No Episódio anterior Charles é levado pro orfanato onde sofre maus tratos. E a Fundação
FUNJOA celebra mais uma filial da instituição. Jorge um morador de rua consegue um
trabalho na sapataria de Marcelo onde fica impressionado com sua história. E Zoraide e
Sara ficam desconfiadas por haver coisas estranhas dentro da fundação...
No episódio de hoje Zoraide consegue um acompanhamento de policiais para conversar
com alguns adolescentes e FUNJOA manda um espião da polícia ficar atento à conversa. A
professora Cristina vai dar aula mas é impedida de entrar no orfanato. Jorge após muito
esforço consegue se lembrar sobre Oswaldo.)
( a cena abre mostrando uma paisagem bonita e para na Sapataria)
CENA 1
( Jorge faz uma revelação sobre Oswaldo a Marcelo)
Jorge: ( Calmo)
- Bom dia Marcelo, como passou a noite?
Marcelo: ( Tranquilo)
- Passei bem graças a Deus, e você como está na pensão?
Jorge: ( contente)
- Está indo muito bem , Dona Zuleide é muito atenciosa com seus hóspedes.
- Marcelo, eu não havia dito nada antes porque não me recordava bem sobre seu pai.
Marcelo: ( curioso)
- O que tem?
Jorge: ( com olhar fixo)
- Quando você falou da história do Seu pai e sobre o nome dele, me veio à memória e não
conseguia saber se o conhecia ou não. Ontem consegui me lembrar de muita coisa e eu
conheci seu pai.
(Marcelo se assusta)
CORTA P/ CENA 2
( A Professora Cristina vai dar aula e é barrada pelo porteiro, ela questiona e eles a
ignoram)
Prof. Cristina: ( Na porta do orfanato)
- Bom dia, tudo bem Sr.?
Porteiro: ( sério)
- Bem, infelizmente você não vai poder mais entrar aqui, são ordens superiores
Prof. Cristina: ( Indignada)
- Isso é um absurdo, eu sou paga pra vim ensinar e quando chego não posso entrar. O que
aconteceu hein?
Porteiro: ( sério/ ignorante)
- Não estou autorizado a falar, e saia logo se não chamo a polícia.
Prof. Cristina: ( chateada)
- Vou reclamar às autoridades do conselho tutelar sobre isso.
( Cristina sai indignada e revoltada)
CORTA P/ CENA 3
( O Líder da cúpula da FUNJOA pede pro policial acompanhante dos jovens tomar
cuidado e ouvir o que eles falam)
Dr. Robert: ( Sério/ na instituição/ manhã )
- Policial, quero que fique de olhos nesses garotos e fique atento nos que eles falam.
- Essas assistentes sociais estão sendo pedra no meu caminho. Terei que dar um jeito
nelas.
( os jovens saem, e passam os minutos)
CORTA P/ CENA 4
( Marcelo pede para Jorge falar o que sabe sobre seu pai, Jorge fala como foi a
amizade deles e como ele morreu)
Marcelo: ( sentado na banca/ engraçando um sapato)
- Você pode falar o que sabe?
- Minha mãe morreu sem saber algumas coisas deles e imagino que você deve saber.
Jorge: ( na banca/ consertando outro par de sapato, limpa o rosto)
- Tipo?
Marcelo: ( Tranquilo)
- Sobre a morte dele, e como morreu, se você souber é claro.
Jorge: ( Meio tenso)
- Conto o que sei, mas antes vamos tomar uma água e conversamos sentado frente a
frente.
CORTA P/ CENA 5
( No porão do orfanato uma criança desce escondido pra ver como está Charles e o
encontra desmaiado, e seu nome é Carlos)
Carlos: ( No refeitório/ pensando como pegar a chave da madre)
- Será como está aquele jovem, não vi ninguém levar o almoço dele. Vou ter que perguntar
para ela .
- Madre, alguém vai levar o almoço de Charles?
Madre: ( séria/ olhando fixo)
- Ele ainda vai ficar sem comer até a noite e se você ficar me amolando vai fazer companhia
a ele também.
