TERRA DO SOL (太陽の国) �� CAPÍTULO 13
Web novela criada e escrita por: Luan Maciel
Produção Executiva: Ranable Webs
CENA 1: INTERIOR. MANSÃO DUBOIS -CIPRIATIS. SALA DE ESTAR.
TARDE
CLOSE EM LUCAS E ESTELA QUE CONTINUAM EM UM ABRAÇO BASTANTE
FRATERNAL. NESSE MOMENTO CELSO VEM DESCENDO AS ESCADAS DA
MANSÃO BATENDO PALMAS DE UMA FORMA BEM IRÔNICA E CON UM
SORRISO MALICIOSO. A CÂMERA FOCA NO OLHAR DE LUCAS QUE ESTÁ
COM NUITA RAIVA AO VER O VILÃO EM SUA FRENTE.
CELSO (cínico): - Olha só para vocês…. Tão medíocres nesse fachada de
um relacionamento de mãe e filho, mas nós sabemos que a verdade é mais
difícil de aceitar. (P) Você sempre foi uma mãe relapsa, Estela.
LUCAS (gritando): - Lace a sua boca antes de falar qualquer coisa da
minha mãe. Ela pode não ser perfeita, mas mesmo assim é muito melhor
do que você, Celso. (T) Eu já soube do que você fez com a minha mãe. Eu
vou te colocar na cadeia, seu desgraçado.
CELSO: - O que foi que houve com você, Lucas? Até parece não ser mais
aquele homem hipócrita que sempre disse acreditar na justiça acima de
tudo. Deixa eu adivinhar. A morte daquela sua noiva te abalou foi?
LUCAS PERDE TOTALMENTE O CONTROLE, E ELE TENTA PARTIR PARA
CIMA DE CELSO. ESTELA CONSEGUE IMPEDIR ENQUANTO O VILÃO SORRI
CADA VEZ MAIS DEBOCHADO.
ESTELA (séria): - Não vale a pena, meu filho. Esse homem é ninguém para
que possamos nos importar com ele. (P) Eu quero que você saia da minha
casa imediatamente, Celso. Você vai pagar por tudo que me fez.
CELSO (sorrindo): - Tem certeza que você quer me desafiar, Estela? Você
se lembra muito bem do que aconteceu da última vez que você tentou.
LUCAS: - Esse é o seu último aviso, Celso. Se você não ficar longe da
minha mãe eu juro que eu vou te jogar no buraco mais sujo que possa
existir. É o mínimo que um desgraçado que nem você merece.
CELSO OLHA COM MUITO ÓDIO PARA LUCAS. LOGO DEPOIS LUCAS E
ESTELA VÃO SUBINDO AS ESCADAS DA MANSÃO ENQUANTO CELSO OS
OLHA COM FRIEZA.
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CENA 2: INTERIOR. CASA DE SHIN E OLENKA. SALA. TARDE
A CÂMERA MOSTRA QUE KEIKO AINDA ESTÁ ABALADA COM O ENCONTRO
QUE TEVE COM MITSUKO. ELA ANDA DE UM LADO PARA O OUTRO.
AYUMI CONSEGUE AOS POUCOS FAZER COM QUE ELA SE ACALME. O
SEMBLANTE DE SHIN ESTÁ MUITO SÉRIO.
KEIKO (aflita): - Eu preciso dar um jeito de fugir o quanto antes. Pelo
pouco que eu conheço da Mitsuko ela não vai desistir de me vender como
escrava. Tudo o que eu queria era ter a minha vida de volta.
AYUMI (inconformada): - Isso não é justo. Aquela mulher é uma maldita
que deveria estar na cadeia. Nós precisamos fazer alguma coisa. E rápido.
SHIN: - Por mais que eu odeie admitir, mas a Mitsuko é uma mulher muito
perigosa. Se a Keiko quer ir embora então nós não podemos impedir.
KEIKO FICA MUITO PENSATIVA. SHIN E AYUMI SE OLHAM INTRIGADOS
COM O QUE KEIKO DEVE ESTAR PENSANDO NESSE MOMENTO.
KEIKO (decidida): - Eu tomei uma decisão. Eu tenho que voltar para o
Japão o quanto antes. Eu não tenho escolha. Eu preciso fazer isso.
