Saudações, mancebos queridos!
Sejam muito bem-vindos a mais um Primeira Impressão! Como vocês estão?
De antemão eu gostaria de me
desculpar pelos vários domingos que faltei não vindo até vocês fazer críticas às
obras daqui do Mundo Virtual. Mas, assim como lhes assegurei no início de
minhas faltas, reafirmo agora que tudo isso será compensado, de forma que
teremos sim programas com críticas duplas, sem que minha lista ou os
pedidos de vocês sejam afetados. Dito isso, sigamos!
E a crítica de hoje é sobre Singularidade,
escrita por Anderson Silva e exibida no Megapro. Confiram a sinopse:
“Na tentativa de
finalmente ter um lar, Domênia acaba despertando um grande poder que
vai além de sua compressão. Acreditando que está no comando da situação, ela
perceberá que na verdade é apenas mais uma peça no jogo, sendo manipulada por
algo bem maior
que ela.”
Quando se trata de viagem no
tempo, muitos são os exemplos de obras do Cinema, da TV e da Literatura que
abordaram esse tema, de clássicos a sucessos recentes. E é interessante notar
como cada uma delas adota uma (digamos assim) vertente diferente de regras de como
o deslocamento temporal funciona. Afinal de contas, se você voltar no passado e
impedir que os seus pais se conheçam, o que acontecerá? Você desaparecerá pelo
fato de que seus pais nunca se conheceram e, por consequência, nunca se casaram
e tiveram você? Ou continuará vivo, mas tendo feito surgir uma nova linha do
tempo, uma ramificação da original que correrá em paralelo, mas onde você não
existirá e o curso das coisas será outro? Ou será que talvez você nem
conseguirá impedir o encontro de seus pais, pois o tempo é imutável e alguma
coisa acontecerá impedindo que você tenha sucesso em seus planos?
Quando eu soube que a
websérie tratava do tema de viagem no tempo, e assim que comecei a leitura da
estreia – intitulada “Cubo Mágico” –, já fiquei bastante curioso para saber em qual
dessas – ou outras diversas – vertentes o autor escolheu firmar as regras de
seu universo. E, ao que parece, a vertente é aquela em que uma mudança no
passado altera sim todo o futuro. Mas o que torna isso mais interessante ao leitor
é a forma com que o autor estrutura o episódio. Querem ver só?
Depois de receber ajuda de
sua tutora Bridget e escapar da caça às bruxas alemãs de 1386, a jovem Domênia
vai parar na São Paulo de 1986. Confusa com aquele mundo tão diferente do seu,
ela acaba perdendo o objeto que a permite se deslocar através do tempo, o tal
Cubo dado por Bridget. E quem furta o objeto ali nas ruas de São Paulo é um
menino que, encantado, mexe no Cubo e é transportado dali. Ele vai parar na
cidade de Maringá, em 2021, e, perdido e assustado, pede a ajuda de Carlos.
Acontece que como Domênia perdeu o Cubo em 1986, ela ficou presa nessa época e
foi obrigada a tocar sua vida a partir dali. Então descobrimos que ela é casada
justamente com esse Carlos. Ou seja, minutos se passaram desde que o garoto roubou
o objeto mágico de Domênia e foi parar em 2021, mas, por esse mesmo motivo, Domênia
já está ali há cerca de 35 anos, casada e aparentemente com uma vida comum. Não
é fascinante?
Em uma trama como essa os personagens
são elementos essenciais. E é muito bom notar que o autor se atenta a introduzi-los
e apresenta-los correta e devidamente, haja vista que temos descrições físicas,
o que falta muito nas obras do Mundo Virtual. Aqui nós sabemos quais são suas
faixas etárias e de modo algum ficamos na dúvida se estamos diante de um jovem
adulto ou de um meia-idade, por exemplo; ponto para o texto. O que também são
muito boas, mas requerem um olhar para os detalhes, são a ortografia e a pontuação.
É claro como a revisão foi parte importante do trabalho do autor nesse episódio,
mas às vezes acontece de algo passar pela peneira.
Em uma obra de viagem no tempo como essa, principalmente em uma serializada, é muito fácil a trama cair numa confusão sem tamanho, de forma que um emaranhado de vai-e-vem temporal se forme, confundindo o espectador/leitor e enfraquecendo a obra. Essa websérie tem tudo para isso acontecer, mas da mesma forma também tem tudo para que isso não aconteça, haja vista as qualidades que o autor apresentou e que apontamos acima. Só me resta torcer para que quem siga viagem nessa série encontre mais do bom potencial.
Série: Singularidade
Autor: Anderson Silva
Capítulos: 08 (em exibição)
Emissora: Megapro
Clique aqui para ler o 1° episódio
Agora me digam: o que
acharam da crítica? E quanto à websérie? Já leram? Gostaram? Concordam ou não
com a minha opinião? Deixem tudo nos comentários.
Mas agora vamos ver o que
disse o autor da obra criticada no programa anterior. Vejamos:
Ricky, mancebo, muito
obrigado pelo comentário, meu querido! Que bom que amou a crítica e que bom que
acha sua obra exuberante, pois o autor precisa ser o primeiro a
acreditar nela e amá-la. O autor é o incontestável fã n° 01 de sua obra. E
tenho certeza de que tentou fazer o melhor assim como continuará tentando em seus
próximos trabalhos. É o que todos nós devemos fazer sempre. Obrigado!
Bem, e alguém aí perdeu o
programa passado? Basta clicar aqui para lê-lo. E se quiserem me sugerir novas
obras para serem criticadas aqui no programa, basta elenca-las na seção de
comentários abaixo, tudo bem?
Mas por hoje isso é tudo. Muito obrigado, se mantenham bem, se mantenham seguros, e até o próximo programa!
Obrigado pelo seu comentário!