LIVRO I: PRIMAVERA
Capítulo 1: Preparação
Olá Leitores & Leitoras hoje contaremos a história de um homem adulto jovem, o qual batalhou muito para conseguir suas conquistas e continua lutando até os dias de hoje para concretizar seus sonhos e metas, bem como alcançar o seu lugar no mundo. Seu nome é Doug James, órfão de pais de sangue, criado por sua tia Marta e mora junto a ela e seus dois primos: Raphaga & Charles. Doug é enfermeiro e trabalha via serviço homecare na casa de um idoso solitário e bem turrão conhecido como Sr. Dinei. Bem... era mais um dia daqueles na vida do nosso protagonista e Doug acabara de escutar o sinal sonoro de seu despertador. Mais um dia de plantão diurno na casa do Senhor Dinei e rapidamente ele pulou de sua cama para tomar um banho super apressado.
Doug: Meu Pai amado, hoje será mais um dia daqueles! Preciso terminar logo essa escovação dos dentes. Aparar minha barba e entrar neste choveiro. Sinto que eu hei de escutar muita gritaria no pé do meu ouvido. Tanto por parte do Sr. Dinei como dos Espíritos Zombeteiros que ficam me infernizando nas minhas orelhas. Afff... como eu queria ter paz em minha vida e me livrar desses demônios que tanto atormentam a mim desde quando eu era criança.
Doug James era uma pessoa especial, ele observava e escutava vultos, espíritos, cochichos, fantasmas, almas penadas, seres de fantasia em todas os locais que ele costumava freqüentar. Desde criança sofria muito preconceito de seus coleguinhas de escola por ser um tanto "diferente" dos demais. Em casa sofria represálias de sua tia Marta e do seu primo Rapha por conta de tais comportamentos ditos "bizarros" pelos mesmos. Charles era o único que não se importava, no entanto sempre adorara irritar a todos com suas piadinhas sem graça. Retomando a manhã conturbada de nosso personagem central, Doug logo se dirigiu para o boxe e ligou a torneira de choveiro. Neste instante seu primo Rapha adentra o cômodo.
Doug: Aaah que água boa... dá até vontade de morar aqui neste boxe. Este apartamento é muito bom, se comparado ao buraco de sarjeta de onde fomos enxotados, lá da zona sul de Nova Jersey. Que maravilha!
Raphaga: Ei senhor preguiçoso! Vê se acorda pra vida e pára de desperdiçar água e energia neste choveiro. Estamos em um processo de mudança e lembre-se de que este apartamento nos foi cedido de bom grado pelo meu amigo Bills Alex.
Doug: Eu sei primo... o Senhor Bills realmente é um homem benevolente. Aliás você viu, depois que ele casou semana passada, o engajamento dele nas redes sociais só aumenta. Você já observou o instagram dele? Já tem 20 milhões de seguidores. Sorte grande o cara ter casado com o Sr. David né... o amor realmente não tem idade nem gênero. Um dia sonho me casar com pessoas maravilhosas igual a eles!
Raphaga: Escuta sua anta! O Bills sempre teve algo de muito diferente de mim, você ou meu irmão Charles. Ele tem um carisma ultraforte e uma sedução que faz qualquer criatura do planeta cair ao seus pés. Eu e ele nos odiávamos muito no passado. Mas ele conseguiu me ganhar e me cativar com o passar do tempo. Ele me fez perceber o quão criança eu era com ele. Primo, esse tal de David não vai durar muito e o Bills vai herdar toda a herança do velho. Tanto eu como você precisamos nos ancorar ao nosso amigo e assim garantirmos o nosso lugar ao sol.
Doug termina seu banho e só de toalha o rapaz afirma:
Doug: ah primo! Deixa de onda vai... o senhor Bills ama o Deputado David. Ele jamais o trairia a confiança. Vamos oferecer nossa amizade e nosso apoio moral a ele. Olha só esse apartamento que ele nos dera de presente e com 1 mês de contas pagas. Só teremos de nos preocupar com as contas do próximo mês.
Rapha: Isso se a mamãe conseguir os 1000 dólares que ela tira do seu corte & costura e se eu conseguir uma promoção no meu emprego de fisioterapeuta lá do hospital central. Aliás, só consegui 2000 dólares por mês, pois ainda sou inicio de carreira com apenas 2 anos trabalhados.