Carlos: ( olhando pro lado e pro outro/ pensa)
- Vou ter que inventar que quero ir até o banheiro e lá vou atrás da chave na sala dela.
( a madre bate palma e diz que vai fazer um anúncio)
Madre: ( bate palma/ e grita)
- Silêncio!, prestando atenção aqui tenho um comunicado a fazer.
- Amanhã teremos a visita dos Psicólogos da nossa fundação FUNJOA e quero todo mundo
bem educado, ouviram mal criados.
CORTA P/ CENA 6
( os jovens chegam ao escritório da assistência social, e os policiais da delegacia
barra os acompanhantes dos jovens, porém o espião fica dentro da sala)
Zoraide: ( Contente/ tranquila)
- Bom dia jovens.
Jovens:
- bom dia!
Zoraide: ( entusiasmada/ curiosa)
- Meninos, sabemos que vocês perderam as famílias de vocês em acidente, certo? E como
vocês se sentem sendo acolhidos pela instituição FUNJOA?
Murilo: ( um jovem aleatório/ semblante triste)
- Até o momento está sendo muito bom temos comida e trabalhamos pra conseguir nosso
sustento
Sara: ( Desconfiada)
- Bom dia Murilo e os demais jovens.
- Veja bem Murilo, a FUNJOA é uma instituição de abrigo e até o momento de
reestabilização não é permitido trabalhar.
Murilo: ( assustado/ aciona pros meninos)
- Meninos vamos contar a verdade.
Zoraide: ( suspeita/ desconfiada)
- Que verdade meu bem, estamos aqui pra ajudar
( o acompanhante interrompe e anuncia que os minutos acabaram e que tem que
levar os jovens de volta)
Acompanhante:
- Lamento informar mas temos que ir meninos nosso horário aqui já terminou.
Zoraide: ( boquiaberta/ estranha)
- Mais ainda não terminamos nossa conversa, não pode fazer isso.
Acompanhante:
- Lamento mais temos que ir.
( os jovens saem com semblantes triste)
Sara: ( Irritada)
- Aí tem alguma coisa de errada, os semblantes desses jovens não estão de quem está feliz
Zoraide: ( Pasma)
- E bota errado nisso, eles estão maltratando esses jovens, tá na cara isso. Temos que
fazer alguma coisa.
CORTA P/ CENA 7
( No orfanato Carlos entra na sala da madre e procura a chave, ele a encontra mais
alguém conversa no corredor impedindo a saída dele e o perigo que ele corre por ser
pego ali)
Carlos: ( entusiasmado/ na sala/ tarde)
- Cadê essa chave!
- Encontrei, mas vem vindo alguém no corredor, o que faço?
- Melhor me esconder debaixo dessa mesa.
( uma das freiras entra pra deixar algo, em seguida sai)
- Ufa! foi por pouco, agora tenho que sair sem ser visto.
CORTA P/ CENA 8
( na sapateira Jorge e Marcelo se sentam para conversa e Marcelo se choca com as
revelações de Jorge)
Jorge: ( tranquilo/ calmo/ tarde)
- Pois bem Marcelo, eu conheci seu pai na FUNJOA de São Paulo e nós trabalhamos juntos
no mesmo setor. Eu era um carregador e seu pai Psicólogo, a gente sempre se dava bem.
Marcelo: ( curioso)
- E aí, tinha muita gente trabalhando nessa instituição?
Jorge: ( calmo)
- Sim, e então continuando, um dia seu pai recebeu um telegrama da cúpula pedindo a
presença dele, só que antes disse a gente descobriu um dossiê onde contava vários crimes
dos superiores contra a instituição. Seu pai ficou chocado com aquilo e temendo pelo que
poderia lhe acontecer se ele revelasse a alguém, ele pediu pra eu guardar em um lugar
seguro.
Marcelo: ( curioso)
- E o que dizia este dossiê?
Jorge: ( tranquilo)
- Coisas horríveis, crimes cruéis, horrendo.
CORTA P/ CENA 9
( Carlos enfim consegue chegar ao porão, e encontra Charles desmaiado, ele tenta
abrir as correntes mais não consegue, com isso ele corre e tenta pegar água e
comida, porém é pego pela madre que o tranca no porão também.)
