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BUDAPESTE - CAPÍTULO 10


 Budapeste - Capítulo 10

Budapeste – Hungria, 1975



Cena 01 – Avenida Andrassy – Noite

Melánia e sua melhor amiga Anita andam calmamente pela avenida principal da cidade. Elas estão com vestidos floridos.

Anita: Então, quer dizer que Melánia Angyal está apaixonada pelo Kórnel? (Rindo)

Melánia(corada): Você está confundindo tudo. Eu e o Kórnel somos bons amigos apenas. Nada mais do que isso.

Anita: Não é isso que eu tenho visto por aí. Está todo mundo comentando que vocês dois estão provocando chamas de amores por todas esquinas de Budapeste,

Melánia: Que absurdo! Irei processar todos por estarem difamando meu nome, além disso, a gente nunca se quer trocou um beijo.

Anita: Todos esses meses e vocês não deram um selinho?

Melánia: Exato.

Anita: Amiga, ele é gay.

Melánia (rindo): Claro que não! Ele só é um pouco diferente de todos os homens. Ele é delicado, tem empatia pelos meus sentimentos e sinto que ele não quer só sexo.

Anita: É claro que ele é gay. Se ele nunca tentou uma mão boba… Sinto te decepcionar.

Melánia ri e empurra Anita que cai na gargalhada.

Cena 02 – Mansão Angyal – Sala – Int. – Noite

Melánia chega em sua casa e seu pai está a sua espera fumando um charuto.

Tivador: Por onde esteve, Melánia?

Melánia: Eu estava com a Anita. Nós fomos ao cinema e depois saímos para jantar.

Tivador: Espero que não tenha feito nenhuma besteira. Te esperei para o jantar, mas estou sem fome. A empregada não fez nada de bom.

Melánia: Mas o senhor precisa comer, papai. Sua saúde anda bastante debilitada nos últimos dias.

Tivador: Não é nada. Estou trabalhando demais, é só isso. Um dia todo meu império será seu.

Melánia: Mas antes disso, o senhor irá viver muitos anos, mas pra isso, precisa comer. Bom, vou pro meu quarto.

Melánia beija o rosto do seu pai e sobe as escadas em direção ao seu quarto.

Cena 03 – Mansão Angyal – Quarto de Melánia – Int. – Noite

Melánia joga sua bolsa na cama. Ela senta no banco ao lado da janela e olha para a lua. A luz do luar adentra o seu quarto, criando um efeito de azul lindo. Melánia é acordada do seu transe por um barulho em sua janela. São pedras sendo jogadas, ela olha pra baixo e observa Kórnel acenando pra ela. A jovem abre a janela, o rapaz sobe com dificuldade a parede e entra no quarto.

Melánia (sussurrando): O que você está fazendo aqui? Meu pai te mata se te ver por aqui, Kórnel.

Kórnel (sussurrando): Eu não poderia deixar de ver a razão dos meus belos sonhos. Só de ver o seu rosto, eu já posso sentir que durmo melhor.

Melánia (sussurrando): Você é gay?

Kórnel (grita): O quê?

Melánia (sussurrando): Xiu!!! Fala baixo! Você quer que meu pai nos coloque na forca em praça pública?

Kórnel (sussurrando): Que bobagem é essa de eu ser gay? É claro que não sou! Sou muito homem, com H maiúsculo! De onde você tirou isso?

Melánia (sussurrando): Há meses você não tocou em mim, apenas cantadas. Nem se quer uma mão em falso. Eu como mulher me sinto profundamente ofendida.

Kórnel (sussurrando): Não é isso, Melánia. Eu gosto muito de você, é justamente por isso que eu não quero fazer o que faço com as outras garotas. Sinto que você é a mulher da minha vida.

Kórnel se aproxima de Melánia. Ele beija os lábios dela suavemente

Kórnel (sussurrando): Quero você ao meu lado. Quero construir uma família e ter vários filhos pra montar um time de futebol.

