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Maria Flor - Capítulo 02



 Maria Flor - Capítulo 02

Cena 01: Casa da família Muniz - Cozinha - Noite

Maria chega em casa e triste por não ter conseguido vender quase nada. Com o pouco dinheiro que conseguiu comprou alimentos para seus irmãos. Ela prepara o jantar. Isabel e André comem.

André: Não vai comer irmã?
Maria: Não estou com fome.

Na verdade Maria não queria comer por ter pouca comida e assim poder deixar para seus irmãos.

Isabel: Não precisa se sacrificar tanto pela gente.
Maria: Não se preocupem comigo. O importante aqui são vocês.

Neste instante Ramiro chega em casa bêbado, em um estado deplorável.

Maria (brava): De novo bêbado pai?
Ramiro: Bêbado, eu?
Maria: O senhor está fedendo a cachaça.
Ramiro: Deixe de exagero. Eu só tomei uma dose hoje.
Maria: Como quer dar algum exemplo para seus filhos?
Ramiro: Pior exemplo do que a sua mãe não existe.
Maria: O senhor não pode ficar jogando a culpa de suas falhas na mamãe.
Ramiro: Você sempre protege ela. Aquela vagabunda.
Maria: Deixa de conversa. Precisamos de dinheiro para pagar o aluguel. Temos três dias apenas. Três dias.
Ramiro: Eu não tenho nenhum dinheiro. Nenhum.
Maria (brava): O senhor nunca tem dinheiro. Agora para a cachaça...
Ramiro: Me respeita garota. E não me amole mais. Ah!

Maria fica triste e pensativa e decide ir para o quarto.

Maria (pensando): Meu Deus o que vou fazer? Não posso deixar que nos expulsem daqui? Onde vamos morar? E meus irmãos? Não posso me dar por vencida. Tenho que dar tudo de mim.

No dia seguinte...


Cena 02: Casa da família Muniz - Escola - Dia

André e Isabel foram para a escola logo cedo e Maria saiu para conseguir dinheiro. Na escola Isabel é afrontada por suas colegas.

Priscila: Como assim você não tem um celular Isabel?
Isabel: É não tenho.
Priscila: Todo mundo na nossa idade tem.
Isabel: É que eu ainda vou ganhar.
Priscila: Quando?
Isabel: No meu aniversário.
Priscila: Quem vai te dar?
Isabel: Minha irmã Maria.
Priscila: Quero só ver em.

Isabel fica chateada por não ter um celular e suas colegas já terem.

Isabel (pensando): Por que eu tive que nascer pobre?


Cena 03: Casa da família Alvarez  - Dia

Thiago o primo odiado volta para casa após uma viagem. Ele então é confrontado por Malvina.

Malvina: Já voltou querido Thiago?
Thiago: Deixe de ser falsa tia Malvina.
Malvina: Tem razão. você não é querido por ninguém.
Thiago: Assim está melhor. Já fiquei sabendo do casamento do Eduardo e já adianto que não irei colaborar com nenhum centavo. Que usem dinheiro da mesada que dou a vocês.
Malvina: O que você nos dá não é uma mesada e sim uma esmola.
Thiago: Se contente com essa esmola. Vocês não merecem nada. Nada.
Malvina: Infeliz!
Thiago: Isso tia mostra quem você é de verdade.
Malvina: Não vamos precisar ficar aqui ouvindo suas grosserias e vivendo de esmolas e migalhas por muito tempo. Eduardo vai se casar com uma mulher rica e depois vamos embora daqui.
Thiago: Me avise o dia para fazer uma festa. Se contente com tudo que te dei.
Malvina: Você só faz isso pois está escrito no testamento de seu pai.
Thiago: Ele pediu que eu os deixasse morar aqui.
Malvina: Por que é tão cruel conosco Thiago?
Thiago: Simplesmente os odeio.
Malvina: Saiba que o sentimento é recíproco.
Thiago: Saia de minha frente tia, não quero mais falar com você.
Malvina: Só um aviso. O Eduardo pediu para que chamasse você para o casamento dele.
Thiago: Avise ele que não irei.
Malvina: Ótimo! Sua presença horrível só iria espantar os demais convidados.

Thiago sai bravo para seu quarto, enquanto Malvina o amaldiçoa.

Malvina (pensando): Sei que está doente. Espero que morra loga. Desgraçado!


Cena 04: Casa da família Alvarez - Quarto de Thiago - Dia

Thiago entra em seu quarto junto de seu fiel mordomo Bráulio.