Doug: E eu ainda preciso arrumar algo melhor. Enquanto isso sigo trabalhando na casa do Sr. Dinei pelo menos pra garantir um salário mínimo de 1200 dólares para os gastos aqui em casa e com o meu pouco bem-estar!
Marta James da cozinha chama os rapazes para irem tomar seu café-da-manhã. Os 3 se apressam em se arrumar. Doug e Rapha colocam seus fardamentos hospitalares e Charles coloca sua farda escolar.
Marta: Alô rapazes!!! Venham rápido tomar o café-da-manhã de vocês. Antes que esfrie, suas lesmas pegajosas!
Raphaga: Iiiih é a mamãe... acordou de mau humor hoje! Preparemos as nossas orelhas.
Doug: Qual é o dia que a tia Marta não acorda irritada né!
Os dois já fardados se dirigem a mesa do café e encontram Charles dando língua pras reclamações de Marta James.
Charles: É melhor vocês usarem um tapa ouvidos, porque a velha coroca já acordou de mau humor hahahahahahaha!
Marta: CHARLEEEES! Eu não achei graça nenhuma nessas tuas piadinhas de bobo da corte.
Charles: E eu não acho graça nessa velha reclamona em que a senhora se tornou... dona baranga! HAHAHAHAHAHAHA!
Marta: Idiota... afff... Escuta Rapha, me esqueci de te perguntar, você já agradeceu seu amigo Bills por nos emprestar este cantinho pra gente morar. Olha este rapaz é um anjo em nossas vidas. Se não fosse seu amigo, estaríamos morando a sombras de um viaduto!
Rapha: Já sim Mamãe, inclusive ele mandou ontem pelo Dudú umas fatias do Bolo de casamento dele pra gente. E mandou avisar também que as contas deste primeiro mês já estão todas pagas. E isso inclui o síndico também.
Marta: Ele é um anjinho, apesar de ser um tanto travesso. Imaginem o que eu achei debaixo da cama de casal onde estou dormindo: uma camisinha cheia de esperma e saquinhos de marijuana. Meu Deus, imagino o antro de perdição e luxúria carnal que devia ser este apartamento antes de virmos para cá.
Doug: Então tia... o Sr. Bills era tipo um cafetão... e aqui rolava tudo de mais louco que a senhora possa imaginar. Huuuum! café gostoso ein priminho!
Charles: Ou seja, isto aqui era um cabaré a céu aberto hahaha e obrigado pelo elogio. Meu coffee é o melhor de toda Nova Jersey!
Marta: Olha o palavreado, sua boquinha de esgoto. Você ainda é uma criança e não deveria está falando tanta porcaria numa mesa de café. O café-da-manhã é uma hora sagrada. Não importa onde estamos. Que sempre se prevaleça a moral e os bons costumes.
Charles: BLÁ! BLÁ! BLÁ! BLÁ!
Marta: Aliás Doug! Falar em porcaria... eu soube que no mês passado você não contribuiu em nada nas contas do antigo cortiço onde morávamos. Acho bom você parar com as suas gracinhas de não nos dar sua parte para as finanças deste apartamento aqui. Não é porque o Bills cedeu ele para o meu filho Raphaga, que você deva se achar no direito de se abster das contas deste lugar. Vai ter de contribuir sim com os gastos daqui de casa, ouviu bem seu estrupício ?!
Doug: Sim senhora... é que eu fui despensado da última casa antes de trabalhar pro Senhor Dinei. Mas agora já estou em um novo trabalho tia. E assim que receber meu soldo, eu hei de contribuir com todas as despesas da casa!
Marta: Acho bom mesmo seu folgado inútil! Bem... agora vou para o quarto terminar umas costuras. Tem muita roupa para coser hoje. E depois vou ter de sair para o meu médico. Preciso trocar meus remédios de hipertensão e diabetes. Se quiserem comer, tem comida na geladeira guardada de ontem. Só botar nesse microondas novo que o amigo cozinheiro de vocês comprou pra deixar largado ae na cozinha.
Doug: Foi o Luan quem comprou tia, e ele nos disse que podemos usar a vontade.
Marta: Ah merda! Que seja seu intrometido.
Charles: Bem! Eu já vou indo! Até mais senhoras, senhores & senhoritos! Kkkkkkk
Raphaga: Seu palhaço!!! Oh Doug, termina logo isso, que eu te dou uma carona pra casa do sr. Dinei.
