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EM SEU LUGAR - CAPÍTULO 35 (ÚLTIMAS SEMANAS)

 




Capítulo 35 (Últimas Semanas)

 

Cena 01 – Mansão Assumpção [Interna/Noite]

(Após rolar a escada, o corpo de Marion estava jogado no chão de bruços junto ao pé da escada. Em sua boca, escorria um filete de sangue).

 

AMANDA: (Observa Marion imóvel, caída no chão do alto da escada).

(Ao ouvir a movimentação de pessoas, Amanda corre e se esconde no corredor).

COPEIRA: Eu ouvi um barulho, um barulhão! (Diz ao acender as luzes da casa).

AMÁLIA: Então vamos ver o que aconteceu! (Diz ao acompanha-la).

(Ao se aproximarem da entrada principal da casa, Amália e a copeira da casa encontram Marion caída no chão).

AMÁLIA: (Corre ao avistar Marion) Meu Deus, é a Dona Marion...

COPEIRA: Santo Cristo, ela está morta? (Pergunta nervosa).

AMÁLIA: Senhorita Amanda... Senhorita Amanda! (Grita ao se abaixar e ficar próxima ao corpo de Marion).

(Nesse momento, Amanda sai do corredor e aparece no alto da escada como se nada tivesse acontecido).

AMANDA: O que houve, porque toda essa gritaria? Meu Deus, vovó... O que aconteceu? (Questiona ao descer a escada rapidamente).

AMÁLIA: Não sabemos, acredito que ela tenha caído da escada.

COPEIRA: Eu acho que ela está morta, tem sangue ali! (Aponta na direção onde Marion está caída).

AMANDA: Meu Deus, não pode ser! Vovó, você não pode ter me deixado. Não faça isso comigo, por favor... (Chora desesperadamente).

AMÁLIA: (Checa a pulsação de Marion) Ela está viva, ela ainda tem pulso. Está fraco, mas ela tem pulso. Vou chamar uma ambulância! (Levanta-se e corre para buscar o telefone).

AMANDA: Viva? (Repete surpresa).

 

Cena 02 – Cobertura de Rodrigo [Interna/Noite]

Música da cena: Quando a Chuva Passar – Renan Pitanga

(Imagens aéreas apresentam os grandes edifícios iluminados da cidade e entre eles, surge a fachada do prédio onde Rodrigo morava com os filhos, quando a campainha tocou. Na sala de jantar, Rodrigo estranhou a visita inesperada).

 

RODRIGO: Visita essa hora, quem será? (Questiona olhando para a porta).

CAIO: Com certeza deve ser algum vizinho chato!

RODRIGO: Ou o sindico, você não andou aprontando de novo, andou?

CAIO: Para a alegria da humanidade, dessa eu sou inocente e não fiz nada.

CISSA: E nem eu!

(Vilma vai até a porta e abre, dando de cara com uma senhora vestida de forma elegante e cabelos grisalhos. Era a mãe de Vivian, a falecida esposa de Rodrigo).

BÁRBARA: A vovó chegou! (Diz ao abrir os braços).

CAIO: Vó! (Levanta-se da cadeira e vai ao encontro da avó).

CISSA: Vovó, que saudade! (Corre e abraça a avó).

BÁRBARA: Eu estava morrendo de saudade dos meus amores. Vocês estão enormes... Trouxe lindos presentes para os dois!

RODRIGO: Bárbara, não sabia que tinha voltado ao Brasil. Se eu soubesse que estava voltando, teria ido te buscar no aeroporto. (Diz ao se aproximar).

BÁRBARA: Pois é, meu querido. Na realidade, eu quis fazer uma surpresa e ver como os filhos da minha querida filha estavam sendo tratados.

RODRIGO: Bom, como você pode ver, os dois estão muito bem. Pretende se instalar aqui durante a sua estadia?

BÁRBARA: Não é uma estadia, meu caro. Eu não pretendo mais voltar para Barcelona, eu vou ficar de vez no Brasil, é bom você ir se acostumando. Eu comprei uma casa na Vila Olimpia e pretendo passar mais tempo com os meus netos. (Conclui encarando Rodrigo).

