MARÉ ALTA
CAPÍTULO 8
Criada e escrita por: Luan Maciel
Produção Executiva: Ranable Webs
CENA 01. VILA DOS PESCADORES. ASSOCIAÇÃO. EXTERIOR. TARDE
Continuação imediata do capítulo anterior. A associação continua pegando fogo de uma forma descontrolada. CASSIANO vão se sentindo cada vez mais impotente diante dessa situação. Nesse momento SANDOVAL chega até o local e fica em choque ao ver o que está acontecendo.
Sandoval — (surpreso) Cassiano…. O que foi que aconteceu aqui? Como assim a associação está pegando fogo? Isso é surreal.
Cassiano — Até agora eu não sei o que foi que aconteceu, Sandoval. A Lívia entrou para pegar algo dentro da associação e foi aí que o fogo começou. Eu não consigo entrar.
Sandoval — A Lívia está lá dentro? Alguém precisa fazer alguma coisa. A minha filha não pode morrer assim. Eu não vou deixar.
Cassiano — (confuso) Do que você está falando, Sandoval? Como assim a Lívia é sua filha?
SANDOVAL demonstra muito medo. CASSIANO percebe que há verdade nas palavras que SANDOVAL está falando.
Sandoval — Eu prometo que te explico isso mais tarde. Mas me ajude a salvar a Lívia.
Cassiano — É claro que eu vou ajudar, Sandoval. Eu amo a Lívia. E eu não vou deixar que morra desse jeito. Mas nós temos que ser rápidos.
CASSIANO e SANDOVAL começam a jogar vários baldes de água para tentar apagar o fogo, mas sem sucesso.
Sandoval — Isso não está dando certo. O fogo está se alastrando cada vez mais. Só nós dois não vamos conseguir ir apagar esse incêndio.
Cassiano — Eu não vou desistir, Sandoval. Não agora que eu encontrei a Lívia. Eu vou salvar ela.
CASSIANO não desiste. O fogo vai ficando incontrolável.
CORTA PARA/
CENA 02. CASA DE TOM. SALA DE ESTAR. INTERIOR. FIM DE TARDE
ANA ROSA está se servindo uma taça de champanhe a a felicidade presente em seu rosto é evidente. A vilã toma um gole de champanhe bem satisfeita. A porta da casa se abre e podemos ver TOM entrando. Ele estranha o jeito animado de ANA ROSA. TOM sente que algo está errado.
Tom — (ríspido) O que foi que você fez, sua cadela? E não adianta você querer mentir para mim. Eu sei que você fez alguma coisa.
Ana Rosa — Que espécie de acusação é essae, meu gato? E porque você acha que eu fiz alguma coisa? Isso me deixa muito decepcionada.
Tom — Não me provoca, Ana Rosa. Você não sabe do que eu sou capaz. Fala de uma vez.
Ana Rosa — Você que não sabe do que eu sou capaz, Tom. Eu disse para você o que eu queria, mas você me negou. Então eu mandei uma pessoa fazer. Daqui a pouco tempo a Lívia não vai ser mais um problema para mim.
TOM fica abismado com o que houve. Ele se enfurece.
Tom — Você ficou louca sua desgraçada? Parece que você não pensa, Ana Rosa. Se alguma coisa acontecer com a Lívia nós dois seremos suspeitos. Você é uma imbecil.
Ana Rosa — Eu não sou imbecil. Eu não ia deixar a Lívia continuar andando por aí com o Cassiano. Ele ainda vai ser meu.
Tom — Eu deveria te dar uma surra agora mesmo. Escuta uma coisa, Ana Rosa. Se eu me complicar por causa dessa história eu juro que eu mato você. Você me ouviu?
ANA ROSA tenta se insinuar para TOM. Ele recusa.
Tom — Isso não vai adiantar, Ana Rosa. Nem mesmo esse seu corpo bonito né atraí mais.
Ana Rosa — (fora de si) Você vai me pagar por isso, Tom. Você sr arrepender de me recusar.
TOM sobe as escadas de sua casa. ANA ROSA o observa.
