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Amor Astral - Capítulo 30 (Reprise)

 


Capítulo 30 (Últimas semanas)

- No capítulo anterior:
(Na sala de estar).

BETO/CADU: (Disca o número de Beatriz no telefone) Fora de área ou caixa postal! (Repete ao ouvir a gravação eletrônica).
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CAROLINA: Não estou esperando ninguém... Será que é aquela chantagista mais uma vez? Se for, sou capaz de pular no pescoço dela. (Fala consigo em pensamento).

DORALICE: (Vai até a porta e abre) Pois não, o que deseja?

BEATRIZ: Eu vim falar com a sua patroa e não saio daqui sem fazer isso.

CAROLINA: (Estranha a presença de Beatriz) Você aqui? Deixe-a entrar e se retire Doralice.

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CORUJA: Professora, você veio me ver! (Diz para logo em seguida abraçar Clarissa).

CLARISSA: Claro meu amor, eu te prometi. (Faz carinho no menino).

TOBIAS: (Observa Clarissa e Sérgio juntos novamente e fica enciumado) Vocês dois... Sempre juntos, que coincidência, não é?
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CAROLINA: Você está blefando, nossos advogados vão provar que você tem culpa no cartório e que pretendia lucrar às custas do meu marido. Você não vai ganhar nada as nossas custas, não vai ficar com ele! (Carolina abre a porta para que Beatriz saia de sua casa).

BEATRIZ: (Caminha até a porta e antes de sair, fica frente a frente com Carolina) Eu sou inocente e posso não ficar com o Beto ou Cadu, como preferir, mas de uma coisa eu tenho certeza!

CAROLINA: Ah é? E eu posso saber o que?

BEATRIZ: Você já começou a perder. Tchauzinho! (Deixa a cobertura).

CAROLINA: (Fecha a porta bruscamente e com violência) Desgraçada! (grita).

(Na rua, Beatriz caminha até o local onde deixou seu carro, em seguida destrava o alarme e entra no automóvel. Com as mãos no volante, Beatriz começa a pensar em voz alta).

BEATRIZ: Eu preciso encontrar uma forma de provar que essa mulher que esquematizou tudo isso... Preciso descobrir mais coisas que possam comprometê-la. (De repente, Beatriz sente uma forte dor em seu ventre). Ai! E essa dor agora? Será que está acontecendo alguma coisa com a minha filha? (Geme de dor e coloca as mãos no ventre).

- Fique agora com o capítulo de hoje!

Cena 01 – Cobertura Montenegro [Externa/Manhã]
(Na rua e dentro do carro, Beatriz tenta se acalmar).

BEATRIZ: (Respira fundo) Isso não é hora de me dá susto menina, se controle aí dentro que ainda não é a hora! (Fala com Alice que está dentro de sua barriga).

(Depois de alguns instantes e após a dor passar, Beatriz liga o carro e dá partida).

Cena 02 – Rede Montenegro [Externa/Manhã]
(Alberto mostra alguns relatórios financeiros adulterados para Cadu, que dá pouca importância, já que só pensa em Beatriz).

ALBERTO: (Percebe que Cadu não está prestando atenção nos relatórios) Cadu, você está nesse planeta? Estou aqui há horas falando do nosso novo shopping que iremos construir.

BETO/CADU: Me desculpe, realmente está muito difícil para me concentrar...

ALBERTO: Pois é e daqui a pouco teremos uma reunião com investidores e possíveis lojistas. Eu vou dar uma olhada na sala de reunião, você fica aqui e tenta recapitular o que falei sobre os relatórios. (Alberto levanta e sai da sala).

BETO/CADU: (Olha os relatórios, porém continua não conseguindo se concentrar e resolve sair da sala).

(Cadu caminha até a recepção e encontra com Zoraide na recepção).

ZORAIDE: Precisando de alguma coisa, senhor?

BETO/CADU: Acho que o que eu preciso você não seria capaz de conseguir...

ZORAIDE: Eu não entendi, senhor.

BETO/CADU: Esquece, bobagem da minha cabeça. (Cadu vai embora da empresa).

ZORAIDE: Estranho... Eu, hein! (Comenta e logo após retorna as suas atividades).

Cena 03 – Igreja Nossa Senhora da Conceição [Interna/Tarde]
(Luiza chega à igreja conforme combinado para ajudar o padre na hora da procissão, porém tem uma enorme surpresa).

