SAGRADA FAMÍLIA
“Capítulo 23”
Novela criada e escrita por
Wesley Franco
Esta é uma obra de ficção e sem
compromisso com a realidade.
CONTINUAÇÃO IMEDIATA DA CENA FINAL
DO CAPÍTULO ANTERIOR.
MARIANA – (surpresa) Uma carta da dona Glória
para a Helena. A Helena não deve ter visto isso quando me deu a escrivaninha.
Ela vai gostar de saber que a mãe dela deixou uma carta pra ela, vou mandar
mensagem pedindo o endereço dela para enviar essa carta.
Mariana pega seu celular que está em cima da cama e manda um
áudio para Helena.
MARIANA – Oi amiga, como você tá? Saudades.
Amiga eu tava arrumando aquela escrivaninha que você deixou pra mim e eu
encontrei dentro de uma das gavetas uma carta da sua mãe para você. Você quer
que eu te envie? Se sim, me manda teu endereço aí do Rio, que amanhã cedinho eu
passo nos correios e te mando a carta. Beijos!
Maria coloca a carta e o celular em cima da cama, e continua
limpando os móveis do quarto.
CORTA PARA
CENA 2. APARTAMENTO DE BATRIZ. EXT.
ENTRADA. NOITE.
Eduardo e Beatriz chegam de carro até o apartamento de
Beatriz e para em frente à entrada.
BEATRIZ – Não vai subir? (sorrir)
EDUARDO – (coloca as mãos nas coxas de
Beatriz) Hoje não meu amor, tô cansado e amanhã o dia vai ser puxado na
empresa, tem reunião da diretoria.
BEATRIZ – Eu sei, eu que estou organizando...
você nunca mais subiu, acho que não deve nem mais lembrar como é meu
apartamento.
EDUARDO – (sorrir) Prometo que da próxima vez
eu subo, pode ser?
BEATRIZ – Tudo bem então. Boa noite! (abre a
porta do carro)
EDUARDO – Ei, ei, não vai me dá um beijo?
BEATRIZ – (sorrir) Claro que vou. (beija
Eduardo)
EDUARDO – Boa noite meu amor.
Beatriz desce do carro e entra no apartamento. Eduardo liga
o carro e dirige para o seu apartamento.
CORTA PARA
CENA 3. APARTAMENTO DE EDUARDO. INT.
QUARTO. NOITE.
Guilherme está sentado apenas de cueca na poltrona do quarto
de Eduardo bebendo whisky. Eduardo entra no quarto e vai para trás de Guilherme
dando um beijo em seu pescoço.
GUILHERME – Estava sentindo sua falta,
finalmente você chegou!
EDUARDO – Eu estava jantando com a minha mãe
e a minha noiva, depois eu tive que levar ela em casa.
GUILHERME – E ela não quis que você dormisse
lá?
EDUARDO – Até que quis, mas eu já tinha um
compromisso com você. (desce as mãos pelo abdômen de Guilherme e coloca a mão
dentro da sua cueca)
GUILHERME – É assim que eu gosto, você todo só
para mim.
EDUARDO – Eu sou todo seu, apesar de eu ter
que dividir você com a Melissa.
GUILHERME – Você sabe que meu lance com a
Melissa é puramente social e econômico, tesão de verdade eu sinto é por
você. (beija Eduardo).
CORTA PARA
CENA 4. MANSÃO DE CARUSO. INT.
QUARTO DE CARUSO E ARLETE. NOITE.
Arlete entra em seu quarto bem devagar e encontra Caruso já
dormindo profundamente, ela vai até o closet e encontra as roupas que Caruso
estava usando quando chegou em casa. Ela pega a camisa e verifica cada parte da
camisa em busca de marcas de batom, mas não as encontra, depois ela começa a
cheirar a camisa.
ARLETE – Perfume feminino, doce e barato.
Ele estava com outra mulher. (joga a camisa no chão)
ARLETE – (irritada) Desgraçado! Ele está me
traindo novamente e eu vou descobrir quem é essa vagabunda.
CORTA PARA
CENA 5. RIO DE JANEIRO. EXT.
NOITE/DIA.
SONOPLASTIA: É COM ESSE QUE EU VOU
Tomada de vários pontos da cidade do Rio de Janeiro durante
a noite e depois amanhecendo.
SONOPLASTIA: OFF
CORTA PARA
CENA 6. MANSÃO DA FAMÍLIA CASTRO.
INT. COZINHA. DIA.
Helena está sozinha na cozinha preparando uma bandeja de
café da manhã, ela coloca algumas frutas em um pequeno cesto, até que Guto
entra de surpresa e a abraça por trás.
GUTO – (grita) Bom dia!
HELENA – Que susto garoto! (rir) Quase me
matou do coração!
GUTO – Esse coração é forte, não morre com
um sustinho desses não. (rir)
HELENA – Olha que ele não é tão forte assim
não hein.
GUTO – E essa bandeja de café da manhã é
para mim? Tô vendo que tem um monte de coisas gostosas que eu adoro.
HELENA – Não, são para dona Nathalia, a
Adélia pediu que eu preparasse e levasse no quarto que hoje ela ia tomar café
da manhã por lá.
GUTO – Tem iogurte? A tia Nathalia adora
tomar iogurte com granola no café da manhã.
HELENA – Tem sim, vou pegar agora mesmo.
