento.

Close no rosto de Orsolya. A cena encerra com um instrumental e o foco no rosto do delegado

A História não tem conexão real com a realidade. O preconceito e o ódio jamais deverão ser aceitos em qualquer sociedade! Apologia ao Nazismo no Brasil é crime previsto no art. 20, da Lei nº 7.716/89 do Código Penal, que define os crimes resultantes de preconceito de raça ou de cor.

DENUNCIE!

Fim do Capítulo 6



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