Capítulo 34
Cena 01 – Mansão
Assumpção [Interna/Noite]
(Parada na metade da escada, Amanda continuava
sem reação após ver Marion livre, bem diante dos seus olhos).
MARION: Que foi, não vai responder? Um gato comeu a sua língua?
AMANDA: Não é isso, eu estou apenas surpresa com a sua chegada. Não imaginava
te ver aqui, mas estou muito feliz que esteja em liberdade. (Desce e abraça
Marion).
MARION: Eu posso imaginar o quanto você está feliz. Como vão as coisas na
empresa? Depois que eu liberei a procuração, você mal me deu notícias sobre o
andamento das coisas.
AMANDA: Eu queria muito ter ido, mas estava muito atribulada, tentando me
adaptar ao trabalho, não foi nada proposital, vovó.
MARION: Excelente! Eu vou voltar para empresa e você sabe que logo mais a sua
procuração será revogada. Assim, as coisas voltarão a ficar do mesmo jeito que
eram antes, eu na presidência da empresa e você como uma simples assistente.
Espero que tudo esteja do jeito como deixei! (Responde tentando humilhar Amanda).
AMANDA: Claro, vovó. Pode ficar tranquila, que quando a senhora retornar para a
empresa, tudo estará como era antes, se não melhor.
MARION: Assim eu espero! (Conclui).
Cena 02 – Donna Sô
(Café Bar) [Interna/Noite]
(Após a banda encerrar o show da noite,
Beto ajudava os outros músicos a desmontar os instrumentos, enquanto Daniel se
despedia de Tiago).
DANIEL: Só mais um, só mais um... (Diz ao beijar Tiago novamente).
TIAGO: (Sorridente, se afasta de Daniel) Tá bom, tá bom... As pessoas estão olhando!
DANIEL: Que olhem e vejam como eu estou apaixonado e mais feliz desde quando te
conheci.
TIAGO: Está bem, mas não pense que só você está feliz, viu? Eu confesso que
desde que você chegou, eu me sinto mais leve.
BETO: (Se aproxima) Ei, Dan... Já está tudo desmontado, vamos lá? Precisamos
discutir a proposta da gravadora para gravação do álbum.
DANIEL: Claro, vamos lá. Bem, eu preciso ir agora. Mal posso esperar para te
ver amanhã de novo. Só mais um beijinho, tá? (Beija Tiago mais uma vez).
TIAGO: Até amanhã, meu bem. Se cuida e avisa quando chegar em casa.
DANIEL: Pode deixar! (Diz após se despedir e ir embora, com Beto e o restante
do grupo em seguida).
(Nesse momento,
Sofia se aproxima por trás de Tiago).
SOFIA: Vocês estão cada vez mais conectados, é muito bonito de se ver...
TIAGO: É, as vezes eu nem acredito ainda que estamos vivendo isso.
SOFIA: E você já contou? Não que isso importe de verdade, porque não
descaracteriza quem você é, mas é importante ele saber.
TIAGO: Eu tentei contar outro dia, mas acabei não conseguindo. Sinto que não
dá para esconder muito tempo que eu sou trans...
(Próxima a saída do
banheiro, Karen cobre a boca com as duas mãos, para não fazer barulho).
KAREN: (Fala consigo mesma através do pensamento) Agora tudo faz sentido. O
esquisito não é esquisito, é uma aberração.
Cena 03 – Casa de
Marina e Antônio [Interna/Noite]
Música da cena: Because
You Loved Me – Cláudia Rezende
(Imagens externas mostram as ruas do
Bixiga e em seguida surge a fachada da casa de Marina e Antônio. Sozinhos em
casa, Antônio e Marina jantavam juntos).
MARINA: (Observa Antônio com dificuldade para comer) Meu bem, se você continuar
assim, vamos ter que ir ao médico, pois você vai acabar adoecendo.
ANTÔNIO: Eu paguei aos clientes com o dinheiro da hipoteca, mas agora estou
preocupado como vou pagar a hipoteca. Não sobrou quase nada para reconstruir a
oficina, tenho medo de perdermos o nosso único e maior bem. Acho que eu vou
precisar arrumar um emprego.
MARINA: Um emprego? Mas onde e em quê?