Doug: Já terminei!
Charles e Raphaga terminam o café, descem as escadarias, cumprimentam o porteiro, o qual se queixava de saudades de Luan e Bills movimentando aquele prédio. Ao saírem do edifício, Doug observa do outro lado da rua, uma espécie de criatura felina, branca e de olhos brilhantes. Ela lhe encarava com um olhar estranho e atraente. Não eram como as criaturas fantasmagóricas que ele costumava escutar nos lugares por onde andara ou no seu quarto. Era uma criatura de forte apelo místico. Nosso protagonista pisca seus olhos e a criatura some de seu campo de visão.
Doug: Que coisa mais estranha! Juro ter visto um gato estranho do outro lado da rua. Era branco e tinha olhos brilhantes que não paravam de me encarar... sei lá... era um bicho mega estranho!
Raphaga: Ai Doug James... por God... até eu Raphaga James que desconhece toda essa parada de mundo paranormal, não teria medo de um simples bichano de rua. Primo, pega a merda desse capacete e vum bora logo. Antes que os síndicos desse prédio venham encher nossa paciência com porra de veículo ''mal-estacionado".
Doug: Tudo bem Primo... Vamos nessa!
Rapha e Doug seguem na moto em alta velocidade. Em 20 minutos, os dois chegam a casa do velho Dinei. Doug tenta agradecer a Rapha, o qual sai em disparada com a moto até o Hospital Central sem lhe dar ouvidos. Já na porta da casa do ancião, Doug começa a escutar vozes estranhas, zuadas e zumbidos no pé de seus ouvidos. Ele olha para trás e ver uma esfera negra de energia recheada por diversos tipos de fantasmas. Esses fantasmas gritavam e atormentavam Doug, todos em uníssono.
Fantasmas: HAHAHAHAHAHA DOUG JAMES... SEU IDIOTA... VOCÊ NÃO PASSA DE UM NADA... ANTORMENTAMOS VOCÊ DESDE OS SEUS 7 ANOS DE IDADE E ASSIM CONTINUAREMOS A TE ATORMENTAR ATÉ A MORTE. SEU IDIOTA! NINGUUUUUEEEEEEMMMMM GOOOOOSSTTTTTAAAAA DE VOOOOOCCCÊ. AS PESSOAS SÓ TE SUPORTAM E NÓS ECTOPLASMAS... NOS ALIMENTAMOS DA ENERGIA DA SUA DEPRESSÃO. VOCÊ NÃO É DE NADAAA SUA ANTA IMUNDAAAAAA... HAHAHAHA!
Doug: Saiam daqui seus espíritos zombeteiros das trevas! Me deixem em paz por favor! Eu não fiz nada pra vocês suas almas penadas sem coração... Arrrrgggggghhhhhh que tormento! (Doug posiciona suas duas mãos em suas orelhas para não ter de escutar mais as risadas daqueles seres sobrenaturais).
Fantasmas: HAHAHAHAHAHAHAHAHA aceite o seu destino de merdaaaa Doug James!
Doug James: Oh céus! PAREM!!!
Sr. Dinei: Mas o que há com você meu rapaz! Estou a horas esperando por você na minha cozinha, e você ae gritando igual uma mocinha no cio aqui na calçada. Entra logo aqui nesta merda de casa e prepara meu mingau seu maricas!
Doug: Sim Sr. Dinei!
Doug entra na casa do idoso e repara que ele havia deixado uma bagunça na cozinha. Então ele avisa:
Doug: Sr. Dinei, pelo visto você resolveu mesmo bagunçar a casa aos domingos. Achei que alguém de sua família viesse cuidar de você neste dia, visto que a sua cuidadora fica as quintas/sextas/sábados, enquanto eu fico as segundas/terças/quartas. Ambos trabalhando de 8 da manhã até às 19 horas da noite. O senhor precisa de alguém para lhe ajudar nos domingos. Pois sua limitação neurológica da Doença de Parkinson deu uma piorada este mês.
Sr. Dinei: Escute rapaz, eu sei do meu problema de Parkinson e sei das minhas fragilidades. Mas o que posso fazer se não tenho grana pra cobrir outra pessoa aos domingos. Sou um professor de Matemática aposentado e nem sempre o salário cobre tudo. Tenho minhas contas pessoais para pagar seu moleque. Agora termina logo a merda desse mingau. Espero que esteja a minha altura.