LUIZA: Cheguei padre, vamos começar... (Ao entrar na sacristia, Luiza dá de cara com Padre Fernando acompanhado por Luciana).

PADRE FERNANDO: Entre minha filha, que bom que você veio.

LUIZA: O que essa mulher está fazendo aqui?

LUCIANA: Chega Luiza! Aqui não é o lugar e agora não é o momento de ofensas, muito menos de lavar a roupa suja. Eu estou aqui para ajudar tanto quanto você.

LUIZA: Eu não vou aguentar isso, vou embora... (Luiza dá as costas, mas antes de sair, é interrompida pelo padre).

PADRE FERNANDO: Você fica Luiza! (Ordena). Já chega de se comportarem como duas adolescentes, hoje é dia de procissão e eu não quero brigas. Ajam como duas mulheres adultas, se não se toleram, é só não trocarem ofensas, eu não quero brigas na casa do senhor. Tanto você quanto a Luciana são bem-vindas e participarão da procissão, ninguém vai embora.

(Do lado de fora, Benedito e Laurinha se encontram na entrada da igreja).

LAURINHA: Veio para ajudar na procissão também, Seu Benedito?

BENEDITO: Sim, todo ano ajudo a carregar a santa durante a procissão...

LAURINHA: (Olha para o céu e percebe que o tempo fechou ao perceber o dia cinzento) O tempo fechou de repente, tá com cara de que vem muita chuva por aí...

BENEDITO: (Também olha para o céu) A chuva traz com ela renovo e muitos acontecimentos.

LAURINHA: (Estranha o comentário) O que o senhor quis dizer com isso?

BENEDITO: Nada não, vamos entrar que a procissão não demora a começar... (Disfarça para logo em seguida entrar na igreja acompanhado de Laurinha).

Cena 04 – Cobertura Montenegro [Interna/Tarde]
(Cadu chega em casa e senta no sofá pensativo com tudo o que tem acontecido ultimamente).

BETO/CADU: (Relembra dos dias apaixonantes em que viveu com Beatriz).

RANGEL: Precisando de alguma coisa senhor? (Questiona ao se aproximar).

BETO/CADU: Engraçado... Hoje todo mundo resolveu perguntar a mesma coisa, se eu estou precisando de alguma coisa.

RANGEL: Talvez realmente o senhor esteja precisando, não quer se abrir?

BETO/CADU: Eu já entendi que essa vida é minha, que essa casa é minha, que eu sou dono de uma empresa bem sucedida, mas é como se tudo isso não me pertencesse, não consigo me sentir encaixado nessa realidade. Você trabalha aqui há muito tempo, não é?

RANGEL: Há pelo menos uns dez anos, senhor.

BETO/CADU: Então me responda uma coisa, o que o Cadu que você conhece faria diante uma situação assim?

RANGEL: O Cadu que eu conheço é decidido, é um homem valente e poderoso que não tem medo de nada. Quando ele quer, ele faz acontecer e vai à luta do que ele mais deseja, não importa o que as pessoas digam, ele seguiria a sua intuição, não é à toa que chegou onde chegou.

BETO/CADU: (Sorri) Acho que era exatamente isso que eu precisava ouvir, obrigado Rangel, você é um bom homem. Vou fazer uma ligação!

RANGEL: Se precisar de mim, estarei na cozinha ajudando a Doralice. Dona Carolina foi ao salão e disse que não tem horas para voltar.

BETO/CADU: Está bem... (Após Rangel se retirar, Cadu pega o telefone fixo e faz uma ligação).

(Na estrada e em meio a um verdadeiro temporal, Beatriz dirige de volta para casa).

BEATRIZ: (Com uma mão no volante e outra na barriga, Beatriz tenta aliviar a dor que novamente voltara a sentir) E essa dor que não passa... Respira, tá tudo bem, essa dor vai passar...

(O celular Beatriz começa a tocar, então ela resolve encostar o carro para respirar um pouco e atender).

BETO/CADU: Beatriz, é você? (Diz ao perceber que alguém atendeu do outro lado da linha).

BEATRIZ: Beto! Sou eu sim... (Responde com a respiração um pouco ofegante).

BETO/CADU: Que voz é essa? O que você tem?

BEATRIZ: Eu não sei, ainda não está na data prevista da Alice nascer, mas eu estou sentindo umas dores...

BETO/CADU: Dores? E onde é que você está agora? Me fala! 