Melánia (sussurrando): Você ficou louco. Essas crianças não vão sair da minha barriga

Eles riem e voltam a se beijar suavemente

Cena 04 – Mansão Angyal – Quarto de Melánia – Int. – Dia

O dia amanhece, Melánia está em sua cama abraçada com o travesseiro. Ela acorda lentamente. Ilona adentra o quarto dela abrindo as cortinas

Ilona: Vamos acordar, Cinderela? O Café da manhã está na mesa.

Melánia: O que você está fazendo aqui? Achei que já estaria na sua casa.

Ilona: O Fryel viajou para Coréia do Sul. Então, resolvi passar mais um tempo com a minha família.

Melánia: O que ele foi fazer na Coréia?

Ilona: Aparentemente, ele foi em uma viagem de negócios.

Melánia: Espero que ele traga muito dinheiro e volte rápido pra você não ficar sem nada o que fazer na sua casa e vir até aqui me perturbar.

Ilona: Esse é o meu papel de irmã mais velha, querida. Agora, anda! Levanta que a mesa do café da manhã já está posta e eu não quero que o papai coma sozinho.

Melánia: Será que não é porque você está com medo do papai saber que agora seu nome é Ilona Bartha e não usa mais o Angyal?

Ilona: Não é nada disso, Melánia. Eu me casei, então é normal que o meu sobrenome mude. Mas sempre serei uma Angyal.

Melánia: Espero que esteja falando a verdade, ou pelo menos esteja tentando se convencer disso.

Melánia puxa Ilona pelo braço e as duas saem do quarto rindo juntas.

Cena 05 – Avenidas de Budapeste – Dia.


O dia em Budapeste está chuvoso e com uma neblina que invade toda a cidade. Corvos voam no céu e cantam seu grito em coro. As avenidas são iluminadas com cores dos carros , apesar do dia estar gélido e cinza.

Cena 06 – Padaria – Cozinha – Int. – Dia

Kórnel está amassando o pão na cozinha. Um senhor que deve ter aproximadamente 80 anos entra em cena.

Miluti: Meu querido, tem uma moça lá na frente dizendo que quer falar com você. Ela é bem bonita.

Kórnel: Ela disse o nome?

Miluti: Não, só disse que te conhecia e pediu pra te chamar.

Kórnel: Obrigado, vovô.


Cena 07 – Padaria - Ext

Melánia está sentada em um banco em frente a Padaria. Kórnel surge com o avental e as mãos sujas de trigo. Ao enxergar Melánia, ele sorri.

Kórnel: Como você me achou aqui?

Melánia: Eu tive ajuda de algumas pessoas. A Anita já tinha me dito que você trabalha aqui.

Kórnel: Desculpa não poder te abraçar, mas estou sujo. Pensei em te ligar, mas não sabia se seu pai estava em casa.

Melánia: Pode ligar a hora que quiser, não se preocupe quanto a isso.

Kórnel: Mas a que devo a honra de sua visita?

Melánia: Bom, pensei em te chamar pra ir na discoteca hoje. A Anita e alguns amigos vão, então… Acho que é uma boa ideia irmos juntos.

Kórnel: Eu topo! Mas só consigo sair daqui depois das 8 da noite.

Melánia: Sem problemas. Te encontro na discoteca, então.

Melánia vai até Kórnel e dá um beijo em sua bochecha. Ela sai de cena e o rapaz leva a mão ao rosto.

Cena 08 – Avenidas de Budapeste


Uma chuva cai na cidade, deixando-a ainda mais cinza. Os sinos das catedrais anunciam a chegada da neblina e da chuva. Os corvos estão no topo gritando em conjunto.

Cena 09 - Angyal Alimentos – Escritório – Int. – Dia.

Melánia abre a porta da sala e seu pai está assinando alguns papéis, enquanto fuma seu cigarro.

Melánia: Fumando novamente, papai? Eu já te disse que isso vai fazer mal pra sua saúde.

Tivador: Me poupe do seu moralismo, Melánia. Estamos nos anos 70! Todo mundo aqui fuma.

Melánia: Então fumar é ser cool?

