CENA 01.CEMITÉRIO/INT./TARDE.
Giacomo- (chorando) Essa culpa não
passa ...
Cesar
ao perceber o desespero do patrão, corre para acudi-lo.
Cesar- Senhor, está tudo bem? – diz estendendo a mão.
Giacomo
respira fundo.
Giacomo- Tire-me deste lugar antes
que me perca em meus próprios pensamentos.
CENA 02.MANSÃO RANGEL/QUARTO DE ARTUR/TARDE.
Artur,
se levanta da cama, completamente nu , vai até a gaveta do seu armário e pega
uma cueca. Prontamente ele veste enquanto Aurora o observa.
Aurora- (sorrindo)Foi incrível...
Artur
apenas faz um sinal de positivo com a cabeça.
Aurora,
enrolada no lençol, se levanta. Ela caminha até Artur, que está sentado, e
começa a acariciar seu cabelo.
Aurora- O que foi? Se arrependeu?
Artur- Não é isso... Sabe, me sinto mal.
Aurora- Artur, é a coisa mais
normal do mundo dois noivos transarem hoje em dia.
Artur
se levanta, vai até a janela e volta em seguida.
Artur- Esse é o problema. “Noivos!” , Essa é uma
palavra que traz consigo um fardo muito grande.
Aurora- Você tá querendo dizer que
eu sou um fardo!?
Artur- Não , em hipótese alguma eu diria isso. Me
refiro ao peso de um casamento.
Artur
se senta ao lado dela.
Artur- Você se sente preparada, melhor dizendo,
você me ama realmente a ponto de querer levar essa história de casamento a
diante.
Aurora- (ressabiada) Mas é claro
que sim, ora essa.
Aurora
se levanta.
Aurora- (olhos marejados) Claro que
amo você , além do mais, que motivos teria para querer ser sua esposa, se não
fosse o fato de te amar?
Artur
se levanta e caminha até a ela.
Artur- Eu sinto que não está havendo sinceridade
nessa relação. Nem da minha parte e nem da sua!
Aurora- (olhos marejados) Você não
deveria tentar falar pelos outros.
Aurora
começa a recolher suas roupas.
Artur- Espera, o que está fazendo?
Aurora- Estou indo para minha casa
antes que essa conversa tome o rumo de uma seria discussão.
Artur- Aurora, precisamos conversar.
Aurora- Eu não quero conversar.
Aurora
vai até a porta do quarto, a abre e sai.
Artur
passa a mão na cabeça.
CENA 03.MANSÃO STEPHEN/QUARTO DE MARIA/TARDE.
Soraya,
altiva, entra no quarto de Maria. Ela tenta se comunicar com a filha caçula,
mas o estridente som do rádio com um rock no último volume, não permite.
Soraya
caminha até o som e desliga. Maria, que dançava distraída, para.
Maria- Fala sério,mãe. Por que fez isso?
Soraya- Precisamos conversar
seriamente, mocinha.
Maria- Olha, não tô muito afim.
Maria
faz menção em ligar o som novamente.
Soraya- (olhar de raiva) Atreva-se
a ligar esse som e vai ver o que te acontece.
Maria- (ríspida) Vai me bater, querida?
Soraya- Cala a boca e senta a bunda
nessa cama.
A
contragosto Maria obdece.
Soraya- Quer dizer então que você
vai ficar em casa 1 semana, pois seu colégio vai entrar em recesso para
reforma?
Maria- Foi o que te disse, não foi?
Soraya- Acontece que você mentiu
para mim.
Maria
a olha assustada.
Soraya- Tive que ir até o colégio
hoje para pegar o novo carnê de pagamento e descobri que você foi suspensa por
praticar bullying novamente com a tal da Clara.
Maria- Aquela mosca morta não aguenta ouvir a
verdade.
Soraya- Chamar a mãe de outra
menina de bêbada pode lhe custar a falta de um dente na boca e eu não vou poder
fazer nada pra te defender.
Maria- Eu só disse o que todos vêem, mas não tem
coragem de falar: A mãe dela é uma cachaceira!