 

Cena 03 – Hospital Paulo Toledo [Interna/Noite]

(Os paramédicos empurravam a maca com Marion já entubada pelos corredores do hospital, enquanto Amanda os seguia).

 

AMANDA: O que vai acontecer com a minha avó, para onde estão levando-a? (Questiona).

MÉDICO: Precisamos fazer uma bateria de exames, agora não podemos dar um diagnóstico! (Diz enquanto checa os sinais vitais de Marion).

AMANDA: Ela vai morrer, doutor?

MÉDICO: Ainda cedo para dar um diagnóstico, mas iremos fazer todo o possível para salvar a vida dela, mas de antemão é grave pelo fato da idade dela ser um pouco mais avançado. Em breve voltaremos com mais informações! Preparem uma serie completa de tomografias de crânio, preparem a sala agora. (Orienta a equipe).

ENFERMEIRA: (Impede Amanda de entrar na sala de exames) A partir daqui a senhora não pode mais entrar. Aguarde na recepção, por gentileza. (Entra na sala e fecha a porta).

AMANDA: Velha maldita, precisava ser dura até na queda? Tomara que morra logo! (Resmunga furiosa ao ficar sozinha).

 

Cena 04 – Sobrado de Sofia [Interna/Noite]

Música da cena: Tudo de Novo – Negra Li

(Com a transição de cenas, surgem as ruas do bairro do Bixiga. Em seguida surge a fachada do sobrado onde Sofia morava. Deitada no sofá, Sofia se restabelecia após despertar do desmaio, acompanhada de Murilo, Tiago e Cristina).

 

TIAGO: Eu ainda acho que nós devemos ir até um hospital, não é normal isso que está acontecendo, mãe. É o seu segundo desmaio nos últimos tempos, precisamos investigar isso.

SOFIA: Não precisa se preocupar, meu amor. Eu estou ótima, já passou.

MURILO: Eu devo concordar com o seu filho, você estava muito pálida na hora. É importante consultar um especialista, fazer alguns exames, pecar pelo excesso não tem nada de errado.

SOFIA: Gente, eu estou bem. Sem médicos e sem hospitais, por favor!

CRISTINA: Na realidade você não está nada bem, porque você não aproveita esse momento e conta a verdade? (Questiona encostada em uma das paredes da sala).

SOFIA: Cristina... (Desespera-se).

TIAGO: O que ela quer dizer com isso? Ela sabe de alguma coisa? A senhora está escondendo alguma coisa?

SOFIA: Não, é claro que não! Acontece que a Cristina...

CRISTINA: (Interrompe) Sofia, você vai me perdoar, mas é o melhor pra você. A sua mãe está doente, Tiago. Ela não te contou para te poupar, mas ela está fazendo um tratamento há meses escondido.

TIAGO: (Olha para Sofia com os olhos marejados) Isso é verdade?

SOFIA: É verdade! Eu tenho câncer de útero, eu sinto muito. (Chora e abraça o filho).

 

Cena 05 – Casa de Marina e Antônio [Interna/Noite]

Música da cena: Because You Loved Me – Cláudia Rezende

(Com a transição de cenas, surge a fachada da casa de Marina e Antônio. Na cozinha, Marina lavava a louça do jantar).

 

MARINA: (Sente um calafrio e deixa um prato cair no chão).

DANIEL: (Entra na cozinha rapidamente) Mãe, está tudo bem?

MARINA: (Tenta se aquecer com as duas mãos) Não sei, uma sensação esquisita, como se fosse um mau pressentimento.

DANIEL: (Se abaixa e recolhe os cacos de vidro) Isso é coisa da sua cabeça, está tudo bem. A senhora deve estar assim por conta da briga com a minha irmã, mas logo vocês estarão de bem novamente, eu tenho certeza.

MARINA: De qualquer forma, eu vou ligar para a Amanda e a Letícia. Só vou me acalmar depois de ouvir a voz das duas. (Responde pensativa).

 

Cena 06 – Hospital Paulo Toledo [Interna/Noite]

(Sentados na recepção do hospital, Ulisses consolava Amanda, que fingia estar preocupada com a situação de Marion).

