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RAZÃO PARA VIVER - CAPÍTULO 02:

 



-CAPÍTULO 002-

CENA 01.CEMITÉRIO/INT./TARDE.

Giacomo- (chorando) Essa culpa não passa ...

 

Cesar ao perceber o desespero do patrão, corre para acudi-lo.

 

Cesar- Senhor, está tudo bem? – diz estendendo a mão.

 

Giacomo respira fundo.

 

Giacomo- Tire-me deste lugar antes que me perca em meus próprios pensamentos.

 

CENA 02.MANSÃO RANGEL/QUARTO DE ARTUR/TARDE.

Artur, se levanta da cama, completamente nu , vai até a gaveta do seu armário e pega uma cueca. Prontamente ele veste enquanto Aurora o observa.

 

Aurora- (sorrindo)Foi incrível...

 

Artur apenas faz um sinal de positivo com a cabeça.

 

Aurora, enrolada no lençol, se levanta. Ela caminha até Artur, que está sentado, e começa a acariciar seu cabelo.

 

Aurora- O que foi? Se arrependeu?

Artur- Não é isso... Sabe, me sinto mal.

Aurora- Artur, é a coisa mais normal do mundo dois noivos transarem hoje em dia.

 

Artur se levanta, vai até a janela e volta em seguida.

 

Artur- Esse é o problema. “Noivos!” , Essa é uma palavra que traz consigo um fardo muito grande.

Aurora- Você tá querendo dizer que eu sou um fardo!?

Artur- Não , em hipótese alguma eu diria isso. Me refiro ao peso de um casamento.

 

Artur se senta ao lado dela.

 

Artur- Você se sente preparada, melhor dizendo, você me ama realmente a ponto de querer levar essa história de casamento a diante.

Aurora- (ressabiada) Mas é claro que sim, ora essa.

 

Aurora se levanta.

 

Aurora- (olhos marejados) Claro que amo você , além do mais, que motivos teria para querer ser sua esposa, se não fosse o fato de te amar?

 

Artur se levanta e caminha até a ela.

 

Artur- Eu sinto que não está havendo sinceridade nessa relação. Nem da minha parte e nem da sua!

Aurora- (olhos marejados) Você não deveria tentar falar pelos outros.

 

Aurora começa a recolher suas roupas.

 

Artur- Espera, o que está fazendo?

Aurora- Estou indo para minha casa antes que essa conversa tome o rumo de uma seria discussão.

Artur- Aurora, precisamos conversar.

Aurora- Eu não quero conversar.

 

Aurora vai até a porta do quarto, a abre e sai.

Artur passa a mão na cabeça.

 

CENA 03.MANSÃO STEPHEN/QUARTO DE MARIA/TARDE.

Soraya, altiva, entra no quarto de Maria. Ela tenta se comunicar com a filha caçula, mas o estridente som do rádio com um rock no último volume, não permite.

Soraya caminha até o som e desliga. Maria, que dançava distraída, para.

 

Maria- Fala sério,mãe. Por que fez isso?

Soraya- Precisamos conversar seriamente, mocinha.

Maria- Olha, não tô muito afim.

 

Maria faz menção em ligar o som novamente.

 

Soraya- (olhar de raiva) Atreva-se a ligar esse som e vai ver o que te acontece.

Maria- (ríspida) Vai me bater, querida?

Soraya- Cala a boca e senta a bunda nessa cama.

 

A contragosto Maria obdece.

 

Soraya- Quer dizer então que você vai ficar em casa 1 semana, pois seu colégio vai entrar em recesso para reforma?

Maria- Foi o que te disse, não foi?

Soraya- Acontece que você mentiu para mim.

 

Maria a olha assustada.

 

Soraya- Tive que ir até o colégio hoje para pegar o novo carnê de pagamento e descobri que você foi suspensa por praticar bullying novamente com a tal da Clara.

Maria- Aquela mosca morta não aguenta ouvir a verdade.

Soraya- Chamar a mãe de outra menina de bêbada pode lhe custar a falta de um dente na boca e eu não vou poder fazer nada pra te defender.