Doug: Se o senhor insiste tanto... mas lhe peço de coração para o Senhor evitar mexer em fogão ou fontes quentes nesse estado. Sua coordenação motora ainda está bem afetada, mesmo com os exercícios prescritos pelo meu primo Raphaga para o Senhor executar e exercitar em casa.
Dinei: Seu primo fisioterapeuta é um cagão, mas o que têm de chato, têm de lindeza. Doug, já terminou meu mingau ein caralho?
Doug: Terminei sim! E terminei as louças também! Pode tomar... tá gostoso!
Dinei: Huuuum! que mingau gostoso. Melhor que o da minha cuidadora, a dona Fátima! Aliás, ela deixou comida no ponto ae na geladeira. Só esquentar e dividir pra nós dois!
Doug: Vou olhar aqui... huuuuuum! Achei... vou deixar aqui na tampa da geladeira. Senhor Dinei, hora de tomar um banho. Vem, vou levá-lo até seu banheiro!
Dinei: MAS QUE MERDAAAAA! EU ODEIO TOMAAAAR BANHOOOOO!!!
Doug: Deixa de ser reclamão Dinei! Se continuar com a birra, vou cortar o nosso passeio de amanhã para o Jardim Botânico. Eae vai continuar com seu mau-humor ?
Dinei: Desculpa Dougzinho! 🥺
Doug leva Dinei até o banheiro da casa. Lá ele dá um banho de choveiro no velho. O idoso irriquieto, fica atirando água em Doug, bota os seus dedos na cara e na boca do nosso protagonista e fica agarrando suas partes íntimas com as suas mãos pegajosas. Irritado, Doug alerta:
Doug: Senhor Dinei! Eu exijo respeito, não estou gostando dessas suas brincadeiras de mau gosto. Isto é assédio viu. E não é nada bonito para um Velho de Idade e inteligente como o Senhor, ficar com esse tipo de brincadeira idiota. Pare com essas imoralidades imediatamente!
Dinei: Eu só estava brincando seu cara de ameba escorrida. Eu hein, parece uma mulher em TPM. Não sabe levar as coisas na brincadeira seu chato de galocha!
Doug: Existe Limite para tudo nesta vida Sr. Dinei. Inclusive para suas brincadeirinhas de mau gosto idiotas. Agora vamos! Vou te enxugar e colocar no senhor uma roupinha mais confortável!
Doug vai para o quarto do ancião junto do próprio. Chegando lá, encontra na parede oposta a porta do quarto, uma borboleta preta bem grande e assustadora. O rapaz temeroso, pergunta se Dinei havia visto aquele bicho bizarro também!
Doug: O senhor viu o que eu vi, Sr. Dinei? Era uma mariposa gigante aqui no seu quarto... Droga! O inseto desapareceu!
Dinei: Oras... desde que você veio trabalhar aqui em minha humilde casa, você vê esse bucado de coisa estranha aparecendo e desaparecendo aqui dentro. Outro dia você jurou que a televisão da minha sala ligou sozinha e que saiu uma mosca de dentro da tela. Engraçado que nenhum de meus cuidadores não veem nada de estranho aqui. Acho que você precisa se benzer viu moleque!
Doug: Éh... talvez o Senhor tenha razão!
Doug mesmo assustado com aquela aparição, entra no quarto com Dinei, coloca roupas leves no velho, e o perfuma com uma colônia de ameixeiras que estava no banheiro. Terminando de ajeitar o idoso, James vai até a cozinha. Atrás dele vai Dinei, o qual sorrateiramente usa sua mão esquerda para apertar as nádegas do enfermeiro.
Doug: Espero que o Senhor páre com o assédio, porque se continuar, eu aviso a sua irmã lá da Europa sobre seu mau comportamento!
Dinei: NÃOOOOOOOOOO! TUDO MENOS AQUELA JARARACA OPORTUNISTA.
Doug: Pois então que lhe sirva de alerta viu Sr. DINEI!
Doug termina de organizar as coisas na cozinha, prepara um suco de laranja e guarda na geladeira. E requenta o almoço deixado pela cuidadora do idoso. As 12 horas, ele faz o prato do velho e com muita paciência, lhe dar algumas colheradas na boca.
