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Amor de Canavial - Panultimo Capítulo (Reprise)

 


Amor de Canavial - Capítulo 18
Autor: Diego Silva

Remake/Adaptação da obra de Caridad Bravo Adams 





Cena 1/ Itapecerica/ Cativeiro/ Interior/ Noite

Paloma e Lúcia estão amarradas à uma cama, desesperadas.

Ramiro (Sarcástico) - Que lindo ver vocês amarradas...

Deborah - Amarradas e presas aqui... Pena que não vão sair... Hahaha. 

Ramiro - Vocês vão morrer aqui... (Maléfico) E ninguém irá poder salvar vocês... 

Paloma (Desesperada) - Eu tenho nojo de você, me solte! Logo logo o Afonso estará aqui. 

Lúcia - E vocês dois estão na cadeia... Podem esperar que logo logo vocês estarão na cadeia. 

Deborah se aproxima e dá um tapa em Lúcia. 

Deborah (Maléfica) - Fica quieta, você sabe que vai morrer! Daqui você não vai sair. 


Deborah e Ramiro observam Paloma e Lúcia com olhares maléficos. 

Cena 2/ Itapecerica / Fazenda Albuquerque/ Casa de Lorena/ Interior/Noite


Rodrigo chega em casa desesperado e se senta no sofá, deixando Lorena preocupada. Ela se aproxima em sua cadeira de rodas.


Lorena - O que houve, filho? Aconteceu alguma coisa?

Rodrigo (Com lágrimas nos olhos) - Mãe... A Lúcia foi sequestrada...

Lorena - Co... Como assim sequestrada?

Rodrigo - Eu não sei... Eu estava andando pela Fazenda com a Lúcia quando eu senti alguem me bater na cabeça e eu desmaiei, quando acordei, a Lúcia não estava mais lá, e nem a pessoa que me agrediu...

Lorena - E você tem ideia  de quem terá feito isso?

Rodrigo - Eu tenho uma desconfiança da Deborah, ainda mais se tiver conseguido escapar... Agora tenho que ligar para a polícia, para que consigam encontrá-la (Passando a mão no cabelo). Às vezes penso que nunca teremos paz...

Lorena (Com lágrimas nos olhos) - Salve a Lúcia, por favor... Mas tenha cuidado também para que não façam nada...

Rodrigo pega o telefone e começa a discar para a polícia, até que é atendido.

Ligação on

Policial - Polícia de Itapecerica, boa noite.

Rodrigo - Boa noite, eu gostaria de denunciar um sequestro que ocorreu onde eu moro.

Policial - De onde você é?

Rodrigo - Aqui de Itapecerica , interior de São Paulo, moro na Fazenda Albuquerque, e quem foi sequestrada foi a Lúcia, minha namorada. Estávamos andando pela fazenda e alguem a raptou...

Policial - Iremos enviar uma viatura para aí para podermos encontrá-la.

Rodrigo - Uma viatura não, cerquem a fazenda se for preciso. Por isso o país não vai para frente.

Policial -  Vamos fazer o possível para encontrar a Lúcia.

Rodrigo - Obrigado.

Ligação off

Irritado, Rodrigo joga o telefone no sofá.

Rodrigo -  Polícia incompetente! Eu mesmo vou procurar a
Lúcia. Vou levar você para ficar com o Inácio e a Jacinta. Creio que todos juntos irá ajudar muito.

Rodrigo se encaminha para levar Lorenza, quando o telefone toca.

Rodrigo - Ai, o que é agora?

Rodrigo atende e é Afonso.

Ligação on

Rodrigo - Afonso? Eu preciso sair agora para procurar a Lúcia?

Afonso - Lúcia? A Paloma foi sequestrada pelo Ramiro.

Rodrigo - Meu Deus, a Lúcia também... Já liguei para a policia, e você?

Afonso - Eu também liguei, mas agora estou indo procurar pela fazenda.

Rodrigo - Eu estou indo levar a minha mãe para a casa do Inácio e da Jacinta.

Afonso - Então eu vou para lá também...

Rodrigo - Certo, não podemos demorar.

Ligação off

Então Rodrigo encaminha Lorena para o carro e seguem caminho.



Cena 3 / Cidade  /Delegacia/Interior/Noite

Teobaldo está em frente à um policial, que o interroga pelos crimes que foi preso.

Policial - Bem, pela ficha você está sendo investigado por três crimes, fraude, falsificação de documentos e formação de quadrilha. Você confirma essas acusações?

Teobaldo (Cínico) - Não... Eu não cometi crime nenhum.