Soraya- Eu não me importo com o que
ela é ou deixa de ser, mas a partir do momento em que suas atitudes me trazem
problemas, ai a coisa complica.
Soraya
abre a bolsa e tira um boleto pago. Ela abre e mostra a Maria.
Soraya- Isso aqui é o valor absurdo
que pago para você se manter nessa escola. É muito dinheiro!
Maria
a encara. Soraya se aproxima e num acesso de fúria, esfrega o papel no rosto de
Maria. A menina começa a gritar.
Anita
entra no quarto e afasta Soraya.
Anita- (assustada) Mãe, você tá louca?
Soraya- (gritando) Isso é pra essa
fedelha sempre lembrar de que se ela quiser ser a peste da escola, que seja,
mas saiba ser. O que eu não quero é ver meu dinheiro indo ralo a baixo.
Soraya
sai do quarto e bate a porta.
Maria
chora descontroladamente.
Anita
tenta se aproximar, mas é expulsa do quarto.
CENA 04.ALCOÓLICOS ANÔNIMOS/INT./TARDE.
Um
grupo de pessoas aparecem sentados, formados em círculo, dentro de uma sala.
Dentre essas pessoas está Marcela, que observa atentamente os depoimentos.
Participante- ... Por que engano a
mim mesmo dizendo-me que devo ficar sem beber somente um dia, quando sei
perfeitamente bem que nunca mais posso beber em minha vida?
Não estou me enganando, porque um dia de cada vez é
provavelmente a única maneira pela qual eu posso alcançar o objetivo a longo
prazo de permanecer sóbrio.
Se eu determino que nunca mais vou beber na vida, me coloco
numa certa condição. Como posso ter certeza de não mais beber, quando não tenho
idéia do que me espera no futuro?
Na base de um dia de cada vez, tenho certeza de que posso
ficar sem beber por um dia. Assim, fico numa condição de confiança. No final do
dia tenho a recompensa da realização. A realização me faz sentir bem e faz com
que eu queira mais!
O
Coordenador Daniel(Bruno Garcia), se levanta e aplaude o
depoimento.
Daniel- Como acabou de descrever
nosso amigo, o intuito aqui é combater esse desejo um dia de cada vez até
alcançarmos o nosso objetivo final. Aqui todos vocês encontrarão a ajuda e o
ombro amigo que tanto procuram. Alguém mais gostaria de compartilhar conosco
sua história?
Uma
mulher levanta a mão.
Daniel- (p/a mulher) Como se chama?
Valéria – Me chamo Valéria.
Daniel – Muito prazer, Valéria.
Quando se sentir a vontade, pode começa a contar a sua experiência.
Valéria
respira fundo.
Valéria- Fiz do álcool a minha paixão, meu rei, meu deus, meu tudo! A sensação
que o álcool me causava era de um êxtase pleno! Foram muitos anos caminhando
para a insanidade. Quase sem volta. Bebia e vigiava para que ninguém
desconfiasse.
Quando eu estava com a falada “ressaca“ ou abstinência era outra pessoa! Minhas
atitudes comportamentais eram visíveis, como por exemplo: era extremamente
fria; tolerância zero; soberba, orgulho, prepotência e arrogância, 100%;
humildade nem pensar! Imagina, eu era uma profissional competente, respeitada
por todos. Bebia com meu dinheiro, não pedia nada a ninguém e achava que podia
parar quando quisesse.
Mas não foi assim que aconteceu. Estava perdendo totalmente o domínio da minha
vida e das minhas atitudes! Tive um lapso de um despertar espiritual. Nesse dia
acordei e ainda estava enrolada em toalhas de banho. Entrei no banheiro e vi
claramente toda a situação real. Além da bagunça normal, pela primeira vez eu
vi a louça na tampa do vaso sanitário com alimentos crus: carne, ovo cru com
casca, arroz e outros. Para mim foi uma cena de horror. Me olhei no espelho, eu
estava com o rosto inchado e manchado, fiquei em estado de choque e
horrorizada. Nunca tinha notado que já estava neste nível!
