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FAÇA A SUA SORTE - CAPÍTULO 23 | ÚLTIMOS CAPÍTULOS

                                                        

CENA 01. MANSÃO DE MARISOL . INT. NOITE

Continuação da última cena do capítulo anterior.

 

Inara – (sem entender) Marisol, o que está acontecendo? Por qual motivo está vestida de doméstica e essa mulher está na sua mansão?

 

Romina encara Marisol a coagindo.

 

Romina – (p/Inara) Creio que o intuito desse encontro não seja a Marisol e sim a formalização do nosso acordo. Precisamos ser rápidas, pois tenho um compromisso em instantes.

Inara – (irritada) Eu quero saber o que você está fazendo com a Marisol, sua bandida.

Romina – Olha aqui garota, eu te chamei aqui para o acordo.

 

Romina tira um documento da bolsa e joga em Inara.

 

Romina – (altiva) Assina logo esses papéis e dá um fora daqui.

Inara – Escuta aqui, se você pensa que vai falar assim comigo, está muito enganada sua vagabundinha de quinta.

Romina – (irritada) Se voltar a me insultar, eu meto a mão na sua cara!

Inara – (debochando) Jura?!

Romina – Pois bem, acho melhor você sair e voltar amanhã quando estiver mais calma.

 

Romina se levanta.

 

Romina – (grita) Valfredo...!

 

Valfredo entra na sala correndo.

 

Valfredo – Me chamou, Romina?

Romina – Por favor, tenha a gentileza de levar essa senhora até a porta. Ela já está de saída.

Inara – (sorrindo) A única dona dessa mansão é a Marisol e por esse motivo, somente ela pode me expulsar! Ouviu bem, vadia?

 

Nesse momento , Romina caminha até Inara e lhe dá um forte tapa no rosto. Inara tenta revidar, mas Valfredo a segura.

 

Romina – (gritando) Eu falei que se voltasse a me ofender iria levar na cara. – Romina olha para Valfredo - Agora tira essa escrota daqui antes que eu transforme a carinha dela de porcelana em pedregulho!

 

Valfredo retira Inara. Romina se aproxima de Marisol.

 

Romina  - Cozinha!

CENA 02. MANSÃO DE LEO. INT. NOITE

Max entra na mansão de Léo, encontrando um ambiente sombrio e tenso. Léo o recebe com um sorriso sinistro, pegando dois copos de whisky e acendendo um charuto.

 

LÉO - (com um sorriso irônico) Max, meu caro, que surpresa agradável. Parece que estamos prontos para a próxima fase do nosso "negócio".

MAX - (com um sorriso confiante) Sim, Léo. Tudo está indo conforme o planejado. A outra parte da transferência do desvio estará na sua conta em breve.

 

Léo ergue uma sobrancelha, observando Max atentamente.

 

LÉO - (com um olhar calculista) Quase tudo, você quer dizer...

 

Max franzindo a testa, confuso.

 

MAX - (com curiosidade) O que você quer dizer com "quase tudo", Léo?

 

Léo toma um gole do whisky e olha para Max com um olhar sério.

 

LÉO - (com um tom sombrio) Onde está Romina?

 

Max fica momentaneamente surpreso com a pergunta de Léo.

 

MAX - (com sinceridade) Eu a encontrarei daqui a pouco.

 

Léo balança a cabeça, decepcionado.

 

LÉO -(com um suspiro) Eu tentei ligar para ela, mas sem sucesso. E isso me preocupa...

 

Max franze a testa, começando a sentir a tensão no ar.

 

MAX - (com preocupação) Por que isso seria um problema, Léo?

 

Léo olha diretamente nos olhos de Max, revelando sua verdadeira intenção.

 

LÉO - (com frieza) Porque, Max, mesmo sabendo que você está apaixonado por ela, se Romina não matar a maldita ladra dos meus diamantes, eu não hesitarei em acabar com ela.

 

Max fica chocado com a revelação de Léo.

 

MAX - (incrédulo) Você está me dizendo que mandou Romina matar alguém?

 

Léo apenas sorri de maneira sinistra.

 

 

CENA 03. APARTAMENTO DE SELENA. SALA DE JANTAR. NOITE

Selena, Gabriela e Simas estão sentados, começando a jantar.

 

SELENA - (com um sorriso cínico) Então, Simas, animado para o exame de DNA? Mal posso esperar para ver o resultado.