Policial - Não é o que dizem as provas. Temos evidências da fraude cometida na Processadora CERCAM,  junto com Ramiro e Alessandra, o que configura também formação de quadrilha,m ais falsificação de documentos de uma certidão de nascimento. É bom você confessar, pois é provável que passe anos na cadeia.

Sentindo -se encurralado, Teobaldo respira fundo e decide confessar tudo.

Teobaldo - Já que é assim... Eu, Ramiro e Alessandra combinamos de roubar a Processadora CERCAM, sem o Ramiro saber, mas ficamos desfalcados quando Ramiro matou a Alessandra...

Policial (Interrompendo-o) - Pera, esse já é um crime a ser investigado, confirma o que diz?

Teobaldo - Sim, o próprio Ramiro que confessou esse crime, só não sei com que artifícios...

Policial - E em relação à certidão de nascimento falsificada?

Teobaldo - Essa certidão foi feita por mim. Minha filha queria recuperar o homem que amava, e queria que ele assumisse o filho dela, mas o trabalho foi todo meu.

Policial - Bem... Iremos encaminhar voce à uma Penitenciária, e aguardará lá o seu julgamento.

Teobaldo (Pensativo) - Certo

O policial encaminha Teobaldo para a cela.


Cena 4/ Itapecerica /Cativeiro /Interior/Noite

No cativeiro, Deborah e Ramiro começam a aterrorizar Lúcia e Paloma. De armas em punho, eles ficam em frente à elas.

Deborah - Sabe Lúcia, eu matei seus pais sabia? Sua mãe morreu queimada e seu pai jogado da escada, e não me arrependo...

Lúcia (Indignada) - E você consegue contar assim, sem ter nenhum sentimento?

Deborah (Cínica) - E por que devo ter respeito por quem odeio? (Encosta o cano da arma em Lúcia) . Eu te odeio, um dia vou acabar com você...

Consternada com as declarações Paloma decide defender Lúcia.

Paloma - Eu sei o quão sofrida foi a infância da Lúcia porque ela perdeu a mãe e o pai ficou indiferente. Voce é uma criminosa!

Deborah - Ah, é? Sou? Muito bom ter dito isso. Aqui tem uma bomba, que irá explodir logo logo.

Ramiro (Maléfico) - Duas lindas moças que vão pelos ares... Esse é um triste, mas merecido fim...

Paloma - Como consegue dizer isso? Eu sou sua filha...

Ramiro - É? Eu sei. No começo eu quis, mas vi que você não vale nada...


Lúcia - Vocês são loucos, deveriam estar na cadeia ou num manicômio... São doentes.

Deborah (Cínica) - Eu nunca vou ser presa, nunca vou pisar num lugar imundo como esse, nem que para isso eu precise me matar.

Enquanto Deborah ameaça Lucia, Ramiro ativa a bomba.

Ramiro - Já posso ativar a contagem?

Deborah - Por enquanto não... Deixa um tempinho para elas sofrerem...

Close no olhar maléfico de Deborah.



Cena 5/ Itapecerica/ Casa de Inácio e Jacinta/Interior/Noite

Indignados e preocupados, Inácio e Jacinta conversam sobre o sequestro.

Inácio - Eu não posso acreditar que a Lúcia sofra tanto... Agora está sequestrada nas mãos de uma psicopata...

Jacinta - Eu tenho quase certeza que isso é obra da Deborah, gente ruim assim nunca é pega.

Rodrigo - Eu já contatei a polícia, espero que já tenham feito barreiras para que não levem nem a Lúcia e nem a Paloma.

Afonso - A Fazenda é grande principalmente pela divisão, e tem muitas áreas que podem estar escondidos. E espero que estejam aqui. Sabemos que o Ramiro é um dos sequestradores, e que ele está com a Paloma, então deve estar com a Lúcia também.

Jacinta (Indignada ) - Mas o que querem com essas pobres meninas, meu Deus?!

Rodrigo - Fazer sofrer, apenas isso... Esses dois são relatos de ódio e rancor.

Afonso - Quando eu penso que podia ter matado o Ramiro quando tive oportunidade... Agora está com a Paloma.

Enquanto conversam, Lorena se lembra de uma área da Fazenda.

Lorenza - É... Tem uma parte que não é muito movimentada, lá no final da fazenda...

Inácio (Complementando) - É um galpão que está abandonado, e lá nem tem muitas plantações, o chão é de terra, pode ser que estejam lá. Só que é conexão com a estrada.

Afonso - A gente tem que ir para lá!

De repente, o celular de Rodrigo  toca.


Cena 6/ Cidade/Casa de Bruno/Interior/Noite

Bernardo está reunido com seus pais na sala de jantar, quando decide falar sobre Isabela.

 Bernardo - Sabe,  dias atrás eu falei com a Isabela... E ela parece que se arrependeu.

