Escrita por:
Wanderson Albuquerque
Cena 01 –
Casa de Barbara – Sala– Int. – Noite
Barbara está tomando banho, o box do banheiro
esfumaçado não permite a nudez explicita. A CAM fecha em close no seu rosto que
está com um olhar distante.
Barbara (para si): Não é possível que vão me encontrar
aqui.
SETEMBRO,
2008
Cena 02 –
Mansão – Int. Dia
Barbara aparece em sua versão adolescente, mexendo em
um computador. Ela ouve um barulho vindo do corredor e resolve seguir em
direção.
Barbara: Tem alguém aí?
Ela continua andando, desce as escadas e encontra uma
mulher penteando o cabelo no sofá.
Gizzela: Algum problema, Barbara?
Barbara: Ouvi um barulho estranho no corredor e vim
conferir o que era. Achei que eu estava sozinha em casa.
Gizzela: Ah, mas não está, minha querida. Eu e seu pai
acabamos de chegar da reunião.
Barbara: E aonde está o papai?
Gizzela: Bom, você sabe, ele trouxe um amiguinho e
está se divertindo com ele no soltão. (risos)
Barbara: Gostaria que vocês me deixassem um dia
brincar um pouco.
Gizzela: Seu pai não quer que você entre nisso,
Barbara. Não foi por essa razão que ele te tirou daquele bordel.
Barbara: Mas eu quero. Eu odeio tudo relacionado ao
meu passado.
Gizzela (seca): Seu passado não existe! Você é uma de
nós agora, uma raça pura. Nem ouse pensar que você é igual àquela gente.
Barbara: Tudo bem, mãe.
Barbara vai em direção ao sótão e Gizzela permanece
penteando o cabelo.
Cena 03 –
Mansão – Sótão - Int. Dia
Um homem está deitado no chão todo ensanguentado, é
possível ouvir barulhos de ferramentas no local. Barbara através da fresta da
porta, observa tudo.
Domokos (cínico): Não precisa ter medo, em breve sua
alma vai estar purificada. Assim que você morrer, saberá como foi importante.
O homem permanece no chão sem expressão nenhuma,
apenas de desistência diante da situação. Ao fundo, Barbara continua
observando.
Domokos (percebe Barbara): Quer terminar o serviço,
filha?
Barbara (se assusta): Posso?
Barbara entra no recinto e escolhe uma ferramenta em
uma mesa de mármore que estava ali ao lado. Vai em direção ao homem deitado e
dá uma cravada no pescoço. Este, dá um último rompante e arregala os olhos, mas
morre logo em seguida.
Domokos: Ótimo trabalho, Barbara.
Barbara: Tudo em nome da purificação da raça, pai.
Domokos: Eu acho tão lindo como você me chama de
“Pai”. Acredito que tudo tem seu momento. Não esperava encontrar você naquele
bordel. A Gizzela infelizmente perdeu nosso filho prematuramente, passou por
uma cirurgia e precisou retirar o útero. Você foi o nosso pedido a Deus!
Barbara: Você prefere que eu te chame de Reichsführer?
Domokos (bravo): Não ouse! Eu
sou seu pai antes de qualquer coisa.
Barbara assente e abraça o
pai.
MARÇO, 2022
Cena 04 –
Ruas de Budapeste - Noite
A CAM mostra a cidade do
alto, as avenidas iluminadas, o Rio Danúbio está com suas águas claras, por conta
do reflexo das luzes. Mostra-se pessoas na frente dos estabelecimentos
degustando seus jantares.
FUSÃO COM:
Cena 05 - Restaurante
– Int. – Noite
CONT. DA CENA.
Frank (surpreso): O quê?
Otávio: Nossa,
Victoria. Sinto muito por isso.
Victoria: Está tudo
bem. Eu tive uma Insuficiência placentária, na qual a disfunção hepática e a
trombocitopenia estão diretamente associadas à síndrome de HELLP, o que levaram
a insuficiência. A placenta não estava funcionando adequadamente, o que resultou em
redução do suprimento de oxigênio e nutrientes ao bebê.
Cedric: É justamente
por isso que nós nunca dissemos nada. A Vic passou por várias complicações.
Otávio: E tenho certeza
que deve ter sido mesmo.
Frank continua
estático, mas tem um rompante. Limpa sua boca com o guardanapo e sai de cena.