CORTA PARA/
CENA 03. VILA DE PESCADORES. ASSOCIAÇÃO. INTERIOR. FIM DE TARDE
O fogo está destruindo tudo que encontra pela frente. LÍVIA está ficando cada vez mais sem esperança. Ela começa a tossir. Do lado de fora ela consegue ouvir as vozes de CASSIANO e SANDOVAL que estão tentando salvar ela. LÍVIA tenta manter a esperança, mas está muito difícil.
Lívia — (gritando) Socorro! Eu não quero morrer.
Cassiano — (voz) Lívia… Eu vou te salvar. Eu não desistir enquanto eu não te tirar daí. Eu juro.
Lívia — Cassiano… Socorro. Por favor me ajude.
O fogo vai ficando cada vez mais denso. LÍVIA não consegue mais respirar. Ela vai perdendo as suas forças.
Lívia — (perdendo a consciência) Cassiano….
LÍVIA desmaia no meio do incêndio. A sua vida está em risco.
CORTA PARA/
CENA 04. PORTO DA AREIA. PRAÇA. EXTERIOR. FIM DE TARDE
Em plano aberto a câmera acompanha ROSELI que vai andando sem ter para onde ir. O seu semblante é de muita tristeza. Como ela estava perdida em seus pensamentos ROSELI não percebe o PREFEITO ANÍBAL vindo em sua direção. Eles acabam se esbarrando e se olham.
Prefeito Aníbal — (sem acreditar) Roseli? É você mesma? Eu não estou acreditando que depois de todos esses anos você está de volta a Porto da Areia. Isso é tão bom.
Roseli — Aníbal…. Quanto tempo que a gente não se vê. Graças a Deus eu te encontrei. Eu não sei mais o que fazer. Só você pode me ajudar.
Perfeito Aníbal — O que foi que aconteceu com você, Roseli? Você parece bem triste.
Roseli — É uma longa história, Aníbal. Mas eu preciso de um trabalho para me restabelecer. Eu sei que a gente não se vê há muito tempo, mas é só com você que eu sei que eu posso contar.
O PREFEITO ANÍBAL esboça um sorriso para ROSELI.
Prefeito Aníbal — É claro que eu vou te ajudar, Roseli. Eu estava mesmo buscando uma governanta para a minha casa. Se você quiser o emprego é seu. É só você aceitar.
Roseli — Eu nem sei como agradecer, Aníbal. Eu sempre vou ser grata a você por esse gesto.
Prefeito Aníbal — Você não tem nada que me agradecer, Roseli. É um prazer em ajudar uma velha amiga. Vamos até a minha casa. Eu quero te apresentar as minhas filhas.
ROSELI dá um forte abraço no PREFEITO ANÍBAL. Eles ficam se olhando em silêncio. ROSELI sai do abraço.
Roseli — (sem jeito) Me desculpa, Aníbal. Eu não sei porque eu fiz isso. Eu sinto muito.
O PREFEITO ANÍBAL não diz nada. Ele e ROSELI vão caminhando um ao lado do outro. Eles se olham de novo.
CORTA PARA/
CENA 05. SOBRADO DE ANÍBAL. SALA DE ESTAR. INTERIOR. FIM DE TARDE
CLARICE está na sala ainda relembrando o encontro que ela teve com SANDOVAL. Nesse momento a porta se abre e BABY entrs totalmente irritada. CLARICE sente um forte cheiro de peixe vindo de sua irmã. BABY vai ficando cada vez impaciente enquanto CLARICE olha para sua irmã.
Clarice — O que foi que aconteceu com você, Baby? Da onde é que está vindo esse cheiro? Parece que você veio pelo mar.
Baby — (irritada) Eu não quero falar sobre isso, Clarice. Eu também não estou com tempo para a suas gracinhas. Eu só quero tomar um banho. E esquecer o que aconteceu.
Clarice — Porque você está tão irritada, Baby? Eu sinto que você está escondendo alguma coisa. Mas se não quer falar tudo bem.
Baby — Assim que eu cheguei um pescador nojento esbarrou em mim. E olha como eu fiquei. Isso é um absurdo total.