Amanda - Arrepender? Ela destruiu nossa vida.

 Bernardo - Destruir? Acho que ela na verdade complicou à ela mesma.

Amanda - Ela destruiu sim, minhas amigas só falam de você e do bebê, a minha reputação se...

Bruno (Interrompendo-a) - Filho, você acha mesmo que ela está arrependida? Ela pode estar fingindo para enganar você de novo.

Amanda - Isso... Tem muita pistoleira por aí.

 Bernardo - Pai, eu acho que sim, e parece que o Teobaldo, que é pai dela, fez uma certidão falsa e está com risco de ser preso, e ela não quer fugir.

Amanda (Sarcástica) - Tal pai, tal filha? Que sejam presos os dois então, para não enganarem mais os outros.


Percebendo a postura de Amanda, Bruno começa a se irritar com a esposa.

Bruno - Amanda, não me leve a mal... Mas não é hora para julgamentos, mas nosso filho esta com um problema e precisamos apoiar ele.

Amanda - Eu não sou obrigada a concordar com tudo. Só prezo pela minha boa imagem.

 Bernardo (Cortando o assunto) - Esquece isso... Eu penso em não pedir a guarda. Ela errou, está com problemas e não quero retirar o filho dela...

Amanda - Ah, deixa o filho com ela e ela engana outro, faz voce de trouxa e eu aqui que fico sendo falada na cidade.

 Bernardo (Irritado) - Vai me desculpar, mas a senhora está enchendo o saco ultimamente , só tem que falar de você e não pensa que outras pessoas também têm problemas.

Bruno - Concordo com o  Bernardo, você só tem falado de si ultimamente.

Irritada, Amanda decide sair da mesa.

Amanda - Se é assim... Vou terminar de jantar no quarto.

Amanda deixa a cozinha, e Bruno e  Bernardo continuam conversando.

 Bernardo - A mamãe me tira do sério...

Bruno - Só você, filho?


Cena 7/ Itapecerica/Cativeiro / Interior/Manhã

Observando Lúcia e Paloma amarradas, Deborah e Ramiro continuam amedrontando-as, até que Deborah se aproxima de Lúcia com uma faca.

Deborah (Maléfica) - Lúcia, Lúcia... Sabe que estou tão feliz em ver você aqui, amarrada... Me faz pensar as pessoas que matei...

Lúcia - Você é doente, uma psicopata... Como pode dizer isso assim? Você não tem nenhum coração...

Deborah (Cínica) - Coração?Eu tenho sim, mas o meu lateja de ódio por você por isso penso em te matar... (Encosta a faça em Lúcia). Só que não sei como...

Paralelamente, Ramiro se aproxima de Paloma.

Ramiro (Acariciando-a) - É muito bom ver você aqui comigo, você me lembra o dia que vi você pela primeira vez...

Paloma (Irritada) - Tira as mãos de mim... Se eu não estivesse amarrada eu te dava um chute. Eu te odeio com todas as minhas forças.

Ramiro (Sarcástico) - Não faz bem uma moça como você dizer isso ao seu próprio pai...

Paloma - Pai? Isso não é ser pai, eu te odeio, seu nojento!

Ramiro (Maquiavélico) - Quanto ódio... Pena que nao vai sair daqui...

Lúcia (Indignada)  - Vocês são monstros, dois monstros... Aguardo o dia que vocês apodreçam na cadeia por tudo que fizeram...

Maquiavélica, Deborah pega o celular e começa a discar para um número.

Ligação on

Deborah - Alô?

Rodrigo -Deborah?

Deborah (Maléfica) -  Sim, caro Rodrigo... Estou me preparado para matar a Lúcia. Tenho uma bomba aqui prestes a ser detonada... 

Rodrigo (Furioso) - Pois então liberte ela já, que a policia já foi chamada e vai atrás de voce. Afinal, você era para estar presa. 

Deborah - Eu consegui fugir... Matei dois policiais, vaguei pela rua... (Cínica) E agora estou com seu querido Amorzinho... 

Rodrigo - Pois então, liberte-a , já! 

Deborah (Maquiavélica) - Bem... Você tem que trazer 50 mil reais até amanhã, senão tudo vai pelos ares, inclusive a Lúcia, e aí... Tchau tchau para ela...

Lúcia começa a gritar, e Deborah mostra para Rodrigo. 

Deborah - Viu só? O dinheiro tem que vir até amanhã, senão todo mundo morre. Ah, e avisa que a Paloma vai junto. 

Ligação off


Deborah desliga o telefone e mostra um olhar maléfico.