A
cam percorre pela sala enquanto Valéria continua narrando sua história. A cada
palavra de Valéria, uma lágrima escorre pelo rosto de Marcela.
Valéria – (olhos marejados) Quando estou triste tenho os Doze Passos. Quando
vejo a coisa feia, tenho as Doze Tradições. Quando tenho duvidas, tenho a
literatura! Quando me sinto em perigo, tenho a Oração da Serenidade! Meu amor
pelo Poder Superior, que para mim é Deus, se tornou incondicional!
Fiquei com algumas sequelas? Sim... fiquei: viver com uma agenda e ter um
cronograma todos os dias para minhas atividades diárias! Mas, com a alegria da
certeza de hoje ser uma pessoa bem melhor!
Hoje sei que o alcoolismo é doença sem cura. Mas também sei que posso
estacioná-la, e evitar o primeiro gole.
Daniel
se levanta e caminha em direção a Valéria com um lenço em mãos.
CENA 05. PENSÃO/QUARTO DE LUIZA/TARDE.
Nieda
bate na porta e após a deixa de Luiza, entra.
Nieda- Com licença.
Luiza
se levanta da cama e ambas se olham fixamente.
Nieda- Bem, eu vim até aqui para ver como está.
Luiza- Estou bem, obrigada.
Nieda- Seria muito invasivo se eu perguntasse o
que houve.
Luiza
respira fundo.
Luiza- Sinceramente, nem eu sei...
Nieda- Desabafa comigo.
Luiza
volta a se sentar na cama e em seguida chama Nieda para fazer o mesmo.
Luiza- No momento em que toquei sua mão, passou um
filme na minha cabeça. Mas é estranho, pois foi algo que não presenciei , mas
você estava nele.
Nieda- Não entendi.
Luiza- Vi você , mais jovem, chorando muito.
Estavam te levando para algum lugar contra a sua vontade.
Nieda
se levanta.
Luiza- E ao fundo havia um homem com uma criança
no colo. A tal criança também chorava muito.
Nieda
se afasta.
Luiza- Aconteceu alguma coisa?
Nieda- (olhos marejados) Mas que tipo de
brincadeira é essa?
Luiza
se levanta e tenta se aproximar de Nieda, mas é empurrada.
Nieda- (grita) Eu não admito que caçoem da minha
dor.
Luiza- (assustada) Como assim, do que está
falando?
Com
a gritaria, Lola entra no quarto.
Lola- Gente, o que está acontecendo?
Nieda- (p/Lola) (gritando) Foi você não foi, sua
velha bruxa?
Lola
olha sem entender.
Nieda- (gritando) Com que direito você explana a
minha vida para essazinha?
Luiza- (p/Nieda) A Dona Lola não falou nada a seu
respeito.
Nieda- (grita) Cala a boca!
Lola- Nieda, pelo amor de Deus, como você pode
achar que eu faria isso?
Nieda- Vai querer que eu acredite que essa garota
adivinhou tudo sozinha?
Luiza- (p/Nieda) Primeiramente, acho melhor você
se acalmar...
Nieda- (gritando) E segundo, eu mandei você se
calar.
Sem
pensar, Nieda, esbofeteia Luiza, a fazendo cair no chão. Luiza, com os olhos
marejados de lágrimas, encara Nieda.
Lola,
com raiva , puxa Nieda.
Lola- (grita) Agora já chega, Nieda!
Nieda,
com raiva, sai do quarto. Lola corre para acudir Luiza.
CENA 06. MANSÃO STEPHEN/QUARTO DE
SORAYA/NOITE.
Anita
passa em frente ao quarto da mãe , e pela porta entreaberta, a vê ensaiando uma
dança com um lindo vestido. Sem bater, ela resolve entrar.
Anita- (sorrindo) Lindo vestido.
Soraya- (surpresa)Não sabe bater na
porta?
Anita- Só quis te fazer um elogio.
Soraya
a olha com desdém.
Soraya- Elogio pra mim seria ver
você comigo e com suas irmãs, amanhã, entrando naquela cerimônia , passando
pelo tapete vermelho. Todas as quatro, deslumbrantes.