ANTÔNIO: Eu não sei, pode ser com mecânica ou até mesmo em uma siderúrgica, como
trabalhei no passado.
MARINA: Sei, acho que precisamos amadurecer bem essa ideia, antes de precipitarmos
qualquer coisa.
(Nesse momento a
campainha toca).
ANTÔNIO: Está esperando alguém? Quem será? (Questiona).
MARINA: Eu não estou esperando ninguém. Vou ver quem é, já volto... (Levanta-se
e vai até a porta. Ao abrir, ela se surpreende com a visita).
MURILO: Eu sei que eu sou a última pessoa que você gostaria de ver aqui, mas eu
precisava vir. Não precisa me deixar entrar, acho que daqui vocês conseguirão
me ouvir e é muito importante o que tenho a dizer. (Diz ao avistar Marina
parada na porta de entrada da casa e Antônio sentado na mesa de jantar). – Eu
sei que o que eu fiz foi imperdoável, que nada desse mundo vai apagar o que eu
fiz, mas eu estou disposto a mudar e pagar minhas contas com a justiça e com
vocês.
MARINA: Murilo...
MURILO: (Interrompe) Eu não vou fugir dos meus erros e estou à disposição da
justiça, farei todo o possível para corrigir as coisas e acertar o que estragamos
na vida da filha de vocês.
ANTÔNIO: (Observa em silêncio).
Cena 04 – Mansão
Assumpção [Interna/Noite]
Música da cena:
Amarelo, Azul e Branco – ANAVITÓRIA, Rita Lee
(Os seguranças percorriam a
propriedade de Marion, enquanto o jardim estava incrivelmente iluminado. No
interior da propriedade, Marion e Amanda jantavam sozinhas na sala de jantar).
AMÁLIA: (Serve um pouco d’água em uma taça) A senhora deseja alguma coisa?
MARION: Não, eu estou satisfeita. Pode se retirar, se precisarmos de alguma
coisa, eu te chamo.
AMÁLIA: Está bem, senhora. Nós estamos muito felizes que tenha retornado.
MARION: Agradeça a todos em meu nome. (Orienta ao parar de comer).
AMÁLIA: Sim, senhora. Com licença! (Se retira).
AMANDA: Escuta, vovó... Depois de ter vivido esses dias terríveis, eu estava
pensando. Porque a senhora não passa uma semaninha num SPA? Seria muito bom, a
senhora iria reenergizar, poderia fazer umas comprinhas. Tenho certeza de que
seria revigorante!
MARION: Eu não sei porque, mas sinto uma leve impressão de que você está
querendo me afastar da empresa.
AMANDA: Claro que não, vovó. Eu não estou tentando te afastar de lugar algum,
eu só quero que a senhora se recupere bem desses últimos dias. Porque está pensando
isso de mim?
(Tenta disfarçar).
MARION: Não sei, me diga você! (Responde de forma agressiva).
AMANDA: Eu já disse, apenas quero cuidar da senhora...
MARION: Deixe para se preocupar com você, porque de mim, cuido eu. Agora volte
a jantar, porque eu odeio conversas desnecessárias durante as refeições.
(Conclui de forma rude).
AMANDA: Velha maldita, você não sabe o que te espera. (Fala consigo mesma
através do pensamento e em seguida volta a comer).
Cena 05 – Presídio
Feminino [Externa/Noite]
(Na cela do presídio, as detentas
sussurravam para não chamar atenção).
DETENTA 01: Estão prontas?
KÁTIA: Sim! (Responde).
DETENTA 02: Então, todas sabem o que fazer... Vamos iniciar!
DETENTA 03: (Se aproxima das grades e começa a gritar) Carcereira, carcereira!
DETENTA 04: (Deita-se no chão e finge estar desmaiada).
(Duas carcereiras
se aproximam e estranham a movimentação no interior da cela).
CARCEREIRA 01: O que está acontecendo aí dentro? (Diz ao observar as detentas).
DETENTA 02: A Beth, ela estava se sentindo mal... Eu acho que ela morreu!
CARCEREIRA 02: Morreu? (Questiona surpresa ao avistar a detenta jogada no chão).
CARCEREIRA 01: (Grita ao tirar um molho de chaves da cintura) Afastem-se, nós vamos
entrar! (Abre a cela).