BEATRIZ: Na estrada, eu estou voltando para Correntes, eu já estou perto da cidade.

BETO/CADU: Você precisa ir para o hospital, acha que consegue chegar lá? Eu chamo uma ambulância ou vou até você...

BEATRIZ: Não, eu acho que dá pra aguentar, eu vou buscar a minha tia em casa e iremos para o hospital da cidade. Nos encontraremos lá!

BETO: Está bem, eu vou dar um jeito de chegar aí... Fica tranquila, vai dar tudo certo! (Desliga).

(Beto joga o telefone no sofá e rapidamente dá uma olhada em volta na sala de estar como se estivesse procurando por algo, até perceber que viu numa mesa perto da porta o que estava procurando).

BETO: (Corre até a mesa e pega a chave de um dos carros da casa, em seguida sai sem avisar).

(No estacionamento do prédio, Beto observa diversos carros no recinto, porém não sabe qual é o seu. Em seguida, ele pressiona o alarme do carro e encontra o seu pelo barulho de destravamento).

BETO: (Entra no carro e olha para o volante por alguns segundos) Será que eu ainda sei como se faz isso? (Questiona-se, porém ainda sim, não teme e introduz a chave na ignição do carro). Seja o que Deus quiser! (Dá partida e acelera).

(Na estrada, em meio a tempestade Beatriz tenta não se desesperar).

BEATRIZ: (Respira fundo) Vai dar tempo, calma... Você vai nascer saudável e tudo vai dar certo! (Nesse momento, Beatriz sente uma forte contração e grita).

(Em meio a forte tempestade, o grito de Beatriz ecoa entre os trovões, porém ninguém a escuta).



Cena 05 – Cabaré de Dona Cissa [Interna/Tarde]
(Serena entra no cabaré completamente encharcada pela chuva e conta para Cissa um boato que ouviu na cidade).

DONA CISSA: (Levanta-se) Como é a história? Queimar o meu cabaré?

SERENA: Isso mesmo, eu ouvi que a vara-pau da Eulália reuniu as beatas tudinho da cidade e elas querem botar fogo no cabaré para acabar com a gente.

IARA: Mas isso é muito grave, a senhora tem que fazer alguma coisa.

SERENA: Vai ser durante a procissão, ela vai aproveitar que vai tá todo mundo reunido para que os fiéis colaborem.

DONA CISSA: Pois ela que venha, deixe ela vir que eu acerto os ponteiros dela!

Cena 06 – Casa de Luiza [Externa/Tarde]
(Com fortes contrações, Beatriz estaciona o carro do lado de fora do carro da tia).


BEATRIZ: (Desce do carro em meio a chuva e lentamente se dirige para o interior da propriedade com fortes contrações).

(Lentamente, Beatriz consegue subir alguns degraus e entrar em casa).

BEATRIZ: Tia! (Grita por Luiza e em seguida percebe que sua bolsa estourou). Meu Deus e agora, o que eu faço? (Pega o celular para ligar para tia, porém percebe que está sem sinal por conta da chuva). Minha filha vai nascer, eu preciso ir para o hospital... (Beatriz olha para baixo e percebe que está sangrando, sua visão então começa a embaçar e ela cai desmaiada no chão da sala).

Cena 07 – Ruas de Correntes [Externa/Noite]
(Mesmo com a chuva, os fiéis seguem procissão pelas ruas da cidade. Homens e mulheres cantam enquanto caminham, enquanto Eulália comanda o grupo de beatas que colocará o fim no cabaré de Cissa).

DONA CISSA: (Se aproxima da multidão e grita) Eu posso saber que história é essa de que vão queimar a minha casa?

PADRE FERNANDO: (Faz um gesto para que os fieis parem a caminhada) Queimar a sua casa? Que história estapafúrdia é essa?

LAURINHA: Ninguém vai queimar a sua casa!

EULÁLIA: Vamos sim, senhores! Hoje colocaremos um fim naquele antro de pecado e fornicação.

LAURINHA: Minha filha... (Surpreende-se).

SEVERINO: (Acompanhado de Marilda e Israel, o peão se aproxima da confusão) Ficou doida mulher, que história é essa de atear fogo?

SERENA: A vara-pau da Eulália disse que vai queimar o cabaré.

ISRAEL: Ave Maria, mas deve ser até pecado queimar aquele monte de quenga.

MARILDA: (Belisca Israel) Fica quieto, menino!

SEVERINO: Essa doida não vai queimar nada coisa nenhuma.