Maria- Eu só disse o que todos vêem, mas não tem coragem de falar: A mãe dela é uma cachaceira!

Soraya- Eu não me importo com o que ela é ou deixa de ser, mas a partir do momento em que suas atitudes me trazem problemas, ai a coisa complica.

 

Soraya abre a bolsa e tira um boleto pago. Ela abre e mostra a Maria.

 

Soraya- Isso aqui é o valor absurdo que pago para você se manter nessa escola. É muito dinheiro!

 

Maria a encara. Soraya se aproxima e num acesso de fúria, esfrega o papel no rosto de Maria. A menina começa a gritar.

Anita entra no quarto e afasta Soraya.

 

Anita- (assustada) Mãe, você tá louca?

Soraya- (gritando) Isso é pra essa fedelha sempre lembrar de que se ela quiser ser a peste da escola, que seja, mas saiba ser. O que eu não quero é ver meu dinheiro indo ralo a baixo.

 

Soraya sai do quarto e bate a porta.

Maria chora descontroladamente.

Anita tenta se aproximar, mas é expulsa do quarto.

 

CENA 04.ALCOÓLICOS ANÔNIMOS/INT./TARDE.

Um grupo de pessoas aparecem sentados, formados em círculo, dentro de uma sala. Dentre essas pessoas está Marcela, que observa atentamente os depoimentos.

 

Participante- ... Por que engano a mim mesmo dizendo-me que devo ficar sem beber somente um dia, quando sei perfeitamente bem que nunca mais posso beber em minha vida?

Não estou me enganando, porque um dia de cada vez é provavelmente a única maneira pela qual eu posso alcançar o objetivo a longo prazo de permanecer sóbrio.

Se eu determino que nunca mais vou beber na vida, me coloco numa certa condição. Como posso ter certeza de não mais beber, quando não tenho idéia do que me espera no futuro?

Na base de um dia de cada vez, tenho certeza de que posso ficar sem beber por um dia. Assim, fico numa condição de confiança. No final do dia tenho a recompensa da realização. A realização me faz sentir bem e faz com que eu queira mais!

 

O Coordenador Daniel(Bruno Garcia), se levanta e aplaude o depoimento.

 

Daniel- Como acabou de descrever nosso amigo, o intuito aqui é combater esse desejo um dia de cada vez até alcançarmos o nosso objetivo final. Aqui todos vocês encontrarão a ajuda e o ombro amigo que tanto procuram. Alguém mais gostaria de compartilhar conosco sua história?

 

Uma mulher levanta a mão.

 

Daniel- (p/a mulher) Como se chama?

Valéria – Me chamo Valéria.

Daniel – Muito prazer, Valéria. Quando se sentir a vontade, pode começa a contar a sua experiência.

 

Valéria respira fundo.

 

Valéria- Fiz do álcool a minha paixão, meu rei, meu deus, meu tudo! A sensação que o álcool me causava era de um êxtase pleno! Foram muitos anos caminhando para a insanidade. Quase sem volta. Bebia e vigiava para que ninguém desconfiasse.
    
Quando eu estava com a falada “ressaca“ ou abstinência era outra pessoa! Minhas atitudes comportamentais eram visíveis, como por exemplo: era extremamente fria; tolerância zero; soberba, orgulho, prepotência e arrogância, 100%; humildade nem pensar! Imagina, eu era uma profissional competente, respeitada por todos. Bebia com meu dinheiro, não pedia nada a ninguém e achava que podia parar quando quisesse.

Mas não foi assim que aconteceu. Estava perdendo totalmente o domínio da minha vida e das minhas atitudes! Tive um lapso de um despertar espiritual. Nesse dia acordei e ainda estava enrolada em toalhas de banho. Entrei no banheiro e vi claramente toda a situação real. Além da bagunça normal, pela primeira vez eu vi a louça na tampa do vaso sanitário com alimentos crus: carne, ovo cru com casca, arroz e outros. Para mim foi uma cena de horror. Me olhei no espelho, eu estava com o rosto inchado e manchado, fiquei em estado de choque e horrorizada. Nunca tinha notado que já estava neste nível!