Carlos: ( Assustado/ corre)
- Moço, como você tá?
Charles: ( Mal responde/ desabilitado)
- Com fome e sede!
Carlos: ( espantado)
- Espera aí vou tentar pegar alguma coisa pra você comer e beber.
( ele corre em direção a cozinha e a madre ver)
Madre: ( furiosa)
- Então é você que pegou a chave do porão e tentou soltar o outro rebelde?
Carlos: ( assustado/firme nas palavras)
- Sim, a senhora é um monstro..
Madre: ( com raiva)
- Então eu sou um monstro!!
- Ok! então você fará companhia pro outro lá, seu pestinha.
CORTA P/CENA 10
( Na instituição, Dr. Robert, castiga Maicon em serviço braçal por abrir a boca em
relação aos cuidados deles)
Dr. Robert: ( furioso)
- Então Maicon você teve a ousadia de abrir a boca em relação aos cuidados da gente com
vocês. Como ousa!?
- Maicon: ( com medo)
- Perdão senhor
Dr. Robert: ( bravo)
- Suas atitudes levou você a um castigo severo.
- Você vai passar a noite trabalhando na fornalha fazendo carvão seu insolente.
- Levem-no daqui
CORTA P/ CENA 11
( Na sapataria Jorge revela a causa e como pai de Marcelo morreu)
Marcelo: ( tenso)
- E quem deixou esse dossiê?
Jorge: ( focado na história/ triste)
- A gente encontrou em uma pasta antiga guardada. Pois bem, quando seu pai foi pra
cúpula ele me falou se acontecesse alguma coisa com ele, eu entregasse esse documento
às autoridades.
- Seu pai demorou voltar e não tive escolha, fue atrás dele, mais me falaram que ele havia
voltado e eu sem acreditar naquilo, fiquei observando um carro que ali saia, e esse veículo
levou até uma cratera, chegando lá vi seu pai acorrentado e posto a um tronco para ser
açoitado, e esperei alguém sair, eles chicotearam seu pai até ele desmaiar, quando seu pai
parou de gritar, eles foram embora deixando ele a mercê da morte. Eu fui lá e consegui tirar
ele daquela situação mas ele estava já sem vida, chorei muito mais consegui enterrá-lo.
Isso pra mim foi muito chocante e cruel.
Marcelo: ( revoltado/bravo)
- Malditos, eles tem que pagar pelos crimes deles.
- E porque você virou mendigo?
Jorge: ( lamentando)
- Eu também paguei um preço alto, ao chegar em casa me deparei com meus filhos e minha
esposa todos mortos, isso pra mim foi um dos piores pesadelos. Investiguei sobre a morte
deles e descobri que alguém entrou lá e os matou, tudo indica que foi essa cúpula em
busca desse dossiê.
Marcelo: ( chorando)
- meu Deus, quanta crueldade!. Mais e o dossiê?
Jorge: ( pasmo)
- Eu guardei em um lugar seguro para mostrar às autoridades no momento certo.
CORTA P/CENA 12
( Agora é Carlos e Charles acorrentados no porão, eles tentam se ajudar mais não
conseguem, mais pra salvação deles duas meninas perdidas estão escondidas perto
da porta do porão de fora, e na calada da noite elas ouvem vozes e resolvem abrir a
passagem do porão).
Carlos: ( madrugada/ com sede)
- Cara você tá mal, tá desidratado, meu Deus que horror.
( no outro lado, na entrada do porão duas jovens Isadora e Samantha dormem e
ouvem sussurros no lado de dentro e tentam achar uma entrada e ver do que se trata)
Samantha: ( dormindo/ acorda/ assustada)
- Isa, tem alguma coisa do outro lado dessas paredes.
Isabela: ( Acorda)
- Parece que sim, será que é fantasma ou bandidos?
Samantha: ( Curiosa)
- Amiga temos que encontrar uma entrada e ver o que é
Isabela: ( trêmula)
- Sim, mas temos que fazer isso durante o dia.