Doug James: Olha o aviãozinho... bruuuuuuu! lá vai Sr. Dinei...
Sr. Dinei: Auuuum! Que comida gostosa. Adoro os refogados de frango que a minha cuidadora prepara. Agora eu quero suco com bastante açúcar, pega lá Dougzinho!
Doug: Nem pensar Sr. Dinei! O seu geriatra proibiu terminantemente o açúcar em suas refeições. Açúcar somente das frutas e o mascavo!
Dinei: Vão pra puta que pariu! Você e o cú doce daquele médico carniceiro!
Doug: Vamos logo! Senhor Dinei! Termine logo isso para vermos as notícias do basquete, que o Senhor tanto ama!
Doug encerra o almoço de Dinei e lhe dar um suco de laranja com açúcar mascavo diluído. O velho toma todo o suco de laranja, em seguida com muita luta e birra, o senhor segue com Doug para o lavabo a fim de escovar os dentes do idoso. Depois de muito trabalho de estimulação e de ajuda durante a escovação dentária, Doug coloca a dentadura velha já escovada por si próprio dentro de um copo com enxaguante bucal, e leva o ancião para ver os jornais desportivos na sala. Depois que ligam a televisão, imediatamente veem uma notícia no plantão falando sobre a repercussão do Casamento entre Bills Alex & o Deputado Ex- Senador David Monroe por toda Nova Jersey. Dinei reclama sobre os casamentos de hoje em dia e afirma que não se fazia mais casórios como antes, iguais aos da sua época de juventude. Depois eles viram notícias sobre a Seleção Americana de Basquete e após o jornal duradouro, assistiram a uma telenovela do horário matutino.
Sr. Dinei: Nossa que novela enjoada... basicamente a mocinha é das épocas coloniais da América, se apaixona por um nobre e depois é morta pela noiva ciumenta deste Nobre Cavalheiro. Ae essa moça reencarna nos dias atuais, junto de todas as pessoas com quem convivera em seu conturbado passado antes de morrer. É como se o universo tivesse lhe dado uma nova chance para reencontrar sua felicidade.
Doug: Pois é, Senhor Dinei... novelas como essas são cheias de clichês batidos. Ah se minha vida fosse assim... longe dos fantasmas reais e imaginários que assolam meus dias depressivos... Se a vida me desse uma nova chance para a felicidade... certeza de que eu não estaria aqui limpando merda de velho, ouvindo humilhações de tias, primos e amigos, bem como sofrendo assédio do senhor mesmo né... professor Dinei! Cof! (Doug pensando alto e para si).
O tempo se passa e as 17 horas, Doug e Dinei desligam a TV e vão para a mesa do terraço jogar um pouco de dominó. O velho era muito bom com esse tipo de peças e sempre vencia Doug de lapada. Tá... tá bom... que às vezes... o Doug até deixava o velhinho tarado vencer. Mas o objetivo disso era não gerar tumulto naquela casa a essa altura do campeonato. O Dominó e as Damas eram os únicos jogos que deixavam aquele idoso rabugento mais calmo e tranquilo, além dos remédios que ele tomava no finzinho de tarde e antes de dormir. Às 18 horas, Doug lhe dava remédios para diminuir a intensidade dos espasmos e tremedeiras no corpo. Às 19 horas, o velho tomava o seu hipertensivo. Para assim às 20:30 para 21: 00 horas, o próprio se posicionar para dormir.
Doug: Senhor Dinei, já são 18:50, vamos logo aqui tomar seu remédio para pressão alta. Aqui o copo. Dê alguns glups glups e pronto!
Sr. Dinei: Ok! GLUP! GLUP! GLUP! GLUP!
Doug: Muito bem Senhor Dinei! Nota 1000!
Agora vou levá-lo ao seu quarto, como tá frio, vou pegar um cobertor bem quentinho para lhe agasalhar.
Sr. Dinei: Aaaaaaaaaah! Que sono... esses remédios me deixam um pouco sonolento, sabe meu garoto. Ajeite o meu quarto, porque hoje irei dormir cedo. E depois que eu pegar no sono, você está liberado de seu turno.
Doug James: Certo patrão!