 

A cam percorre pela sala enquanto Valéria continua narrando sua história. A cada palavra de Valéria, uma lágrima escorre pelo rosto de Marcela.

 

Valéria – (olhos marejados) Quando estou triste tenho os Doze Passos. Quando vejo a coisa feia, tenho as Doze Tradições. Quando tenho duvidas, tenho a literatura! Quando me sinto em perigo, tenho a Oração da Serenidade! Meu amor pelo Poder Superior, que para mim é Deus, se tornou incondicional!
Fiquei com algumas sequelas? Sim... fiquei: viver com uma agenda e ter um cronograma todos os dias para minhas atividades diárias! Mas, com a alegria da certeza de hoje ser uma pessoa bem melhor!
Hoje sei que o alcoolismo é doença sem cura. Mas também sei que posso estacioná-la, e evitar o primeiro gole.

 

Daniel se levanta e caminha em direção a Valéria com um lenço em mãos.

 

CENA 05. PENSÃO/QUARTO DE LUIZA/TARDE.

Nieda bate na porta e após a deixa de Luiza, entra.

 

Nieda- Com licença.

 

Luiza se levanta da cama e ambas se olham fixamente.

 

Nieda- Bem, eu vim até aqui para ver como está.

Luiza- Estou bem, obrigada.

Nieda- Seria muito invasivo se eu perguntasse o que houve.

 

Luiza respira fundo.

 

Luiza- Sinceramente, nem eu sei...

Nieda- Desabafa comigo.

 

Luiza volta a se sentar na cama e em seguida chama Nieda para fazer o mesmo.

 

Luiza- No momento em que toquei sua mão, passou um filme na minha cabeça. Mas é estranho, pois foi algo que não presenciei , mas você estava nele.

Nieda- Não entendi.

Luiza- Vi você , mais jovem, chorando muito. Estavam te levando para algum lugar contra a sua vontade.

 

Nieda se levanta.

 

Luiza- E ao fundo havia um homem com uma criança no colo. A tal criança também chorava muito.

 

Nieda se afasta.

 

Luiza- Aconteceu alguma coisa?

Nieda- (olhos marejados) Mas que tipo de brincadeira é essa?

 

Luiza se levanta e tenta se aproximar de Nieda, mas é empurrada.

 

Nieda- (grita) Eu não admito que caçoem da minha dor.

Luiza- (assustada) Como assim, do que está falando?

 

Com a gritaria, Lola entra no quarto.

 

Lola- Gente, o que está acontecendo?

Nieda- (p/Lola) (gritando) Foi você não foi, sua velha bruxa?

 

Lola olha sem entender.

 

Nieda- (gritando) Com que direito você explana a minha vida para essazinha?

Luiza- (p/Nieda) A Dona Lola não falou nada a seu respeito.

Nieda- (grita) Cala a boca!

Lola- Nieda, pelo amor de Deus, como você pode achar que eu faria isso?

Nieda- Vai querer que eu acredite que essa garota adivinhou tudo sozinha?

Luiza- (p/Nieda) Primeiramente, acho melhor você se acalmar...

Nieda- (gritando) E segundo, eu mandei você se calar.

 

Sem pensar, Nieda, esbofeteia Luiza, a fazendo cair no chão. Luiza, com os olhos marejados de lágrimas, encara Nieda.

 

Lola, com raiva , puxa Nieda.

 

Lola- (grita) Agora já chega, Nieda!

 

Nieda, com raiva, sai do quarto. Lola corre para acudir Luiza.

 

CENA 06. MANSÃO STEPHEN/QUARTO DE SORAYA/NOITE.

Anita passa em frente ao quarto da mãe , e pela porta entreaberta, a vê ensaiando uma dança com um lindo vestido. Sem bater, ela resolve entrar.

 

Anita- (sorrindo) Lindo vestido.

Soraya- (surpresa)Não sabe bater na porta?

Anita- Só quis te fazer um elogio.

 

Soraya a olha com desdém.

 

Soraya- Elogio pra mim seria ver você comigo e com suas irmãs, amanhã, entrando naquela cerimônia , passando pelo tapete vermelho. Todas as quatro, deslumbrantes.