Thiago: Não suporto mais a tia Malvina e seus filhos.
Bráulio: Tenha calma senhor.
Thiago: Adoraria me livrar deles, mas é bem melhor tê-los por perto e aumentar seu sofrimento.
Bráulio: O que pensa em fazer?
Thiago: Ainda não sei. Tenho pouco tempo.
Bráulio: Pouco tempo ?
Thiago: Sim. As suspeitas foram confirmadas, estou a beira da morte.
Bráulio: Calma senhor, vai dar tudo certo.
Thiago: Tenho pouco tempo, mas se eles pensam que vou deixar a fortuna para eles, estão enganados.
Bráulio: E o que pretende fazer?
Thiago: Ainda não sei. Mas vou pensar em algo. Eles vão me pagar muito caro ainda.


Cena 05: Rua - Tarde

Mostram cenas da batalha de Maria. A pobre jovem vende bilhetes de loteria e flores na rua para conseguir sustentar a família.


Cena 06: Loja de Eletrônicos - Tarde

Após a aula Isabel sai da escola e passa por uma loja de Eletrônicos onde vendem vários celulares. A jovem aprecia os aparelhos com desejo de possuir um. Ela então se lembra do dia em que pediu um para sua irmã e a mesma lhe disse que não possuía condições no momento.

Isabel (pensando): Eu jamais vou possuir um desses nessa vida pobre.

Isabel então decide roubar o aparelho e o esconde debaixo da manga da blusa, sem perceber que era observada por seguranças. A jovem então sai de perto dos aparelhos para ir embora e pensa em seu ato.

Isabel (pensando): Meu Deus, o que eu iria fazer. Não posso agir desta maneira. Não posso trazer mais problemas.

Ela decide voltar para colocar o aparelho no lugar, quando é abordada por um segurança.

Segurança: Devolva o aparelho sua ladra.
Isabel: Ladra? Eu não roubei nada.
Segurança: Estou vendo o aparelho escondido em sua manga.
Isabel: Me perdoe. Eu juro que iria devolver. Voltei por isso.
Isabel começa a chorar.
Segurança: Felizmente fez a coisa certa, mas terei que chamar seus responsáveis.
Isabel: Por favor não faça isso. Juro que nunca mais farei nada deste tipo.
Segurança: É isso ou vamos ter que fazer a denúncia.
Isabel fica apavorada, mas passa o número da casa da vizinha, pois em sua casa não tinha telefone. O gerente da loja liga para Filó, que passa o caso a Maria.



Cena 07: Rua - Tarde

Maria está vendendo na rua até que Filó chega desesperada a ela.

Maria: O que aconteceu Filó?
Filó: A Isabel se meteu em problemas.
Maria: Ai meu Deus. Que problemas?
Filó: Ela iria roubar um celular de uma loja, mas resolveu devolver e os segurança a pegou.
Maria: Roubar? Não posso acreditar em uma coisa dessas.
Filó: Eles não vão denunciá-lá pois não levou nada, mas exigem que o responsável vá buscar a menina no estabelecimento.
Maria: E agora, não sei onde é.
Filó: Eu sei onde fica. Vou contigo amiga.
Maria: Muito obrigada. Não sei o que seria de mim sem você.

As duas vão juntas buscar Isabel.


Cena 08: Casa da família Alvarez  - Tarde - Sala

Clara está conversando com seu irmão Eduardo sobre o casamento que será em dois dias até que Thiago chega.

Thiago: Só vim avisar que não irei a seu casamento.
Eduardo: Por quê?
Thiago: Não vou me misturar com vocês. E nem com aqueles que vão a esse circo.
Eduardo: Circo?
Clara: Para com isso Thiago.
Thiago: Cale sua boca prima.
Eduardo: Não fale assim com ela.
Clara: Pode deixar irmão. Não tem problema.
Thiago: Mas você é esperto primo vai se casar com uma rica, para sair daqui.
Eduardo: Não estou de olho no dinheiro da Paula. Eu a amo de verdade.
Thiago: Sei disso. Vocês só amam a si mesmo.

Thiago sai da sala e deixa os dois a sós.

Clara: O Thiago está cada vez mais amargurado.
Eduardo: Deixe. Isso só faz mal a ele.


Cena 09: Loja de Eletrônicos - Tarde

Maria chega na loja acompanhada de Filó e logo vai a sala do gerente buscar sua irmã. Ao reencontrá-la Maria logo diz:

Maria: Como pode fazer isso Isabel ?

Continua …



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