AYUMI (ponderando): - Você tem certeza disso, Keiko? Se você fizer, você
estará correndo o risco de mais uma vez ficar a mercê das artimanhas da
Mitsuko. Você precisa pensar bem se é isso que você quer.
SHIN: - Se é isso que você quer, você tem o meu apoio, Keiko. Mas eu
quero que saiba que aqui você sempre terá pessoas que tem querem muito
bem. Em pouco tempo você ganhou a nossa confiança e amizade.
KEIKO (emocionada): - Vocês não imaginam o quanto isso é importante
para mim. Eu nunca vou esquecer do que estão fazendo por mim.
AS LÁGRIMAS ESCORREM PELOS OLHOS DE KEIKO. LOGO DEPOIS ELA
ABRAÇA AYUMI E SHIN COM MUITA VERDADE.
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�� KAMAKURA —JAPÃO
CENA 3: INTERIOR. CASA DE KENJI. SALA ORIENTAL. NOITE
O CLIMA DA CENA É BEM CALMO E TRANQUILO. KENJI ESTÁ REUNIDO
COM UM OUTRO HOMEM DE SUA FAIXA ETÁRIA. ESSE HOMEM É KIMURA,
UM ANTIGO AMIGO. NESSE MOMENTO KENJI VAI ENTREGANDO UMA
XÍCARA DE CHÁ PARA KIMURA QUE O ENCARA DE UMA MANEIRA MAIS
SÉRIA.
KIMURA (firme): - Então quer dizer que você está pensando mesmo em ir
para o Brasil atrás da sua neta, meu amigo? Você sabe muito bem que
essa sua busca pode se mostrar infrutífera. É melhor pensar direito.
KENJI (sério): - Eu entendo a sua preocupação, meu amigo. Mas eu não
posso aceitar que a minha neta fique presa nas mãos daquela maldita da
Mitsuko Ishida. Eu preciso ir para o Brasil o quanto antes.
KIMURA: - Eu já imaginava que essa seria a sua postura, Kenji. Mas eu
tenho que te alertar uma coisa. Eu fiquei sabendo que a Mitsuko está
jogando pesado quando o assunto é esse negócio de tráfico de mulheres.
Você precisa ter muito cuidado.
KENJI FICA CADA VEZ MAIS SÉRIO. ELE E KIMURA SE ENCARAM.
KENJI (firme): - Eu entendo a sua preocupação, meu amigo. Mas nada do
que você me diga vai me fazer mudar de ideia. Respeite isso.
KIMURA (ponderando): - É claro que eu respeito a sua decisão, Kenji. Mas
em seu lugar eu procuraria aquele delegado brasileiro de quem você me
falou. Ele pode ser um gaijin, mas vocês podem se ajudar.
KENJI: - Eu não sei se isso é o certo, Kimura. Eu perdi a minha filha por
causa de um gaijin. Confiar em uma pessoa assim não é aconselhável.
KIMURA FICA EM SILÊNCIO. ELE E KENJI SE CUMPRIMENTAM DE UMA
FORMA BEM CORDIAL. O SILÊNCIO REINA NO LOCAL.
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�� SÃO PAULO —BRASIL
CENA 4: INTERIOR. CASA DE FABIANA E VALÉRIA. QUARTO. TARDE
CLOSE EM FABIANA QUE VAI ANDANDO DE UM LADO PARA O OUTRO
AINDA MUITO NERVOSA COM A REJEIÇÃO QUE SOFREU DE LUCAS. ELA
PEGA UM RETRATO QUE ESTÁ SOBRE UMA MESA DE CANTO E ATIRA COM
MUITO ÓDIO CONTRA A PAREDE. NESSE MOMENTO VALÉRIA ENTRA NO
QUARTO ASSUSTADA COM O BARULHO QUE FABIANA ESTÁ FAZENDO.
VALÉRIA (assustada): - Fabiana…. O que você está fazendo? Desse jeito
você vai acabar destruindo a casa toda. (P) O que está acontecendo?
FABIANA (gritando): - Aquele desgraçado do Lucas voltou para o Brasil, e
mais uma vez ele me humilhou. Mas ele não sabe do que eu sou capaz. Ele
vai se arrepender de ter recusado o meu amor. Eu vou destruir com tudo o
que ele mais ama.
VALÉRIA: - Presta atenção no que você está falando, minha filha. Já basta
dessa sua obsessão pelo Lucas. Deixa ele viver a vida dele em paz. Você
deveria seguir a sua vida. É melhor assim.