Victoria tenta impedir, mas Otávio não deixa.
Otávio: Deixa-o ir. O
Frank se comportou como uma criança hoje, na verdade, jamais uma criança faria
o show que ele fez hoje.
Cena 06 –
Mansão Angyal – Sala. Int.
Emese entra na sala,
joga sua bolsa no sofá e se joga no sofá. Sebestyénne já com trajes de dormir
surge.
Emese: Não precisa nem
me dizer, Sebestyénne. Tenho certeza que a tia Ilona já partiu sem se despedir.
Sebestyénne:
Exatamente. Ela preferiu dessa forma, não foi nada muito bem planejado, mas ela
achou que deveria.
Emese: Eu entendo.
Depois ligarei para ela.
Sebestyénne: Faça
isso... Mas, Emese, como foi na empresa hoje? Vi que saiu nos jornais que o Kim
seria o novo presidente escolhido pelo conselho.
Emese: Sim, fizemos a
votação, mas algo me intrigou, Sebestyénne.
Sebestyénne
(intrigada): O que?
Emese: O Konrad. Ele
não encarou isso como uma derrota, simplesmente estava lá, sentado, rindo da
cara de todos, como se ele realmente estivesse por cima.
Sebestyénne: Que
estranho, Emese. É melhor você ter cuidado com ele.
Emese permanece deitada
olhando pensativa para o teto.
AMANHECE O DIA EM BUDAPESTE
Cena 07 –
Mansão Angyal – INT. Sala
Emese desce as escadas
ainda aparentando estar com sono. Lorenzo chega e se depara com a mesma de
baby-doll
Lorenzo (envergonhado):
Me desculpe. Eu deveria ter anunciando minha entrada.
Emese: Ah, para com
isso, Lorenzo. Aconteceu alguma coisa?
Lorenzo: Não, nada. Eu
só vim te avisar que hoje vamos dar uma geral na biblioteca. Eu sei que você
não gosta que mexam lá, mas está criando casa de aranha em todas as estantes.
Emese: Tudo bem. Se
precisar, pode chamar algumas faxineiras por fora. Essa biblioteca nunca foi
limpa de verdade.
Lorenzo: Pode deixar!
Cena 08 –
Fame Magazin – Escritório – Int. – Dia
Otávio está folheando
alguns catálogos, escolhendo modelos e também tecidos para a próxima edição da
revista.
Otávio: Simplesmente já
usamos esses tons no inverno passado. Não podemos repetir os mesmos tons, vocês
querem que a reputação da nossa revista vá por água abaixo?
Daniella: Nós buscamos
mesclar os tons neutros com algo mais chamativo. Não é necessariamente o mesmo.
Otávio: Cinza para o
inverno não é nada inovador. Precisamos de ideias. As fotos para a próxima
edição serão na próxima semana e não temos nada decidido ainda.
Daniella: Vou verificar
com outros fornecedores.
Otávio vislumbra a
imagem de Felícia do lado de fora do escritório, através da parede de vidro.
Otávio: Volto em meia
hora.
Felícia: Topa tomar um
café comigo?
Otávio: Tenho trinta
minutos.
Cena 09 –
Bartha’s Enterprise – Sala Presidencial – Int. – Dia.
Kim está sentado em sua
cadeira visualizando algumas planilhas, quando Konrad entra na sua sala sem
autorização.
Kim (surpreso): O que
você está fazendo aqui?
Konrad (deboche): Oras!
Essa empresa continua sendo da minha família e também sou Diretor do
departamento de marketing.
Kim: Não quero que você
entre na minha sala sem qualquer autorização. Eu não permiti!
Konrad (cínico): “Minha
sala” (risos). Essa sala era pra ser minha e ainda será, é tudo questão de
tempo até eu ter toda a empresa na palma da minha mão.
Kim: Sinto muito,
Konrad, mas isso não acontecerá. O Conselho jamais aprovaria você na empresa.
Sua reputação nunca foi das melhores.
Konrad: Quem disse que
eu preciso da validação do conselho pra alguma coisa?
Kim: Vai querer passar
por cima da lei?
Konrad: Lei? Que lei? A
lei está ao meu favor, olha pra mim (mostra os braços) Eu sou sangue puro. Eu
jamais aceitaria um amarelo que nem você ser um superior meu.
