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VILAREJO - Capítulo 44 (Últimas Semanas)

 

Capítulo 44 (Últimas Semanas)

Cena 01 - Acampamento Cigano [Externa/Noite]

[Vladimir havia ficado tão surpreso com a revelação de Juvenal, que havia esquecido dos últimos acontecimentos por alguns instantes.]


VLADIMIR: - Como disse? [Retruca surpreso]. - Céus, isso é ótimo!


JUVENAL: - Sim, eu me lembrei de duas pessoas que estiveram acá nas últimas horas. Uma moça e um rapaz, poderia jurar que eles são da minha família. Só não consegui descobrir a conexão ainda, imagino que devo ser desse vilarejo. E o principal antes que eu me esqueça, eu me chamo Juvenal.


VLADIMIR: - Pelas barbas do profeta, você está se recuperando. Juvenal!


JUVENAL: - Sim, acho que estou! [Sorri desconcertado].


VLADIMIR: - Agora precisamos encontrar a sua família! [Completa].


Cena 02 - Mercearia da Paz [Interna/Noite]

Música da cena: Acreditar No Seu Amor - Liah Soares

[Com a transição de cenas, surgem imagens externas da cidade. As luzes do vilarejo iluminam as ruas. Em seguida surge a fachada da mercearia, que já estava fechada. Ao entrar, Joana subiu a escada cautelosamente, para não acordar sua mãe.]


CÂNDIDA: - Onde você esteve? [Questiona ao acender a luz de um abajur].


JOANA: - Ai, mamãe. A senhora me assustou!


CÂNDIDA: - Estava com eles, não era? Os ciganos!


JOANA: - Sim, eu estava lá. O pai de Vladimir morreu e eu achei importante acompanhá-lo nesse momento tão delicado.


CÂNDIDA: - Vosmecê não tem vergonha? Vai acabar ficando falada na cidade.


JOANA: - Do que tem medo, mamãe? Que falem de mim igual falam da senhora? [Questiona].


CÂNDIDA: - Ora, como você se atreve? Sua…


JOANA: [Interrompe a mãe] - Eu já estou farta, mamãe. Farta da senhora querer comandar a minha vida com base nas suas próprias expectativas. Eu sou uma pessoa diferente, não me importo com o que as pessoas pensam. Eu quero ser feliz e vosmecê deveria querer o mesmo para mim, afinal sou sua única filha. [Conclui ao se retirar].


Cena 03 - Casa dos Lobato [Interna/Noite]

[Graça entrou em casa e acendeu as luzes, logo após dois guardas entraram no local e arrastaram Miguel para dentro da propriedade.]


GUARDA: - A senhora ainda precisa de alguma coisa?


GRAÇA: - Não, já podem se retirar. Daqui, eu mesma me encarregarei.


GUARDA: - Tudo bem, ficamos às ordens. Vamos! [Disse conduzindo o outro guarda para fora].


GRAÇA: - Bem, agora somos só nós dois! [Fala ao encarar Miguel, ainda acorrentado].


MIGUEL: - Dona Graça ainda é tempo de voltar atrás e corrigir essa loucura.


GRAÇA: - Loucura? Esse jogo está apenas começando e terminará com apenas um vencedor. Ou melhor, uma vencedora… Vosmecê já perdeu e logo quem irá perder também será a sua pobre descompensada e que tive o pesadelo de cuidar como sobrinha.


MIGUEL: - Eu exijo que vosmecê respeite Maria do Céu. Ela é muito mais digna que vosmecê jamais pensou ser algum dia. Vosmecê é uma mulher fria e ardilosa, que fez uma pobre moça acreditar a vida inteira ser doente, com o único objetivo de administrar os bens dela. A única pessoa descompensada nessa história é vosmecê, Dona Maria da Graça! [Grita].


GRAÇA: - Ora, seu escravo petulante!


MIGUEL: - A quem vosmecê quer enganar com essa loucura? Sabemos que eu não sou escravo, isso é uma armação sua e em breve ficará provado.


GRAÇA: - Pensou errado, seu negro metido. Agora vosmecê vai ver o que é bom! Capitão do Mato… [Grita].


CAPITÃO DO MATO: [Entra na sala apressado].


GRAÇA: - Leve esse escravo fujão da minha frente. Deixe sem comer e sem beber até segunda ordem. Ele já teve uma boa vida, vamos ver ele se adaptar a nova realidade dele.


CAPITÃO DO MATO: - Como desejar, senhora. Vamos! [Disse ao sair conduzindo Miguel para fora].


MIGUEL: - Isso não vai ficar assim, Dona Maria da Graça… Essa farsa virá abaixo. Vosmecê verá! [Grita enquanto é arrastado para fora da casa].