BABY fica andando de um lado para o outro bem irritada. CLARICE se levanta e fica sorrindo para BABY.
Clarice — Porque você está tão irritada, Baby? Até parece que você gostou desse encontro.
Baby — Você está de brincadeira, Clarice? Eu odiei encontrar aquele pescador imundo. Foi por isso que eu não queria voltar para cá.
Clarice — Quem você está querendo enganar, Baby? Eu te conheço melhor que qualquer um. Eu sei que você sentiu algo diferente.
BABY fica ainda mais irritada.
Baby — (nervosa) Eu não quero mais falar sobre isso, Clarice. Eu vou para o meu quarto.
BABY sai da sala de estar e ela está bastante incomodada. A câmera mostra um sorriso maroto no rosto de CLARICE.
CORTA PARA/
CENA 06. VILA DOS PESCADORES. RUA. EXTERIOR. FIM DE TARDE
CLOSE em ENRICO que vem andando pela rua com muita pressa. Nesse momento ele acaba de encontrando com FRANCHICO que está vindo em sua direção. O olhar de ENRICO é de muita raiva. Ele o olha com ódio.
Enrico — (com raiva) É melhor você sair da minha frente, Franchico. Você não pode imaginar a raiva que eu estou sentindo. Sai agora.
Franchico — Eu não tenho nada contra você, Enrico. Eu eoans quis provar agora o Sandoval que você estava querendo jogar sujo nós.
Enrico — E o que você quer comigo, Franchico? Já não basta ter feito a minha caveira não?
Franchico — O Sandoval pediu para que eu trouxesse um dinheiro para você. Não é grandes coisas, mas dá para ajudar um pouco.
FRANCHICO entrega um valor em dinheiro para ENRICO. Ele pega o dinheiro e joga na cara de FRANCHICO.
Enrico — Eu não preciso de esmola. Pega esse dinheiro e diga exatamente isso para o Sandoval. Eu vou desmoralizar vocês dois.
Franchico — O que tem de errado com você, Enrico? Tudo o que eu e o Sandoval queremos é te ajudar. Porque você é tão ingrato assim?
Enrico — Eu não preciso da ajuda de vocês. Eu nunca precisei e não vou precisar agora.
FRANCHICO fica sem saber o que dizer. ENRICO o encara.
Franchico — Você teve a chance de fazer a coisa certa, Enrico. Mas você prefere ser assim.
Enrico — Não me interessa o que você acha de mim, Franchico. A partir de hoje acaboyun pouco do respeito que eu tinha por você.
ENRICO vai embora. FRANCHICO fica recolhendo o dinheiro que está no chão. Ele acha estranho o jeito de ENRICO.
CORTA PARA/
CENA 07. VILA DOS PESCADORES. ASSOCIAÇÃO . EXTERIOR. FIM DE TARDE
O silêncio continua tomando proporções gigantescas. CASSIANO e SANDOVAL tentando apagar o incêndio. Eles vai recebendo ajuda de vários moradores e pescadores da região. A câmera fica em no olhar de desespero de CASSIANO. Ele está cada vez mais apavorado.
Cassiano — (angustiado) Nós precisamos fazer alguma coisa, Sandoval. Cada segundo quebse passa a Lívia corre mais perigo.
Sandoval — O que nós podemos fazer, Cassiano? Os bombeiros já foram chamados. Até eles chegarem não podemos fazer mais nada.
Cassiano — Quando eles chegarem aqui pode ser tarde demais. E eu não vou deixar isso acontecer. A Lívia arriscou tudo para me salvar em alto mar. Eu vou fazer o mesmo.
Sandoval — Cassiano…. Você não pode fazer isso. É muito arriscado. Você pode morrer.
CASSIANO não se importa. Ele corre na direção da associação que está pegando fogo. Ele está decidido.
Cassiano — Lívia!!! Eu vou te salvar. Eu prometo.
CASSIANO começa a chutar a porta da associação. Depois de muitas tentativas ele consegue arrombar a porta.