SIMAS - (com um olhar desafiador) Ah, Selena, não se preocupe. Logo vamos confirmar que sou o legítimo herdeiro do falecido ricaço.

SELENA - (com desdém) Ou talvez só confirme que você é um impostor. Afinal, essas histórias de herança são sempre tão cheias de surpresas, não é?

GABRIELA - (tentando intervir) Mamãe, por favor, vamos tentar ter um jantar tranquilo. Já temos drama suficiente na nossa vida.

SELENA - (ignorando Gabriela) Sabe, Simas, eu estava pensando... se por acaso o exame mostrar que você não é quem diz ser, você poderia tentar a carreira de ator. Você é tão bom em contar histórias!

SIMAS - (com sarcasmo) Engraçado, Selena. E você poderia ser roteirista. Tem um talento incrível para criar intrigas.

SELENA - (com um tom provocativo) Sabe, Simas, eu li sobre um caso parecido. Um cara jurava que era filho de um magnata, mas no fim, descobriu que era filho do leiteiro. Você não acha que sua história é meio parecida?

SIMAS - (ficando irritado) Cuidado com o que diz, Selena. Eu estou mais próximo da verdade do que você imagina.

SELENA - (com um sorriso provocativo) Claro, claro. Só não esqueça de lavar bem o rosto quando a verdade aparecer.

 

 

A sala fica em silêncio .

 

GABRIELA - (rindo) Vocês dois são impossíveis! Por favor, vamos parar com isso.

 

Nesse momento, Simas pega uma colherada de purê de batata e a joga na direção de Selena. A comida atinge o rosto dela, e a guerra começa.

 

SELENA - (gritando) Você vai pagar por isso!

 

Selena pega um punhado de ervilhas e atira em Simas, que se esquiva e ri.

 

GABRIELA - (tentando intervir, mas rindo) Parem com isso! Vocês dois são piores que crianças!

 

Simas pega um pedaço de frango e o atira na direção de Selena, mas acaba acertando Gabriela.

 

GABRIELA - (chocada) Ei! Agora você realmente passou dos limites!

 

Gabriela pega uma taça de vinho e joga em Simas, que se molha todo.

 

SIMAS - (rindo) Ah, isso é guerra então!

 

Simas pega uma tigela de salada e a joga em Selena, que se protege com um prato, mas acaba espalhando a comida por toda a mesa.

 

SELENA - (rindo histericamente) Isso é tão ridículo!

 

Gabriela pega um pedaço de pão e o atira em Simas, que se desvia novamente, fazendo o pão voar pela sala.

 

A CENA SE TRANSFORMA EM UM CAOS COMPLETO, COM COMIDA VOANDO POR TODA PARTE.

 

CENA 04. RUA. EXT. NOITE

Marsala está dirigindo seu carro novo. Ela está um pouco distraída, pensando em sua última sessão com a cartomante charlatã.

 

MARSALA - (pensando em voz alta) Que absurdo aquela cartomante.

 

Ao virar a esquina, Marsala não percebe um homem atravessando a rua com uma bicicleta. O carro bate levemente na bicicleta, fazendo o homem cair no chão. Marsala freia bruscamente, seu coração dispara. Ela corre para fora do carro.

 

MARSALA - (gritando) Meu Deus, o que eu fiz?! Está tudo bem? Você está bem?

 

O homem no chão, Alejandro, um mexicano carismático e bonitão, levanta a mão, indicando que está bem, mas com alguns arranhões.

 

ALEJANDRO - (com um forte sotaque espanhol) Ai, ai, señora, estou bem... solo unos rasguños.

 

Marsala corre até ele, preocupada.

 

MARSALA- (ajudando-o a levantar) Eu sinto muito, de verdade. Eu não te vi! Você tem certeza que está bem? Posso te levar ao hospital?

ALEJANDRO - (sorrindo) No, no, no hospital. Estoy bien, señora. Solo un poco de dolor en el brazo.

 

Marsala olha para o braço dele, onde há um pequeno arranhão.

 

MARSALA - (com alívio) Graças a Deus que não foi nada grave. Você mora por aqui? Posso te levar até sua casa.

ALEJANDRO - (balançando a cabeça) No, no, está bien. Estoy cerca. Pero, si insistes...

MARSALA - (determinada) Claro que insisto! Não vou deixar você ir assim, machucado. Vamos, entre no carro.

 

Alejandro relutantemente entra no carro, e Marsala começa a dirigir devagar.

 

MARSALA - (tentando conversar) Então, você é daqui mesmo? Seu português é bom, mas dá para perceber o sotaque.