 Cena 8/ Itapecerica/Casa de Inácio e Jacinta /Interior/Manhã

Rodrigo, após ter a ligação desligada, anda pela sala  com um ar de preocupação.

Lorena - Filho, tudo bem?

Rodrigo - A Deborah esta louca, pediu 50 mil reais em troca da vida da Deborah.

Jacinta (Indignada) - Como essa mulher consegue fazer uma chantagem como essa? Dinheiro em troca da minha afilhada?

Inácio - E a polícia ainda nem encontrou o cativeiro da Lúcia, pelo jeito vamos ter que agir. Temos que procurar até pelos lugares mais escondidos.

Afonso - A vontade que eu tenho é de matar o Ramiro, mesmo que eu passe anos na cadeia, por ter matado a Alessandra e violentado a Paloma.

Nesse momento, o celular toca.

Ligação on

Ramiro (Sarcástico) - Oi Afonso, como vai?

Afonso (Furioso)  - Ramiro? Confessa que você está com a Paloma, seu desgraçado!

Ramiro (Cínico) - Hum... Sim, estou. E quero um cascalhinho para soltar ela, sabe?

Afonso - Quanto você quer?

Ramiro (Maquiavélico)  - 50 mil, ou então ela morre. Já matei a sua mãe, não vai querer que mate também seu querido amor, não é?

Afonso (Furioso) - Minha vontade é de matar e destruir você, mas me contentaria em ver você na cadeia.

Ramiro (Cínico) - Hum... Traz logo o dinheiro, a vida da Paloma está em suas mãos.

Ligação off.

Afonso( Indignado) - Agora o Ramiro me ligou, também quer 50 mil reais pela vida da Paloma.

Inácio - Sabem que essas ligações podem servir de prova? À qual quer momento isso pode ser mostrado à policia.

Rodrigo -  É verdade... Não tinha lembrado disso... Vou pedir então para ter como prova. E ir também ao banco.

Afonso - Infelizmente teremos que tirar da Processadora, mas é necessário.

Jacinta - E vamos orar para que essas meninas se salvem...


Dia seguinte...

Cena 9/ Itapecerica/ Cativeiro/ Interior/ Sala/ Manhã

Lúcia e Paloma acordam em meio ao sequestro. Elas aparentam estar fracas, devido à falta de alimentação.

Paloma - Lúcia... Eu não aguento mais... Estou com fome... Um dia presas aqui...

Lúcia (Com lágrimas nos olhos) - Eu também... E o pior é que nem podemos nos movimentar direito...

Paloma - Estou com um ódio do Ramiro... Um monstro desses é meu pai... E sinto por você também, Lucia... (Com lágrimas nos olhos). Essa bomba aqui continua acionada e ninguém vem nos salvar...

Lúcia - Não podemos nos abater... (Respirando forte) Esse momento é de grande temor, mas temos guardiões para nos ajudar... Eles nunca vão nos abandonar...

Nesse  momento, Laura e Germano aparecem como anjos.

Laura se aproxima de Lúcia e a acaricia.

Laura - Lúcia, minha filha... Não há nada o que temer, eu sempre estarei ao meu lado, não importe o que aconteça. Você sempre foi forte, e eu tenho muito, mas muito orgulho de você.

Em seguida, Germano aparece.

Germano - Minha filha... Você precisa ser forte e honrar a nossa família, coisa que você tem feito... Você é uma mulher muito forte, e desejo que seja muito feliz.

Laura e Germano desaparecem, e Lúcia esboça um sorriso. Em seguida, Patricia aparece para Paloma.

Patrícia - Filha... Fique bem que em breve a justiça será feita... Tenha fé que em breve tudo será resolvido.

Em seguida Patrícia desaparece, deixando Paloma aliviada.

Paralelamente em outro cômodo...

Laura e Ernesto atormentam Deborah.

Laura - Assassina! Assassina!

Ernesto - Você vai pagar por todos os seus crimes! Assassina!

Deborah senta no chão e coloca as mãos na cabeça, mostrando um olhar enlouquecido.

Deborah - Malditooooooos!


Cena 10/ Itapecerica/Casa de Inácio e Jacinta/Interior/Manhã


Rodrigo e Afonso chegam com uma mala cheia de dinheiro e a posicionam no meio da sala.

Rodrigo - Conseguimos fazer toda a retirada, 50 mil reais, assim como foi exigido, e sabemos que já há outro crime inxcluso.

Afonso - Sim, e mesmo que no futuro a gente precise desse  dinheiro, ele é para o bem da Lúcia e da Paloma.

Jacinta - Bem.... Para mim deles só querem fazer o mal, e que vocês consigam libertar essas meninas.

Rodrigo (Abrindo a mala) - E está tudo organizado, assim ue conseguirmos chegar, esse dinheiro será dado à esses criminosos.