Sandoval — (suplicando) Saí daí, Cassiano. Isso é muito perigoso. Você acabar morrendo.
Cassiano — Eu não tenho escolha, Sandoval. Eu não posso ficar parado e ver a Lívia morrer.
CASSIANO entra dentro do incêndio. SANDOVAL e todos os presentes ficam espantados. Uma explosão é ouvida.
CORTA PARA/
CENA 08. GRUPO “PESCADOS MARÍTIMOS”. SALA DE GREGÓRIO. INTERIOR. FIM DE TARDE
Dentro da sala GREGÓRIO está em uma reunião com TOM e alguns outros diretores da empresa. Nesse momento uma SECRETÁRIA entra na sala sem avisar o que deixa GREGÓRIO muito furioso. A SECRETÁRIA fica parada na frente de GREGÓRIO que está furioso.
Gregório — O que você pensa que está fazendo? Quantas vezes eu já disse que eu não gosto de ser interrompido quando estou em reunião? Agora saia daqui imediatamente.
Secretária — Eu sei muito bem disso, senhor Gregório. Mas o assunto é muito urgente. Não pode esperar. É sobre a sua neta. A Lívia.
Tom — O patrão já disse que não quer ser incomodado. Você não ouviu? Vai embora.
Geegroio — (impaciente) Fale vez o que você quer. Eu não tenho tempo para perder com bobagens. Depois daí da minha presença.
A SECRETÁRIA respira fundo. Ela olha para GREGÓRIO.
Secretária — A associação que a sua neta trabalha parece que está pegando. E pelas notícias a Lívia está lá dentro. Ela está em perigo.
Gregório — Que espécie de brincadeira é essa? Você está querendo ser demitida? Fala logo.
Tom — Está na cara que essa secretária está mentindo, Gregório. Ela merece ser punida.
A SECRETÁRIA fica com medo. GREGÓRIO se levanta.
Gregório — (sério) Eu vou tirar essa história a limpo. E quanto isso você vai continuando aquilo que estávamos falando, Tom.
Tom — Pode deixar comigo, Gregório. Pode considerar isso como feito. Eu garanto.
GREGÓRIO sai de sua sala com muita pressa. Depois que ele sai TOM lança um olhar malicioso para a SECRETÁRIA.
CORTA PARA/
CENA 09. CASA DE ZÉ BATALHA E ONDINA. SALA. INTERIOR. FIM DE TARDE
CLOSE em AÇUCENA que está sentada no sofá da sala. Logo depois ONDINA vem trazendo uma xícara de café para AÇUCENA e elas começam a conversar de uma maneira bem amistosa. AÇUCENA está com o semblante triste e ONDINA percebe a tristeza no olhar de sua amiga.
Ondina — O que foi que aconteceu com você, Açucena? Não precisa dizer absolutamente nada. Foi o Enrico. Ele te maltratou não foi?
Açucena — (triste) Eu sei que o meu marido não faz isso por mal. No fundo ele me ama. O que eu preciso fazer é entender esse jeito dele.
Ondina — Eu não estou ouvindo isso. Você realmente acredita nisso, Açucena? Eu sinto muito te falar isso, mas o Enrico é um homem que não se importa com ninguém.
Açucena — No fundo eu sei que você está certa, Ondina. Mas o meu coração não acredita.
AÇUCENA bebê um gole do café. ONDINA a confronta.
Ondina — Eu não consigo te entender, Açucena. O Enrico você te humilhando e você defende ele com unhas e dentes. Porque você faz isso? Você é melhor que do que isso.
Açucena — Eu não tenho certeza disso, Ondina. A minha vida sempre foi ao lado do Enrico. Eu não sei o que vai seria de mim sem ele.
Ondina — Eu não vou dizer o que você precisa fazer, Açucena. Mas você merece mais do que ser maltratada todos os dias.
AÇUCENA fica pensativa. Ela não sabe o que deve fazer.
Açucena — (entristecida) Eu te agradeço por me ouvir, Ondina. Mas agora eu preciso ir embora. Quero estar em casa antes do Enrico chegar. Ele não gosta que eu saia.
