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FAÇA A SUA SORTE - CAPÍTULO 17 | ÚLTIMAS SEMANAS

 




CENA 01. CASA DE JULIANO. MADUREIRA. INT.NOITE

Romina luta desesperadamente contra a pessoa mascarada, suas mãos agarrando-se aos pulsos do agressor, tentando desesperadamente desalojar o aperto letal de seu pescoço. Seus pulmões queimam, implorando por ar, enquanto ela se debate em uma luta desesperada pela sobrevivência.

 

Romina - (ofegante e suplicante) Por favor... pare!

 

A  figura mascarada é implacável, suas mãos mantendo um aperto de ferro em torno do pescoço de Romina. Ela se contorce em agonia, seus pensamentos turvos pela falta de oxigênio, sua visão se enevoando com as sombras que dançam ao seu redor.

 

Romina - (em um grito abafado) Ajuda... alguém... me ajude!

 

Com um esforço final, Romina consegue desviar-se do aperto do agressor e desfere um golpe desesperado em direção ao rosto mascarado. Há um som abafado de impacto, seguido por um gemido de dor, e por um momento, Romina sente um lampejo de esperança. Mas então, em um movimento rápido e brutal, a pessoa mascarada empurra Romina com força, fazendo-a bater a cabeça em um móvel próximo .Romina perde a consciência com o impacto da batida.

 

CENA 02. RESTAURANTE. INT. NOITE

No restaurante, Marsala e o Rapaz continuam sua conversa animada, desfrutando de um bom vinho enquanto compartilham risos e histórias. De repente, uma presença invisível interrompe o momento, fazendo Marsala engasgar com o vinho e cuspi-lo de volta na taça.

 

Marsala - (surpresa e constrangida) Desculpe! Acho que engasguei.

Rapaz - (preocupado) Você está bem? Não gostou do vinho?

 

O espírito de Gerson aparece diante de Marsala, observando-a com um olhar reprovador.

 

Gerson - Marsala, você já deveria estar em casa a essa hora.

Marsala - (sussurrando, para Gerson) O que você está fazendo aqui?

 

O Rapaz, incapaz de ver Gerson, responde à pergunta de Marsala.

 

Rapaz - Estou aqui porque marcamos um encontro, lembra?

 

Num impulso, Marsala aponta para Gerson, olhando para ele com determinação.

 

Marsala - Estou falando com ele, na verdade.

 

O Rapaz olha para onde Marsala está apontando, mas não vê nada. Ele franze a testa, confuso.

 

Rapaz - Tem certeza de que está tudo bem?

 

Marsala lembra que só ela pode ver Gerson e tenta contornar a situação, mas Gerson não está disposto a colaborar. Ele a encara com um sorriso travesso, provocando-a silenciosamente.

 

Gerson - (sussurrando para Marsala) Você achou que eu ia deixar você ter um encontro tranquilo assim, tão fácil?

 

Marsala suspira, tentando manter a compostura enquanto Gerson continua a provocá-la. Enquanto isso, o Rapaz continua a puxar assunto, alheio à situação surreal que se desenrola diante dele.

 

Rapaz - Então, Marsala, me conte mais sobre você. O que você gosta de fazer nas horas vagas?

 

Marsala tenta se concentrar na conversa com o Rapaz, ignorando as travessuras de Gerson. Mas o espírito parece determinado a tornar a noite o mais complicada possível.

 

Gerson - (sussurrando para Marsala) Aposto que ele nunca enfrentou um fantasma durante um encontro. Isso vai ser divertido!

 

Marsala revira os olhos

 

 

Marsala - (tentando ignorar Gerson) Bem, nas horas vagas eu gosto de... de... (ela fica momentaneamente distraída com uma tentativa de Gerson de soprar seu cabelo, antes de retomar o foco) ... de ler, pintar, cozinhar... você sabe, coisas normais.

Rapaz - Isso é ótimo! Eu também gosto de cozinhar. Qual é o seu prato favorito?

Marsala - (tentando manter a calma) Ah, eu diria que é... (ela é interrompida quando Gerson troca as bebidas de suas taças, fazendo com que Marsala pegue a do Rapaz por engano) ... é... vinho!

Rapaz: (surpreso) Você trocou de ideia tão rápido assim?

Gerson: (sussurrando para Marsala) Aposto que ele vai adorar o suco de laranja que eu coloquei na sua taça!

 

Marsala tenta se conter enquanto o Rapaz fica confuso com a situação.

 

Rapaz - Acho que houve um engano aqui...

Marsala - (tentando se explicar) É que... (ela é interrompida quando Gerson faz com que a vela sobre a mesa se apague subitamente)

Rapaz - (olhando em volta) O que está acontecendo?

Marsala - É... é... (ela vê Gerson flutuando próximo à mesa, fazendo caretas para ela) ... é só um problema com a eletricidade, acho. Nada para se preocupar!

 

Gerson solta uma risada maliciosa enquanto Marsala tenta disfarçar o nervosismo.

 

Marsala – Que tal irmos para um local mais tranquilo?

Rapaz – Acho uma boa idéia.

 

O rapaz levanta a mão e chama o garçom para pedir a conta. Gerson os observa, sorrindo.




 

CENA 03. RUA. CARRO DE JULIANO. INT. NOITE

Dentro do carro estacionado, a atmosfera é tensa enquanto Juliano olha ao redor, seus olhos inquietos refletindo uma mistura de nervosismo e ansiedade. Ele parece agitado, como se estivesse tentando processar algo grave que acabou de acontecer.

 

Juliano - (para si mesmo, em um sussurro nervoso) Vai ficar tudo bem ...

