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Uma Estrela Caiu do Céu - Capítulo 01 (Reprise)


CENA 01: MATERNIDADE - QUARTO 15 - INTERIOR - NOITE

O ano é 1967.
Na maternidade, sem que ninguém veja, Sílvia, a enfermeira do hospital, chega com uma bandeja de comida para as gestantes. Ela aproveita e lembra o que Wanda pediu:
Lembrança:
Wanda fala com Sílvia sobre a troca de bebês.
WANDA — Uma coisa importante na ocasião da troca, Sílvia: a gestante Alzira tem que morrer. Ela não pode sobreviver!
Trêmula ali no hospital, Sílvia olha para Alzira, que dorme. Então ela coloca o “pó da morte” no café, que dá para Alzira, que acabou de acordar.
SÍLVIA — Com este café você vai se sentir bem.
ALZIRA — Obrigada.  
Alzira toma o café e, em seguida, adormece; já morta na cama.
Sílvia aproveita pega os bebês gêmeos.
Trêmula após fazer o serviço, Sílvia vai embora do quarto do hospital.
CORTA RÁPIDO PARA:

CENA 02. MATERNIDADE - CORREDOR - INTERIOR - NOITE
Sem que ninguém perceba, Sílvia sai do quarto onde estariam as gestantes Alzira e Sofia. Desconfiada, ela olha para os lados e nota que não há ninguém no hospital, somente ela. Então se esconde em um canto do corredor, pega o celular e liga imediatamente para Wanda.
SÍLVIA — Alô Wanda... Sim, já executei o serviço. Ela apagou na mesma hora, conforme o plano... E aí, qual é o próximo passo?
 WANDA — O próximo passo é você ficar calada, querida, mais nada. Tá?
SÍLVIA — Entendi... E o dinheiro?
WANDA — Calma, Sílvia... Você vai receber o dinheiro sim, ele já está reservado aqui na minha casa, esperando você busca-lo. Mas para ganhar o dinheiro, você precisa garantir que vai guardar segredo. É a sua vida que está em jogo e se você contar isso para alguém, eu te mato. Entendeu, Sílvia?
SÍLVIA — Tá bom. Eu prometo... Agora tenho que desligar... Vou para casa... Tá... Tchau...
Sílvia, trêmula, desliga o telefone, com a consciência pesando...
Em seguida, vai embora.
CORTA RÁPIDO PARA:

CENA 03: APARTAMENTO DE WANDA - INTERIOR - NOITE
Em seu apartamento, a vilã Wanda comemora o sucesso do plano com uma taça de vinho na mão.
Em seguida, pega o celular e faz uma ligação misteriosa.  
WANDA — Alô, chefia... É, fica tranquila, é hora de comemorar: o plano deu certo. A tonta da Sílvia fez tudo conforme a gente pediu... Agora é só esperar.
Wanda toma um pouco de vinho e ri.
CORTA PARA:

CENA 04: RIO DE JANEIRO - GERAIS - INTERIOR - DIA
Passam-se alguns anos...
E agora estamos em 2017. Planos de arquivo para a cidade do Rio de Janeiro e seguindo para a empresa de Beatriz.
CORTA PARA:

CENA 05: EMPRESA INÊS - DEPARTAMENTO(SALA) INTERIOR - DIA
No departamento da empresa de Inês, Lucas se surpreende com um aviso de Inês.
LUCAS — (levanta-se da cadeira) Macchu Picchu?!
INÊS — Sim, Lucas, você vai para Macchu Picchu investigar evidências concretas das antigas civilizações... Certamente vamos encontrar os vestígios e ganharemos muito dinheiro. Além de ficarmos famosos...
LUCAS — Gostei da ideia, chefe. Mas desta vez quem vai comigo?
INÊS — Ninguém. Você vai investigar sozinho. E qual é o problema?
LUCAS — Problema nenhum, chefe. Você só me pegou de surpresa. 
GUSTAVO — Cuidado para não fazer tudo errado, ouviu, Lucas?
INÊS — Mas só há um problema: você deverá tomar cuidado com a tribo indígena local.
LUCAS — Pode deixar, Inês. Hoje mesmo eu vou viajar pra lá.
INÊS — Excelente. Bom, a reunião está encerrada. Podem ir trabalhar.
Todos saem da sala de reuniões para seguirem aos seus trabalhos.
Inês, confiante de si, diz:
INÊS — Eu tenho certeza que essa minha inciativa vai dar certo. 
CORTA RÁPIDO PARA:

CENA 06: MATA - TRIBO INDÍGENA - INTERIOR - DIA
Serena e Anhandí chegam à mata, repleta de vegetações, animais e árvores frutíferas, e longe da tribo.  
ANHANDÍ — Ai, essa mata me dá calafrios... Tenho medo de ser picada por uma cobra. Estou aqui só por um pedido da minha mãe.
SERENA — Calma, Anhandí, fique tranquila. Não tenha medo da natureza.
ANHANDÍ — Serena, você diz assim é porque que você já é a mãe da natureza. Vem aqui nesta mata frequentemente.
SERENA — Não exagere, Anhandí. Agora apanhemos as frutas e depois conversamos.
ANHANDÍ — Você que manda, Serena.
Serena e Anhandí apanham as frutas e colocam na cesta. Anhandí então grita ao ver uma aranha.
ANHANDÍ — (desesperada, bate os pés no chão, quase chora) Socorro! Socorro, Serena! Uma aranha, ai, tira ela dai, Serena, por favor!
Serena olha para a amiga preocupada e diz:
SERENA — Calma, Anhandí, é só uma aranha.
ANHANDÍ — Mas ela é muito perigosa.
SERENA — Deixe que eu tire. (tira a aranha da árvore frutífera, e completa:) Pronto. Agora podemos voltar ao nosso trabalho.
ANHANDÍ — Ah, obrigada, Serena. Eu não sei o que faria sem você. Imagine se eu ficasse sozinha nessa mata, iria me perder completamente!
SERENA — Amiga é para essas coisas.
Serena e Anhandí colhem diversas frutas.
A cena é cortada e Serena e Anhandí colhem as últimas cerejas.
SERENA — Pronto, agora podemos ir.
ANHANDÍ — Não vejo a hora de sair daqui.
Serena e Anhandí saem da mata.
CORTA RÁPIDO PARA:

CENA 07: TRIBO INDÍGENA - CASA ENCARNAÇÃO - INTERIOR - DIA
Puja e Ophélio se beijam apaixonadamente.
PUJA — Ai, meu amor, eu te amo!
OPHÉLIO — Eu também te amo, Puja.
PUJA — Hoje mesmo anunciaremos o noivado! Ah, estou tão animado!
Neste momento, Encarnação surge ali, brava.
ENCARNAÇÃO — E eu não gosto nada disso. Podia casar com um homem melhor, Puja! Meu desejo é sair desta tribo. Estou aqui por uma decisão do seu pai, o Quincão.
PUJA — Mãe, eu e Ophélio vamos nos casar, sim. Respeite minha decisão e não se intrometa.
ENCARNAÇÃO — Então fique com esse seu namoradinho, eu tenho coisas de extrema importância para cuidar.
Encarnação sai de cena.
Puja e Ophélio voltam a se beijar.
CORTA RÁPIDO PARA:

CENA 08: TRIBO INDÍGENA - FRENTE DA CASA ALFRE - INTERIOR - DIA
Encarnação sai de sua casa e encontra Cadore. O homem a vê e se aproxima dela.
CADORE — Encarnação, você está bonita como sempre. (beija a mão de Encarnação).
ENCARNAÇÃO — Digo o mesmo a você, Cadore. E aí, animado para a festa de São João?
CADORE — Estou a irradiar de felicidade, ansioso para essa festa!
ENCARNAÇÃO — Você adora festas, não é, Cadore?
CADORE — Sim... Agora preciso ir, um beijo. (beija Encarnação no rosto). 
Neste momento, Quincão chega e percebe a aproximação de Encarnação e Cadore: esse para.
QUINCÃO — Mas o que está acontecendo aqui, hein, seu Cadore? Eu exijo uma explicação concreta.
ENCARNAÇÃO — Acalme-se, Quincão, só estou conversando com o Cadore.
QUINCÃO — Você não acha que tem muito trabalho a fazer?
ENCARNAÇÃO — Sim. Mas não vamos discutir. Voltemos ao nosso trabalho, que é colher flores para enfeitar a Catedral de São João.
Quincão e Encarnação colhem as últimas flores do jardim e Cadore vai embora.
CORTA RÁPIDO PARA:

CENA 09: RESTAURANTE DE MARIANA - INTERIOR - DIA
Mariana inaugura seu restaurante, com Apolo
APOLO — Preparada para cortar a fita, meu amor? 
MARIANA — Estou tão feliz, Apolo, que minhas mãos estão querendo tremer! Ah, esse sempre foi o nosso sonho: inaugurar um restaurante.
Com a tesoura na mão, Mariana se prepara para cortar a fita. A vizinhança torce pela jovem!
VIZINHANÇA — Mariana! Mariana! 
ELISINHA — Ai, como nossa filha está linda, Moacir. 
MOACIR — Sim, Elisinha, graças a Deus está muito feliz, realizando mais um sonho. 
NATÁLIA — Estou muito feliz pela minha irmã. 
Mariana se prepara para cortar a fita: 
APOLO — Vamos lá, Mariana, você consegue! Vamos! Confie em mim!
Mariana se prepara para cortar a fita, mas desmaia! 
Todos se preocupam. Elisinha se aproxima da filha:
ELISINHA — Ai, minha filha, fala comigo, fala comigo! 
APOLO — Acho que é melhor leva-la para o hospital, dona Elisinha. 
ELISINHA — Sim, Apolo. Ligue para a ambulância imediatamente, Natália. 
Elisinha se preocupa com a filha. 
MOACIR — Calma Elisinha, vai ficar tudo bem. 
Enquanto isso, Natália liga para ambulância. 
NATÁLIA — Alô ambulância... Minha irmã está aqui desmaiada na Rua dos Passos, 590... Tá bom... Venha imediatamente. Obrigada... 
Natália desliga o celular e avisa a Elisinha:
NATÁLIA — A ambulância já está a caminho mãe. 
ELISINHA — Ah, obrigada, Natália. 
Elisinha abraça a Natália.
NATÁLIA — Não fique triste não, mãe, minha irmã vai se recuperar logo. 
ELISINHA — Eu sei que sim filha, também creio!
CORTA PARA:

CENA 09: RIO DE JANEIRO- INTERIOR - DIA
Vista superior da cidade, destacando principalmente a indescritível figura do Cristo Redentor!
Cenas da praia, figurantes brincam nas águas do mar... Ah, um verão daqueles!
Paisagem linda, céu vai se fechando até virar noite... O tempo passa rápido.
CORTA RÁPIDO PARA:

CENA 10: TREM - INTERIOR - NOITE
Lucas viaja no trem para Macchu Picchu na bancada 11-12. Durante a noite, ele lê um livro, e dorme. Não para quieto. Ansioso para o término da viagem, vai folheando as páginas do livro..
CORTA RÁPIDO PARA:

CENA 11:ESTAÇÃO DE TREM - MACCHU PICHU/ - INTERIOR - NOITE
Depois de 14h dentro do trem, ainda é noite, e ele desce na estação.
CORTA RÁPIDO PARA:

CENA 12: TRIBO INDÍGENA - INTERIOR - NOITE
Festa de São João, da Catedral dos índios. Uma tribo significativamente evoluída em meios tecnológicos. Dançam forró, cada um especialmente com seu par, e naquela alegria só, tirando o pé do chão!
Uma festança infinita, inacabável, de fato.
Foca em Serena e Rafael, os casais principais da dança.
RAFAEL —Tô gostando da festa! A decoração está boa e a música, nossa! E você, Serena?
SERENA — Também. Melhor que no ano passado: mais música, mais animação. Vejam como estão todos.
Serena aponta para outros casais da dança.
CORTA RÁPIDO PARA:

CENA 13/MACCHU PICCHU/CIDADE DOS INCAS/INT/NOITE
Após ter descido na estação de trem, Lucas vai direto para a cidade dos incas, nos antepassados, e não quer saber se nem é dia ou noite! 
Ele chega e dá uma explorada no local.
CORTA RÁPIDO PARA:

CENA 14/TRIBO INDÍGENA/INT/NOITE
Continua a festa dos índios. Com muita música, eles dançam ao redor da fogueira feita especialmente para São João. Lucas, ao explorar a região, fica surpreso ao ver a tribo concentrada naquele local.
Escondido atrás de uma árvore, Lucas observa a festa da tribo. Todos estão dançando e se divertindo ao som de muita música. Ele constata:
LUCAS — Fascinante! Realmente, eu não sabia que haviam pessoas concentradas aqui. Vou dar uma olhada mais de perto, quem sabe faço novas amizades.
Lucas tenta chegar mais perto da tribo, mas tropeça numa pedra e acaba caindo.
Os índios gritam:
ÍNDIOS — Humano!!!!
Imediatamente todos os índios apontam o arco e flecha para Lucas. O homem, tenso, se apavora.


E HOJE, 9 DA NOITE
ESTRÉIA
DE SELMA DUMONT



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