Cena 04 - Acampamento Cigano [Externa/Noite]

[Após cuidar de Antônio que permanecia em coma, Leonora saiu da tenda para tomar um pouco de ar puro, quando avistou Vladimir e resolveu se aproximar.]


LEONORA: - Vi vosmecê de longe e vim te fazer um pouco de companh… Oh, me desculpe, não vi que estava acompanhado! [Disse ao chegar mais perto e ver que Vladimir estava acompanhado de um homem, a qual não tinha visto o rosto].


VLADIMIR: - Vosmecê não interrompe, Leonora. Ele é um velho amigo, o mascarado. Ou melhor, o homem sem máscara. Ele acaba de lembrar de muitas coisas!


LEONORA: - Ah, é? O que ele lembrou de tão promissor?


JUVENAL: [Vira-se para Leonora e a olha de frente].


VLADIMIR: - Disse que se chama Juvenal e lembrou que tem uma filha.


LEONORA: [Surpreende-se] - Oh meu Deus, eu sei quem ele é…


VLADIMIR: - Sabe? [Repete estarrecido].


JUVENAL: - Vosmecê me conhece? Então me conte, eu preciso saber tudo o que sabe. [Diz ao se aproximar de Leonora].


Cena 05 - Posto Policial [Interna/Manhã]

Música da cena: Coleção - André Leonno

[O dia amanhece e as pessoas logo começam a percorrer as ruas da cidade. Surge então a fachada do posto policial. Em sua cela, Ana Catarina não havia conseguido dormir diante dos últimos acontecimentos e por conta da preocupação com Antônio.]


GUARDA: - A senhora tem visitas! [Disse o guarda ao se aproximar].


ANA CATARINA: - Se for aquela mulher de novo, eu vou logo dizendo que…


BARÃO FILIPE: - Sinto muito em desapontá-la, mas sou eu. Filipe Vaz de Coimbra, irmão do marido que você ajudou a matar. Pelo o que vejo, a viúva negra já atacou novamente e começou os planos de eliminar o segundo marido. Pena que foi descoberta, não é mesmo?


ANA CATARINA: - Filipe! O que faz acá? Não me diga que cruzou o oceano para vir falar tantos despautérios? Eu não matei ninguém, seu irmão estava doente. Não matei antes e nem matei agora…


BARÃO FILIPE: - Poupe-me das suas falácias, minha querida cunhada. Eu não confio em vosmecê. Não passa de uma aproveitadora, caça-fortunas…


ANA CATARINA: - Ora, não me ofenda… O único aproveitador acá, sempre foi vosmecê. O seu irmão ainda nem havia morrido e vosmecê já queria ficar com tudo, eu não tenho culpa se ele lhe excluiu do testamento. Talvez ele tenha descoberto o calhorda que vosmecê é e sempre foi! [Grita].


BARÃO FILIPE: - Ora, ora… Vamos falar sobre moral? Então vamos falar sobre minhas últimas descobertas. Sabe quem me contou que vosmecê estava acá? Sua querida filha, Emília. Será que ela já sabe que não é uma Vaz Coimbra? Será que ela sabe que a mãe é uma boa bisca, que enganou um homem de saúde frágil e fez ele acreditar que era pai dessa bastarda!


ANA CATARINA: - Eu admito que fale assim da minha filha. Seu irmão sabia, ele sabia de toda a verdade. Seu irmão era o homem mais incrível, mas íntegro e amável que eu já conheci em toda a minha vida. Eu jamais faria algo que o magoasse. Ele cuidou de mim no momento em que mais precisei e vosmecê, onde estava? Torrando cada tostão que vosso pai havia lhe deixado. Vosmecê não passa de um recalcado, nunca aceitou que seu irmão se converteu em conde e vosmecê não. Deve ser porque todos sabiam, todos sabiam do crápula que era e sempre foi.


BARÃO FILIPE: [Sorri] - Pois então agora vosmecê verá do o crápula é capaz. Eu vou embargar o testamento, vou confiscar cada tostão da fortuna da minha família. Vosmecê e a bastarda da sua filha ficarão na rua da amargura, disso eu vou me encarregar. Pode apostar… Espero que faça bom proveito desse hotel cinco estrelas, condessa. [Retira-se].


Cena 06 - Casa dos Lobato [Interna/Manhã]

[Sozinha em casa, Graça tomava café da manhã, quando alguém bateu em sua porta. A escrava logo tratou de abrir e por mais que não houvesse nada combinado, ela não se surpreendeu.]


MARIA DO CÉU: - Precisamos conversar! [Disse ao se aproximar].


GRAÇA: - Sabia que vosmecê viria, estava à sua espera. [Disse ao beber um gole de café].





Cena 07 - Casa dos Lobato [Interna/Manhã]

[Maria do Céu encarava Graça na sala de jantar, que continuava tomando seu café no maior cinismo.]