Inácio-  Vocês precisam vasculhar cada canto dessa Fazenda... E pelo que sei, ela já esta isolada.

Afonso - Sim, sim. Quando chegamos, vimos barreiras nos arredores, só não sei na parte que dá para a estrada, afinal, aqui tem uma grande área, e eles podem até contornar. (T). Mas só quero que a Paloma e a Lúcia estejam bem... E que esses criminosos sejam presos.

Enquanto debatem, o celular de Rodrigo toca, é Deborah.

Ligação on

Rodrigo (Ameaçando-a) -Deborah? Saiba que você está prestes a ser presa, a policia está no seu encalço.

Deborah (Cínica) - Hahaha. É sério? Mas logo logo a bomba vai explodir e todo esforço será em vão, porque a Lúcia vai virar cinzas e não restara nada para você, coitadinho...

Rodrigo - Pensa que eu tenho medo de você? Fique sabendo que não. Uma assassina como você deveria estar na cadeia, e é isso que vai acontecer. Pode se preparar.

Deborah (Em tom ameaçador) - Pensa que tenho medo de você? Se quiser mato um a um.

Em seguida, Deborah desliga a ligação. 

Ligação off

Após desligar a ligação, Rodrigo decide dar as diretrizes.

Rodrigo - Bem, precisamos ir logo dar esse dinheiro para que Lúcia e Paloma sejam libertadas.

Afonso abre uma parte da camisa e é possível ver um revólver.


Afonso - Estou pronto para a guerra.

Rodrigo (Sério) - Vamos fazer justiça.

Inácio (Preocupado) - Por favor, tenham cuidado! Não deixem que nada aconteça.

Lorena - O Inácio está certo... (Preocupada). Eu não posso ficar sem você, Rodrigo...

Rodrigo acaricia a mãe, a fim de acalmá-la.

Rodrigo - Vai dar tudo certo... Você vai ver.

Em seguida, Rodrigo e Afonso saem carregando a mala de dinheiro.


Cena 11/Itapecerica/Fazenda Canavial/Choupana de Dolores/Manhã


Dolores ora em frente à uma vela, segurando um terço.

Dolores - Virgem, por favor, traga a Paloma... Minha neta não pode ficar nas mãos desse criminoso... Por favor, salve-a Virgem...

Enquanto ora, Dolores sente uma dor no peito e tem uma visão de um carro capotando e ficando em chamas. É possivel ver um carro em chamas e uma mulher gritando desesperada, presa em meio às ferragens. Ao terminar à visão, Dolores se mostra nervosa.

Dolores - Meu Deus, Meu Deus... Que não aconteça nada..


Cena 12 / Itapecerica/Fazenda Canavial/Tarde

Rodrigo e Afonso andam pela fazenda,de carro, a fim de chegar mais rapidamente ao local do sequestro. Afonso, com binóculos, pensa em alguns lugares.

Afonso - Será que há alguma possibilidade da Lúcia e a Paloma estarem em lugares separados?

Rodrigo - Com certeza não... Deborah e Ramiro são cúmplices, e não ficariam separados.

Afonso - Trouxe seu revolver? Pode ser útil caso necessário.

Rodrigo (Preocupado) - Por enquanto só quero resgatar a Lúcia e a Paloma, depois agimos, ou deixamos com a polícia.

Afonso - Isso é verdade... Mas também quero ajudar os policiais, tanto que vim até de binóculos.

Rodrigo - É bom para que a gente consiga ver melhor os lugares, mas ainda acho que devemos ir no final da Fazenda. Como o Inácio disse devemos ir nos lugares mais escondidos. E... Conhecemos essa fazenda como a palma da nossa mão.

Enquanto dirigem, Rodrigo e Afonso avistam policiais. Rodrigo para e decide falar com eles.

Rodrigo - Já conseguiram alguma pista sobre o paradeiro da Lúcia e da Paloma?

Policial 1 - Estamos procurando, mas boa parte da fazenda está isolada, exceto a parte da estrada.

Rodrigo - Mas essa é a parte principal, eles não podem fugir.

Policial 2 - Não pudemos incluir essa parte, pois não faz parte da entrada da fazenda.

Rodrigo (Irritado) - Ai... Por isso o país não evolui... Muita incompetência.

Percebendo o problema, Afonso decide ajudar e sai do carro.

Afonso - Pera, eu vou sair e ficar na estrada, só assim para não fugirem.

Rodrigo - Você não pode se arriscar.

Afonso (Decidido) - Eu prefiro me arriscar, se for para salvar a Paloma, eu me arrisco.

Afonso acompanha os policiais e deixa Rodrigo no carro.

