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FAÇA A SUA SORTE - CAPÍTULO 27 | ÚLTIMO CAPÍTULO


CENA 01. MANSÃO DE MARISOL. PORÃO. TARDE

O ambiente está tenso e carregado. O silêncio que se seguiu à revelação de Léo é quebrado pelo som da respiração ofegante de Max, que está visivelmente abalado. Ele cambaleia, tentando processar a informação de que Léo é seu pai.

 

MAX - (Desesperado, gritando) Por que não me disse antes? Por que destruir a minha vida desse jeito?

 

Léo mantém o olhar fixo em Max, a arma ainda em sua mão.

 

LÉO - (Tentando manter a calma) Eu trouxe você para os meus negócios porque precisava de você por perto. Precisava ter certeza de que estava seguro.

 

Max ri amargamente, a dor e o desespero evidentes em seus olhos.

 

MAX - (Sarcástico) Seguro? Você me arrastou para o seu mundo sujo e criminoso! Você me transformou num monstro, igual a você!

 

Léo começa a perder a paciência, sua voz se elevando.

 

LÉO - (Irritado) Você gostaria de ter terminado a vida como catador de latinha, como quando eu o conheci?

 

Max dá um passo à frente, seus olhos brilhando de raiva e mágoa.

 

MAX - (Desafiador) Sim! Porque mesmo com pouco, eu era honesto! Eu tinha dignidade! E agora, o que eu sou? Um peão no seu jogo sujo! Você me destruiu!

 

Léo dá um passo atrás, chocado com a intensidade das palavras de Max. Ele tenta manter a compostura, mas a raiva cresce dentro dele.

 

LÉO - (Tentando justificar) Eu te dei poder! Te tirei da miséria!

 

Max solta uma gargalhada amarga, as lágrimas escorrendo pelo seu rosto.

 

MAX - (Desesperado e desafiador) Poder? A que custo, Léo? Eu perdi minha alma! Eu perdi quem eu era! Você me fez um criminoso, um assassino!

 

Romina observa a cena com o coração na garganta. Ela percebe a profundidade do sofrimento de Max e se sente impotente.

 

ROMINA - (Tentando intervir) Max, por favor... precisamos sair daqui. Isso não vai ajudar agora.

 

Max se vira para Romina.

MAX - (Com a voz quebrada) Romina, você não entende. Eu sou o filho do homem que arruinou nossas vidas.

 

Léo aperta a arma, sua raiva transbordando.

 

LÉO - (Explodindo) Eu fiz o que fiz porque amava sua mãe! E amei você.

 

Max encara Léo, seus olhos ardendo com um misto de ódio e tristeza.

 

MAX - (Amargo) Amor? Isso não é amor. Isso é controle, manipulação! Você nunca me deu uma chance de ser livre. Sempre me manteve preso ao seu mundo, às suas regras.

 

Léo, incapaz de conter a fúria, dá um passo à frente, a arma agora apontada diretamente para Max.

 

LÉO - (Com voz trêmula) Você não sabe nada sobre mim! Eu fiz tudo isso para protegê-lo, para garantir que tivesse uma vida melhor do que a minha!

 

Max encara o cano da arma, a respiração acelerada. Ele não desvia o olhar, sua voz firme e resoluta.

 

MAX - (Desafiador) Uma vida melhor? Eu preferia ter ficado nas ruas, sem nada, mas com a minha honra intacta. Você me tirou tudo o que eu tinha de bom.

 

Léo treme, sua mão vacilando na arma. Ele olha para Max, uma mistura de raiva, dor e arrependimento no olhar.

 

LÉO - (Com voz trêmula) Eu queria te dar o mundo, Max. Eu queria que você tivesse tudo.

 

Max balança a cabeça, os olhos cheios de lágrimas.

 

MAX - (Com voz baixa, mas firme) O único presente que você me deu foi a maldição de ser seu filho. Eu preferia ser qualquer coisa, menos isso.

 

O silêncio volta a cair sobre o porão, denso e sufocante. Léo baixa a arma lentamente, seus ombros caindo sob o peso das palavras de Max.

 

LÉO - (Com voz quebrada) Eu... eu só queria que você soubesse. Queria que entendesse o porquê.

 

Max olha para Léo, sua expressão uma mistura de desprezo e compaixão.

 

MAX - (Com voz cansada) Isso não muda nada. O dano já está feito.

