CENA 01. CASA DE JULIANO.
MADUREIRA. INT.NOITE
Romina luta
desesperadamente contra a pessoa mascarada, suas mãos agarrando-se aos pulsos
do agressor, tentando desesperadamente desalojar o aperto letal de seu pescoço.
Seus pulmões queimam, implorando por ar, enquanto ela se debate em uma luta desesperada
pela sobrevivência.
Romina - (ofegante e suplicante)
Por favor... pare!
A figura mascarada é implacável, suas mãos mantendo
um aperto de ferro em torno do pescoço de Romina. Ela se contorce em agonia,
seus pensamentos turvos pela falta de oxigênio, sua visão se enevoando com as sombras
que dançam ao seu redor.
Romina - (em um grito abafado)
Ajuda... alguém... me ajude!
Com um
esforço final, Romina consegue desviar-se do aperto do agressor e desfere um
golpe desesperado em direção ao rosto mascarado. Há um som abafado de impacto,
seguido por um gemido de dor, e por um momento, Romina sente um lampejo de
esperança. Mas então, em um movimento rápido e brutal, a pessoa mascarada
empurra Romina com força, fazendo-a bater a cabeça em um móvel próximo .Romina perde
a consciência com o impacto da batida.
CENA
02. RESTAURANTE. INT. NOITE
No
restaurante, Marsala e o Rapaz continuam sua conversa animada, desfrutando de
um bom vinho enquanto compartilham risos e histórias. De repente, uma presença
invisível interrompe o momento, fazendo Marsala engasgar com o vinho e cuspi-lo
de volta na taça.
Marsala - (surpresa e constrangida) Desculpe!
Acho que engasguei.
Rapaz - (preocupado) Você está bem? Não
gostou do vinho?
O espírito
de Gerson aparece diante de Marsala, observando-a com um olhar reprovador.
Gerson - Marsala, você já deveria estar em casa a
essa hora.
Marsala - (sussurrando, para Gerson) O que
você está fazendo aqui?
O Rapaz,
incapaz de ver Gerson, responde à pergunta de Marsala.
Rapaz - Estou aqui porque marcamos um encontro,
lembra?
Num
impulso, Marsala aponta para Gerson, olhando para ele com determinação.
Marsala - Estou falando com ele, na verdade.
O Rapaz
olha para onde Marsala está apontando, mas não vê nada. Ele franze a testa,
confuso.
Rapaz - Tem certeza de que está tudo bem?
Marsala lembra
que só ela pode ver Gerson e tenta contornar a situação, mas Gerson não está
disposto a colaborar. Ele a encara com um sorriso travesso, provocando-a
silenciosamente.
Gerson - (sussurrando para Marsala) Você
achou que eu ia deixar você ter um encontro tranquilo assim, tão fácil?
Marsala
suspira, tentando manter a compostura enquanto Gerson continua a provocá-la.
Enquanto isso, o Rapaz continua a puxar assunto, alheio à situação surreal que
se desenrola diante dele.
Rapaz - Então, Marsala, me conte mais sobre você. O
que você gosta de fazer nas horas vagas?
Marsala
tenta se concentrar na conversa com o Rapaz, ignorando as travessuras de
Gerson. Mas o espírito parece determinado a tornar a noite o mais complicada
possível.
Gerson - (sussurrando para Marsala) Aposto
que ele nunca enfrentou um fantasma durante um encontro. Isso vai ser
divertido!
Marsala
revira os olhos
Marsala - (tentando ignorar
Gerson) Bem, nas horas vagas eu gosto de... de... (ela fica
momentaneamente distraída com uma tentativa de Gerson de soprar seu cabelo,
antes de retomar o foco) ... de ler, pintar, cozinhar... você sabe, coisas
normais.
Rapaz - Isso é ótimo! Eu também
gosto de cozinhar. Qual é o seu prato favorito?
Marsala - (tentando manter a
calma) Ah, eu diria que é... (ela é interrompida quando Gerson troca as
bebidas de suas taças, fazendo com que Marsala pegue a do Rapaz por engano)
... é... vinho!
Rapaz: (surpreso) Você
trocou de ideia tão rápido assim?
Gerson: (sussurrando para
Marsala) Aposto que ele vai adorar o suco de laranja que eu coloquei na sua
taça!
Marsala
tenta se conter enquanto o Rapaz fica confuso com a situação.
Rapaz - Acho que houve um engano
aqui...
Marsala - (tentando se explicar)
É que... (ela é interrompida quando Gerson faz com que a vela sobre a mesa
se apague subitamente)
Rapaz - (olhando em volta) O
que está acontecendo?
Marsala - É... é... (ela vê Gerson
flutuando próximo à mesa, fazendo caretas para ela) ... é só um problema
com a eletricidade, acho. Nada para se preocupar!
Gerson
solta uma risada maliciosa enquanto Marsala tenta disfarçar o nervosismo.
Marsala – Que
tal irmos para um local mais tranquilo?
Rapaz – Acho
uma boa idéia.
O rapaz
levanta a mão e chama o garçom para pedir a conta. Gerson os observa, sorrindo.
CENA 03. RUA. CARRO DE
JULIANO. INT. NOITE
Dentro do
carro estacionado, a atmosfera é tensa enquanto Juliano olha ao redor, seus
olhos inquietos refletindo uma mistura de nervosismo e ansiedade. Ele parece
agitado, como se estivesse tentando processar algo grave que acabou de
acontecer.
Juliano - (para si mesmo, em um
sussurro nervoso) Vai ficar tudo bem ...