(vai até a geladeira e pega o iogurte)
HELENA – Você acredita que até hoje eu não
conheci ela? Ela sempre está nessa fábrica na hora que eu chego e sempre está
em casa na hora que eu já fui embora. (coloca o iogurte na bandeja)
GUTO – A tia Nathalia passa a maior parte
do tempo na fábrica, ela adora aquilo lá, mas ela é uma pessoa maravilhosa,
você vai gostar dela.
HELENA – E você não adora a fábrica também?
GUTO – Quer saber a verdade ou a mentira?
HELENA – (sorrir) A verdade, sempre, eu
odeio mentiras.
GUTO – Não gosto muito desse trabalho
executivo, eu preferia trabalhar com outras coisas, mas meu pai ficaria
completamente louco se eu não seguisse o caminho que ele idealizou para mim.
HELENA – Mas a gente tem que fazer o que
gosta e não os que os nossos pais querem que a gente faça, quando a gente não
faz o que gosta, a gente não faz por amor, não trabalha feliz.
GUTO – Você gosta do seu trabalho?
HELENA – Claro que eu gosto, eu queria
estudar, ter uma profissão, mas eu não consegui, mas diante do que eu posso
trabalhar, eu gosto muito do que faço.
GUTO – Você ainda é jovem, ainda pode
estudar e ter uma profissão.
HELENA – Você também é jovem ainda pode
largar seu trabalho e ir atrás do que você realmente quer.
GUTO – Vamos fazer um trato? Quando você
voltar a estudar para ter uma profissão, eu largo meu trabalho e vou atrás do
que eu quero. Topa? (sorrir)
HELENA – (sorrir) Topo! Trato feito. Agora
eu tenho que ir levar essa bandeja lá para sua tia, se não esse café da manhã,
vira almoço. (rir)
CORTA PARA
CENA 7. MANSÃO DA FAMÍLIA CASTRO.
INT. QUARTO DE NATHALIA. DIA.
Helena entra no quarto de Nathalia e coloca a bandeja de
café da manhã em cima da mesa. Nathalia está no banheiro se trocando.
HELENA – Bom dia senhora, trouxe o café da
manhã como a senhora pediu.
Nathalia sai do banheiro e cruza com Helena no quarto, ela
olha Helena por alguns instantes.
NATHALIA - (sorrir) Bom dia, você deve ser a
Helena. Prazer, Nathalia, a gente ainda não tinha se cruzado, mas a Adélia me
contou que você tem feito um excelente trabalho e ajudado ela bastante nos
trabalhos da casa.
HELENA – Tenho o feito o que posso para
ajudar a Adélia, é o mínimo que eu posso fazer por ela ter me ajudado tanto
dando esse emprego para mim. Eu vim da Bahia com meu pai, achei que íamos
passar dificuldades aqui, mas graças a Deus tá dando tudo certo.
NATHALIA – Fico feliz que esteja dando tudo
certo. A Adélia falou que você perdeu sua mãe recentemente, eu sinto muito,
imagino a falta que ela deve fazer na sua vida.
HELENA – Perder uma mãe nunca é fácil né,
uma dor que não sara, mas eu sempre penso nela diariamente e é como se uma
parte dela ainda estivesse viva em mim.
NATHALIA – É exatamente assim que eu me sinto
em relação a minha filha, é como se uma parte dela estivesse viva em mim.
HELENA – Eu vi a sua história na televisão,
torço muito para que com toda essa repercussão você consiga encontrar a sua
filha.
NATHALIA – Eu sinto dentro do meu peito que
ela está cada vez mais perto de mim e que é uma questão de tempo para eu
reencontrá-la. (sorrir)
CORTA PARA
CENA 8. CASTRO COSMÉTICOS. INT. SALA
DE ALEXANDRE. DIA.
Cláudio e Alexandre conversam.
ALEXANDRE – Fiquei sabendo por fontes seguras que hoje na
reunião da diretoria você vai anunciar a sua aposentadoria, é verdade?
CLÁUDIO – Pode parabenizar as suas fontes, elas estão
corretíssimas, hoje eu anuncio a minha saída definitiva da empresa devido a
minha aposentadoria.
ALEXANDRE – Essa empresa nunca mais será a mesma depois de
você Cláudio, você foi um excelente diretor, o Jayme tinha um grande apreço por
você.
CLÁUDIO – Era recíproco, o Jayme deu a vida para tornar a
Castro Cosméticos a marca consolidada que ela é hoje, eu só fiz o meu papel de
ajudá-lo, e admito que fiz bem. (rir)
ALEXANDRE – Te substituir não vai ser tarefa fácil, a
Nathalia tem uma missão pela frente.
CLÁUDIO – Ainda bem que essa missão é dela e não é minha.
ALEXANDRE – Mas você pode ajudar ela nessa tarefa, uma indicação
sua seria levada em bastante consideração por ela. O meu filho Guto por
exemplo, ele é um jovem executivo, tem feito um trabalho excepcional aqui na
empresa, e eu acredito que ele é um bom nome para te substituir, se você
pudesse sugerir o nome dele seria de grande valia na campanha pela sucessão.
CLÁUDIO – O Guto melhorou bastante, quando ele chegou aqui
ele não queria nada disso, praticamente foi obrigado por você a entrar nesse
mundo, fazia enormes trapalhadas, mas agora de fato ele tem se dedicado
bastante no seu trabalho e tem feito sim um trabalho excepecional, porém eu já
havia conversando com a Nathalia sobre um sucessor e eu acho que por toda a carreira
construída aqui, a minha torcida para a minha sucessão é para o Murilo.
CONGELAMENTO FINAL EM ALEXANDRE IRRITADO.
Obrigado pelo seu comentário!