Kim: Fazendo um
comentário totalmente racista! Respeite meu povo, Konrad.
Konrad: Ah, sem
militância, por favor. Todo mundo sabe que vocês japas são uma praga pra esse
mundo. Sempre comendo morcegos e trazendo doenças pra nós
Kim (exalta): Me respeite,
seu moleque! Antes de tudo, eu sou sul-coreano! Eu exijo que você me trate com
respeito e ao meu povo.
Konrad (risos): Agora
sim! É esse Kim que eu quero ver. Ouça bem o que vou te dizer (se aproxima) Eu
vou ter minha empresa de volta e você vai limpar o chão que eu piso com a sua
língua. Anote.
Konrad põe seus óculos
escuro e sai da cena, deixando Kim aterrorizando com as palavras despejadas.
Cena 10 –
Haras Kóvacs – EXT. Dia
András está penteando a
crina do cavalo. Há uma intensa movimentação de caminhão despejando carga de
ração. Kimerul se aproxima de András.
Kimerul: Chegou cedo
hoje! Não vi você saindo de casa.
András: Eu fui fazer
minha caminhada matinal e acabei resolvendo vir pra cá direto.
Kimerul: Vi que você
chegou um pouco tarde ontem. Saiu com alguma menina?
András (mente): Na
verdade, não. Eu estava com alguns amigos da época da faculdade.
Kimerul: Entendi.
Pensei em te esperar para jantar, mas estava com sono. Ainda bem que não fiquei
te esperando.
András: Hoje chegarei
em casa cedo, prometo.
Kimerul dá um tapinha
no ombro de András que sorri.
Cena 11 –
Jornal – Sala de Reuniões. Int. – Dia
Zóltar está conversando
com Zaco de forma apreensiva.
Zaco: Você acha que não
devemos publicar essa matéria sobre o Senador, Zóltar?
Zóltar: Não tenho
certeza. Seria o segundo ataque direto a ele em menos de uma semana. Precisamos
ter cautela.
Zaco: Mas precisamos
mostrar a todos que ele é um homofóbico de merda que rejeitou o filho.
Zóltar: Zaco, o eleitor
do Fridrich é um eleitorado conservador, os quais pregam os valores cristãos.
Eles não se importam com o filho gay dele. Isso não daria nenhuma munição pra
nós.
Zaco: Você tem razão. O
que vamos fazer, então?
Zóltar: Vamos fazer uma
matéria comum. Também não iremos postar nada sobre as fotos que a Aranka e o
István enviaram. Quero ir na polícia primeiro. Eu tinha agendado a matéria, mas
resolvi cancelar.
Zaco: Mas por quê?
Zóltar (pensativo):
Preciso confirmar se a minha teoria está correta.
Cena 12 –
Cafeteria – Ext. – Dia
Otávio e Felícia estão
sentados em uma mesa na calçada da cafeteria.
Felícia: Tentei te
ligar diversas vezes ontem, mas não obtive resposta.
Otávio: Estava naquele
jantar do Frank com a irmã e o cunhado.
Felícia: E aí, como foi?
Otávio: Foi horrível. O
Frank está agindo como se fosse um imaturo de merda. Eu realmente não sei por
qual motivo ele está sendo um babaca com a irmã. Acredita que ela descobriu na
gravidez que tinha síndrome de Helpp? Simplesmente era uma gravidez de super
risco.
Felícia (surpresa):
Nossa, eu realmente não imaginaria que fosse dessa forma. A Victoria deve estar
devastada e ainda o Frank implicando com ela sem motivo algum.
Otávio: O pior que ele
saiu no meio do jantar. Não entrei em contato, porque sinceramente, estou por
aqui de dramas do Frank.
Felícia: Isso se chama
amor, querido.
Otávio joga o croissant
em Felícia que ri.
Cena 13 –
Bairro Judeu de Budapeste – Ext. Dia
Barbara está na direção
do carro, o qual está parado, mas com o motor ligado. Ela observa o movimento
do bairro. Está de óculos escuro.
Barbara: Bando de
merdas. Sujando toda essa cidade.
O olhar da vilã é de
puro ódio. Seu rosto aparece no retrovisor central do carro. Close no retrovisor.