Ele olha
para as mãos, que tremem levemente, uma expressão de culpa pesando em seu
rosto.
CENA 04. MANSÃO DE MARISOL.
EXT. NOITE
Marisol,
normalmente serena e segura de si, entra apressada pelo portão principal, seus
passos ecoando no silêncio da noite. Seu rosto está pálido, os olhos
arregalados de temor, como se estivesse fugindo de algo ou alguém.
Marisol - (ofegante, enquanto
corre para dentro da mansão) Preciso manter a calma!
Ela lança
olhares nervosos por cima do ombro, como se esperasse ser seguida, antes de se
apressar ainda mais, desesperada para alcançar a segurança de sua casa. Ao
entrar, ela fecha a porta com um estrondo, o som ecoando nos corredores vazios.
CENA
05. MANSÃO DE JULIANO. QUARTO PRINCIPAL. NOITE
Inara entra
em seu quarto com pressa, suas mãos tremendo ligeiramente enquanto ela fecha a
porta atrás de si. Seu rosto está pálido, os olhos arregalados de temor,
enquanto ela respira ofegante, tentando recuperar o fôlego.
Inara - (para si mesma, em um
sussurro apressado) Vai ficar tudo bem... ninguém precisa saber o que
aconteceu...
Ela lança
um olhar nervoso ao redor do quarto, verificando se está sozinha.
CENA 06.
MOTEL.SUÍTE.MADRUGADA
Marsala e o
Rapaz entram no quarto do motel, envolvidos em beijos apaixonados e trocas de
carícias. A atmosfera é carregada de desejo.
Marsala - (ofegante, entre beijos)
Eu te quero tanto...
Rapaz - (sussurrando, com
desejo) Eu também te quero, Marsala...
O Rapaz,
com habilidade, joga Marsala na cama com gentileza, seus olhos ardendo de
desejo enquanto ele tira sua própria camisa, exibindo um peitoral definido. Ele
se deita sobre Marsala, seus lábios procurando avidamente os dela enquanto ele
explora cada centímetro de sua pele com beijos ardentes.
Marsala - (pausando por um momento,
entre suspiros de prazer) Você trouxe... camisinha?
O Rapaz
sorri de forma sedutora e tira alguns pacotes de preservativo do bolso, exibindo-os
com um gesto confiante.
Rapaz - Sempre estou preparado,
Marsala.
Marsala ri
levemente, seu coração batendo rápido de excitação enquanto ela puxa o Rapaz
para si novamente, seus corpos se movendo em perfeita sincronia enquanto eles
se entregam ao desejo avassalador.
Marsala - Então não vamos mais
esperar...
De repente,
a atmosfera de paixão é interrompida abruptamente quando o espírito de Gerson
aparece diante deles, sua presença fantasmagórica causando um choque na cena.
Marsala, surpresa e assustada, empurra o Rapaz, que cai no chão atordoado.
Rapaz - (confuso) Marsala, o
que está acontecendo?
Marsala,
incapaz de articular uma resposta, fica ali parada, atordoada pela visão de
Gerson. O Rapaz, frustrado e confuso, interpreta mal a situação.
Rapaz - Isso já deu pra mim,
Marsala. Você é maluca!
Ele rapidamente
pega suas coisas e sai do quarto, deixando Marsala sozinha. Gerson a olha,
sorrindo.
CENA
07. GALPÃO ABANDONADO.INT.NOITE
Romina está
amarrada a uma cadeira dentro de um galpão abandonado, o ar úmido e empoeirado
ao seu redor. Ela desperta abruptamente ao sentir um balde de água gelada sendo
despejado sobre ela. Seus olhos se abrem, cheios de confusão e medo, enquanto
ela tenta se situar na escuridão.
Romina - (ofegante, tentando entender)
Onde... onde estou?
Um homem emerge
das sombras, sorrindo.
Homem - (com um sorriso enigmático) Ah,
finalmente acordou, minha querida. Espero que tenha tido um bom descanso.
Romina
engole em seco, sua mente girando enquanto ela tenta processar a situação.
Romina - (com voz trêmula) Quem é você? O que
está acontecendo?
O homem
apenas ri, sua risada ecoando no galpão vazio. Romina sente um calafrio
percorrer sua espinha enquanto ela encara o homem diante dela, sem entender
suas intenções.
Homem - (com um tom ameaçador) Oh, querida,
não se preocupe. Ninguém vai ouvir seus gritos aqui.
O coração
de Romina dispara de pânico quando ela percebe a gravidade de sua situação. Ela
começa a gritar por socorro, sua voz ecoando pelas paredes vazias do galpão.
Romina - Socorro! Por favor, alguém me ajude!
O homem
apenas observa, sua expressão impassível enquanto Romina continua a gritar
desesperadamente.
Homem - (calmamente) Acho que você está
confusa. Você não percebe? Não há ninguém por perto para ajudá-la.
Romina olha
para ele com olhos arregalados de terror, sua mente girando enquanto ela tenta
entender o que está acontecendo.
Romina - (com voz trêmula) Quem está por trás
disso? Quem é você?
O homem se
aproxima lentamente, seu rosto se contorcendo em um sorriso cruel.
Homem - A pergunta é... você está pronta para
descobrir a verdade?
Romina o
encara, assustada.
Neste momento, a pessoa misteriosa que sequestrou Romina entra e para
diante de Romina.
Romina
– (apavorada) Quem é você? O que quer de mim?
De maneira cautelosa, a pessoa misteriosa retira a máscara e Romina se
surpreende.
Romina
– (surpresa) Você!?
Obrigado pelo seu comentário!