Ondina — Você não tem nada que agradecer, Açucena. Nós somos amigas. E eu espero que você leve em consideração o que eu te falei. Você merece alguém que te ame.
AÇUCENA coloca a xícara de café sobre a mesa. Ela e ONDINA se cumprimentam. AÇUCENA vai embora.
CORTA PARA/
CENA 10. MANSÃO DA FAMÍLIA ASSUNÇÃO. SALA DE ESTAR. INTERIOR. FIM DE TARDE
ELEANOR está adentrando na sala de estar da mansão quando ela fica surpresa ao ver que DIRCEU e EULÁLIA estão parados esperando por ela. ELEANOR se aproxima deles com um olhar de preocupação. DIRCEU e EULÁLIA se olham bastante apreensivos. ELEANOR fica muito tensa.
Eleanor — (séria) O que foi que aconteceu dessa vez? Não adianta tentar me enganar. Eu estou sentindo que querem me dizer algo.
Dirceu — A senhora tem razão, dona Eleanor. Bo começo eu fui contra. Eu não queria incomodar a patroa com esse tipo de assunto, mas a Eulália me convenceu que era a cosia certa s ser fazer.
Eleanor — Do que você está falando, Dirceu? Vocês estão me deixando preocupada. Falem logo.
Eulália — Eu ouvi uma conversa do seu Gregório com o Tom e eles estavam dizendo que tem um empreendimento que vai destruir com a vila de pescadores. Isso é algo muito sério.
ELEANOR fica em choque. Ela fica totalmente sem reação.
Eleanor — Você tem certeza do que está falando, Eulália? Essa acusação é muito séria. Se isso for verdade o Gregório foi longe demais.
Eulália — Infelizmente eu tenho certeza, dona Eleanor. Eu sei bem o que eu ouvi.
Dirceu — O que a senhora pretende fazer, patroa?
Eleanor — Eu não vou mais ficar calada diante de todas as atrocidades que o Gregório faz. Ele não vai fazer essa injustiça. Não vou deixar.
ELEANOR está decidida. DIRCEU e EULÁLIA se preocupam.
Eulália — (preocupada) Toma cuidado, dona Eleanor. Eu fico com receio do que o patrão possa fazer com a senhora.
Eleanor — Não se preocupe com isso, Eulália. Com o Gregório eu me resolvo. Agora eu preciso ir. Eu vou tirar essa história a limpo.
ELEANOR sai da mansão totalmente certa do que fazer. A câmera foca no olhar sério de DIRCEU e EULÁLIA.
CORTA PARA/
CENA 11. VILA DOS PESCADORES. CASA DE ENRICO E AÇUCENA . SALA. INTERIOR. FIM DE TARDE
A câmera mostra que alguém está girando a maçaneta da porta. Logo depois ENRICO entra em sua.casa e ele fica totalmente surpreso com a presença de ANA ROSA em sua frente. A vilã está com um sorriso diabólico em seu rosto. ENRICO vai se aproximando dela a passos lentos.
Ana Rosa — (ardilosa) Pelo o jeito do seu rosto você fez mesmo aquilo que eu te pedi. Assim que eu gosto Enrico. Que siga as minhas ordens.
Enrico — Olha a situação em que você me colocou, Ana Rosa. Eu quase fui pego. Isso foi arriscado. Eu nunca mais faço nada disso.
Ana Rosa — Porque você está reclamando tanto assim, Enrico? Tudo deu certo no final.
Enrico — Agora eu quero o meu pagamento. E não adianta você tentar fugir não. Eu quero passar a noite de hoje com você.
ANA ROSA começa a gargalhar. ENRICO não entende nada.
Ana Rosa — Você achou mesmo que eu iria me deitar com você, Enrico? Como você é iduota. Eu apenas te usei para fazer o que eu queria.
Enrico — Eu não sou idiota, Ana Rosa. Você não vai em fazer de otário e me prejudicar.
Ana Rosa — Você foi muito fácil e enganar. E o melhor de tudo é que ninguém vai poder me ligar a esse incêndio. A Lívia vai morrer e finalmente eu ficarei com o Cassiano.