 

ULISSES: Acalme-se, Amanda. Em breve teremos notícias e você vai ver que tudo vai ficar bem.

AMANDA: (Seca as próprias lágrimas com um lenço) É que eu não entendo, como a minha vozinha foi cair? Eu deveria estar lá, para ajuda-la e agora ela está aqui, nesse hospital.

(O neurologista se aproxima da recepção e vai ao encontro de Amanda).

NEUROLOGISTA: A senhorita é familiar ou amiga da paciente Marion Prado Assumpção? (Pergunta).

AMANDA: (Levanta-se rapidamente) Sim, eu sou a neta dela. Como ela está, doutor?

NEUROLOGISTA: Eu sou o neurologista de plantão e após uma longa bateria de exames computadorizados, infelizmente não trago boas notícias.

AMANDA: A minha avó morreu, doutor? (Pergunta fingindo desespero).

NEUROLOGISTA: (Encara Amanda).

 

Cena 07 – Hospital Paulo Toledo [Interna/Noite]

(O médico informa que Marion teve uma lesão cerebral e precisará ser operada

 

NEUROLOGISTA: (Observa Amanda em silêncio, como se estivesse pensando na melhor forma de dar uma notícia ruim).

ULISSES: Pode falar, doutor. Nós estamos prontos para a notícia que for.

NEUROLOGISTA: Com a gravidade do acidente, a paciente bateu fortemente a cabeça e com isso, existe uma lesão cerebral considerável. Há uma hemorragia que está pressionando parte do cérebro, se não a operarmos ela pode morrer. Não vou mentir, é uma cirurgia muito delicada. Nós iremos precisar da sua autorização.

AMANDA: Faça tudo o que for possível, doutor. Salve a vida da minha avó, ela é uma das coisas mais importantes da minha vida. Eu autorizo tudo, desde que salvem a minha avozinha.

NEUROLOGISTA: Faremos todo o possível. Vamos preparar a paciente para a cirurgia e trazer a papelada para autorização. Em breve traremos mais noticias do estado de saúde da paciente. Com licença! (Despede-se e entra em um corredor do hospital).

ULISSES: Vai dar tudo bem, você vai ver! (Abraça Amanda).

AMANDA: Essa velha não pode resistir. Tomara que tenha uma complicação e morra na mesa de operação. (Fala consigo mesmo através do pensamento).

  

Cena 08 – Mansão Assumpção [Interna/Manhã]

Música da cena: Não Sai Da Minha Cabeça – Flávio Ferrari, Gabriel Nandes

(Imagens externas mostram a transição da noite para o dia. A cidade amanhece extremamente movimentada. Pessoas caminham pelas ruas e atravessam a faixa de pedestres. Carros percorrem a Avenida Paulista, em seguida surge a fachada da Mansão Assumpção).

 

MURILO: (Abre a porta e entra em casa após passar a noite fora).

AMÁLIA: Ai, Seu Murilo... Até que enfim o senhor chegou. (Diz ao se aproximar).

MURILO: Calma, eu já cheguei. Aconteceu alguma coisa? (Estranha o jeito da governanta).

AMÁLIA: Nós passamos a madrugada inteira tentando te ligar pelo celular, mas o senhor não atendia... (Tenta justificar).

MURILO: É, eu fiquei sem bateria. O que foi que aconteceu, Amália? Fala!

AMÁLIA: Foi um acidente! A Dona Marion rolou pela escada durante a madrugada e nós a encontramos caída no chão. Parece que é grave!

MURILO: (Surpreende-se com a notícia) Caiu da escada? Mas como ela foi cair? E onde é que ela está? Eu quero vê-la...

AMÁLIA: A Senhorita Amanda está com ela. A sua mãe foi levada para o Hospital Paulo Toledo. (Entrega um papel com o endereço anotado).

MURILO: E eu vou até lá. Já avisaram ao meu filho?

AMÁLIA: Não senhor, o Murilo Neto não é muito apegado a celular e nós não temos o número de telefone da casa da sua irmã, que é onde ele está morando agora.

MURILO: Deixa que eu aviso pra ele no caminho. Se me ligarem, avisa que eu estou indo pra lá! (Sai correndo).