O enfermeiro ajeita todas as cobertas do quarto de seu paciente e em seguida, fecha as janelas e liga o ar condicionado. Doug põe Dinei para se deitar e não demora alguns minutos para o velho cair em sonolência. Então nosso protagonista sai do quarto e observa 2 sombras pequenas andando pelas paredes da casa daquele velho. Ele não se importa com aquelas aparições e arruma suas coisas para ir embora. Às 19:30, o enfermeiro sai de dentro da casa do ancião e bate a porta do lado de fora do imóvel. Ele vai a pés para o ponto de ônibus mais próximo, no entanto aqueles fantasmas voltam a lhe atormentar.
Fantasmas: HAHAHAHAHAHAHA OLHA SÓ QUEM ACABA DE SAIR DA CASA DO VOVÔ ASSEDIADOR! SIIIIIIIIIIIIIMMMM... É O NOSSO AMIGO FRACASSADO DOUG JAMES... DOUG JAMES, O FRACASSADO!
Doug: Vocês de novo aqui seus merdas! Saiam de minha vida suas almas penadas.
Fantasmas: DOUG FRACASSADO... DOUG FRACASSADO... DOUG FRACASSADO... DOOOOOOOUUUUUGGGG FRRRAAAACCAAAASSSSAAADDDOOOOO!
Doug: Mas que porra é essa! Me diga Deus... universo... Criador... realidade... QUANDO EU HEI DE ME VER LIVRE DESTES MALDITOS SERES DO ALÉM ?!
Fantasmas: NUNCAAAAA SEU IDIOTAAAA! HAHAHAHAHAHAHA...
Então Doug, com a mão nas orelhas, caminha até o ponto de ônibus. Ao chegar próximo daquele local, Doug vê novamente aquele gato branco de olhos brilhantes. O gato o encarava com frieza sem piscar os olhos. Doug, ainda pertubado com as vozes incômodas e debochadas daqueles espiritos zombeteiros, notou uma energia pura vinda do animal. Aquele felino começou a entrar em uma mata fechada por trás da parada de transporte coletivo. Era uma espécie de terreno baldio a céu aberto. Já de noite, nosso protagonista mesmo incomodado com a gritaria daqueles espíritos malditos no pé de seus ouvidos, continuava a seguir aquele bichano estranho. Depois de correr alguns minutos atrás do bicho, Doug James dar de cara com uma espécie de loja exótica no meio daquele terreno. Aquele estabelecimento tinha cores variando entre marrom escuro e rôxo, tinha ares sombrio, cheirava a incenso e o nosso enfermeiro também sentira uma forte energia mística vinda de seu interior. No momento em que ele adentra o quintal daquela lojinha, a qual possuía um muro de madeira separando-na daquele terreno baldio onde estava localizada, uma senhora branca de cabelos negros e com kimono refinado sai de dentro daquele lugar estranho e imediatamente recepciona o nosso querido cuidador de idosos.
Yuna: Seja muito Bem-Vindo à minha Loja Mística do Destino. Eu e minha Loja estamos prontos para atender o mais novo escolhido especial do Universo. Muito prazer, me chamo Yuna, alguns me chamam de A Bruxa, claro que este não são os meus nomes verdadeiros. São apenas nomes de mentira...apelidos... pois quando seus inimigos sabem seu nome real, eles sabem muito sobre VOCÊ e suas vivências. A minha loja é seletiva e ela sempre aparece para alguém que esteja necessitado de ajuda. DOUG JAMES, POR FAVOR! QUEIRA ADENTRAR EM MEU HUMILDE ESTABELECIMENTO. Sei que você necessita de ajuda para algo que tem lhe pertubado bastante em toda sua trajetória de vida. Posso lhe ajudar a solucionar este problema que pertuba sua paz de espírito, na condição de que VOCÊ POSSA ME GERAR ALGO EM TROCA. Algo que valha o mesmo valor daquilo que eu lhe propuser como solução do seu problema pertubador.
Neste momento, Doug James mantem um olhar irreativo e hipnotizante. Depois de alguns segundos, A Bruxa Yuna adentra sua loja mística seguida de Doug James e da criatura felina branca que estava persuadindo nosso protagonista naqueles dois momentos especiais de seu dia deprimente. Que novas aventuras esperam nosso querido Doug James daqui por diante? E que novos mistérios permeiam a vida deste humilde cuidador de idosos nesta sua vida nada pacata? Não deixem de acompanhar os novos episódios, meus caros leitores e leitoras! até a próxima galera!
Obrigado pelo seu comentário!