  Cena 13/ Cidade/Casa de Amanda /Interior/Tarde

Amanda e Bruno estão em casa tomando chá, quando decidem conversar sobre o sequestro do Lúcia. A mesa parece farta, mesmo para duas pessoas.

Dr. Bruno - Já se passou um dia e nada de conseguirem resgatar a Lúcia...

Amanda - Deve ter sido aquela louca que pegou ela... Imagina se ela também acaba com a vida da própria sobrinha?

Ouvindo o questionamento da esposa, Bruno bate três vezes na mesa.

Dr. Bruno - Vira essa boca para lá, Amanda! Não vai acontecer nada com a Lúcia. Logo logo vai conseguir resgatar ela, afinal das contas, não existe crime perfeito. O problema é que a polícia aqui do Brasil não é boa...

Amanda (Com a xícara em mãos) - Sabe de uma coisa? Esse pode estar sendo o fim do karma dela? Pensa comigo, a mãe foi tratada com injustiça, aconteceu isso com a filha... Talvez agora seja hora de tudo se resolver.

Dr. Bruno (Negativo) - Amanda, Amanda... Não sei de onde você tira tanta asneira... (Irritado) A Lúcia, minha sobrinha, sua sobrinha, está em carcere privado, não sabemos nem como ela está, e você preocupada com julgamentos? Olha, tem vezes que eu me canso disso, sabe?

Amanda - Ué? Eu penso e falo. Não devia funcionar assim? Já basta as minhas amigas não estarem me respeitando como antes, e agora você também ficando contra mim? E eu, como fico?

Dr. Bruno - Não estou contra você. O problema é que você julga as pessoas, gosta de julgar, e às vezes suas considerações não valem nada, apenas isso. Eu quero que tudo fique bem com a Lucia. (T). Queria ver se fosse com o Bartolomeu , nosso filho, se você iria dizer a mesma coisa.

Amanda - Ai... Se for assim então, eu não falo mais nada, fico quieta. Se você quiser o divorcio, eu dou!

Bruno (Levantando-se da mesa) - Não quero divorcio, só quero que você entenda que você não pode achar que só voce está certa, até nosso filho  você irritou. E com licença que vou ver alguns prontuários dos pacientes.

Amanda (Cínica) - Hum... Faça o que quiser .

Bruno deixa a mesa, e Amanda fica sozinha.

Amanda - Amanda, Amanda... Você está só se dando mal...




Cena 14/Itapecerica/Fazenda Canavial/Interior/Cativeiro /Tarde

Em frente à Lúcia e segurando um revolver, Deborah continua a torturá-la, dessa vez psicologicamente.

Deborah - Sabe, Lúcia... Eu tenho tanta coisa para te contar... (Cínica). Sabia que eu matei seus pais? Hahaha.

Lúcia (Com lagrimas nos olhos) - Eu não tenho mais palavras para dizer sobre você... Eu sinto... Eu sinto um ódio de você, você destruiu a minha vida... Desde quando minha mãe morreu a minha vida não foi mais a mesma, o papai entrou naquele estado de indiferença e nem ligava para mim, e eu sofria com isso... Eu te odeio Deborah! Nem consigo te chamar de tia...


Deborah (Malefica) - Você quer saber como foi? Bem, a Laura morreu naquele acidente, e nem teve a chance de se livrar daquelas chamas... Já o seu pai eu tive que jogar da escada... Sabe... Ele descobriu todos os meus crimes, aí tive que matá-lo para que eu não soubesse...

Paralelamente, Ramiro também tortura Paloma com um revolver.

Ramiro - Palominha, Palominha... Sua mamãe está no céu por minha causa... Sabe por que? Por que ela me rejeitou, assim como você.

Paloma - Você é doente, nojento... Como pode ser assim? Por isso o Afonso deixou você naquele estado, e você nunca devia ter saído.

Ouvindo as declarações de Paloma, Ramiro tampa a boca da moça, mas ela lhe dá uma mordida.

Ramiro - Sua desgraçada!

Enquanto isso, Deborah continua a torturar Lúcia.

Deborah - E ainda tem aquele exame de DNA. Aquele... Foi fraudado por mim, sabe por que? Por que queria ver você sofrer... Mas... Eu já cansei de olhar para sua cara...

Deborah olha para para Ramiro e eles trazem  dois facões, deixando Lúcia e Paloma amedrontadas, eles se preparam para cravar, quando ouve-se o barulho de um carro e batidas. Rodrigo invade o local.

Rodrigo (Segurando um revolver) - Acabou para vocês!

Deborah (Malefica) - Veio salvar seu amor?

Rodrigo - Sim, mas o tempo de vocês se encerrou.