ALEJANDRO - (sorrindo) Gracias, señora. Sou mexicano, pero estoy aqui a trabajo.

MARSALA - (curiosa) Ah, que interessante! Sempre quis conhecer o México. Dizem que é um país lindo.

ALEJANDRO - (sorrindo) Sí, México es muy hermoso. Muchas playas, buena comida, y la gente es muy amable.

MARSALA - (rindo) Ah, comida mexicana! Adoro tacos, burritos... E as tequilas! Mas confesso que sou péssima com pimenta.

ALEJANDRO - (rindo) Ah, la pimenta é essencial! Pero, hay opciones suaves também. Você deveria visitar um dia. Te gustaría mucho.

MARSALA - (pensativa) Talvez um dia, quando as coisas se acalmarem. Minha vida está uma loucura agora. Sabe, há pouco tempo, comecei a ver o fantasma do meu ex-marido. Pode acreditar?

ALEJANDRO - (surpreso) Un fantasma? De verdad?

MARSALA - (suspirando) Sim, acredita nisso? Fui até uma cartomante hoje, uma charlatã! Disse que preciso dar todas as minhas joias para o espírito dele descansar em paz.

ALEJANDRO - (balançando a cabeça) No lo creo. Hay muchos engañadores en este mundo.

MARSALA - (rindo) Verdade. E eu caí direitinho.

ALEJANDRO - (sorrindo) Soy chef. Amo cozinhar. Es mi pasión.

MARSALA - (entusiasmada) Que maravilha! Vou precisar visitar o restaurante onde está cozinhando.Adoro uma boa comida preparada com paixão.

ALEJANDRO - (sorrindo) Será un placer recibirte, señora. Voy a cocinar algo especial para ti.

 

Marsala sorri, enquanto eles continuam conversando animadamente. Chegam no hotel onde Alehandro está hospedado.

 

MARSALA - (parando o carro) Aqui estamos. Tem certeza que não quer ir ao hospital?

ALEJANDRO - (sorrindo) No, gracias. Estoy bien. Eres muy amable.

MARSALA - (sorrindo) Apenas fazendo o que é certo. Mas, por favor, cuide-se. E se precisar de algo, me procure.

ALEJANDRO - (com um olhar agradecido) Gracias, señora. Eres muy buena persona. Nos veremos en el restaurante.

 

Marsala acena e assiste enquanto Alejandro entra em sua casa. Ela solta um suspiro.




 

CENA 05. MANSÃO DE JULIANO. QUARTO PRINCIPAL. NOITE

Inara entra no quarto, batendo a porta com força. Seus passos ecoam pelo chão de mármore enquanto ela caminha de um lado para o outro, os punhos cerrados e o rosto vermelho de raiva. Ela respira fundo, tentando conter a fúria.

 

 

INARA - (gritando) Isso tudo é culpa dele.  Depois de tudo o que passamos, depois de tudo o que sacrifiquei! (ela agarra um vaso de flores na mesa de cabeceira e o lança contra a parede, onde ele se quebra em mil pedaços)

 

A respiração de Inara está pesada, o coração batendo acelerado. Ela olha ao redor do quarto, buscando algo mais para descontar sua raiva. Vê a foto dela e de Juliano no casamento, sorrindo felizes. O sorriso parece zombar dela agora.

 

INARA - (com os olhos marejados) E pensar que eu acreditei em cada palavra sua, Juliano. Cada maldita palavra! (ela pega a foto e a joga no chão, pisando nela com força) Maldito seja!

 

Com lágrimas escorrendo pelo rosto, ela se joga na cama, os punhos socando os travesseiros. A raiva e a tristeza se misturam em um turbilhão de emoções. Ela segura o travesseiro com força, quase o rasgando.

 

INARA - (gritando no travesseiro) Por que, Juliano? Por que me fazer isso? Eu não mereço isso!

 

Ela se senta na cama, ofegante, olhando para o espelho. Sua própria imagem a encara, pálida e perturbada. Ela se levanta novamente, caminhando até o espelho.

 

INARA - (para o espelho) Olha para você, Inara. Que tola você foi, acreditando que ele mudaria, que ficaria ao seu lado para sempre. (ela toca o espelho, como se tentasse consolar a si mesma) Você merece mais. Você merece alguém que te valorize, que te ame de verdade.

 

Ela se afasta do espelho, caminhando até o armário. Abre a porta com força, tirando várias roupas e jogando no chão.