Anita- Cada uma vai deslumbrante da maneira que preferir.

Soraya- Se for pra aparecer com essas roupas de gata borralheira, é melhor nem ir. Não quero ser motivo de piada.

Anita- Claro, pra você eu sou motivo de piada.

Soraya- Claro que não minha filha. Eu sei que tudo o que faz é pra tentar me atingir.

Anita- Acha que  me finjo de lésbica para te atingir?

 

Soraya se vira para o espelho e finge não escutar. Anita se aproxima por traz dela.

 

Anita- Não mesmo, né verdade?

Soraya- Eu não quero ter essa conversa com você. Fora daqui!

Anita- Você tem medo do desconhecido.

 

Soraya se vira e fica cara a cara com Anita.

 

Soraya- Eu não tenho medo de nada. O que eu nunca vou entender é como dois seres humanos conseguem sentir prazer em algo que carrega no meio de suas próprias pernas

 

Anita gargalha.

 

Anita- Homossexualidade não se resume a um simples desejo. Vai muito além disso, mas você não se permite entender.

Soraya- Nem eu e nem o mundo. Deus não gosta disso! Por isso que matam pessoas como você e eu, infelizmente, não posso fazer nada.

Anita- (olhos marejados) Tem noção do que está dizendo?

Soraya- (com raiva) Tem noção do que está fazendo? (t) Anita, eu não quero que você vire mais uma estatística. Mude enquanto há tempo. Conserte o desgosto que você trouxe pra minha vida.

 

Anita se aproxima do ouvido de Soraya.

 

Anita- (sussurrando e chorando) Você é doente!

 

Anita da as costas e sai.

 

Soraya fica por um tempo olhando para o nada. Ao olhar para o lado , seu olhar vai de encontro a tevê do vizinho. Soraya se aproxima da janela e imagina que na televisão do vizinho , está passando uma matéria , onde Anita , se assume lésbica.

 

Soraya- (em êxtase) Eu não posso permitir que você me destrua. Não posso!

 



CENA 07. COMPILAÇÃO DE IMAGENS.

É mostrada cenas de Ipanema até o amanhecer do dia.

 

CENA 08.IPANEMA/PRAIA/MANHÃ.

Com fones de ouvido e roupa de academia, Soraya corre pela orla , assim com outras pessoas.

Algum tempo depois, Soraya para em um quiosque.

 

Soraya- (p/o atendente) Uma água de côco, por gentileza.

 

Prontamente o atendente pega um côco na geladeira , faz um furo , coloca um canudo e entrega a Soraya.

 

Soraya- Ainda bem que voltaram a liberar o funcionamento.

Atendente- Pois é, dona.

Soraya- Essa pandemia só veio pra ferrar com nossa vida. Quem iria imaginar que teríamos que parar de viver.

Atendente- É precaução, Dona.

Soraya- Precaução é uma ova. Não podem impedir a gente de viver nossas vidas.

 

O atendente apenas a olha.

 

Soraya- Hoje mesmo teria um mega evento e agora ficou restrito a uma pequena recepção com média de 30 pessoas. Olha, esse tal protocolo de segurança tá me dando nos nervos.

 

Soraya entrega uma nota de 10 reais ao atendente.

 

Soraya- Pode ficar com o troco. Tchau.

 

Soraya volta a correr.

 

CENA 09. PENSÃO DE LOLA/COZINHA/MANHÃ.

Sentadas a mesa , estão Luiza e Lola tomando café da manhã.

Com feição triste, Nieda se aproxima. Luiza faz menção em se levantar.

 

Nieda- (p/Luiza) Por favor, não.

 

Luiza para e a encara por alguns instantes.

 

Luiza- O que foi, quer me bater de novo?

Nieda- (interrompendo) Não é nada disso. Luiza, dona Lola, vocês não imaginam como estou envergonhada e gostaria muito que me perdoassem.

Lola- Nieda, sua atitude ontem foi horrível. O que você fez , não se faz.

Nieda- Eu sei e por isso vim pedir desculpas. Fiquem fora de mim. A história do meu passado ainda me machuca muito, sabe.

 

Luiza se aproxima.