Rodrigo se direciona para salvar Lúcia, porem Deborah o intercepta, mas ele a derruba com o cano da pistola. Ramiro pega a mala de dinheiro.

Ramiro - Deborah, melhor nós fugirmos, já conseguimos o dinheiro.

Deborah (Levantando-se do chão) - Não podemos ser presos.

Ramiro e Deborah pegam a mala de dinheiro e deixam o cativeiro apressados.

Close nos olhares de felicidade de Lúcia e Paloma.



Algum tempo depois...

Cena 15/ Itapecerica/Fazenda Canavial/Interior/Casa de Inácio e Jacinta/Tarde

Lúcia e Paloma chegam junto de Rodrigo, causando emoção à todos. Inácio as ajuda a sentar para descansarem.

Jacinta (Com lágrimas nos olhos) - Bendito seja Deus, que vocês estão salvas!

Inácio - Vocês estiveram nas maos de psicopatas!

Lúcia - Por um momento eu pensei que não conseguiria escapar... A Deborah estava completamente louca, ela contou todos os crimes, inclusive que matou meus pais...

Lorena (Indignada) - Essa mulher é doente...


Jacinta - Isso nem é doença, é maldade mesmo. E um dia tudo isso terá seu preço. Pode ter certeza.

Inácio - Essa mulher é carregada de ódio e rancor. Logo logo ela estará na cadeia, disso eu tenho certeza.

Paloma - E ainda tinha o Ramiro me ameaçando feito um cachorro louco... Chegou uma hora que pensei que fôssemos morrer ali mesmo, por sorte toda a resiliência da Lúcia me ajudou a suporta aquele carcere.

Lúcia - Chegou uma hora que eu vi a presença dos meus pais, inclusive a minha mãe chegou perto de mim nesse momento.

Jacinta - É porque voce é uma mulher muito boa, com um grande coração, assim como o da Laura. Deus que me perdoe, mas era a Laura que deveria estar aqui, e nào a Deborah.

Enquanto conversam, Rodrigo decide telefonar para Afonso.

Ligação on

Rodrigo - Afonso?

Afonso - Oi Rodrigo, já conseguiu libertá-las?

Rodrigo - Já sim, a Lúcia e a Paloma estão na casa dos padrinhos da Lúcia, foi o primeiro lugar que eu pensei, principalmente por minha mãe estar aqui. Como está a polícia?

Afonso - Continua cercando a fazenda, e eu também. E pretendo encontrar o Ramiro para resolver tudo.

Rodrigo - Toma cuidado, Afonso, o Ramiro é perigoso, pode fazer alguma coisa com você.

Afonso -  Vou tomar bastante cuidado, eles não vão conseguir fugir.

Rodrigo - Também tenho essa certeza, agora preciso levar a Paloma para a Dolores, ela está exausta.

Afonso - Mande noticias quandopuder.

Rodrigo - Vou sim, pode deixar.

Ligação off

Paloma (Preocupada) - Onde está o Afonso?

Rodrigo - Ele está com os policiais, para tentar pegar Ramiro e Deborah. E preciso levar você para sua avó.

Paloma - Sim...


Rodrigo encaminha Paloma para fora de casa, mas antes se despede de Lucia.


Cena 16/ Itapecerica/Fazenda Canavial/Interior/Noite

Paralelamente a isso, Deborah e Ramiro entram no carro e tentam alguma maneira de escapar, mas se vêem ebcurralados.

Ramiro (Preocupado) - Ah, não. Tem um monte de policia por aqui, estamos encurralados.

Deborah (Cínica) - Foi você que quis fugir,  se tivéssemos sido espertos, tínhamos matado a Lúcia, a Paloma e até mesmo o Rodrigo, aí já estaríamos vitoriosos, mas você não quis, quis fugir.

Ramiro - Mas foi você que concordou e me seguiu, porque não ficou lá entao? (T). Com esses 50 mil vai dar para irmos até para que outro lugar, nem que tenhamos que dirigir bastante tempo. E lá na hora faríamos nosso jeito.

É possível ouvir uma sirene de polícia, o que preocupa Deborah e Ramiro.

Deborah  (Olhando para trás) - Ramiro, a polícia, está atrás de nós, temos que acelerar!

Ramiro - Não vamos ser pegos!

Ramiro acelera o carro e muda a direção, despistan
despistando a polícia .



Cena 17/ Cidade/Penitenciária/Interior/Noite

Teobaldo está na sala de visitas, sob a presença de um advogado, contratado pelo mesmo. Teobaldo utiliza um uniforme de presidiário, e demonstra estar preocupado.

Teobaldo - E então... Eu já posso sair daqui?