(Após destrancar a
porta da cela, as duas carcereiras entram e se aproximam da detenta que fingia
estar desmaiada. Enquanto uma se inclinou para checar a pulsação, a outra observava
o corpo atentamente, até ser surpreendida com uma presa que a imobilizou com um
canivete).
DETENTA 01: Perdeu, vacilona! (Diz ao colocar o canivete no pescoço da carcereira).
DETENTA 04: (Abre os olhos rapidamente e acerta um soco na cara da outra
carcereira, que cai ao seu lado).
KÁTIA: (Tira a arma da cintura da carcereira e segura as chaves) E aí, colega.
Vamos dar uma voltinha? (Pergunta de forma maliciosa, acariciando o rosto da carcereira com a arma).
Cena 06 –
Indústrias Assumpção [Interna/Manhã]
Música da cena:
Oceana – OUTROEU, Melim
(Com a transição de cenas, a noite
vai embora e o dia amanhece. Imagens externas mostram os principais pontos
turísticos da cidade, entre eles, o Parque do Ibirapuera, movimentado por
pessoas que se exercitavam e mães levavam os filhos para tomar sol ao ar livre.
Em seguida surge a fachada da empresa Assumpção).
AMANDA: (Entra no hall principal da fábrica e avista Cristina limpando um corredor)
Amiga, bom dia!
CRISTINA: (Para de limpar ao ouvir a voz de Amanda e se vira, encarando-a seriamente).
AMANDA: Me desculpa, eu tenho andado meio ausente nos últimos dias,
principalmente depois de tudo o que aconteceu com a minha avó. Nem tive tempo
de conversar com você sobre o seu término com o Ulisses. Imagino que você
esteja precisando de colo, vem cá, me dá um abraço! (Abre os braços e se
aproxima de Cristina).
CRISTINA: (Se esquiva e impede que Amanda chegue perto) Não se aproxime! (Fala
secamente).
AMANDA: (Surpreende-se).
Cena 07 –
Indústrias Assumpção [Interna/Manhã]
(Acostumada a fazer tudo pelas costas
de Cristina, Amanda não estava entendendo o que estava acontecendo).
AMANDA: Nossa! Que bicho te mordeu, eu nunca te vi assim.
CRISTINA: Você acha mesmo que eu sou muito idiota, não acha? Aliás, se você achava,
sinto muito em te dizer que a venda sobre os meus olhos caiu.
AMANDA: Eu continuo sem entender, amiga.
CRISTINA: Não me chame de amiga! (Grita). – Uma amiga de verdade é sincera, é leal
acima de tudo e isso você não sabe ser. Quando era que você pretendia me
contar? Você pensou mesmo que daria para esconder e que eu não iria descobrir?
(Questiona).
AMANDA: Descobrir o que, Cristina?
CRISTINA: Que você está com o Ulisses! (Grita).
AMANDA: Espera, não é bem assim. Eu posso te contar, as coisas aconteceram...
CRISTINA: (Interrompe) Chega! Pare de mentir de uma vez por todas, Amanda. Seja sincera
pelo menos uma vez na sua vida. Eu sei muito bem que essa relação não começou
do dia pra noite, você se envolveu com ele enquanto ele ainda estava comigo.
Você não tem caráter! Eu sinceramente não sei quem é pior, se você ou ele.
AMANDA: Escuta aqui, eu não admito...
CRISTINA: (Interrompe novamente) Calada, que eu ainda não terminei. Eu acreditava
em você, eu tinha você como uma irmã e não queria admitir. O dinheiro te
corrompeu e você se perdeu em meio a soberba. Eu tenho nojo de vocês! Eu espero
que vocês sejam muito felizes juntos, afinal vocês se merecem.
AMANDA: Escuta aqui, Cristina. Quem você pensa que é? Sempre tão santa, sempre
a mais querida, a mais certinha e amada por todas. Quando é que você vai descer
desse seu pedestal de perfeição? Eu nunca gostei desse seu narizinho em pé e
dessa sua carinha de sonsa, sabia? Se o Ulisses se cansou de você, a culpa é só
sua. Eu não tenho culpa se você não teve competência para segurá-lo.
(Alfineta).