Anita- Cada uma vai deslumbrante da maneira que preferir.
Soraya- Se for pra aparecer com
essas roupas de gata borralheira, é melhor nem ir. Não quero ser motivo de
piada.
Anita- Claro, pra você eu sou motivo de piada.
Soraya- Claro que não minha filha.
Eu sei que tudo o que faz é pra tentar me atingir.
Anita- Acha que
me finjo de lésbica para te atingir?
Soraya
se vira para o espelho e finge não escutar. Anita se aproxima por traz dela.
Anita- Não mesmo, né verdade?
Soraya- Eu não quero ter essa
conversa com você. Fora daqui!
Anita- Você tem medo do desconhecido.
Soraya
se vira e fica cara a cara com Anita.
Soraya- Eu não tenho medo de nada.
O que eu nunca vou entender é como dois seres humanos conseguem sentir prazer
em algo que carrega no meio de suas próprias pernas
Anita gargalha.
Anita- Homossexualidade não se resume a um simples
desejo. Vai muito além disso, mas você não se permite entender.
Soraya- Nem eu e nem o mundo. Deus
não gosta disso! Por isso que matam pessoas como você e eu, infelizmente, não
posso fazer nada.
Anita- (olhos marejados) Tem noção do que está
dizendo?
Soraya- (com raiva) Tem noção do
que está fazendo? (t) Anita, eu não quero que você vire mais uma
estatística. Mude enquanto há tempo. Conserte o desgosto que você trouxe pra
minha vida.
Anita se aproxima do ouvido de Soraya.
Anita- (sussurrando e chorando) Você é doente!
Anita da as costas e sai.
Soraya fica por um tempo olhando para o nada. Ao olhar
para o lado , seu olhar vai de encontro a tevê do vizinho. Soraya se aproxima
da janela e imagina que na televisão do vizinho , está passando uma matéria ,
onde Anita , se assume lésbica.
Soraya- (em êxtase) Eu não posso permitir
que você me destrua. Não posso!
CENA 07. COMPILAÇÃO DE IMAGENS.
É mostrada cenas de Ipanema até o amanhecer do dia.
CENA 08.IPANEMA/PRAIA/MANHÃ.
Com
fones de ouvido e roupa de academia, Soraya corre pela orla , assim com outras
pessoas.
Algum
tempo depois, Soraya para em um quiosque.
Soraya- (p/o atendente) Uma água de
côco, por gentileza.
Prontamente
o atendente pega um côco na geladeira , faz um furo , coloca um canudo e
entrega a Soraya.
Soraya- Ainda bem que voltaram a
liberar o funcionamento.
Atendente- Pois é, dona.
Soraya- Essa pandemia só veio pra
ferrar com nossa vida. Quem iria imaginar que teríamos que parar de viver.
Atendente- É precaução, Dona.
Soraya- Precaução é uma ova. Não
podem impedir a gente de viver nossas vidas.
O
atendente apenas a olha.
Soraya- Hoje mesmo teria um mega
evento e agora ficou restrito a uma pequena recepção com média de 30 pessoas.
Olha, esse tal protocolo de segurança tá me dando nos nervos.
Soraya
entrega uma nota de 10 reais ao atendente.
Soraya- Pode ficar com o troco. Tchau.
Soraya
volta a correr.
CENA 09. PENSÃO DE LOLA/COZINHA/MANHÃ.
Sentadas
a mesa , estão Luiza e Lola tomando café da manhã.
Com
feição triste, Nieda se aproxima. Luiza faz menção em se levantar.
Nieda- (p/Luiza) Por favor, não.
Luiza
para e a encara por alguns instantes.
Luiza- O que foi, quer me bater de novo?
Nieda- (interrompendo) Não é nada disso. Luiza,
dona Lola, vocês não imaginam como estou envergonhada e gostaria muito que me
perdoassem.
Lola- Nieda, sua atitude ontem foi horrível. O que
você fez , não se faz.
Nieda- Eu sei e por isso vim pedir desculpas.
Fiquem fora de mim. A história do meu passado ainda me machuca muito, sabe.