ENRICO entende a armadilha que ele acabou caindo.
Enrico — (sério) Então esse era o seu plano desse o começo. Mas eu vou dizer que não vai funcionar, Ana Rosa. Ante de fugir da associação eu vi que o Cassiano e o Sandoval estavam fazendo de tudo para apagar o incêndio. O seu plano vai falhar.
Ana Rosa — Isso não pode ser possível. Eu vou ter que até lá para garantir que aquela maldita da Lívia não consiga sair viva do incêndio.
ANA ROSA sai com muita pressa da casa de ENRICO. Ele fica bastante preocupado com o rumo que tudo irá tomar.
CORTA PARA/
CENA 12. PORTO DA AREIA. PRAÇA. EXTERIOR. FIM DE TARDE
Em plano geral vemos que a van da casa de repouso vai estacionando em uma loja em frente a praça da cidade. O MOTORISTA da van entra na loja. Logo depi a parte de trás da van é aberta. Nesse instante LENITA aproveita a sua oportunidade para conseguir fugir. Ela está muito tensa.
Lenita — (admirada) Porto da Areia…. Parece que foi ontem que eu fui parar naquela casa de repouso. Mas agora eu espero livre. Tudo o que eu mais quero é saber onde está o meu filho. E só uma pessoa pode me ajudar.
LEBITA percebe que o motorista da van está voltando da loja. Ela consegue se esconder. A van vai embora deixando LENITA cada vez mais aliviada. Ela parece mais leve.
Lenita — Eu tenho que encontrar a Fátima. Só ela pode saber onde o meu filho possa estar.
A câmera mostra que LENITA começa a andar pela cidade se sentindo cada vez mais livre. Ela vai na direção da praia.
CORTA PARA/
CENA 13. VILA DE PESCADORES. ASSOCIAÇÃO. INTERIOR. FIM DE TARDE
O fogo está destruindo tudo que encontra pelo caminho. A estrutura da associação está quase ruindo. CASSIANO anda pelo incêndio procurando por LÍVIA. A casa passo que CASSIANO dá o seu desespero aumenta. Depois de muito procurar ele acaba encontrando LÍVIA que está desacordada.
Cassiano — (desesperado) Lívia…. Por favor acorda. A gente precisa sair desse inferno rápido.
CASSIANO balança LÍVIA e ele acacaba respondendo. Ela vai abrindo os olhos e fica surpresa ao ver CASSIANO.
Lívia — Cassiano? É você mesmo? Você ficou louco? A gente vai morrer. Você precisa sair daqui agora mesmo. Você precisa se salvar.
Cassiano — Eu não vou a lugar nenhum sem você, Lívia. Eu vim te tirar desse inferno em chamas. Eu não posso ver você morrer e não fazer absolutamente nada. Vem comigo.
Lívia — E como a gente vai sair desse incêndio, Cassiano? Para todo lugar que eu olho o fogo está incontrolável. Eu estou com medo.
CASSIANO segura as mãos de LÍVIA bem forte.
Cassiano — (firme) Eu de que você está com medo, Lívia. Mas eu quero saber se confia em mim. Porque nós vamos sair daqui juntos.
Lívia — É claro que eu confio, Cassiano. Você é o homem que eu amo. Vamos sair daqui.
CASSIANO e LÍVIA se olham. Eles dão as mãos. Sem pensar duas vezes os nossos protagonistas correm em direção a porta de saída. A estrutura da associação cede totalmente.
CORTA PARA/
CENA 14. PORTO DA AREIA. PENHASCO. EXTERIOR. FIM DE TARDE
Um carro está parado perto do penhasco. E perto do carro está TOM que está com um semblante enigmático. Logo depois outro carro vem se aproximando do penhasco. De dentro do carro sai o DELEGADO PRAXEDES que vai caminhando na direção de TOM que o confronta.
Delegado Praxedes — (intrigado) Eu pensei que quem iria me encontrar aqui seria o Gregório. É somente com ele que eu vou falar falar. Eu não tenho nada para dizer para você, Tom. Por isso eu vou embora.