CRISTINA: (Se aproxima de Amanda, demonstrando que não tem medo e a encara nos
olhos) Eu não tinha o porquê segura-lo, afinal, tínhamos um relacionamento,
baseado em sentimentos que só nós dois entendíamos. Eu nunca precisei me render
aos seus talentos de mulher baixa, se é que me entende. Pode ficar com ele,
agora quem não quer mais sou eu. (Vai embora, deixando Amanda falando sozinha).
Cena 08 – Sobrado
de Sofia [Interna/Manhã]
Música da cena: Não
Sai Da Minha Cabeça - Flávio Ferrari, Gabriel Nandes
(Após retornar de mais uma sessão de
radioterapia sozinha, Sofia perambulava pelas ruas do bairro sentindo-se enfraquecida).
SOFIA: (Encontra Murilo descendo do carro em frente à sua casa) Murilo...
MURILO: Desculpa vir sem avisar, aliás, ultimamente eu tenho feito muito isso
de visitar sem avisar, mas eu não poderia deixar de vir aqui depois do que você
fez. Acho que você foi a pessoa mais sincera que apareceu em minha vida nos
últimos anos e que não estava interessada no meu dinheiro!
SOFIA: Muri... (Sente a visão ficar embaçada).
MURILO: (Percebe que Sofia não está se sentindo bem) Sofia, você está bem?
SOFIA: Eu acho que vou desmaiar... (Cai nos braços de Murilo).
MURILO: (Segura Sofia) Sofia, fala comigo. Sofia? (Tenta reanima-la enquanto a
coloca no colo).
Cena 09 – Mansão
Assumpção [Interna/Tarde]
(Carregando algumas pastas consigo,
Jacqueline caminhou pelo corredor e em seguida bateu na porta na sala de Marion
e adentrou).
JACQUELINE: Aqui estão os relatórios da contabilidade que a senhora pediu. Já estão
todos atualizados! (Diz ao estender as mãos, entregando os relatórios para
Marion).
MARION: Está bem, eu vou dar uma analisada e qualquer coisa eu te chamo.
Obrigada!
JACQUELINE: Está bem, eu estarei lá fora. (Retira-se).
MARION: (Coloca os óculos de leitura e começa a checar os relatórios. Após um
breve momento, ela começa a identificar as irregularidades) Desgraçada, cobra!
Mordeu a mão de quem a ajudou... Bastou eu me afastar, que ela começou a me
roubar. Talvez o Murilo Neto tenha razão, eu preciso saber um pouco mais da
história e do passado da Amanda. (Fala consigo mesma).
Cena 10 – PUC-SP,
Universidade [Interna/Tarde]
Música da cena: In
The Silence – Leroy Sanchez
(Imagens externas mostram o campus da
universidade. No interior do lugar, Cristina e Milena conversavam após deixar a
biblioteca).
MILENA: Ah, não adianta você dizer que não. Eu acho que o professor está
interessado em você. Vai dizer que não notou como ele te olha?
CRISTINA: Eu não percebi nada em especial. Acho que ele age comigo normalmente.
MILENA: Ai amiga, pra cima de mim? Desde quando ele anda convidando as alunas
para sair? Que eu saiba, você foi a primeira desde que ele ficou viúvo. Por
esse motivo, eu acho que ele está realmente interessado você. Ah se fosse
comigo, bonitão do jeito que ele é...
(Nesse momento,
enquanto as duas caminham de um lado do corredor, Rodrigo surge do outro lado
caminhando sentido às salas de aula).
RODRIGO: Boa tarde, senhoritas! (Cumprimenta, olhando principalmente para
Cristina e segue seu percurso).
CRISTINA: Boa tarde! (Responde ao cumprimento).
MILENA: Viu? É desse olhar que eu estou falando! (Diz em tom de brincadeira).
CRISTINA: Ai, Milena... Vamos tomar um café, pra ver se você tira isso da cabeça.
Por minha conta! (Muda de assunto e as duas entram na cafeteria da universidade).
Cena 11 –
Pensionato Santa Cruz [Interna/Noite]
Música da cena: Vício
– Glória Groove
(Com a transição de cena,
acompanhamos a cidade anoitecer e se acender com suas luzes, através dos
grandes edifícios. As ruas seguem movimentadas com o fluxo de carros. Em seguida
surge a fachada do pensionato onde Vavo morava. No interior do quarto, Vavo
organizava tudo como se quisesse impressionar alguém).