Barbara vê um senhor que aparenta ter uns 60 anos atravessando a rua. Ela põe o
pé no acelerador e quando estava prestes a sair com o carro, é levada por um
susto de uma bola e uma criança passando na frente do carro.
Barbara (para si): Te falta coragem, Barbara!
Barbara dá murros no
volante do carro e grita copiosamente.
Cena 14 –
Haras Kovács – Escritório – Int
András está escolhendo
algumas fotos de cavalos para a próxima competição. Felícia adentra no
escritório.
András: Achei que não
fosse vir hoje.
Felícia: Eu preciso
treinar hoje, as competições estão se aproximando e sinto que ainda não estou
preparada.
András: Você sabe que é
ótima. Não precisa ficar se martirizando o tempo todo. Relaxa!
Felícia: Diz isso pra
minha ansiedade, então (risos).
András: Meu pai está
tentando trazer uns eventos pra cá. É uma forma de arrecadarmos dinheiro extra.
Felícia: O Haras está
indo tão mal assim?
András (preocupado):
Nós conseguimos pagar funcionários e coisas básicas para o funcionamento. Mas a
situação não anda muito boa.
Felícia: Tem algo que
eu posso fazer?
András: Se você
conhecer algum dono de fazenda que queira alugar o nosso haras, seria de ótima
ajuda.
Felícia (deboche):
András, você acha mesmo que se eu conhecesse algum dono de fazenda, eu estaria
aqui?
András (risos): Você
tem um ponto.
Cena 15 –
Clínica Veterinária – Consultório – INT. – Dia.
Emese está examinando um
gato. A sua dona está esperando ansiosamente e olha para Emese preocupada.
Mulher (preocupada): Há
algum problema, doutora?
Emese: Bom, não posso dar
nenhum parecer sem antes solicitar alguns exames. Mas pelos sintomas que você
me disse que ele está tendo, há uma probabilidade de ser Aids Felina.
Mulher (abismada): O quê?
Emese: Como eu disse, eu não
posso ter certeza sem fazer os exames, mas é uma possibilidade alta. Mas não se
preocupe, com a medicação correta, ele pode viver tranquilamente por muitos
anos, obviamente, fazendo visitas periódicas ao veterinário.
Mulher: Onde eu marco o
exame?
Emese: A minha assistente
vai marcar pra você e entrará em contato também.
Mulher (pegando o gato):
Obrigada, doutora.
Emese assente, a mulher sai.
Emese vira-se para a parede e pega um livro, onde faz uma anotação. Neste
momento, Gabor entra na sala.
Gabor (ofegante): Vim o mais
rápido que pude.
Emese (estranha): O que
aconteceu, Gabor?
Gabor: Eu pedi para a
contabilidade investigar como o Konrad anda gastando o dinheiro e pra minha surpresa,
ele comprou o Monster Grill, aquele pub perto do Rio Danúbio. Inclusive, ele
bateu em duas mulheres lá, porém a polícia simplesmente fechou os olhos e não
levou a denúncia adiante.
Emese: Pouco me importa o
que o Konrad está fazendo, Gabor. Eu quero o máximo de distância desse garoto.
O mais estranho é ele ter agredido duas mulheres e a denúncia não ter ido pra
frente.
Gabor: Exatamente. Eu tenho
certeza que ele tem costas quentes.
Cena 16 –
Casa de Fatima – Int. - Dia
Fatima está cozinhando algo
em sua cozinha. A Casa é simples e pequena. O cheiro invade toda casa. Ela
começa a lembrar do rosto de Bárbara.
Fatima: Aquela menina… Eu a
conheço de algum lugar, seu rosto, não é estranho. Eu tenho certeza. Seu rosto
vem em minha mente, mas não consigo associar.
Fatima sente um aperto no
peito, misturado com angústia.
Fatima: Que sentimento
esquisito é esse? Alá, dai-me discernimento para entender o que está
acontecendo. Por que o rosto dessa menina fica indo e voltando assim da minha mente…
CORTA PARA
Cena 17 –
Clínica Veterinária – Consultório – INT. – Dia.
Emese e Gabor estão
conversando ainda. Eles estão apreensivos.
Gabor: O seu primo
Konrad não ter sido preso, só mostra que ele é muito bem protegido por alguém.