Tivador: Para uma jovem, você é bem conservadora. Mas me ajude, preciso que leve esses papéis para a Alexandra do RH.

Melánia: Vai fazer cortes?

Tivador: Não, estou colocando você no cargo de Diretora Geral de Marketing. Melánia, já está mais do que na hora de você assumir os negócios da família.

Melánia olha para o pai surpresa.

CORTA CENA

Cena 10 – Padaria – Cozinha – Int. – Dia

Kórnel está colocando uma bandeja de pães no forno para assar. Seu avô chega.

Miluti: Meu filho, quem era a moça que veio te ver? É alguma namoradinha?

Kórnel: Ainda não é nada oficial, mas posso dizer que sim.

Miluti: Fico feliz por você, meu neto. Já estava na hora de se apaixonar. Você tinha que ver o olhar da moça quando ela falou seu nome.

Kórnel: Sério? Não sei nem o que dizer.

Miluti: Apenas invista. Ela parece ser uma moça boa, além de se vestir muito bem, o que me diz que ela tem condições.

Kórnel: E ela tem, mas eu não estou interessado no dinheiro dela. Ah, mas o senhor deve conhecer a família dela. Ela é uma Angyal.

Miluti engole seco e encosta na bancada da cozinha.

Kórnel(surpreso): O que foi, vovô?

Miluti: Meu neto, você sabe que a família dela é de ciganos, não sabe? A mãe dela era uma cigana e casou-se com o Tivador Angyal. Você sabe o que isso quer dizer, não é?

Kórnel (cabisbaixo): Não é justo eu pagar pelos erros da minha família! Eu não tenho culpa se meu pai era um terrorista desgraçado!

Miluti: Meu neto, o seu pai foi responsável por matar o povo dela também. Como você acha que a Melánia e a família Angyal vão reagir?

Kórnel: Talvez ela entenda que eu não sou igual a eles. Eu não quero que ela pense que eu sou um nazista.

Miluti: Então converse com ela.

Miluti dá um tampa no ombro de Kórnel e sai.

ANOITECE EM BUDAPESTE


Cena 11 – Mansão Angyal – Quarto de Melánia – Int. – NOITE

Melánia está se arrumando, quando Ilona chega perto dela.

Ilona: Então a noite hoje será agitada, não é mesmo?

Melánia: Espero que sim. Você acredita que o papai quer que eu assuma toda a empresa? Não era isso que eu queria.

Ilona: Não foi à toa que o papai te mandou logo pra uma faculdade nos Estados Unidos pra estudar Administração. Agora tem que assumir o seu legado, querida.

Melánia: Como você se livrou?

Ilona: Eu simplesmente casei. Resolvi virar dona de casa e deu certo. Agora eu sou uma Bartha.

Melánia: Acho que o papai deve sofrer por não ter conseguido ter tido um filho homem.

Ilona (abraça Melánia): Não penso dessa forma. Ele não mudaria nada, porque ele nos ama. Anda, vai aproveitar a noite que eu quero assistir uns filmes hoje!

Cena 12 – Discoteca – Ext. – NOITE

MÚSICA: HOT STUFF – DONNA SUMMER


Há movimentação na rua da discoteca. Há uma enorme fila de pessoas esperando para entrar no local. Os seguranças avaliam as identidades de cada um, além de inspecionar cada pessoa. Close na fachada da Discoteca. Música dura até a cena 13.

Cena 13 – Discoteca – Int. – NOITE

A sonoplastia ganha força nessa cena. Os jogos de luzes dentro da discoteca fazem um efeito vintage. Pessoas estão dançando e outras estão se beijando. A fumaça dos cigarros invade todo o local. A música segue dominando a cena. A Cam mostra diversos biotipos de pessoas dançando.

Cena 13 – Discoteca – Bar – Int. – NOITE

Melánia, Anita e os outros meninos estão no bar tomando um conhaque.

Anita: Hoje eu só volto pra casa com os varredores de rua, minha filha. Há dias estou precisando me sentir viva.

Melánia: Certo, Diana Ross. Vamos com calma que ainda não são 10 horas.