CORTA P/ CENA 13
( Zoraide abre uma denúncia a FUNJOA por maus tratos e abusos de menor, mais o
delegado acha muito absurdo )
Zoraide: ( Calma)
- Sr. Delegado quero registrar uma queixa contra a FUNJOA por maus tratos e abusos de
menores
Delegado: ( suspeito)
- Você tem provas, Senhora?
Zoraide: ( nervosa)
- Ainda não, quero pedir que o Sr. averigue a situação daqueles pobres meninos. Na
reunião com eles quase não falaram nada, todos calados e semblantes tristes. Um dos
jovens tentou me falar algo mas de imediato foi interrompido por um acompanhante. Isso
tem algo errado como a maneira daqueles que se dizem Psicólogos agem.
Delegado: ( sério )
- Mas se não tem nenhuma prova não posso fazer nada.
Zoraide: ( nervosa)
- Eu como assistente social eu sei quando algo tá errado e aquilo está errado. Essa é a
Justiça que o Senhor diz fazer? É vergonhoso para o Brasil.
Advogado: ( tenso)
- A senhora queira baixar sua voz se não a prendo por desacato.
Zoraide: ( furiosa)
- Melhor mesmo do que ver o Senhor bajular aquele bando de corjas.
CORTA P/ CENA 14
(Dia seguinte)
( Chega o dia dos doutores fazerem visita ao orfanato, e no porão os dois
adolescentes estão a mercê da morte, mais para a surpresa deles as duas meninas
conseguem entrar no porão)
Carlos: ( esperançoso )
- Tem alguém entrando, será quem é?
Charles:( quase sem fala )
- Tomara que nos leve daqui não aguento mais
Samantha: ( se espanta)
- Isa, olha! ali na frente parecem ser dois meninos presos!
Isabela: ( enojada)
- Que lugar horrível, parece mais um cemitério.
- É mesmo Samantha e parecem está muito mau, vamos lá verificar.
CORTA P / CENA 15
( As horas passam e os Psicólogos chegam, são bem recepcionados e a madre
superiora os conduzem até a sala que não perde tempo e já falam sobre os Charles e
Carlos)
Madre: ( entusiasmada)
- Como vão os Doutores! Estava à espera da visita de vocês. Sem mais nem longas eu
queria lhe dizer que tem dois adolescentes altamente rebeldes e quero que vocês os
avaliem e os levem para trabalhar.
Dra. Cristiane: ( curiosa)
- onde estão esses jovens? quero conhecê-los.
Madre: ( debochada)
- Já os levo, estão no porão,me afrontaram e tive que os castigar deixando lá sem comida e
bebida.
Dr. Robert: ( riso Sarcástico)
- Como a senhora é má, fez muito bem.
É verdade que a prefeitura concedeu uma professora para dar aulas aqui?
Madre: ( Sarcástica)
- Sim, mas após o garoto tentar dar com a língua nos dentes tive que suspender as aulas.
Dr. Vando: ( Meio Sarcástico)
- Temos uma Assistente social no nosso caminho que tem gerado muita dor de cabeça. Um
de nossos pestinhas tentou falar algo para ela. Mas estamos tomando as devidas
providências.
CORTA P/ CENA 16
( No porão as meninas conseguem soltar Charles e Carlos que imediatamente saem.)
- Samantha: ( cautelosa)
- Segura em me moço, acho que consigo lhe levar até lá fora.
Carlos: ( alertando)
- Vamos rápido, parece que vem alguém e não quero mais voltar lá pra cima.
( Imediatamente eles saem, e segundos os doutores chegam ao porão e ficam
pasmo em não ver ninguém)
Madre: ( pasma)
- Para onde foi aqueles malcriados isso é impossível sair daqui!
Dr. Robert: ( pasmo)
- Madre você trouxe-nos aqui para ver nada! Cadê os garotos?
Madre: ( confusa/ surpresa)
- Confesso que estou surpresa, aqui é impossível se soltar e sair. Quando eu pegar aqueles
dois vou deixar uma semana aqui .
( A cena fixa no rosto e um túnel do tempo absorve a imagem)
Obrigado pelo seu comentário!