 

Romina, aproveitando um momento de distração de Léo, se lança contra ele com toda a força que tem. Léo se mantém firme, e com um movimento brusco, arremessa Romina para o lado. Léo, completamente tomado pela raiva, destrava a arma e a aponta diretamente para Romina.

 

LÉO - (Enfurecido) Você nunca deveria ter se metido no meu caminho!

 

Romina olha aterrorizada para o cano da arma, mas antes que Léo possa apertar o gatilho, Max se lança na frente dela.

 

MAX - (Desesperado) Não!

 

O som ensurdecedor do tiro ecoa pelo porão. O corpo de Max é jogado para trás pelo impacto, e ele cai no chão com um gemido de dor. Romina solta um grito de desespero.

 

CENA 02. APARTAMENTO DE SELENA. INT. TARDE

A sala do apartamento está decorada com balões e fitas, e uma garrafa de champanhe está aberta sobre a mesa. Simas e Gabriela estão radiantes, celebrando o resultado positivo do teste de DNA. Selena observa com um sorriso contido, mais cínica do que entusiasmada.

 

SIMAS - (Rindo, alfinetando) Selena, agora que eu provei que sou mesmo filho do Gerson, você nunca mais vai usar essa língua ferina para duvidar de mim, não é?

SELENA - (Revirando os olhos) Ah, Simas, parabéns. Mas agora que você tem direito a uma bolada, não esqueça dos anos que permiti que você morasse aqui e comesse da minha comida sem ajudar em nada.

SIMAS - (Sorrindo) Eu sei ser grato, Selena. Não se preocupe.

 

A campainha toca, interrompendo a conversa. Selena se levanta para atender a porta.

 

SELENA - (Abre a porta, curiosa) Quem é você?

MARSALA - (Sorrindo) Olá, eu sou Marsala. Vim trazer um recado para Simas.

SIMAS - (Se aproximando da porta, debochando) O que foi, Marsala? Veio me pedir perdão por duvidar de mim?

 

Marsala respira fundo.

 

MARSALA - (Séria) Na verdade, não. Eu vim trazer um recado do seu pai.

SIMAS - (Rindo, confuso) Do meu pai? Como assim?

MARSALA - (Com calma) Pode parecer estranho, mas eu consigo ter contato com Gerson, mesmo depois de morto.

 

SIMAS - (Zombando) Você é louca. Não sei o que está planejando, mas quero você longe de mim.

 

Simas se vira para voltar à sala, mas Marsala começa a cantar uma melodia suave que imediatamente capta sua atenção. A melodia é cheia de ternura e saudade, e a voz de Marsala é doce e tocante.

MARSALA - (Cantando)

"Filho meu, que a vida trouxe,

Em cada passo, estou com você.

Nos momentos de dúvida e dor,

Saiba que sempre te amei, com fervor.

Mesmo que a distância nos separe,

Meu amor por você não pode acabar.

No silêncio da noite, ouça minha voz,

Cantando pra você, meu filho, somos nós.

Cresci e aprendi a ser forte,

Mas ver você crescer foi minha sorte.

Nos teus olhos vejo meu reflexo,

E em cada sorriso, um afeto.

Filho meu, que a vida deu,

Cada passo teu é um passo meu.

Mesmo agora, além do véu,

Te protejo, te amo, filho meu."

 

Simas, para, emocionado. Ele reconhece a melodia imediatamente. É uma canção que Gerson costumava cantar para ele quando era criança, algo que apenas ele e seu pai sabiam.

 

CENA 03. MANSÃO DE MARISOL. PORÃO. TARDE

Romina está ajoelhada ao lado de Max, que está deitado no chão, gravemente ferido. Léo, em estado de choque, deixa a arma cair de suas mãos e se ajoelha, aterrorizado pelo que fez.

 

LÉO - (Em choque, murmurando para si mesmo) Eu... eu matei o meu filho... meu próprio filho...

 

Ele balança a cabeça em negação, lágrimas escorrendo pelo rosto enquanto se abraça, os ombros tremendo. Suas mãos, agarram os cabelos enquanto ele se balança, incapaz de lidar com a realidade.

 

SONOPLASTIA ON : “ MY ALL – MARIAH CAREY

 

ROMINA - (Desesperada, acariciando o rosto de Max) Max, aguenta firme! Por favor, não me deixa!

MAX - (Fraco, com voz embargada) Graças a você, eu perdi o medo de amar... Você foi a parte mais feliz da minha vida...

ROMINA - (Chorando, acariciando seu cabelo) Não fala assim, Max. Você vai sair dessa. Nós ainda temos tantos planos... Vamos realizá-los juntos, todos eles.