Anita: Acho que você está muito amarga. É porque o seu querido namoradinho gay não apareceu ainda? Fica tranquila, ele deve ter ficado em casa vendo algum programa de decoração.

Melánia: Você é totalmente insuportável quando quer, Anita. 

Melánia sai pelo meio de todas as pessoas que continuam a dançar. A música ganha mais força cada vez. Ela esbarra em um rapaz, é Kórnel.

Melánia (surpresa): Eu achei que você não viria mais. Vamos pra um lugar mais reservado!

CORTA PARA

Cena 14 – Mansão Angyal – Sala – Int. – NOITE

Ilona está sentada no sofá com um balde de pipoca, seu pai abre a porta da sala.

Ilona: Papai, mas isso são horas de chegar em casa?

Tivador: Eu estava no escritório e depois acabei encontrando um velho amigo. Nós fomos jogar uma sinuca. Cadê o restante das pessoas dessa casa?

Ilona: As empregadas já se recolheram, o Vitor acho que já se recolheu no quartinho. A Melánia foi para a Discoteca.

Tivador: Essa menina não toma jeito. Uma mulher que irá ficar a frente dos negócios da família tendo uma conduta dessas.

Ilona: Papai, a Melánia é jovem! Ela precisa curtir mesmo, além do mais, quem sabe ela não encontra um cara legal e acaba tendo um neto.

Tivador: Espero que isso aconteça o quanto antes, porque se depender de você... Essa família será extinta.

Ilona (sente): Eu acho que o senhor precisa tomar mais cuidado quando for falar certas coisas para as pessoas.

Tivador: E não é verdade, Ilona?

Ilona: O senhor sabe muito bem que eu tive trombofilia durante minhas duas gestações. É injusto querer jogar isso pra cima de mim.

Tivador: Se você não conseguiu ter um filho até agora, significa muita coisa, Ilona. Espero que o seu marido não se canse de você e encontre outra por aí.

Ilona joga o balde de pipoca no chão. Ela pega sua bolsa que está ao seu lado e se dirige em direção a porta.

Tivador: Pra onde você está indo, mocinha?

Ilona (grita): Pra minha casa! Essa aqui deixou de ser minha faz muito tempo e eu não sei o motivo de insistir em vir aqui. Você é tão sórdido com esse discurso. Cansei! Desde a morte da mamãe eu venho me desdobrando pra cuidar dessa família, mas a única coisa que você sabe é criticar!

Tivador: Abaixe seu tom de voz! Enquanto estiver dentro da minha casa, eu exijo respeito. Eu sou seu pai acima de tudo.

Ilona (com raiva): Belo pai! Está mais para doador de semém, apenas! O senhor nunca foi um pai presente, sempre pensando na empresa. Dinheiro não basta! Amor de vez em quando para as suas filhas também é necessário.

Tivador (franzindo a testa): Que rebeldia repentina é essa?

Ilona (desafiadora): Estou farta disso tudo. Boa noite.

Ilona bate a porta com força que faz um eco em toda a sala. Tivador fica ali pensativo.

Cena 15 – Discoteca –  EXT – Noite.

Melánia e Kórnel estão do lado de fora da discoteca. A rua está um pouco iluminada pelas luzes dos postes.

Kórnel: Ainda bem que você me trouxe até aqui para conversar, eu realmente precisava falar uma coisa.

Melánia: Lá estava muito barulho, não iriamos conseguir conversar. Mas o que você tem pra falar?

Kórnel (com tristeza): Melánia, antes de tudo, você é descendente de ciganos?

Melánia (surpresa): Por quê esse tipo de pergunta? Não é como se fosse algo de domínio público essa informação. Minha família sempre guardou bem pra que não afetasse nos negócios.

Kórnel: Me responde, por favor. É só isso que eu te peço.

