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Teen Workout - A Menina na Porta (Capítulo 08)

 

 

A MENINA NA PORTA

webnovela criada e escrita por Jonny Nascimento

Capítulo 08

Camila leva Gabriele até a casa de cuidados de sua mãe, dona Célia.

GABRIELE (tensa) - Eu não sei se quero isso…

CAMILA - Vai ser melhor pra você, pequena!

GABRIELE - E se alguém me achar aqui?

CAMILA - Isso é praticamente impossível, porque você não planejou vir para cá e certamente sua família iria te procurar nos bairros vizinhos ao seu.

GABRIELE - Tudo bem… mas me prometa que vai me proteger?!

CAMILA - Ah, quanto a isso, não tenha dúvidas! A titia aqui vai ser a sua muralha. Vamos lá?

CENA 2 || Num corte seco, podemos ver Gabriele abraçada a Camila e Célia de frente para as duas.

CAMILA - Essa menina precisa de ajuda, mãe.

CÉLIA (em dúvida) - Que tipo de ajuda?

CAMILA - Ela tá precisando de um teto.

CÉLIA - Ah mas se era isso, por que não me falou logo?

CAMILA - É que ela é diferente, está correndo risco de vida!

CÉLIA (ASSUSTADA) - O QUE? COMO ASSIM?

GABRIELE - Calma, tia, é que eu fugi de casa porque minha madrasta não gosta de mim!

CÉLIA - E ela é perigosa?

GABRIELE - Ela é perigosa até demais.

CÉLIA - Então você não pode ficar aqui, desculpa menina. Senão ela vem aqui e quem morre é a pobre Célia do Juramento.

CAMILA (repreensiva) - MÃE???? Que coisa feia, eu não esperava que você fosse negar abrigo a uma criança.

CÉLIA - Eu sou uma idosa, Camila. E se essa doida decide botar uma bomba aqui no orfanato? Morre eu e de quebra, morrem as outras crianças.

CAMILA - Deixa de ser medrosa, mãe. Ninguém vai colocar bomba em lugar nenhum. O que importa é conseguir um abrigo pra essa menina, enquanto eu investigo o caso.

CÉLIA - Não sei…

GABRIELE (chateada) - Deixa, dona Camila. Não quero incomodar ninguém, nem trazer riscos pra uma senhora… me leva pra outro orfanato!

CÉLIA (comovida) - Tá bom… vamos deixar a criança aqui. Mas Camila, arrume uma viatura pra ficar 24 horas na frente do orfanato.

CAMILA - Ótimo, era isso que eu queria ouvir! Vou no carro buscar algumas coisas pra deixar com a menina. Inclusive, o nome dela é Gabriele!

GABRIELE - Ah, verdade, me chamo Gabriele. Desculpa, senhora, não lembrei de falar (risos).

CÉLIA - Pois eu me chamo Célia, mas pode me chamar de Celinha. Vamos conhecer a casa?

GABRIELE - Vamos!

As duas dão as mãos e a câmera foca no rosto de Camila, com uma expressão boba. Após uns segundos estática, Camila sai.

CENA 3 || Longe dali, na cafeteria de Rosana e Ernesto, funcionárias seguem trabalhando em situação indevida. Entre elas, Carol, que trabalha em estado de cansaço emocional e sem ânimo para nada, já que não tem mais sua filha por perto. Rosana chega e vê Carol no caixa.

ROSANA - Quero falar com você. Venha até minha sala!

Carol revira os olhos e acompanha a patroa.

CENA 4 || Rosana entra em sua sala, seguida por Carol. Ela joga sua bolsa sobre a mesa, e se senta em sua cadeira.

ROSANA - Bom, vou ser direta. Não estou gostando do modo qual você está trabalhando!

CAROL - Que modo seria esse?

ROSANA - Com essa cara de quem comeu e não gostou.

CAROL - A senhora vai me desculpar, mas essa é a única cara que eu tenho.

ROSANA - Muda essa aparência triste se quiser continuar tendo emprego.

CAROL - Sabe o que acontece, senhora? É muito fácil pra você falar, porque nessa história quem não tem mais uma filha sou eu! Minha filha fugiu de casa e está desaparecida.

ROSANA - E daí? Aqui dentro sua vida profissional é o que vale, não seus problemas pessoais.

CAROL (irritada) - Eu já tô cansada de você. Humilhando os seus funcionários, não tem empatia nenhuma e nem respeita ninguém. Você é uma desgraçada, dona Rosana.

ROSANA (alterada) - Baixa o tom comigo, senão eu risco tua carteira de trabalho, sua folgada.

CAROL - Baixa o tom? Se manca sua maria capataz, se você tá mesmo disposta a me demitir, então vá em frente, mas arque com os processos!

ROSANA - Processo de quê?

CAROL - Exploração trabalhista, assédio e difamações morais… você oferece a pior situação de trabalho possível pra qualquer funcionário que assina a carteira. Vai se ver com a polícia, já tá toda errada.

ROSANA - Você não presta, né, sua ingrata? Já esqueceu da história que você me contou na sua entrevista de emprego? Que não conseguia trabalho em lugar nenhum porque foi acusada de roubo? Pois eu fui a única pessoa que te contratei, por pena…

CAROL (interrompendo / agressiva) - PENA? EU NÃO PRECISO QUE VOCÊ TENHA PENA DE MIM NÃO! VOCÊ É MUITO SAFADA MESMO, CRETINA.

ROSANA - Desse jeito quem vai levar um processo por danos morais vai ser você, macaca barraqueira.

Carol dá um tapão na cara de Rosana e puxa o cabelo da chefe, que grita por socorro.

CAROL - PODE GRITAR, QUE A MACACA AQUI VAI TE MOSTRAR COMO SE RESPEITA GENTE!

ROSANA - ME SOLTA SUA POBRETONA! SOCORRO, ALGUÉM ME AJUDA.

Carol dá uma surra em Rosana, e apenas os gritos podem ser ouvidos. Atrás da porta, é possível ver as outras funcionárias escutando o barraco, mas não movem uma palha para ajudar pois acham merecido.

Cansada de bater em Rosana, que já está toda quebrada, Carol larga a patroa e começa a falar.

CAROL (ofegante) - Pra você aprender a respeitar as pessoas, eu te meti a mão na cara. Mas pra esse seu comentário sobre a minha cor de pele, quem vai resolver vai ser a algema que vai manter suas mãos para trás enquanto você entra numa viatura. Eu vou te processar sua racista de merda.

ROSANA - Você tá demitida. FORA DAQUI!

CAROL - Eu saio! Eu saio sim! Mas você vai daqui direto pra prisão, que é o seu lugar. Adeus Rosana, a gente se encontra no tribunal.

Carol sai da sala de Rosana, que grita de ódio.

CENA 5 || Distante, na casa de Lívia. Eduarda está trancada no banheiro, em frente ao espelho. Ela pega um comprimido e coloca sobre a pia.

EDUARDA - Você tá tão gorda…. tá na hora de perder uns quilinhos.

Eduarda se agacha perto do vaso sanitário e força um vômito para colocar o que comeu para fora. Nesse momento, Sérgio, pai de Eduarda, entra no banheiro e vê o que está acontecendo.

SÉRGIO (espantado) - Mas o que significa isso, minha filha?

Eduarda olha para a cara de Sérgio com espanto na expressão, e os dois se encaram.

CONTINUA…

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