EULÁLIA: Ah, mas eu vou queimar... As quengas terão que ir embora, Correntes não é lugar para esse bando de perdidas.

SEVERINO: Não vai fazer uma loucura dessas, sua Maria Mijona!

EULÁLIA: Não me chame de Maria Mijona, agora é que eu taco fogo em tudo. (Irrita-se).

Cena 08 – Estrada [Externa/Noite]
(O carro de Cadu se aproxima da cidade de Correntes, porém a estrada está bloqueada, pois com a chuva, uma árvore caiu e atrapalhava a passagem).

BETO/CADU: Mas que droga! (Cadu desce do carro e desesperado tenta pensar numa possibilidade de chegar à cidade com esse impedimento). E agora, meu Deus? Como eu ajudo a Beatriz? Ela precisa de mim agora...

(Em meio a escuridão, raios clareiam a noite naquele instante, porém isso não amedronta Cadu).

BETO/CADU: (Lembra-se de uma das conversas que teve com Benedito e especialmente do momento em que ele lhe disse que o espírito de Orlando sempre o acompanhava) Se você estiver aqui, saiba que agora não é o momento de briga, nem de ressentimentos... A mulher que amamos precisa da nossa ajuda, eu preciso chegar até lá. Se você estiver aqui, por favor me mostre um caminho de chegar até ela! (Cadu fala em voz alto, sozinho e em meio a chuva).

(Depois de um breve instante, Cadu percebe um clarão próximo ao acostamento).

ORLANDO: (Surge envolto de uma grande luz, revelando uma estrada de terra alternativa).

BETO/CADU: (Se emociona ao ver Orlando) Eu sabia que você nos ajudaria! (Corre até o carro e começa a seguir Orlando que lhe traça um novo percurso).

Cena 09 – Haras Ferraz [Interna/Noite]
(Clarissa coloca Coruja na cama e os dois se despedem).

CLARISSA: (Beija a testa de Coruja) Chega de histórias, já está tarde e você precisa dormir, amanhã será outro dia.

CORUJA: E você vem me ver de novo?

CLARISSA: Talvez, você está ficando mal acostumado com o fato de que eu venha todos os dias, amanhã será um dia normal de aula, vai depender dos meus alunos. Logo nos veremos ainda mais, pois você vai iniciar no ensino regular como as outras crianças e eu estou muito orgulhosa de você. Agora eu preciso ir!

CORUJA: Você não tem medo dos trovões? (Questiona em relação a tempestade que está ocorrendo).

CLARISSA: Eu já sofri por quem tinha de sofrer, não serão trovões que irão me assustar. Tchau meu anjo! (Clarissa apaga a luz e sai do quarto).

TOBIAS: Você já vai? Nessa tempestade? Eu te levo. (Diz ao cruzar com Clarissa no corredor).

CLARISSA: Não precisa se incomodar, eu sei me virar... Com licença! (Clarissa começa a andar).

TOBIAS: Escuta, porque você é tão orgulhosa?

CLARISSA: E você tem uma memória muito curta, não acha? Fez o que fez, me humilhou o quanto pode e agora age como se a culpada fosse eu? Ah, francamente. Não preciso de você, Tobias Ferraz!

TOBIAS: Aposto que tudo isso é desculpa para ir com o veterinário, não é?

CLARISSA: E se fosse? O que te importa? Não te devo satisfações da minha vida.

TOBIAS: Mas eu me importo sim! (Esbraveja).

CLARISSA: E eu posso saber por qual motivo?

Música da cena: Não Olha Assim Pra Mim – OutroEu

TOBIAS: Esse! (Beija Clarissa de surpresa).

CLARISSA: (Após corresponder ao beijo involuntariamente, Clarissa se afasta) O que está fazendo?

TOBIAS: Desculpe, eu não resisti... Eu não suporto te ver com aquele veterinário.

CLARISSA: Vem cá, você está com ciúme? (Questiona).

TOBIAS: E se eu estiver?

(As portas do quarto de Tobias se abrem bruscamente, Tobias e Clarissa entram de forma voraz enquanto se beijam, como se não existisse mais nada que não fosse eles dois e caem na cama dele).


Cena 10 – Ruas de Correntes [Externa/Noite]
(Com a ameaça de atearem fogo no cabaré de Cissa, uma confusão generalizada começa e acaba de vez com a procissão).

LAURINHA: Minha filha, pare já com isso!