Melánia (tristeza): Sim, sou. Meu bisavô era artesão e cigano. Durante a época, o governo adotou políticas de assimilação forçada, visando integrar os ciganos à cultura e à sociedade húngaras. Isso incluía esforços para sedentarizá-los, proibir o nosso estilo de vida nômade, além de forçá-los a se adaptar aos padrões sociais dominantes. Infelizmente, isso deu muito certo, minha família até hoje esconde a origem.

Kórnel: Eu sinto muito por isso, de verdade.

Melánia: Mas por que essa pergunta agora?

Kórnel (apreensivo): Melânia, eu tenho uma coisa a dizer. Meu pai fazia parte do exército nazista alemão na segunda guerra... Mas eu não concordo com isso, jamais! Meu avô, aquele senhor que você conheceu hoje na padaria, ele nunca concordou com isso. Assim que ele ficou sabendo que meu pai veio para Budapeste, ele veio em conjunto. Não tem uma noite que eu não sinta o peso das mortes que meu pai cometeu nas minhas costas. (chora) Eu me sinto um monstro.

Melánia (processando as informações): Kórnel, você não é o seu pai! Nós não somos os nossos pais. Temos uma vida inteira pra irmos para caminhos diferente dos deles. Eu não estou falando com seu pai, mas sim com você. Por favor, não pense nisso.

Kórnel (chorando): Me desculpa.

Melánia: Ei! Você não tem o que se desculpar. Estou aqui. Pense no que eu disse.

Melánia abraça Kórnel que retribui o abraço. Uma sombra de um homem invade a calçada. Eles dois percebem e olham diretamente, ainda não é possível ver o rosto do rapaz, mas logo sua face é revelada.

Kórnel (assustado): Você?

Domokos (deboche): Olá, irmãozinho.

Budapeste – Hungria, 2022

Cena 16 – Avenidas de Budapeste

O dia está cinza em Budapeste. A CAM pega a visão panorâmica da cidade. Enquanto a voz do apresentador do telejornal da manhã intercala com as diversas paisagens

Apresentador: O Corpo do ex-delegado Orsolya foi encontrado em seu escritório. Segundo as informações, ele deve ter cometido um suicídio. É importante lembrar que isso acontece logo após ele ser afastado do seu cargo pelo Ministério Público que entendeu que ele estava acobertando crimes de grupos neonazistas na Hungria.

Cena 17 – Mansão Angyal – Sala – Int. - Dia

Emese está na sala vendo algumas correspondências, quando a faxineira aparece entregando uma foto antiga. A foto em questão está amarelada e possui rasuras.

Faxineira: Senhora, Emese, encontrei essa fotografia em um livro na biblioteca. Eu estava limpando a prateleira mais alta da estante e esse livro caiu aberto no chão e essa foto estava dentro dele.

Emese (estranha) É o meu bisavô. Obrigada.

A faxineira assente e volta para os seus afazeres. Close na foto, a qual mostra o avô de Emese abraçado com um outro homem e ambos seguravam um copo de chopp. Na foto, eles estavam rindo e parecia comemorar algo.

Ao virar a foto, estava escrito. “Irmãos rindo da vitória sob a Polônia - setembro de 1939”

Emese fica em choque com a foto ao reconhecer que o avô estava vestido com o uniforme do exército alemão.

Emese (estarrecida): Meu… meu avô…não, não, não!

Madonna - Frozen 


Emese segue pelos corredores e entra diretamente no escritório. A cena está em slow motion. Close em seu rosto que está com misto de diversos sentimentos. Ela chora, senta-se na cadeira e seu grito é abafado pela música que toma conta da cena. Lorenzo aparece na cena e a abraça e tenta entender o que está acontecendo. Emese continua chorando, mas dessa vez nos braços de Lorenzo que acaricia sua cabeça.

A música vai ficando mais poderosa, encerrando a cena com o close no rosto de Emese.

A História não tem conexão real com a realidade. O preconceito e o ódio jamais deverão ser aceitos em qualquer sociedade! Apologia ao Nazismo no Brasil é crime previsto no art. 20, da Lei nº 7.716/89 do Código Penal, que define os crimes resultantes de preconceito de raça ou de cor.

DENUNCIE!

Fim do capítulo 10




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