Tom — Você tem certeza disso, Praxedes? Em seu lugar eu não iria embora antes de ouvir o que eu tenho para falar.
Delegado Praxedes — O que você pode ter para falar que podia me interessar, Tom? Você pode enganar o Gregório, mas a mim não.
Tom — Ótimo. Assim pode ser mais transparentes. (P) Gregório mandou te entregar uma quantia para você sumiu da cidade. Mas eu tenho outra coisa em mente.
TOM vai caminhando cada vez mais para a bebida do precipício. O DELEGADO PRAXEDES fica bastante aflito.
Delegado Praxedes — Fala logo de uma vez o que você quer, Tom. Eu não tenho tempo para perder com alguém igual você.
Tom — Igual a mim? Você acha que sabe alguma coisa, mas não sabe de nada, Praxedes.
Delegado Praxedes — É aí que você se engana, Tom. Eu sei que você está envolvido no desvio de uma pequena fortuna da Pescados Marítimos. E eu sei também que você é o Gregório querem destruir a vila de pescadores para ganhar muito dinheiro.
TOM fica em uma situação complicada. O vilão se sente cada vez mais encurralado. Ele cerca o DELEGADO PRAXEDES.
Tom — (frio) É uma pena que você não vai estar vivo para dizer nada disso agora alguém.
Delegado Praxedes — Do que você está falando, Tom? É melhor você ficar longe de mim.
Tom — Eu não posso deixar você vivo, Praxedes. Você é uma ponta solta. Adeus, seu maldito.
Sem muito pensar TOM empurra o DELEGADO PRAXEDES do penhasco o matando na hora. O vilão sorri bem satisfeito.
CORTA PARA/
CENA 15. VILA DOS PESCADORES. ASSOCIAÇÃO. EXTERIOR. FIM DE TARDE
A câmera mostra SANDOVAL e outros pescadores lutando bravamente contra o incêndio. O corpo de bombeiros chega até o local e vão colocando fim a essa tragédia. Nesse momento CASSIANO e LÍVIA saem de dentro da associação que está destruída. Nesse momento quem também chega é GREGÓRIO que fica na frente de CASSIANO e LÍVIA.
Gregório — (em choque) Lívia…. Graças a Deus você está bem, minha neta. Assim que eu soube o que tinha acontecido eu vim para cá.
Lívia — O que você veio fazer aqui? Repudiar da destruição da associação? Era isso o que você tanto queria. Eu perdi tudo.
Cassiano — Você não tem nada o que fazer aqui, Gregório. Você não está vendo o estado a Lívia? Ela precisa ir para o hospital agora.
Gregório — Isso é tudo culpa sua, maldito. Se você não tivesse aparecido nada disso estava acontecendo. Eu deveria acabar com você.
GREGÓRIO pensa agredir CASSIANO. SANDOVAL o impede. Eles ficam se encarando enquanto todos olham.
Sandoval — Você não vai fazer isso, Gregório. Ou quer que todos saibam sobfe segredos do passado que prometos deixar escondidos?
Gregório — Nunca mais me ameace seu pescador imundo. Eu ainda vou acabar com você.
Lívia — Vono você pode ser tão desprezível assim? Eu não quero nunca mais te ver. Eu sirbi tanta vergonha de ser sua neta.
GREGÓRIO olha com muito ódio para todos.
Gregório — (furioso) Eu estava preocupado com você, Lívia. É assim que você me agradece? Mas agora eu vou destruir com vocês um por um. Eu vou varre essa vila do mapa.
Cassiano — Ninguém aqui tem medo das suas ameaças, Gregório. O seu lugar não é aqui. Eu vou proteger a Lívia de tudo que você faça. Quem me garante que não foi você que mandou colocar fogo na associação?
O silêncio se faz presente. LÍVIA se aproxima de seu avô. Ela e GREGÓRIO trocam olhares de muita mágoa e seriedade.
A imagem congela no olhar sério de LÍVIA. Aos poucos uma onda invade a tela dando efeito e encerrando o capítulo.
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