Luiza
se aproxima.
Luiza- Eu entendo e por isso te perdoo.
Nieda- Obrigada.
Ambas
se olham e sorriem.
Luiza- Bom meninas, agora eu preciso ir trabalhar.
CENA 10.COLÉGIO/SALA DE AULA/MANHÃ
Clara,
Lucas e Nico, assim como outros alunos estão na sala a espera do novo
professor.
Clara- (p/Nico) Sabe, fiquei meio chateada pela
Maria ter sido suspensa.
Lucas- Chateada? Você é boba ou o que? A Maria
vive te humilhando...
Clara- Não se paga maldade com maldade.
Lucas- Essa garota é o cão. Teve só o que mereceu.
Nico
, que estava a todo tempo prestando atenção na conversa, se aproxima.
Nico- (sorrindo) Não se preocupe, pois quando ela
voltar, estaremos ainda pior. Escreve o que estou dizendo, Clara.
Lucas- Claro , um carrapato feito você , precisa
das ordens da patroa má para continuar maltratando e humilhando as pessoas.
Nico- Por acaso eu falei com você , bolsista de
merda.
Lucas
se levanta e ameaça partir pra cima de Nico, mas o professor novo entra e acaba
com o clima.
Raul- (p/todos) Bom dia, me chamo Raul e a partir
de agora serei seu novo professor de língua portuguesa.
Raul sorri diante de todos.
CENA 11. APARTAMENTO DE MARCELA/QUARTO
PRINCIPAL/MANHÃ.
Renata,
com uma bandeja de café da manhã, entra no quarto , acordando Marcela.
Renata- (sorrindo) Bom dia,
irmãzinha. Trouxe um café bem reforçado pra você.
Marcela- Que delícia...
Renata
coloca a bandeja sobre a cama.
Marcela- E Domini, onde está?
Renata- Hoje foi para o escritório
mais cedo que de costume.
Marcela
muda a feição.
Renata- Vocês brigaram de novo
ontem, né?
Marcela- Deu pra ouvir os gritos?
Renata- Só por alto.
Marcela- Aí minha irmã, o Domini não
acredita que agora estou levando as reuniões do AA a sério. Ele acha que a
qualquer momento eu vou ter uma recaída e voltarei a beber.
Renata- Poxa Marcela, dá tempo ao
tempo. Aos poucos ele vai percebendo que você está mesmo empenhada em largar a
bebida.
Marcela- Sabe, eu nem sei o que
faria se não tivesse você por perto. (Marcela estende a mão e acaricia a mão
de Renata) Obrigada por tudo.
Renata- Não precisa agradecer. Tudo
o que faço é porque amo você minha irmã.
Marcela
a olha com um sorriso no rosto.
Renata- Bem, vamos tratar de tomar
logo esse café.
Marcela- Só um minuto, vou escovar
os dentes primeiro.
Marcela
se levanta e vai até o banheiro da suite.
Neste
momento, Renata, vê uma cueca de Domini no chão. Ela logo levanta e pega.
Renata- (p/si) Ai Domini...
Renata
começa a cheirar a cueca e a pressiona-la contra seu corpo.
Renata- (p/si) Quando é que você
vai deixar essa bêbada de lado e olhar pra mim? (t) Eu te amo tanto!
CENA 12.RUA/MANHÃ
Luiza
anda pela rua distraída e na hora de atravessar a rua nem se dá conta que o
sinal está prestes a abrir.
Dentro
de um carro parado ao sinal, está Artur. O sinal abre no mesmo instante em que
o celular dele toca.
Luiza
atravessa a rua e Artur acelera.
No
instante em que está quase atropelando Luiza, no reflexo, Artur freia o carro.
Com o susto, Luiza se desequilibra e cai.
Artur,
desesperado, sai do carro e corre para acudi-la.
Ao
se aproximar , Artur se dá conta de que a mulher é Luiza.
Sonoplastia on: “Um amor puro- Iza & Maria Gadú”
Artur- (surpreso) Você!?
Ambos
se olham sem dizer nada.
Obrigado pelo seu comentário!