MAX - (Com dificuldade, lágrimas nos olhos) Romina, por favor, sempre lembra a Clarinha que eu existi... e que mesmo tendo tido pouco contato com ela... eu a amei de maneira pura e sincera.

ROMINA - (Aos prantos, segurando seu rosto) Você vai mostrar isso a ela, Max. Vai ter muito tempo pra isso, você vai ver.

MAX - (Sussurrando, com a voz falhando) Eu te amo, Romina... por toda a eternidade. Eu prometo cuidar de você e de Clarinha, onde quer que eu esteja...

 

ROMINA - (Desesperada, beijando sua mão) Eu te amo, Max. Te amo tanto que chega a doer...

 

Inara e Marisol observam a cena, lágrimas escorrendo por seus rostos. Romina dá um beijo apaixonado na boca de Max, suas lágrimas se misturando. Max dá um último suspiro e seu corpo relaxa

 

ROMINA - (Gritando, em desespero) Não! Max, não! Por favor, não me deixa!

 

Ela segura o corpo sem vida de Max, balançando-o suavemente enquanto seu grito de dor ecoa pelo porão. Léo, ao ver a cena, entra em uma crise de pânico. Seus olhos arregalados, a respiração ofegante, ele tenta se levantar, mas suas pernas falham e ele cai de volta no chão, incapaz de suportar o peso de sua culpa.

 

LÉO - (Gritando, em pânico) O que eu fiz? O que eu fiz?!

 

Nesse momento, a porta do porão se abre com força. A polícia entra, junto com Juliano, que imediatamente se dirige a Romina. Os policiais rapidamente dominam Léo, algemando-o enquanto ele continua em estado de choque.

 

JULIANO - (Correndo até Romina) Romina! Meu Deus, Max... Ele está...

 

Romina, segurando o corpo de Max, olha para Juliano com olhos cheios de lágrimas e dor.

 

ROMINA - (Ainda chorando, sussurrando) Ele se foi, Juliano... Ele se foi...

 

Juliano, com o coração pesado, ajoelha-se ao lado de Romina, colocando uma mão reconfortante em seu ombro. A dor no rosto de Romina é avassaladora, suas lágrimas caindo sem parar enquanto ela acaricia o rosto sem vida de Max.

 

JULIANO - (Tentando confortá-la) Romina, eu sinto muito...

 

Romina apenas balança a cabeça, incapaz de falar, perdida em sua dor. Inara e Marisol são libertadas de suas amarras pelos policiais, e ambas observam a cena, ainda em choque e com lágrimas nos olhos.

 

SONOPLASTIA OFF





 

CENA 04. RIO DE JANEIRO. PLANO GERAL

Várias cenas do dia a dia no Rio de Janeiro. Em seguida um letreiro indicando a passagem de tempo de 1 mês é mostrado.

 

CENA 05. CEMITÉRIO. INT. MANHÃ

O céu está nublado, refletindo o tom sombrio da ocasião. O vento sopra suavemente, fazendo as árvores ao redor sussurrarem entre si. A câmera se move lentamente, capturando o ambiente melancólico. Romina, vestida de preto, caminha lentamente pelo cemitério. Ela segura uma rosa branca, seus passos são lentos e deliberados.

 

Romina finalmente chega à lápide de Max. Ela se ajoelha lentamente, a câmera focando nas lágrimas que começam a rolar pelo seu rosto. Ela toca a lápide com cuidado, como se pudesse sentir Max através da pedra fria.

 

ROMINA - (Com voz embargada) Max... aqui estou eu de novo, diante de você. É estranho como essa pedra fria é agora o lugar onde venho para sentir você mais perto.

 

Ela respira fundo, tentando controlar a emoção.

 

ROMINA - (Continuando, com voz trêmula) Eu trouxe essa rosa para você. Branca, pura... como o amor que sempre senti por você. É engraçado... não importa quantas vezes eu venha aqui, parece que a dor nunca diminui.

 

Ela coloca a rosa branca delicadamente sobre a lápide e fecha os olhos, como se estivesse tentando se lembrar de cada detalhe do rosto de Max.

 

ROMINA - (Com voz mais forte, mas ainda trêmula) Eu nunca pensei que estaria aqui, falando com você dessa maneira. Sempre imaginei que viveríamos uma vida longa juntos, criando Clarinha, realizando nossos sonhos. Mas a vida tem uma maneira cruel de nos surpreender, não é?

