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FAÇA A SUA SORTE. CAPÍTULO 06



CENA 01. MANSÃO DE PATY. INT. NOITE

Romina, furiosa, tenta argumentar com Paty, enquanto Juliano observa a tensão no ambiente.


Romina - (irritada) Você não pode simplesmente nos expulsar assim, Paty! 

Paty - (firme) Romina, eu já tomei minha decisão. Não há mais o que discutir.

Romina - (desesperada) Por favor, Paty, eu imploro. Não nos deixe na rua!

Paty- (irredutível) Eu não estou te deixando na rua, Romina. Estou apenas pedindo para que vocês deixem esta casa.

Romina - (ajoelhando-se) Por favor, tia. Deixe-nos ficar pelo menos mais uma noite. Max está passando por um momento difícil. Ele teve uma crise de ansiedade severa e precisa de tempo para se recuperar.


Juliano olha Romina com piedade.


Juliano - (intervindo) Por favor, Paty. Deixe-os passar esta noite aqui.

Paty - (pensativa) Está bem. Mas é só por esta noite. Amanhã vocês precisam ir embora.

Romina - (agradecida) Eu agradeço, mesmo diante dessa humilhação que acaba de me fazer passar, titia.

Paty - (séria) Não precisam agradecer. Amanhã cedo quero vocês fora daqui.


Romina olha Juliano dos pés a cabeça e se retira.


CENA 02. MANSÃO DE GERSON. QUARTO PRINCIPAL. MANHÃ

Marsala acorda, indo ao banheiro da suíte para lavar o rosto. Ao retornar, percebe que Gerson ainda está dormindo. Ela estranha, pois ele geralmente acorda antes dela. Marsala se aproxima da cama e tenta acordá-lo com carinho.


Marsala - (gentilmente) Gerson? Querido, está na hora de acordar.


Marsala percebe que Gerson não responde e começa a ficar preocupada. Ela o chacoalha levemente, mas não há resposta.


Marsala - (nervosa) Gerson, por favor, acorde. Isso não é engraçado.


Ao tocar no corpo de Gerson, Marsala percebe que ele está frio e imóvel. Seu coração dispara e ela começa a entrar em pânico.


Marsala - (assustada) Gerson, para de palhaçada. Abre esse olho, levanta dessa cama. Eu estou realmente ficando assustada.


Marsala volta a toca-lo e fica ainda mais desesperada.


Marsala - (desesperada) Não, isso não pode estar acontecendo! Deus, por favor, não o leve de mim! Eu o amo, apesar de tudo!


Marsala tenta desesperadamente reanimar Gerson, fazendo massagem cardíaca e respiração boca a boca. Suas lágrimas misturam-se com a água do rosto enquanto ela implora por um milagre.


Marsala - (entre soluços) Por favor, Gerson, volte para mim. Eu não sei viver sem você. Por favor! Gerson, meu amor, por favor, não me deixe! Lembra de quando dançamos juntos naquela festa, das nossas guerras de travesseiro... ? Você me fez sentir tão amada...


Ao falar, Marsala é tomada por flashes de momentos felizes: danças, viagens, risos. Ela aperta a mão de Gerson com mais força, como se isso pudesse trazê-lo de volta.


Marsala - (desesperada) Nós somos uma dulpa, lembra? Sempre enfrentávamos tudo juntos... (T) Gerson, por Deusm, eu não tenho mais ninguém nessa vida, você sabe disso. 


A dor da perda é insuportável para Marsala. Ela grita de angústia, como se pudesse fazer com que o universo a ouvisse e trouxesse Gerson de volta para ela.


Marsala - (gritando) Por favor, alguém me ajude! 


Os gritos de Marsala ecoam pela mansão vazia, enquanto ela continua a segurar a mão fria de Gerson, desesperada por um milagre que ela sabe que nunca virá




CENA 03. RIO DE JANEIRO. PLANO GERAL. AMANHECER.

O sol começa a surgir no horizonte, pintando o céu com tons de laranja e rosa enquanto a cidade desperta lentamente. O cenário muda para uma vista ampla do Rio de Janeiro ao amanhecer.


CENA 04. MANSÃO DE PATY. SALA DE JANTAR. MANHÃ

Max está sentado à mesa da sala de jantar, assistindo ao vídeo da briga de Paty no bar em Madureira, enquanto toma seu café da manhã. Ele ri e debocha da situação, mostrando-se indiferente ao que está acontecendo nas redes sociais. Romina entra na sala de jantar, visivelmente irritada.


Max continua assistindo ao vídeo, sem prestar muita atenção em Romina. Ela se aproxima e pega o celular dele.


Romina - Vim lhe contar a novidade. Paty trouxe aquele indigente do Juliano para vir dormir aqui na mansão.


Max fica surpreso e para de assistir ao vídeo.


