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O PREÇO A SE PAGAR - capitulo 48

 


Cena 01/igreja/sacristia/int/dia

Beatriz - Você precisa ser forte! Não só pela 

Rebeca, mas por uma outra vida... 

Pedro - O que está querendo dizer com isso? 

Licurgo entra, apressado. 

Licurgo - Desculpe a demora, padre Pedro... 


Licurgo sente um clima tenso no ar. 


Licurgo - Atrapalho? 

Pedro - Não, Licurgo. Tá tudo bem.

Beatriz saí da sacristia. 

Pedro - Vá se aprontar que logo vamos celebrar o 

casamento da Rebeca e do Jeferson. 

Licurgo - Pode deixar que num instante eu tô pronto! 


Cena 02/igreja/corredor/int/dia

Pedro vem atrás de Beatriz, que estava indo embora. 


Pedro - Você não me respondeu à pergunta que te 

fiz.

Beatriz - Deus criou entre vocês uma ligação eterna, 

Pedro. Que nada, nem ninguém, vai conseguir 

destruir. 

Pedro - Seja mais clara, Beatriz. 

Beatriz - A Rebeca está grávida.

Pedro - Grávida? 

Beatriz - De um filho seu, Pedro. Um filho fruto do 

amor de vocês! 


Pedro fica muito abalado. 


Pedro - Não... isso não pode ser verdade! 

Beatriz - E o que você vai fazer agora? 

Pedro - Eu... eu não sei! O que você quer que eu 

faça?

Beatriz - Essa é uma pergunta que você mesmo tem que 

se fazer, Pedro! 


Beatriz vai embora. 


Pedro - (confuso) Grávida?! 


Licurgo aparece, já vestido como coroinha. 


Licurgo - Estou pronto!


Licurgo estranha o jeito de Pedro. 


Licurgo - Tá tudo bem, padre Pedro? O senhor tá 

branco igual uma vela... 


Pedro está inerte, longe, e nem se dá conta da presença e 

da pergunta de Licurgo. 


Pedro - Preciso ter certeza disso!


Pedro saí apressado. 


Licurgo - (sem entender) Aonde o senhor vai, padre?


Cena 03/casa Rufino/quarto Rufino/int/dia

Rufino está sentado na cama. Ele sente um formigamento no 

pé. Aos poucos, com dificuldade, vai conseguindo mexer os 

dedos. Não consegue esconder sua felicidade, emoção. Corta 

para Rufino de pé, perto da cama. Com receio, mas coragem, 

apoiando-se, um pouco desequilibrado, dá um passo, após 

outros, mas perde as forças e senta de volta na cama. Um 

sorriso gigante aparece em seu rosto.


Rufino - Assim como você fez encontrando o 

diamante, Tarcísio Meira, eu faço agora, 

sentindo minhas pernas, voltando andar... (grita) Yesssss!


Cena 04/quarto Tina/int/dia

Basileu dorme. Instantes. Até que acorda assustado, com o 

grito de Tina.


Basileu - Tina! 


Basileu vê Tina sentada no chão do banheiro, chorando. Ele 

corre até ela. 


Cena 05/quarto Tina/suíte/int/dia

Basileu se aproxima de Tina, muito preocupado.


Basileu - Que foi, meu amor?


Tina, muito desesperada, chorando sem parar, mostra sua mão 

ensanguentada.

 

Tina - Estou sangrando! 


Basileu se assusta. 


Basileu - Vamos pro hospital... vai ficar tudo bem!


Basileu pega Tina no colo e a leva pra fora do quarto.


Cena 06/casa Rufino/frente/ext/dia

Rufino abre a porta. É Vladimir. 


Rufino - Você, seu velho louco! O que quer? 


Vladimir sopra uma língua de sogra na cara de Rufino. 


Vladimir - Você vai se ferrar... vai se ferrar...

Rufino - Por que está dizendo isso?

Vladimir - Ela está de volta. Apareceu a Margarida...

Rufino - De quem está falando, seu biruta? 

Vladimir - Veio do paraíso, mas não trouxe o Adão. A 

Eva tá lá em casa. Mas não tá pelada não. Tá 

vestida... 

Rufino - (surpreso) A Eva tá viva? 


Vladimir, em surto, saí cantando, dançando.


Cena 07/casa Rufino/escritório/int/dia

Rufino, bravo, nervoso, no celular. 


Rufino - (cel.) Guto... apareça aqui agora!


Corta para Guto e Rufino conversando. 


Guto - Aconteceu alguma coisa?


Rufino se aproxima mais de Guto e lhe dá um tapa. 


Rufino - (tom) Seu incompetente! 

Guto - O que houve? 

Rufino - A Eva pode estar viva!

Guto - (reage) Viva? Como assim? 

Rufino - Eu preciso saber se aquele velho biruta, 

pai do Patrício, está falando a verdade. Ele

veio aqui, dizendo que a Eva está lá na casa 

dele.

Guto - O senhor vai acreditar num homem louco? Já 

fiquei sabendo que ele acha que é Napoleão 

Bonaparte...

Rufino - Já que existe a possibilidade dela estar 

viva, preciso de ter essa confirmação. 

Guto - Isso é impossível. Aquelas duas estão 

ardendo no inferno uma hora dessas...

Rufino - Não vou arriscar diante dessa dúvida. Vá 

até a casa do Patrício e veja se ela 

realmente está lá. 

Guto - E se ela tiver? Posso dar um jeito nela?

Rufino - Não! Agora quem vai dar um jeito na Evasou 

eu. Você não foi competente pra fazer da 

primeira. Não vou confiar pela segunda.

Guto - Já provei que faço bem feito os serviços 

que o senhor manda. 

Rufino - Mas dessa vez falhou!

Guto - Todo mundo falha uma vez na vida, oras... 

Rufino - Não discuta comigo, seu idiota! Assuma seu 

erro. Agora cala a boca e me escuta: você 

vai trazê-la até aqui e eu mesmo vou me 

livrar dela. E será pra sempre!


Cena 08/hospital/sala espera/int/dia

Basileu, muito agitado, espera notícias de Tina. Até que um 

médico aparece e Basileu se aproxima dela. 


Basileu - Eu preciso de notícias da minha namorada.

Médico - Qual é o nome dela?

Basileu - Tina... ela foi levada pra sala de 

exames.../


Médico olha em uma papelada que carrega. 


Médico - Ah, sim. Já fizemos um exame e foi apenas 

um sangramento. Mas nada que colocou em 

risco a vida dela e a do bebê! 


Basileu reage.


Basileu - (surpreso) Bebê? 

Médico - (sem graça) Você não sabia que ela estava 

grávida? 

Basileu - Quando ela vai ter alta? 

Médico - Ela vai passar a noite aqui. E pela manhã 

eu lhe dou alta... (se afastando) com 

licença. 


Médico se afasta. Basileu fica furioso.


Cena 09/hospital/enfermaria/int/dia

Tina está virada de lado, pensativa. Até que sente a 

presença de alguém do seu lado e vira-se, dando de cara com 

Basileu. 


Tina - Que susto, meu amor...

Basileu - (tom) Você me traiu, Tina! 


Tina reage. Basileu sério.


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FIM DO CAPÍTULO 48





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