GRAÇA: - Não vai se sentar? Sente-se, acomode-se… Coma um pouco, sinta-se em casa.


MARIA DO CÉU: - Poupe-me do seu cinismo, titia. Vosmecê sabe muito bem o que estou fazendo acá, de volta a essa casa que foi a minha verdadeira prisão nos últimos anos.


GRAÇA: - Claro, vosmecê está se sacrificando em nome do amor que sente pelo escravo fugitivo.


MARIA DO CÉU: - De uma vez por todas, pare de mentir. A senhora sabe muito bem que isso não é verdade!


GRAÇA: [Pousa a xícara em cima da mesa] - Tem razão, eu sei que isso é uma mentira, fui eu mesma que inventei, só que ninguém sabe e se você quiser salvar a vida dele, terá que voltar a viver nesta casa, sob minhas ordens. Terá de fazer tudo o que eu mandar, como eu quiser. Começando, claro, voltando para cá… É isso e eu poupo a vida dele, se não deixarei com ele vá definhando de fome e sede até apodrecer. Não é isso que quer, não é?


MARIA DO CÉU: - Está bem, eu aceito suas condições desde que liberte o Miguel.


GRAÇA: [Sorri] - Eu sabia que faria uma excelente escolha. Vosmecê não irá se arrepender.


MARIA DO CÉU: - Qual garantia vosmecê me dará? Eu preciso de uma garantia que vosmecê vai cumprir a sua parte no acordo!


GRAÇA: [Levanta-se e encara a sobrinha] - Vosmecê não terá… Somente vindo para casa é que poderá saber se o acordo será cumprido ou não. E então, o que me diz? Vosmecê verá mesmo no escuro ou vai arcar com o peso na consciência por não ter feito nada?


MARIA DO CÉU: - Eu aceito… Eu aceito! [Conclui].


Cena 08 - Gazeta do Vilarejo [Interna/Manhã]

Música da cena: Esquadros - Gal Costa

[Com a transição de cenas, surgem as avenidas do centro da cidade. Laura se aproximava e entrou no prédio da redação da revista.]


LAURA: - Vosmecê nem imagina a notícia que está correndo feito fogo em rastro de pólvora na cidade…


RICARDO: - Sobre a prisão arbitrária da condessa? Meus jornalistas já apuraram e é verdade. Pretendo publicar uma matéria sobre esta infâmia.


LAURA: - Céus, estão acusando-a de tentar matar Antônio…


RICARDO: - Sim, isso é uma infâmia. Vosmecê não os viu no casamento? É notório que eles se amam, não acredito nessa história de que ela tenha atirado nele. [Faz uma breve pausa]. - Vosmecê acredita nisso?


LAURA: - Eu não sei, Ricardo. Sinceramente, eu não sei!


RICARDO: - Vosmecê está apenas chocada com a situação ou está assim por causa do Antônio? Vosmecê ainda o ama?


LAURA: - Eu… [Fica em silêncio].


RICARDO: - Foi o que pensei! [Levanta-se chateado e deixa Laura sozinha].


Cena 09 - Acampamento Cigano [Externa/Manhã]

[Leonora dobrava e guardava alguns pertences de Vicente, quando Juvenal adentrou na tenda.]


JUVENAL: - Leonora, precisamos conversar. Vosmecê me conhece, precisa me levar até a minha filha. Preciso reencontrá-la!


LEONORA: - Eu farei isso, mas agora não é o momento. Sua irmã é uma mulher muito perigosa, tanto quanto a pessoa que eu acho que quis te tirar do caminho.


JUVENAL: - Do que vosmecê está falando?


LEONORA: - Pelo o que eu me lembro, vosmecê estava investigando sobre a morte de Gonçalo e suas filhas quando desapareceu, vosmecê se lembra disso?


JUVENAL: - Gonçalo… Sim, eu me lembro dele, eu me lembro.


LEONORA: - Eu acho que vosmecê sofreu uma tentativa de assassinato. Alguém interessado em que vosmecê não se aprofundasse na investigação, pois descobriria que não foi um acidente, foi tudo armado.


JUVENAL: [Se esforça para tentar se lembrar] - Carlota… Foi a Carlota! [Constata].


LEONORA: - Ela mesma! Por isso não posso simplesmente aparecer com vosmecê agora, isso seria uma sentença de morte. Somente uma pessoa pode nos ajudar e eu sei quem.


[Neste momento ouve-se vozes alteradas.]


LEONORA: - Vosmecê está ouvindo?


JUVENAL: - Sim, parece a voz do Vladimir…


LEONORA: - Eu vou ver o que está acontecendo. Não saia desta tenda! 


[Ao sair da tenda, Leonora encontra Vladimir discutindo com o oficial de justiça.]


LEONORA: - Vladimir, o que está acontecendo? [Questiona ao se aproximar].