VAVO: (Termina de arrumar a cama e aproxima para checar se tudo está
alinhado) Agora sim, está do jeitinho que era pra estar.
(Alguém bate na
porta do quarto).
VAVO: (Ao ouvir as batidas na porta, Vavo passa um pouco mais de perfume e em
seguida abre a porta).
JACQUELINE: Olá! E então, demorei muito? (Pergunta ao avistar Vavo do outro lado da
porta).
VAVO: Não, você chegou na hora exata. (Conclui).
Cena 12 – Ruas de
São Paulo [Externa/Noite]
(Com a transição de cenas, surgem as ruas
do subúrbio de São Paulo. Suja e mal vestida, Kátia caminhava pelas
imediações).
KÁTIA: Mamãe está voltando, filhinha. Você vai se arrepender de ter me passado
a perna, ah se vai! (Pensa em voz alta).
Cena 13 – Mansão
Assumpção [Interna/Noite]
Música da cena:
Jura Secreta – Lucinha Lins
(Após chegar em casa sem chamar atenção,
Marion subiu a escada rapidamente e atravessou o corredor, se certificando que
ninguém havia percebido sua chegada. Em seguida, adentrou em sua suíte).
MARION: (Desorientada, ela entra no quarto recordando das falas do neto durante
a visita na prisão).
(No corredor, uma
porta de um dos vários quartos se abre lentamente. É nesse momento que Amanda
sai sem fazer muito barulho e caminha de forma silenciosa pelo extenso
corredor. Em seguida ela se aproxima do quarto de Marion e encosta a orelha na
porta, para ouvir e tentar descobrir o que está acontecendo no interior do
quarto).
MARION: (Senta-se na cama e olha para a mesinha de canto, abre uma gaveta e
retira um cartão de seu interior. Em seguida tira o telefone do gancho e disca
uma numeração) Alô? Eu gostaria de falar com o Investigador Fagundes. Eu
gostaria de contratar os seus serviços, soube que o senhor tem um padrão de trabalho
muito sigiloso é disso que eu preciso. Hunrum... Exatamente, eu preciso que o
senhor me consiga o máximo de informações sobre uma pessoa, acredito que ela
possa estar mentindo sobre o seu passado. Podemos marcar uma reunião para amanhã?
AMANDA: Desgraçada! Se continuar me investigando, ela vai descobrir que eu não
sou a neta dela e sim a imunda da Cristina. (Pensa, do lado de fora do quarto).
MARION: Excelente, fica combinado então. Amanhã, às 10 da manhã em meu
escritório... Estarei esperando!
AMANDA: (Do lado de fora do quarto, Amanda continuava maquinando) Eu preciso
dar um jeito nessa velha. (Bate na porta
do quarto insistentemente).
MARION: Está bem, até amanhã. Boa noite! (Encerra a ligação após ouvir as
batidas, para que ninguém a escute). – Pode entrar!
AMANDA: (Entra no quarto com uma expressão de desespero) Vovó, más notícias. A
polícia voltou e está lá embaixo procurando pela senhora.
MARION: (Estranha) A polícia? Será que eles querem me prender de novo?
AMANDA: Eu não sei, é melhor a senhora descer.
MARION: Tem razão, eu vou descer! (Diz ao colocar o telefone no gancho e
levantar da cama).
(Marion saiu do
quarto e caminhou pelo extenso corredor, enquanto Amanda a seguia. Ao deixar as
áreas do quarto e se aproximar do mezanino, percebeu que a sala principal
estava vazia e não havia vestígio da presença da polícia no lugar. Em seguida, Marion
se aproximou da escada e vasculhou a sala por outro ângulo com o olhar, não
encontrando nenhum policial no local).
MARION: Onde está os policiais? Eu não vejo ninguém...
AMANDA: (Surge atrás de Marion com um olhar sombrio) Eles foram para o mesmo
lugar para onde eu vou te mandar. Pro inferno, com passagem só de ida e sem
escala! (Empurra Marion violentamente do alto da escada).
(Após ser empurrada
de surpresa e com muita força, Marion se desequilibra e rola escada abaixo,
batendo fortemente a cabeça durante a queda).
CONTINUA!
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