PADRE FERNANDO: Ficou doida de vez, Eulália? Já chega de sandices, ninguém vai queimar nada.

SEVERINO: Isso aí, já disse que você não queima nada.

EULÁLIA: É o que veremos!

(Eulália vai até o coreto e começa a discursar com os fiéis).

EULÁLIA: Povo de Correntes, pessoas de bem e que prezam os bons costumes. Já estamos cansados de tanta promiscuidade e atentado ao pudor nessa cidade. O cabaré e esse bando de quenga mancham a nossa imagem, de pessoas decentes e honradas...

DONA CISA: (Grita) Nós também somos honradas, pagamos todos os nossos impostos e não devemos nada para ninguém.

EULÁLIA: Não queremos mais tê-las aqui, somente o fogo irá purificar de novo a nossa gente e queimar todo esse ambiente de luxúria e pecado!

IARA: Mas isso é uma loucura, alguém tem que parar essa surtada.

SERENA: Essa daí morre de inveja da nossa vida feliz, não passa de uma mal amada, ninguém te quer. No fundo queria ser mais uma de nós, uma quenga!

DONA CISSA: É isso mesmo, queria só ver se você fosse uma de nós, se estaria provocando esse escarcéu todo.

EULÁLIA: Mas isso é um absurdo, eu jamais seria uma de vocês, eu não me dou ao desfrute. Eu sou uma mulher honesta, pura e castra. Só me entregarei a um único homem, o nosso senhor. Sabe em que dia eu vou me tornar quenga? No dia em que um raio cair na minha cabeça! (Dispara).

(Exatamente nesse momento após a afirmação de Eulália, um raio atinge o coreto onde ela está. Os fiéis começam a gritar e a correr para se proteger e a beata cai desmaiada).

Cena 11 – Casa de Luiza [Externa/Noite]
(O carro de Cadu freia bruscamente em frente à casa de Luiza e ele mal desliga o motor e já sai do carro em seguida e corre para o interior da casa).

BETO/CADU: Beatriz! (Desespera-se ao encontrar a jornalista caída no chão da sala e a carrega no colo até o quarto).

BEATRIZ: (Acorda) Beto, eu vou morrer... Eu tô sentindo, minha filha não vai nascer, eu vou morrer... Salva a minha filha, salva por favor!

BETO/CADU: Você não vai morrer, eu não vou deixar. Precisamos ir para um hospital ou chamar um médico.

BEATRIZ: Não vai dar tempo, dói muito... (Beatriz grita ao sentir uma nova contração).

BETO/CADU: Então vamos dar um jeito aqui mesmo! (Beto olha para o lado e percebe a presença de Orlando no quarto. Em seguida, ele tira a calça de Beatriz). Nós dois vamos fazer isso juntos...

BEATRIZ: Eu tenho medo, acho que não vou conseguir...

ORLANDO: Fica calma, você não vai morrer... Eu não vou deixar!

BEATRIZ: (Faz força e empurra ao sentir dor).

BETO/CADU: Isso, você está fazendo um ótimo trabalho. Você vai conseguir, continua!

BEATRIZ: Eu não consigo, eu não consigo... (Chora).

BETO/CADU: Consegue, pense que logo a Alice estará aqui com a gente, não desista.

ORLANDO: (Assiste a cena aflito e começa a temer pela vida de Beatriz e da filha).

ADELAIDE: (Pousa a mão sobre o ombro direito de Orlando) Fique tranquilo, tudo vai ficar bem...

ORLANDO: Adelaide? Você veio...

ADELAIDE: Vim te ajudar a iluminar o nascimento da sua filha, me dê sua mão. (Estende a mão para Orlando).

ORLANDO: (Com lágrima nos olhos, aperta a mão de Adelaide).

(Uma forte luz ilumina o quarto de Beatriz enquanto Cadu faz o parto).

BEATRIZ: (Sente mais uma contração e empurra com toda a força que consegue).

BETO/CADU: Isso, isso, isso... Nasceu! (Cadu levanta o bebê chorando ainda no cordão umbilical, Alice tinha acabado de nascer).

BEATRIZ: (Olha para a filha e se emociona) Minha filha!

ORLANDO: Nossa filha! (Observa a cena encantado).

A câmera foca em Beatriz olhando para a filha, a cena congela e o capítulo encerra com o a tela azul da cor do céu.


Trilha Sonora Oficial, clique aqui.

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