Advogado (Arrumando alguns papeis) - Eu estou tentando de todas as maneiras, mas todas as provas dizem que você seria culpado, principalmente porque ainda temos um foragido da justiça, que é o Ramiro.

Teobaldo - Mas o Ramiro é outra história... Não deveria estar atrelado a mim.

Advogado - Deveria sim, pois um dos crimes, a fraude contra a Processadora , a Processadora CERCAM, onde foi seu ultimo trabalho, entretando, a sua prisão é peça chave para uma futura prisão do Ramiro, o que não será breve.

Percebendo que está em apuros, Teobaldo começa a se irritar.

Teobaldo - Cadê a minha filha? Ela é advogada, e com certeza faria a coisa certa, seria melhor do que você.

Advogado - Estou fazendo o impossível, mas está tudo muito complicado. Você tem crimes quase que não lhe dão uma pena alta, mas o suficiente para entrar na cadeia.

Teobaldo - O quanto, mais ou menos?

Advogado - Fraude e formação de quadrilha dariam de 1 a 3 anos cada um,  mas a falsificação de documentos, dá de 2 a 6 anos o que daria de 4 a 12 anos de prisão.

Teobaldo (Preocupado) - Eu não tenho como passar esse tempo na cadeia. (T). Se bem que aqui é Brasil, e saio fácil fácil.

Advogado - Não tente cantar vitória,  você ainda é reu nesses crimes...

Teobaldo (Irritado) - Então vai trabalhar.

O advogado levanta e vai embora, deixando Teobaldo sozinho, que coloca as mãos na cabeça.

Teobaldo - Que droga... Vou ter que ficar aqui...



Cena 18/ Itapecerica/ Fazenda Canavial/Choupana de Dolores/Noite

Dolores permanece em oração, sentada em uma cadeira, quando ouve batidas na porta. Quando ela abre, se emociona ao ver Paloma.

Dolores - Graças à Deus voce está aqui de volta! Não sabe como eu fiquei preocupada!

Paloma corre em direção a avó e a abraça por alguns segundos.

Paloma (Com lagrimas nos olhos) - Vovó, por algum momento, eu pensei que eu não fosse conseguir, mas o Rodrigo me salvou...

Rodrigo (Com as maos no bolso) - A Deborah e o Ramiro infelizmente fugiram, com o dinheiro que pediram, e trouxe a Lucia e a Paloma de volta.

Dolores - Eu não tenho como agradecer você... Um heroi que conseguiu salvar  a Paloma e a Lúcia... E sua vida , em breve será de intensa felicidade...

Rodrigo (Sorrindo) - Eu assim espero... E que seja com a Lúcia.

Paloma - Olha que maioria das coisas que a minha avó fala acontece...

Rodrigo (Sorrindo) - Bem, preciso ir para casa, minha mae pode estar precisando. E quero ficar com a Lúcia...

Dolores - Vá em paz, e que Deus te abençoe

Rodrigo deixa a choupana, enquanto Dolores tem mais um presságio .

Dolores - Em breve,  apenas a felicidade irá rondar...


Cena 19/ Itapecerica/Estrada/Interior/Noite


Deborah e Ramiro dirigem em alta velocidade, a fim de tentar escapar da polícia, até que conseguem um atalho.

Ramiro - Isso... Por aqui tem como fugir, e está sem policiamento.

Enquanto conversam, Laura aparece no banco de trás, fazendo Deborah se assustar.

Deborah (Amedrontada) - Laura... A Laura está dentro do carro aqui com a gente...

Ramiro olha para trás e percebe não ter ninguém.

Ramiro (Sarcástico) - Eu, hein? Acho que você está pirando, só pode. Não tem ninguém aqui no carro...

Deborah - Sim... Tem sim... A minha irmã está me perseguindo, ela quer me matar... Temos que fugir enquanto seja tarde.

Ramiro - Eu hein... Vamos fugir é da polícia, e não de um fantasma. (Agressivo). A Laura está morta, entende?

Deborah (Enlouquecida) - Eles vão me matar... Eles vão me matar, por isso temos que fugir logo! Temos que fugir...

Ramiro continua a dirigir pela estrada, quando aparecem os fantasmas de Germano e Ernesto.

Deborah(Enlouquecida) - Eles estão nos seguindo... Eles estão aqui na frente, fuja, por favor! Vai embora, vocês estão mortos! Vocês estão mortos!

Enlouquecida, Deborah segura no volante e faz o carro se desgovernar. Ramiro tenta recuperar a direção, porem sem sucesso. O carro colide com uma pedra e capota varias vezes, se iniciando um incêndio.

A tela congela no carro , formando um quadro com fundo de Canavial.


GANCHO






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