 

Ele olha para as mãos, que tremem levemente, uma expressão de culpa pesando em seu rosto.

 

CENA 04. MANSÃO DE MARISOL. EXT. NOITE

Marisol, normalmente serena e segura de si, entra apressada pelo portão principal, seus passos ecoando no silêncio da noite. Seu rosto está pálido, os olhos arregalados de temor, como se estivesse fugindo de algo ou alguém.

 

Marisol - (ofegante, enquanto corre para dentro da mansão) Preciso manter a calma!

 

Ela lança olhares nervosos por cima do ombro, como se esperasse ser seguida, antes de se apressar ainda mais, desesperada para alcançar a segurança de sua casa. Ao entrar, ela fecha a porta com um estrondo, o som ecoando nos corredores vazios.

 

CENA 05. MANSÃO DE JULIANO. QUARTO PRINCIPAL. NOITE

Inara entra em seu quarto com pressa, suas mãos tremendo ligeiramente enquanto ela fecha a porta atrás de si. Seu rosto está pálido, os olhos arregalados de temor, enquanto ela respira ofegante, tentando recuperar o fôlego.

 

Inara - (para si mesma, em um sussurro apressado) Vai ficar tudo bem... ninguém precisa saber o que aconteceu...

 

Ela lança um olhar nervoso ao redor do quarto, verificando se está sozinha.

 

CENA 06. MOTEL.SUÍTE.MADRUGADA

Marsala e o Rapaz entram no quarto do motel, envolvidos em beijos apaixonados e trocas de carícias. A atmosfera é carregada de desejo.

 

Marsala - (ofegante, entre beijos) Eu te quero tanto...

Rapaz - (sussurrando, com desejo) Eu também te quero, Marsala...

 

O Rapaz, com habilidade, joga Marsala na cama com gentileza, seus olhos ardendo de desejo enquanto ele tira sua própria camisa, exibindo um peitoral definido. Ele se deita sobre Marsala, seus lábios procurando avidamente os dela enquanto ele explora cada centímetro de sua pele com beijos ardentes.

 

Marsala - (pausando por um momento, entre suspiros de prazer) Você trouxe... camisinha?

 

O Rapaz sorri de forma sedutora e tira alguns pacotes de preservativo do bolso, exibindo-os com um gesto confiante.

 

Rapaz - Sempre estou preparado, Marsala.

 

Marsala ri levemente, seu coração batendo rápido de excitação enquanto ela puxa o Rapaz para si novamente, seus corpos se movendo em perfeita sincronia enquanto eles se entregam ao desejo avassalador.

 

Marsala - Então não vamos mais esperar...

 

De repente, a atmosfera de paixão é interrompida abruptamente quando o espírito de Gerson aparece diante deles, sua presença fantasmagórica causando um choque na cena. Marsala, surpresa e assustada, empurra o Rapaz, que cai no chão atordoado.

 

Rapaz - (confuso) Marsala, o que está acontecendo?

 

Marsala, incapaz de articular uma resposta, fica ali parada, atordoada pela visão de Gerson. O Rapaz, frustrado e confuso, interpreta mal a situação.

 

Rapaz - Isso já deu pra mim, Marsala. Você é maluca!

 

Ele rapidamente pega suas coisas e sai do quarto, deixando Marsala sozinha. Gerson a olha, sorrindo.

 

CENA 07. GALPÃO ABANDONADO.INT.NOITE

Romina está amarrada a uma cadeira dentro de um galpão abandonado, o ar úmido e empoeirado ao seu redor. Ela desperta abruptamente ao sentir um balde de água gelada sendo despejado sobre ela. Seus olhos se abrem, cheios de confusão e medo, enquanto ela tenta se situar na escuridão.

 

Romina - (ofegante, tentando entender) Onde... onde estou?

 

Um homem emerge das sombras, sorrindo.

 

Homem - (com um sorriso enigmático) Ah, finalmente acordou, minha querida. Espero que tenha tido um bom descanso.

 

Romina engole em seco, sua mente girando enquanto ela tenta processar a situação.

 

Romina - (com voz trêmula) Quem é você? O que está acontecendo?

 

O homem apenas ri, sua risada ecoando no galpão vazio. Romina sente um calafrio percorrer sua espinha enquanto ela encara o homem diante dela, sem entender suas intenções.

 

Homem - (com um tom ameaçador) Oh, querida, não se preocupe. Ninguém vai ouvir seus gritos aqui.

 

O coração de Romina dispara de pânico quando ela percebe a gravidade de sua situação. Ela começa a gritar por socorro, sua voz ecoando pelas paredes vazias do galpão.

 

Romina - Socorro! Por favor, alguém me ajude!

 

O homem apenas observa, sua expressão impassível enquanto Romina continua a gritar desesperadamente.

 

Homem - (calmamente) Acho que você está confusa. Você não percebe? Não há ninguém por perto para ajudá-la.

 

Romina olha para ele com olhos arregalados de terror, sua mente girando enquanto ela tenta entender o que está acontecendo.

 

Romina - (com voz trêmula) Quem está por trás disso? Quem é você?

 

O homem se aproxima lentamente, seu rosto se contorcendo em um sorriso cruel.

 

Homem - A pergunta é... você está pronta para descobrir a verdade?

 

Romina o encara, assustada.

 

Neste momento, a pessoa misteriosa que sequestrou Romina entra e para diante de Romina.

 

Romina – (apavorada) Quem é você? O que quer de mim?

 

De maneira cautelosa, a pessoa misteriosa retira a máscara e Romina se surpreende.

 

Romina – (surpresa) Você!?

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