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Mutantes II: Projeto Éden - Capítulo 2

 




No primeiro andar do prédio, o homem misterioso que usava um escafandro entrou em uma sala escura. Havia uma mulher usando um vestido vermelho e um homem vestido de azul, cujo maior destaque era um lenço em volta do pescoço. Ele estava encostado na parede, com os braços cruzados.


O homem que matou Roberto fechou a porta.


?????: Eva e Neo... Mudança de planos.


A mulher se aproximou dele.


Eva: Como assim, Seth? Tudo está correndo como planejado, não?

Seth: Eu matei um homem.


Os dois se espantaram. O homem com o lenço no pescoço interrompeu.


Neo: Seth, o combinado não era esse. Tínhamos apenas que atacar aquele apartamento!

Eva: Relaxa, Neo.


Ela se aproximou de Seth e o abraçou.


Eva: Eu apoio tudo que você fizer, Seth... Se tivermos que matar cada um dos moradores desse prédio, em nome do Projeto Éden, que assim seja!

Neo: ...

Eva: Então... Quer que eu dê um sumiço no corpo?

Seth: Se puder fazer isso, eu agradeço.

Neo: Eva...

Eva: Relaxa, Neo. Você está muito preocupado. Eu posso ir até lá e acabar com os vestígios.


Seth se aproximou de Neo, que ainda estava encostado na parede.


Seth: Lembre-se de nossa promessa, Neo.

Neo: Sim... "Trazer o mundo de volta ao Jardim do Éden."


Seth então se virou para Eva.


Seth: Eva, você sabe o que fazer...


Os olhos de Eva se transformaram em chamas.


Eva: Deixe comigo...


---


Já haviam se passado algumas poucas horas quando Gustavo dormia em sua barraca. Ele foi acordado por Sofia.


Sofia: Gustavo... Gustavo!!

Gustavo: zzzz... Ah, Sofia...?


Ele se sentou, ainda sonolento.


Gustavo: O que houve?

Sofia: Eu ouvi barulho lá fora... Parecia... Coisas desmoronando...

Gustavo: Como é?


Sofia se levantou. Gustavo fez o mesmo. Ela pegou a lanterna.


Sofia: Eu acho que vou para minha casa. Isso está ficando muito estranho...

Gustavo: Qual é? Não vai acontecer nada de mais.

Sofia: Não, esse lugar me apavora. Primeiro a queda de energia, e agora esses barulhos...


Gustavo riu.


Gustavo: Então tá. Leva a lanterna, você vai precisar. Amanhã você me devolve.

Sofia: Obrigada. Tenham uma boa noite.


Sofia saiu. Pedro acordou.


Pedro: ...O que eu perdi...?


---


Sofia fechou a porta do apartamento. Estava tudo escuro ao seu redor. A lanterna deu uma pequena falha, mas ela deu duas batidas com sua mão e a mesma acendeu perfeitamente.


Sofia: Vejamos... É pra lá...


No momento em que virou a lanterna para o final do corredor, ela viu alguém. Foi só um vulto, mas era possível perceber que se tratava de uma mulher, que ao ser iluminada, correu para fora do campo de visão de Sofia.


Sofia: ...Oi?


Nenhuma resposta. Sofia foi até o final do corredor e virou para a direita, em direção às escadas. Mas...


Sofia: O... O que é isso...?


Havia alguma coisa no chão pegando fogo.


Sofia: Como é que alguém taca fogo no chão do corredor assim? Já não basta a falta de energia?


Ela não conseguia distinguir o objeto em chamas.


Sofia: Eu não vou passar por aqui enquanto essa... Coisa, estiver pegando fogo. Tenho que achar algo para apagar as chamas.


Ao iluminar as paredes, ela percebeu um extintor de incêndio lacrado perto do elevador.


Sofia: Hum...


Sofia foi até o extintor e se preparou para quebrar o vidro com a lanterna. Mas ela parou na metade da ação.


Sofia: Não... Se eu estragar essa lanterna, o Gustavo me mata. Preciso de outra coisa para quebrar esse vidro...


Após explorar os arredores por alguns segundos, ela notou algo no chão, alguns passos de distância das chamas.


Sofia: Aquilo é... Uma bengala?


Quando chegou mais perto e pegou o objeto, notou que de fato era uma bengala velha.


Sofia: Aquele senhor que reclamou do som alto no apartamento deve ter deixado cair... Vai servir para quebrar o vidro, vou pegá-la emprestada.


Sofia voltou até o extintor e quebrou o vidro com um golpe da bengala. Em seguida, tomou o extintor em suas mãos e foi até as chamas.


Sofia: Perfeito... Agora é só apagar as chamas e ver o que é isso...


O extintor rapidamente tratou de apagar o fogo... Mas o que Sofia viu... Fez seu corpo paralisar.


Sofia: Ah... Aahh!!


Sofia caiu sentada no chão. O que estava pegando fogo era um corpo. Mais precisamente, o mesmo homem de idade que havia reclamado com Gustavo. O dono da bengala. Roberto.


Seu corpo estava quase carbonizado. Mas ainda era possível saber quem era.


Sofia se levantou. Suas pernas tremiam. Imediatamente, ela correu de volta para o apartamento de Gustavo e bateu várias vezes na porta.


Sofia: Gustavo!! Abra!!


A porta se abriu.


Gustavo: Sof...

Sofia: Socorro!!


Ela entrou correndo, sem sequer esperá-lo abrir a porta por completo. Em seguida, se abaixou, como se agora se sentisse mais segura.


Gustavo: Sofia, o que aconteceu?


Pedro se levantou.


Pedro: Parece que você viu um fantasma!

Sofia: Não, eu não vi um fantasma... Eu vi um cadáver!!


Pedro e Gustavo se olharam.


Gustavo: Você tá de brincadeira, né?

Sofia: ...Vem comigo! Os dois!!

Pedro: Ah não...


Os três saíram do apartamento enquanto Sofia carregava a lanterna. Ela os levou de volta ao local onde viu o corpo de Roberto.


Sofia: Está bem ali...

Gustavo e Pedro: ...


Os três estavam de frente com o que era um corpo parcialmente carbonizado.


Pedro: Isso é uma pegadinha, não é...? Digo... Ele não morreu de verdade, morreu?

Gustavo: Sim, ele está morto mesmo... Mas quem fez isso?

Sofia: Eu não sei, mas... Acho que ainda está nesse prédio...


Gustavo caminhou em direção à seu apartamento, sendo seguido pelos outros dois.


Gustavo: Vamos entrar. Eu vou trancar tudo. Não façam barulho, pode ser perigoso.


O grupo entrou de volta no apartamento. Gustavo fechou a porta, dando uma última olhada no corpo de Roberto.




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