VLADIMIR: - Esse homem está nos ofendendo e agora quer vistoriar o nosso acampamento, isso é ultrajante.


OFICIAL DE JUSTIÇA: - Estou apenas cumprindo o meu trabalho, preciso investigar o que aconteceu acá nos últimos dias.


VLADIMIR: - Investigar para quê? Suas leis são válidas para os homens da cidade, não para os ciganos. Vosmecê é como os outros, acredita que nós somos golpistas, ladrões.


OFICIAL DE JUSTIÇA: - Isso é o que dizem de vosmecês. Poderiam muito bem ter procurado nossa ajuda, mas se recusaram. Então não temos como acreditar veementemente no que dizem. Concorda? Agora vai me deixar apurar o terreno do acampamento ou também prefere ser preso por desacato?


LEONORA: - Claro, pode vistoriar como quiser. Ele não quis ofendê-lo!


OFICIAL DE JUSTIÇA: - Foi o que pensei! Com licença… [Retira-se].


LEONORA: - Controle-se, Vladimir. Estamos com muitos problemas agora, o que menos precisamos é que vosmecê seja preso.


VLADIMIR: [Retira-se irritado].


Cena 10 - Posto Policial [Interna/Manhã]

[Sozinha, Ana Catarina continuava reflexiva na cela quando recebeu outra visita.]


PADRE JÚLIO: - Atrapalho?


ANA CATARINA: - Padre, o que faz acá? [Pergunta surpresa com a visita].


PADRE JÚLIO: - Visitando uma filha de Deus, o que mais? [Responde sorridente].


ANA CATARINA: - Não imaginava, principalmente depois da forma que tenho lhe tratado desde que nós nos conhecemos. Não pensei que ainda assim viria me visitar neste lugar!


PADRE JÚLIO: - Um bom pastor nunca abandona suas ovelhas. Sei que vosmecê é uma alma ferida, atormentada pelas dores do passado, mas saiba que eu acredito na sua inocência. Vejo em seus olhos que não tentou matar vosso marido e tenho certeza de que tudo terminará esclarecido logo mais. [Conclui].


Cena 11 - Confeitaria Doce Deleite [Interna/Tarde]

Música da cena: Mil Noites de Um Amor Sem Fim - Silva

[Surge a fachada da Confeitaria instalada no centro da cidade. No interior do estabelecimento, Carlota surgiu percorrendo o lugar até se aproximar de uma das mesas.]


CARLOTA: - Recebi o seu recado e acá estou eu. Não lhe conheço, mas confesso que fiquei curiosa com o que escreveu. Quem é vosmecê? [Questiona ao encarar Filipe].


BARÃO FILIPE: - Sente-se, fico muito feliz que tenha vindo.


CARLOTA: [Senta-se em uma cadeira, posicionando-se em frente ao barão] - O que deseja?


BARÃO FILIPE: - Soube por fonte segura que vosmecê odeia Ana Catarina D’ávilla e eu posso lhe ajudar a destruí-la de vez.


CARLOTA: [Sorri] - Suas fontes não mentiram, odeio Ana Catarina D’ávilla na mesma reciprocidade pela qual ela também me odeia. Mas vosmecê ainda não se apresentou. Quem é vosmecê?


BARÃO FILIPE: - Eu sou o Barão Filipe Vaz de Coimbra, irmão do Conde e falecido marido de sua odiada nora. Quero lhe propor um pacto para destruí-la! E então, quer se juntar a mim? [Pergunta com um sorriso cínico].


CARLOTA: - Conte-me mais sobre o que tem em mente, quem sabe eu não consiga lhe ajudar. 


BARÃO FILIPE: - Bom, eu acabei de chegar da Espanha e tenho muitas coisas em mente, mas vamos começar pelo princípio… [Filipe então, começa a contar tudo o que sabe sobre Ana Catarina, enquanto Carlota lhe ouve atentamente].


Cena 12 - Posto Policial [Interna/Tarde]

[Em sua cela, Ana Catarina estranhou uma movimentação, quando notou que era Leonora se aproximando acompanhada de uma figura estranha usando uma veste com um grande capuz.]


ANA CATARINA: - Leonora, que bom que veio. Como está Antônio? Ele já recobrou a consciência?


LEONORA: - Infelizmente ainda não, minha querida. Mas trouxe comigo uma peça chave que pode nos ajudar a esclarecer a morte de seu pai!


ANA CATARINA: - Eu não entendo, o que quer dizer com isso? [Questiona].


JUVENAL: [Tira o capuz] - Sou eu, Ana Catarina… O Comandante Juvenal Ribeiro Alves! [Conclui ao se revelar].


ANA CATARINA: [Surpreende-se].


[A imagem congela focando em Ana Catarina diante Juvenal, surge um efeito de uma pintura envelhecida e o capítulo se encerra].


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