(Ao chegar na área externa da casa, Murilo entra em seu carro e arranca em disparada para a rua após o porteiro abrir o portão da entrada principal da propriedade. Em seguida, Kátia se aproxima para observar a fachada da casa).

KÁTIA: Esse vai tirar alguém da forca. Será que a Amanda aprontou alguma coisa com ele? (Fala consigo mesma enquanto observa a fachada da mansão).

 

Cena 09 – Flat de Stella [Interna/Manhã]

(Ao sair de seu quarto, Stella encontrou com Murilo Neto deitado no sofá. Ele havia resolvido dormir em seu flat, para que os dois passassem mais tempo juntos).

 

MURILO NETO: (Abre os olhos ao ouvir passos).

STELLA: Desculpe, meu amor. Te acordei, não foi?

MURILO NETO: (Senta-se) Não, eu já estava acordado... Estava apenas de olhos fechados.

STELLA: Que bom, porque pedi serviço de quarto. Não é todo dia que tomo café com o meu filhinho. (Sorri e beija a testa de Murilo Neto).

(Alguém bate na porta do quarto).

STELLA: Oh, devem ser eles! (Diz ao ouvir as batidas. Em seguida ela vai até a porta).

(Ao abrir a porta, um funcionário do local entra empurrando um carrinho e o posiciona próximo da entrada. Em seguida, Stella lhe dá uma gorjeta e ele se retira).

MURILO NETO: Nossa, parece um café da manhã digno de hotel.

STELLA: (Fecha a porta) Você merece! Tudo pra você...

(O celular de Stella toca).

STELLA: (Observa a tela do celular) É o seu pai... O que será que ele quer?

MURILO NETO: A senhora só vai saber atendendo!

STELLA: Alô, o que você quer? (Pergunta ao atender o telefone). – Sim, ele está aqui... Calma, fala devagar... O que foi que aconteceu? Mas foi grave? Pode deixar, eu dou o recado. (Desliga).

MURILO NETO: (Se assusta com o jeito da mãe) O que foi que aconteceu?

STELLA: Parece que foi um acidente com a sua avó e ela está no hospital. Pelo o que ele deu a entender, acho que ela está em estado grave.

MURILO NETO: (Observa Stella, em choque com a notícia).

 

Cena 10 – Hospital Paulo Toledo [Interna/Tarde]

(Entubada, Marion é levada para o centro cirúrgico onde seu cérebro é operado durante várias horas).

 

NEUROLOGISTA: (Lava as mãos após concluir a cirurgia).

ENFERMEIRA: Enfim terminamos! Pensei que essa mulher não resistiria a cirurgia.

NEUROLOGISTA: Precisamos levar notícias para a família. Eles devem estar muito preocupados!

(Em seguida, o médico deixa o centro cirúrgico e vai até a sala de espera, onde Amanda, Ulisses, Murilo Neto, Stella e Murilo aguardavam por notícias).

AMANDA: Aí vem o médico! (Diz ao se levantar).

MURILO: E então, doutor... Como a minha mãe está?

NEUROLOGISTA: A cirurgia acabou, consegui controlar a hemorragia cerebral, porém o caso ainda é muito delicado...

STELLA: Delicado, mas delicado como? Ela vai ficar com algum tipo de sequela? (Questiona).

NEUROLOGISTA: A paciente está apresentando um quadro profundo de coma. Não sabemos se será reversível.

AMANDA: Eu acho que já li a respeito. É como se ela estivesse em estado vegetativo?

NEUROLOGISTA: É, basicamente é isso. Infelizmente!

MURILO NETO: Mas ela pode acordar, eu já vi muitos casos que os pacientes acordam.

AMANDA: Claro, a minha avó vai acordar e vai se recuperar. Em breve ela será a mesma de antes!

MURILO NETO: É claro que vai, quem sabe assim ela não explique esse acidente tão mal contado. (Alfineta).

 

Cena 11 – Parque do Ibirapuera [Externa/Tarde]

Música da cena: In The Silence – Leroy Sanchez

(O parque Ibirapuera estava movimentado. Pessoas se exercitavam, mães passeavam com bebês, enquanto outras faziam piquenique. Vilma organizava a toalha na grama com algumas comidas, enquanto Rodrigo brincava com Caio e Cissa. Foi nesse momento que Cristina se aproximou).