 

INARA - (falando sozinha) Preciso sair daqui. Preciso respirar, pensar. Mas para onde? O que eu vou fazer agora?

 

Ela para por um momento, pegando uma jaqueta e a jogando sobre os ombros. Pega sua bolsa e se olha uma última vez no espelho.

 

INARA - (determinada) Eu não vou deixar ele me destruir. Eu sou mais forte do que isso. (ela respira fundo, tentando se acalmar) Vou dar uma volta, clarear a mente. Talvez assim eu consiga pensar em algo.

 

Ao sair do quarto, ela para na porta, olhando para a bagunça que deixou para trás.

 

 

CENA 06. MANSÃO DE JULIANO. SALA. NOITE

Inara atravessa a sala de estar, passando pelas decorações luxuosas e móveis caros. Cada detalhe parece zombar dela, lembrando-a das promessas vazias e da vida que pensava estar construindo.

 

INARA - (sussurrando para si mesma) Eu não vou mais chorar por ele. Já chega!

 

Ela passa pela mesa de centro, onde há um copo de uísque pela metade. Inara pega o copo e o vira, bebendo tudo de uma vez só. O líquido queima sua garganta, mas a dor parece aliviar um pouco a tensão.

 

INARA - (com um sorriso amargo) Brindemos ao fim das ilusões.

 

Ela coloca o copo de volta na mesa com força, quase quebrando. Caminha até a porta da frente e a abre, sentindo a brisa noturna acariciar seu rosto. Inara respira fundo, sentindo um pouco de alívio.

 

INARA - (determinada) Vamos ver do que sou capaz, Inara. A vida continua, e eu não vou desistir.

 

Inara sai pela porta, fechando-a atrás de si com um estrondo.

 

CENA 07. PRAIA. NOITE

Romina está sentada à beira da praia, observando as ondas enquanto mexe distraidamente em seu celular. Ela parece nervosa, olhando para o relógio de tempos em tempos. O mar ao fundo cria uma atmosfera de tranquilidade, contrastando com a inquietação de Romina. Ela veste uma saia longa e uma blusa leve, o cabelo preso em um rabo de cavalo despretensioso. De repente, ela percebe uma figura familiar se aproximando. É Juliano, que caminha apressadamente na sua direção.

 

JULIANO - (quase ofegante) Romina! Graças a Deus, você está bem! Eu estava tão preocupado. Não tive mais notícias suas desde... (ele se senta ao lado dela, os olhos cheios de preocupação)

ROMINA - (tentando manter a calma) Juliano, estou bem. Não precisava se preocupar assim. Eu só... precisava de um tempo.

JULIANO - (segurando as mãos dela) Não faz ideia do quanto senti sua falta. Romina, eu não consigo parar de pensar em você. Eu sei que as coisas ficaram complicadas, mas meu amor por você é mais forte do que qualquer obstáculo.

ROMINA - (incomodada, puxando as mãos de volta) Juliano, por favor. Não faça isso. Não agora.

JULIANO - (desesperado) Romina, você não entende. Eu tentei ficar longe, tentei me convencer de que o que eu sinto por você é apenas uma ilusão, mas é impossível. Eu te amo, Romina. Estou disposto a tudo por você, a sacrificar tudo.

ROMINA - (com os olhos marejados) E a Inara, Juliano? Você sabe que ela está arrasada. Ela não merece passar por isso.

JULIANO - (frustrado) Eu sei, eu sei... Mas eu também não posso sacrificar a minha felicidade. Eu mereço ser feliz, e a minha felicidade está com você.

ROMINA - (tentando ser racional) Juliano, você está confuso. Você precisa pensar nas consequências, no que isso pode fazer com a sua vida, com a vida da Inara e da Clarinha.

JULIANO - (tomando o rosto dela nas mãos) A única coisa que sei é que meu coração grita por você. Eu tentei negar, mas é impossível.

 

Juliano se inclina e beija Romina. O beijo é intenso, cheio de paixão e desespero. Romina, inicialmente relutante, cede por um breve momento, mas logo se afasta, confusa e ofegante. Nesse instante, Max aparece à distância, vendo a cena. Ele caminha rapidamente até eles, seu rosto com uma mistura de choque e raiva.


MAX - (com a voz firme) O que significa isso?

 

Romina se levanta rapidamente, afastando-se de Juliano, que também se levanta, surpreso com a chegada de Max. O silêncio que se segue é denso, carregado de tensão.

 

 


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