A CÂMERA MOSTRA O OLHAR D E FABIANA SE TRANSFORMANDO. A VILÃ
VAI FICANDO CADA VEZ MAIS FORA DE CONTROLE.
FABIANA (descontrolada): - Porque você não para de fingir que se importa
comigo? Eu sempre fui apaixonada pelo Lucas, e é isso que eu ganho em
troca? Mas ele vai sentir na pele tudo que está fazendo comigo.
VALÉRIA (ponderando): - Porque você tem que ser assim, minha filha? Se
o Lucas não te ama você não pode fazer absolutamente nada.
FABIANA: - Isso é o que você pensa, mãe. Se eu fui capaz de tirar a Alice
do meu caminho, o que você acha que eu sou capaz de fazer para ficar
com o Lucas só para mim? (P) Você não tente ficar no meu caminho, pois
será muito pior para você.
FABIANA SAI DE CENA TOTALMENTE DECIDIDA DO QUE FAZER. A
CÂMERA O CHOQUE NO OLHAR DE VALÉRIA COM A REVELAÇÃO DE SUA
FILHA.
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CENA 5: EXTERIOR. FEIRA JAPONESA. ÁREA ABERTA. TARDE
PLANO GERAL DA CENA. A CÂMERA MOSTRA QUE POUCAS PESSOAS
AINDA ESTÃO NA FEIRA. OLENKA VEM ANDANDO COM ALGUMAS
SACOLAS EM SUAS MÃOS. NESSE MOMENTO ELA É ABORDADA POR
RAMON, E ELA FICA SÉRIA NO MESMO INSTANTE.
RAMON (cínico): - Olha só quem eu acabo encontrando por aqui? Eu acho
que a gente precisa conversar, Olenka. Até quando você vai ficar fugindo
de mim? Não precisa continuar mantendo esse casamento com aquele
japa, pois eu sei que você não ama ele.
OLENKA (séria): - Não fale mais nenhuma palavra, Ramon. Quem você
pensa que é para falar assim do meu marido? Eu já sei da forma que você
tratou a minha filha. Você é o ser mais desprezível que eu já conheci.
RAMON: - Eu sei que você não pensa isso sobre mim na verdade. Você não
vê que a gente foi feito para ficar juntos. (P) Não negue que sente
saudade da nossa juventude? Os seus olhos não mentem.
RAMON PEGA OLENKA A FORÇA E A BEIJA. SEM PENSAR DUAS VEZES
OLENKA DÁ UM TAPA NA CARA DE RAMON QUE FICA FURIOSO.
OLENKA (nervosa): - Nunca mais ouse fazer isso, seu desgraçado. Eu
tenho nojo apenas de olhar para você. A sua mulher é uma mulher
guerreira por simplesmente te aturar. Você não é nem metade do homem
que o Shin é.
RAMON (esbravejando): - Aquele japa não é nada comparado comigo.
Você pode não querer admitir a verdade, mas irá voltar para os meus
braços. Disso você pode ter certeza, Olenka.
OLENKA: - Isso nunca vai acontecer. (T) Agora sai da minha frente,
Ramon. Antes que eu faça uma coisa que eu não quero fazer.
OLENKA SAI ANDANDO PARA FORA DA FEIRA JAPONESA ENQUANTO
RAMON FICA ALI BUFANDO DE ÓDIO.
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�� ANOITECE
CENA 6: INTERIOR. MANSÃO DA FAMÍLIA DUBOIS -CIPRIATIS. QUARTO
DE LUCAS. NOITE
ESTELA ESTÁ SENTADA A BEIRA DA CAMA VENDO ALGUMAS FOTOS DE
QUANDO O NOSSO PROTAGONISTA ERA PEQUENO. ELA COMEÇA A
REFLETIR QUE SE CASAR COM CELSO FOI UM ERRO. NESSE MOMENTO
LUCAS SAI DO BANHEIRO ENROLADO EM UMA TOALHA. ELE E ESTELA
TROCAM OLHARES DE CUMPLICIDADE ENTRE MÃE E FILHO.
ESTELA (sendo sincera): - Você está diferente depois que voltou dessa
viagem para o Japão, meu filho. Aconteceu alguma coisa de diferente com
você nessa viagem. Eu te conheço melhor que você mesmo.