 

CAIO: (Tira a bola de Cissa em um drible e em seguida faz um gol, pois Rodrigo não consegue segurar a bola) Ganhei e de lavada...

CISSA: Assim não vale, Caio. Você trapaceou!

RODRIGO: Jogo é jogo, dona Maria Cecília... Se o seu irmão ganhou, você tem que aceitar, assim é a vida.

CRISTINA: (Se aproxima de onde os três estavam jogando).

RODRIGO: Cristina, que bom que você veio...

CAIO: (Observa Cristina de cima à baixo).

CISSA: Quem é essa moça tão bonita, papai? (Pergunta radiante).

CRISTINA: (Acaricia o rosto de Cissa) Você que é muito linda, sabia?

RODRIGO: Ela é uma amiga do papai, veio passar a tarde conosco.

CISSA: E você sabe jogar?

CRISTINA: Um pouquinho assim... Quase nada! Talvez se você me ensinar. Como você se chama?

CISSA: Maria Cecília, mas todo mundo me chama de Cissa.

CRISTINA: É um nome muito bonito, combina com você. E então, me ensina a jogar?

CISSA: Demorou! (Joga a bola e sai correndo).

CRISTINA: Então, aí vou eu! (Grita e sai correndo atrás da menina).

RODRIGO: (Sorri ao ver as duas juntas) Você não vai se juntar a elas?

CAIO: Não! Vou fazer um lanche, estou com fome. (Responde seriamente e vai fazer companhia a Vilma).

RODRIGO: (Observa Caio se afastar e resolve respeitar seu momento. Em seguida ele corre na direção de Cristina e Cissa).

(De longe, Caio observa os três jogarem).

VILMA: Porque você não se junta a eles?

CAIO: Porque eu não quero. Você conhece essa moça? (Pergunta se referindo a Cristina).

VILMA: Não, mas se ela faz o seu pai sorrir, isso já me faz admira-la, seja quem for. (Responde ao observar os dois juntos).

 

Cena 12 – Hospital Paulo Toledo (UTI) [Interna/Noite]

(Com a transição de cenas, surge a fachada do hospital onde Marion estava internada. Através de uma grande vidraça na unidade de terapia intensiva, Amanda observava Marion em coma e conectada em diversos aparelhos que a mantinham viva).

 

AMANDA: Velha maldita, porque não morre de uma vez? Seria tão mais fácil, mas você insiste em continuar viva. Talvez eu devesse desligar algumas dessas máquinas e adiantar a sua ida para o inferno! (Fala consigo mesma através do pensamento).

 

Cena 13 – Hospital Paulo Toledo [Interna/Noite]

(Na recepção, todos estavam apreensivos com a insinuação de Murilo Neto contra Amanda, enquanto os dois se encaravam).

 

AMANDA: Eu acho que não entendi o que você quis dizer, mas eu vou relevar. Estamos todos muito nervosos pelo o que aconteceu com a minha avó.

MURILO NETO: Foi um acidente muito oportuno, não? Só vocês duas naquela casa e minha avó misteriosamente cai do alto da escada.

MURILO: Meu filho...

AMANDA: O que você quer dizer com isso? Eu não tive nada a ver com o acidente da minha avó. Eu estava em meu quarto, quando ouvi um barulho forte. Daí os empregados começaram a gritar e quando eu cheguei, a minha avó...

ULISSES: Pega leve, cara!

NEUROLOGISTA: Devo lembra-los que estão dentro de um hospital, tenham respeito aos nossos pacientes e mantenham o silêncio.

MURILO NETO: Mas será que vocês ainda não perceberam o quanto esse acidente soa estranho?

STELLA: Já chega, meu filho. Todo mundo está nos olhando! (Diz ao tentar conter Murilo Neto).

MURILO NETO: Esse acidente foi muito oportuno para a Amanda. Eu poderia jurar que isso não foi um acidente. (Diz olhando para Amanda).

AMANDA: (Encara Murilo Neto).

 

CONTINUA!

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