Max - O quê? Ela fez o quê?

Romina - E não é só isso. Ela nos mandou embora da mansão. Exigiu que fôssemos embora.

Max - (irritado) O quê?! Ela não pode fazer isso!

Romina - (com ironia) Pois é, tive que me ajoelhar e implorar para essa velha escrota deixar a gente pelo menos dormir aqui.

Max - (com raiva) Se essa Paty acha que pode tudo...


A porta se abre e Paty entra na sala, acompanhada de Juliano. Ela parece determinada e confiante.


Paty - Se eu acho que posso tudo? Claro que sim. E você, Max, levanta essa bunda da minha cadeira de camurça agora mesmo e dê um fora com essa cobra daqui da minha casa.


O rosto de Max demonstra fúria enquanto ele encara Paty e Romina com um misto de ódio e desespero. Seus olhos parecem faiscar de raiva, sua respiração está pesada e irregular. Com um movimento brusco, ele se levanta da cadeira, derrubando-a com um estrondo no chão. Paty se mantém firme, mas Romina recua instintivamente, sentindo a ameaça iminente.


Paty - (com voz firme) Eu acho muito bom você sair bem tranquilo!

Max - (entre dentes) Cala a boca, Paty! Você não tem ideia do que eu sou capaz.

Juliano - Amigo, facilita. Por favor.


Max avança em direção à mesa, agarrando a toalha com as mãos trêmulas. Seus punhos cerrados demonstram a intensidade de sua fúria contida. Com um movimento brusco, ele puxa a toalha, fazendo com que pratos, talheres e copos caiam com estrondo no chão. O barulho é ensurdecedor na sala de jantar, ecoando como um sinal de perigo iminente.


Romina - (em pânico) Max, pelo amor de Deus, pare com isso!


Ignorando os apelos desesperados de Romina, Max parece possuído por uma ira irrefreável. Ele avança , com os olhos fixos em Paty, que recua instintivamente, temendo pelo pior. Em um movimento rápido e repentino, Max se vira, agarrando uma faca que está caída no chão.


Max - (com voz rouca e sinistra) Eu avisei que você ia se arrepender, Paty. Agora, quem está no controle sou eu.


Um silêncio tenso paira sobre a sala de jantar enquanto Max segura a faca contra o pescoço de Paty, seu rosto contorcido por uma expressão de pura maldade. Romina, com os olhos marejados de lágrimas, suplica para que Max desista de seu ato insano.


Romina - (chorando) Max, por favor, não faça isso! Você não é um assassino!


A faca brilha perigosamente à luz do ambiente tenso. O coração de Paty bate descompassado. Juliano, determinado, se aproxima de Max, pronto para enfrentá-lo e impedir que uma tragédia aconteça.


CENA 05. HOTEL. INT. MANHÃ

Inara, com óculos escuros, chega no Hotel, seu local de trabalho. De maneira apressada, temendo ser vista, ela caminha em direção ao vestiário dos funcionários. Marisol (LEANDRA LEAL), uma outra funcionária do Hotel e rival de Inara, vê a cena e curiosa decide segui-la.


CENA 06. HOTEL. VESTIÁRIO DOS FUNCIONÁRIOS. MANHÃ

Marisol entra no vestiário, gargalhando.


Marisol - (debochando) Olha só quem voltou para a rotina de doméstica de Hotel. A toda pomposa, Inara. Eu nunca pensei que.../


Marisol interrompe a frase ao perceber o olho roxo de Inara.


Marisol - (sorrindo) Garota, eu tô passada que a coroa te deu uns catiripapos bem dados. Quem te viu, quem te vê né... Nas nossas brigas, até meu Mega Hair tu já arrancou e com a véia, foi pra lona né...


Inara se aproxima de Marisol.


Inara - (irritada) Escuta aqui sua desqualificada. Eu não.../

Marisol - (interrompendo) Abaixa o tom e esse dedo para falar comigo. Não esquece que o coroa te deu um pé na bunda e de amante do dono, você voltou a ser aquela camareira de antes, assim como eu. Aceita tua derrota, estamos no mesmo patamar, gatona.


Inara solta uma gargalhada.


Inara - Meu amor, sabe quando estaremos no mesmo patamar? Nunca! Você pensa pequeno, se contenta com o pouco. Eu sou mais do que tudo isso e escreve o que estou dizendo, logo logo o coroa volta a comer na minha mão e eu sereie novamente "A Dona do Pedaço", pique Juju Paes. E dessa vez eu não vou exitar em te colocar na sarjeta, bagaceira.


Léo Vilar (Lima Duarte), dono do Hotel, chega nesse exato momento, causando o maior climão.


Léo - (p/Inara) Minha cara, eu quero te lembrar pela última vez que aquilo que ocorreu entre nós dois foi um terrível erro que quase destruiu minha reputação. Jamais! Ouviu bem? Jamais voltará acontecer.