LUCAS (sorrindo): - Não tem como eu esconder nada de você, não é
mesmo, mãe? (P) Você está coberta de razão. Nessa viagem para o Japão
eu conheci uma mulher diferente de todas. Não pense que o que eu sentia
pela Alice não fosse de verdade. Mas a Keiko mexeu comigo de uma forma
que eu não esperava.
ESTELA: - Eu jamais pensaria uma coisa dessas de você, meu filho.
Quando o assunto é o coração nós somos vulneráveis. Mas quando você
tocou no nome dessa Keiko eu te senti muito triste. O que foi que houve?
LUCAS SE SENTA NA CAMA AO LADO DE ESTELA. ELE RESPIRA FUNDO
ENQUANTO O SEU SEMBLANTE FICA MUITO SÉRIO.
LUCAS (sério): - Essa organização criminosa japonesa que eu estava
investigando, e que foi a responsável pela morte da Alice sequestrou a
Keiko e está querendo vender ela para a Europa. Eu não sei mais o que
fazer para impedir que isso aconteça.
ESTELA (surpresa): - Eu nem sei o que te dizer, meu filho. Esse assunto é
muito sério. Infelizmente hoje em dia tem muitas mulheres que são reféns
de bandidos que só querem dinheiro fácil e vendem elas.
LUCAS: - Você está certa, mãe. Eu não vou descansar enquanto não
encontrar a Keiko. (P) Eu me apaixonei por ela, e eu sou capaz de tudo
pela mulher que eu amo.
ESTELA ESBOÇA UM SORRISO. ELA E LUCAS FICAM UM AO LADO DO
OUTRO EM UM MOMENTO FRATERNAL DE MÃE E FILHO.
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CENA 7: EXTERIOR. BAIRRO DA LIBERDADE. RUA. NOITE
KEIKO E AYUMI ESTÃO PARADAS UMA DE FRENTE PARA A OUTRA. KEIKO
FICA OLHANDO PARA TODOS OS LADOS COMO SE ESTIVESSE
PRESSENTINDO ALGUMA COISA. NESSE MOMENTO UM CARRO DE
POLÍCIA PARA EM FRENTE AO LOCAL, E MITSUKO DESCE COM UM
SORRISO CÍNICO EM SEU ROSTO.
MITSUKO (cínica): - Acha mesmo que você iria conseguir fugir depois da
atrocidade que você fez, Keiko? Você tem contas para acertar com a
justiça, e eu não vou deixar você fugir não. Você chegou ao fim da linha.
KEIKO (apavorada): - Eu não sei do que você está falando, Mitsuko. Eu
não fiz nada de errado. Eu vou embora, e você não tem como me impedir.
DELEGADO: - Eu não contaria com isso, senhorita Keiko. Você tem muitas
explicações para dar. Para começar pode ir dizendo onde estava na noite
da morte de Ryu Okinawa? (P) Então… Qual é a sua resposta?
A CÂMERA MOSTRA A SURPRESA NO OLHAR DE KEIKO. LOGO EM
SEGUIDA AYUMI VAI NA DIREÇÃO DE MITSUKO E A ENCARA.
AYUMI (nervosa): - O que foi que você armou para que o delegado tivesse
que perder o tempo precioso dele em fazer essa falsa acusação? Diga logo.
MITSUKO (sorrindo): - Eu não sei do que você está falando, garota. Se a
sua amiga matou um homem então ela deve pagar por esse crime.
KEIKO: - Eu não fiz nada. Eu sou inocente. (P) Ayumi…. Você precisa
acreditar em mim. Eu jamais faria uma coisa dessa natureza.
DELEGADO (firme): - Chega desse bate boca. Senhorita Keiko Watanabe….
Você está presa pelo assassinato de Ryu Okinawa. É melhor não resistir.
O DELEGADO ALGEMA KEIKO E A COLOCA DENTRO DA VIATURA
POLICIAL. AYUMI NÃO ACREDITA NO QUE ESTÁ ACONTECENDO. A
CÂMERA MOSTRA O SORRISO CÍNICO NO OLHAR DE MITSUKO.
A IMAGEM CONGELA NO OLHAR CÍNICO DE MITSUKO. AOS POUCOS A
IMAGEM VAI GANHANDO UM TOM ALARANJADO COMO O SOL TIVESSE
NASCENDO NO HORIZONTE.
Obrigado pelo seu comentário!