Emese: Isso me deixa
com um frio na espinha. Eu não sei como posso lidar com ele. Gabor, você
precisava ver, durante a votação do conselho, ele estava zombando da cara de todo
mundo. Ele estava rindo, achando graça, eu realmente não sei o que pensar.
Gabor: Se eu fosse
você, andaria com seguranças. O Konrad está ficando perigoso. Se ele teve
coragem de internar a própria mãe em uma clínica, imagine o que ele não pode
fazer com você.
Emese: Eu não tenho
medo dele. Se ele quiser guerra, ele vai ter. Eu sou Emese Angyal!
Gabor: O Que não
significa nada, gata. Você poderia ser a Kate Middleton, não iria mudar nada.
Emese ignora o que
Gabor acaba de falar e olha fixamente para um ponto no consultório.
Cena 18 –
Delegacia – Sala – INT. – Dia.
O Delegado Orsolya está
olhando pela janela, fumando seu charuto pacientemente. Ele aparenta ter em
torno de 60 anos. Um policial bate a porta.
Policial: Delegado, tem um
jornalista aqui fora querendo falar com o senhor. Segundo ele, é uma conversa
urgente.
Del. Orsolya: Peça para que
entre.
O policial assente e chama
Zóltar que imediatamente adentra a sala do Delegado.
Del. Orsolya: O senhor deve
estar querendo algum furo jornalístico, não é? Mas sinto muito, todas as
investigações são mantidas em sigilo.
Zóltar: Meu nome é Zóltar
Jakab. Sou o diretor do Jornal da cidade.
Del. Orsolya: E qual o
motivo da sua visita?
Zóltar: Quero saber porque a
polícia não está investigando corretamente os últimos assassinatos de cunho
nazista em Budapeste
CORTA PARA:
Cena 19 – Casa
do Senador – Sala. Int
Borbála está tomando um
vinho branco. Ela vai até a mesa ao lado da porta de entrada e verifica as
correspondências. Ela vai folheando cada uma. Sua expressão muda totalmente.
Ela derruba a taça de vinho no chão, a qual faz um eco na sala. Close no que
parece ser um convite de casamento. Borbála abre e fica zonza ao ver.
CONVITE
Que o amor
não dependa do tempo, nem da paisagem, nem da sorte muito menos do dinheiro.
Que ele seja puro e verdadeiro como um diamante e resistente como as raízes de
uma árvore.
Gabor & Vencel
CONVIDAM PARA A CELEBRAÇÃO DE SEU
CASAMENTO
Casarão
NORTH – VIENA, ÁUSTRIA.
Borbála (zonza): Não pode
ser. O Fridrich vai te matar, Vencel.
Cena 20 –
Delegacia – Sala – INT. – Dia.
Del. Orsolya (seco): Assassinatos de cunho nazista?
De onde você tirou essa maluquice? (Risos). Você está procurando coisas aonde
não tem!
Zóltar (incisivo): Será mesmo, delegado? Nos últimos
meses aconteceram atentados e também mortes que deixavam bilhetes e até marcas
nos corpos das vítimas.
Del. Orsolya (mente): Como eu disse anteriormente,
nenhum caso será divulgado. A opinião pública e da imprensa pode dificultar
todo o processo. Agora, se o senhor me der licença, peço que se retire da minha
sala.
Zóltar: Delegado, espero que o senhor não esteja do
lado errado da história. Eu não vou descansar enquanto não descobrir o que está
acontecendo em Budapeste.
Del. Orsolya (sério): Acho que você não vai querer
fazer isso, pelo seu próprio bem.
Zóltar ri e sai da sala. O delegado acompanha com os
olhos a saída do jornalista. Logo em seguida, Orsolya abre a primeira gaveta da
sua mesa e pega um aparelho de celular antigo. Ele digita um número.
Del. Orsolya (Tel.): Alô? Acho que temos uma pedra
no sapato, no momento.
Close no rosto de Orsolya. A cena encerra com um
instrumental e o foco no rosto do delegado
A História não tem conexão real com a realidade.
O preconceito e o ódio jamais deverão ser aceitos em qualquer sociedade! Apologia
ao Nazismo no Brasil é crime previsto no art. 20, da Lei nº 7.716/89 do Código
Penal, que define os crimes
resultantes de preconceito de raça ou de cor.
DENUNCIE!
Fim do Capítulo 6
Obrigado pelo seu comentário!