Inara - Não foi isso que.../

Léo - Chega! Agora faça o favor de passar uma maquiagem para cobrir esse olho roxo e comece a trabalhar, por gentileza.

Inara - Sim, senhor!


Léo sai e Marisol cai na gargalhada.


Inara - Ri mesmo, vaca. Mas não se esquce que quem rir por último, rir melhor.


Marisol a olha com deboche.


Inara - E tem mais, pra mim esse velho é "viado"

Marisol - (sorrindo) Garota, limpa o veneno!


Inara a olha se contendo para não rir.


CENA 07. CAPELA. INT. MANHÃ

A cena na capela se desenrola com uma combinação hilariante de desespero e confusão. Marsala está visivelmente abalada ao lado do caixão de Gerson, lamentando sua perda repentina. Seus soluços ecoam pelo recinto silencioso, mas de repente tudo muda quando o espírito de Gerson aparece diante dela.


Marsala - (entre lágrimas) Como isso pode ter acontecido? Como você pode ter ido embora tão de repente?


O espírito de Gerson sorri de maneira travessa enquanto se aproxima de Marsala.


Gerson - (com um sorriso brincalhão) Ora, Marsala, você sabe como é... a vida é uma caixinha de surpresas!


Marsala se levanta abruptamente, chocada com a visão diante dela.


Marsala - (com a voz trêmula) Isso não pode ser real... deve ser uma brincadeira de mau gosto!


Ela estende a mão em direção ao espírito de Gerson, tentando toca-lo, mas sua mão passa direto através dele.


Gerson - (com um riso divertido) Não é uma brincadeira, meu bem. Estou bem aqui, diante de você!


Marsala olha em volta, percebendo que ninguém mais parece notar a presença de Gerson.


Marsala - (em pânico) Alguém mais está vendo isso? Por favor, digam que vocês também estão vendo!


As pessoas ao redor olham perplexas para Marsala, sem entender sua reação.


Amigo de Marsala - (aproximando-se) Marsala, o que está acontecendo? Você está bem?


Marsala olha desesperadamente para seu amigo, tentando encontrar uma explicação para o que está acontecendo.


Marsala - (com a voz trêmula) É o Gerson! Ele está aqui, na minha frente!


Seu amigo olha para ela com uma expressão preocupada.


Amigo de Marsala - (tentando acalmá-la) Marsala, acho melhor você se sentar. Talvez você esteja precisando de um pouco de ar fresco.


Marsala, em um misto de desespero e determinação, tenta explicar ao amigo que Gerson está ali, de pé, bem na sua frente. Seu amigo olha para ela com uma expressão de preocupação cada vez maior.


Amigo de Marsala - (com tom tranquilizador) Marsala, você precisa se acalmar. Talvez seja o cansaço ou o estresse...


Antes que ele possa terminar sua frase, Gerson intervém, ainda sorrindo com sua travessura espiritual.


Gerson - (em tom brincalhão) Marsala, você precisa mesmo se acalmar. Senão vai acabar vindo para o meu lado antes do esperado! E eu ainda prefiro tê-la viva para assistir aos jogos de futebol  em paz. Pelo menos por enquanto.


Marsala não consegue conter sua frustração e corre em direção ao espírito de Gerson, ignorando os olhares perplexos de todos ao redor.


Marsala - (com voz trêmula) Você acha que isso é engraçado, seu safado? Chega de palhaçada! Você não pode ficar brincando comigo assim!


Todos na capela observam a cena com uma mistura de surpresa e confusão, sem entender o que está acontecendo. Marsala está determinada a confrontar o espírito de Gerson, mesmo que isso signifique ser considerada louca por todos ao seu redor.


CENA 08. MANSÃO DE PATY. SALA DE JANTAR. MANHÃ

O confronto na mansão atinge seu ápice quando Romina tenta intervir para evitar que Max faça algo terrível. 


Romina - (chorando) Max, por favor...!

Max - (irritado) Cala essa boca! Sua medíocre.


Neste momento, Juliano avança sobre Max, desesperado para detê-lo, e os dois começam uma luta desesperada pela faca.


Paty e Romina assistem à cena horrorizadas, gritando em desespero enquanto os dois homens lutam pela posse da arma mortal. O som do conflito ecoa pela sala, preenchendo o ambiente com uma atmosfera de terror e incerteza.


Por um momento, o mundo parece congelar quando Juliano e Max, com seus corpos entrelaçados, param e se encaram intensamente. O silêncio toma conta do ambiente, interrompendo o caos momentaneamente.


Nesse instante crucial, a faca cai no chão, pingando de sangue, simbolizando a interrupção da violência iminente. O som do metal batendo no chão ecoa pela sala.


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