 

Luiza- Eu entendo e por isso te perdoo.

Nieda- Obrigada.

 

Ambas se olham e sorriem.

 

Luiza- Bom meninas, agora eu preciso ir trabalhar.

 

CENA 10.COLÉGIO/SALA DE AULA/MANHÃ

Clara, Lucas e Nico, assim como outros alunos estão na sala a espera do novo professor.

 

Clara- (p/Nico) Sabe, fiquei meio chateada pela Maria ter sido suspensa.

Lucas- Chateada? Você é boba ou o que? A Maria vive te humilhando...

Clara- Não se paga maldade com maldade.

Lucas- Essa garota é o cão. Teve só o que mereceu.

 

Nico , que estava a todo tempo prestando atenção na conversa, se aproxima.

 

Nico- (sorrindo) Não se preocupe, pois quando ela voltar, estaremos ainda pior. Escreve o que estou dizendo, Clara.

Lucas- Claro , um carrapato feito você , precisa das ordens da patroa má para continuar maltratando e humilhando as pessoas.

Nico- Por acaso eu falei com você , bolsista de merda.

 

Lucas se levanta e ameaça partir pra cima de Nico, mas o professor novo entra e acaba com o clima.

 

Raul- (p/todos) Bom dia, me chamo Raul e a partir de agora serei seu novo professor de língua portuguesa.

 

Raul sorri diante de todos.

 

CENA 11. APARTAMENTO DE MARCELA/QUARTO PRINCIPAL/MANHÃ.

Renata, com uma bandeja de café da manhã, entra no quarto , acordando Marcela.

 

Renata- (sorrindo) Bom dia, irmãzinha. Trouxe um café bem reforçado pra você.

Marcela- Que delícia...

 

Renata coloca a bandeja sobre a cama.

 

Marcela- E Domini, onde está?

Renata- Hoje foi para o escritório mais cedo que de costume.

 

Marcela muda a feição.

 

Renata- Vocês brigaram de novo ontem, né?

Marcela- Deu pra ouvir os gritos?

Renata- Só por alto.

Marcela- Aí minha irmã, o Domini não acredita que agora estou levando as reuniões do AA a sério. Ele acha que a qualquer momento eu vou ter uma recaída e voltarei a beber.

Renata- Poxa Marcela, dá tempo ao tempo. Aos poucos ele vai percebendo que você está mesmo empenhada em largar a bebida.

Marcela- Sabe, eu nem sei o que faria se não tivesse você por perto. (Marcela estende a mão e acaricia a mão de Renata) Obrigada por tudo.

Renata- Não precisa agradecer. Tudo o que faço é porque amo você minha irmã.

 

Marcela a olha com um sorriso no rosto.

 

Renata- Bem, vamos tratar de tomar logo esse café.

Marcela- Só um minuto, vou escovar os dentes primeiro.

 

Marcela se levanta e vai até o banheiro da suite.

Neste momento, Renata, vê uma cueca de Domini no chão. Ela logo levanta e pega.

 

Renata- (p/si) Ai Domini...

 

Renata começa a cheirar a cueca e a pressiona-la contra seu corpo.

 

Renata- (p/si) Quando é que você vai deixar essa bêbada de lado e olhar pra mim? (t) Eu te amo tanto!

 

CENA 12.RUA/MANHÃ

Luiza anda pela rua distraída e na hora de atravessar a rua nem se dá conta que o sinal está prestes a abrir.

Dentro de um carro parado ao sinal, está Artur. O sinal abre no mesmo instante em que o celular dele toca.

 

Luiza atravessa a rua e Artur acelera.

No instante em que está quase atropelando Luiza, no reflexo, Artur freia o carro. Com o susto, Luiza se desequilibra e cai.

Artur, desesperado, sai do carro e corre para acudi-la.

Ao se aproximar , Artur se dá conta de que a mulher é Luiza.

 

Sonoplastia on: “Um amor puro- Iza & Maria Gadú”

 

Artur- (surpreso) Você!?

 

Ambos se olham sem dizer nada.

 

A cam foca no olhar dos dois de maneira intercalada e em seguida a imagem congela.

 






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