 

Romina ri amargamente, uma risada curta e sem alegria.

 

ROMINA - (Sussurrando) Eu ainda me lembro do nosso primeiro encontro... como você me olhou, como se eu fosse a única pessoa no mundo. Desde aquele momento, eu soube que minha vida nunca mais seria a mesma. Você trouxe luz, alegria, amor... e agora, tudo parece tão vazio sem você.

 

Ela passa a mão pela lápide, como se acariciasse o rosto de Max.

 

ROMINA - (Susurrando) Eu sinto sua falta, Max. Sinto falta do seu sorriso, do som da sua risada, do jeito que você me abraçava e fazia tudo parecer melhor. Sinto falta até das nossas brigas, porque pelo menos quando brigávamos, você estava aqui, vivo.

 

Ela olha para o céu, tentando encontrar forças.

 

ROMINA - (Em lágrimas) Eu prometi a Clarinha que iria cuidar dela, que seria forte. Mas, às vezes, é tão difícil.

 

Romina enxuga as lágrimas com as costas da mão, tentando se recompor.

 

ROMINA - (Com voz firme) Mas eu vou continuar. Vou continuar por você, por nós. Vou manter sua memória viva em cada momento, em cada sorriso de Clarinha, em cada passo que eu der. Porque você merece isso. Merece ser lembrado, amado, celebrado.

 

Ela se inclina e beija a lápide, um gesto de despedida e amor eterno.

 

ROMINA - (Com um sorriso triste) E quando eu estiver perdida, vou fechar os olhos e lembrar de você. Vou lembrar do seu amor, da sua força, e encontrar o caminho de volta. Porque você sempre será meu guia, meu amor eterno.

 

Romina se levanta lentamente, com os olhos fixos na lápide.

 

ROMINA - (Com voz suave) Até que nos encontremos novamente, Max. Eu te amo. Sempre amarei.

 

Ela dá um último olhar para a lápide e começa a se afastar, a câmera seguindo-a enquanto ela caminha pelo cemitério.

 

CENA 06. CEMITÉRIO. EXT. MANHÃ

Romina, ainda abalada, sai do cemitério com passos lentos. O vento suave brinca com as folhas das árvores, criando um sussurro melancólico. Ao se aproximar do portão de saída, ela avista Juliano, que está encostado em um dos pilares. Ele levanta a cabeça ao vê-la e se endireita, visivelmente preocupado.

 

JULIANO - Romina...

 

Ela para diante dele, com um olhar cansado mas acolhedor.

 

ROMINA - (Suspirando) Juliano...

JULIANO - (Com um tom suave) Como você está?

 

Romina olha para ele por um momento, seus olhos brilhando com lágrimas não derramadas. Ela solta um suspiro pesado, como se todas as palavras que precisava dizer estivessem presas em sua garganta.

 

ROMINA - (Com voz embargada) Sabe, Juliano... é como se uma parte de mim tivesse sido arrancada. Perder alguém que você ama é como sentir um vazio que nunca pode ser preenchido. Cada dia é uma luta para não ser engolida por essa dor, para continuar respirando, continuar vivendo...

 

Juliano observa Romina com uma expressão de dor e empatia. Ele dá um passo à frente, hesitando por um momento.

 

JULIANO - (Posicionando-se para abraçá-la) Romina, posso te dar um abraço?

 

Romina assente lentamente, e Juliano a envolve em um abraço caloroso. Ela se permite chorar um pouco, sentindo o conforto do abraço amigo.

 

ROMINA - (Soluçando levemente) Obrigada, Juliano... você não tem ideia de como isso ajuda.

 

Eles permanecem abraçados por um tempo, Juliano acariciando as costas de Romina de forma reconfortante. Ele se afasta um pouco, mantendo as mãos nos ombros dela.

 

JULIANO - (Com sinceridade) Romina, eu... eu sinto muito por tudo o que fiz. Eu nunca quis te machucar.

ROMINA - (Sorrindo tristemente) Eu sei, Juliano. O melhor que podemos fazer agora é esquecer. Todos cometemos erros.

 

Ela coloca uma mão sobre a dele, apertando-a levemente.

 

ROMINA - (Continuando) Eu gosto muito de você, mas como um irmão. Eu realmente espero que você encontre alguém que te faça feliz. Você merece isso, Juliano.

 

Juliano sente as lágrimas se formando, seus olhos marejados ao ouvir as palavras de Romina. Ele aperta a mão dela em resposta, sentindo o peso da despedida.

 

JULIANO - (Com voz embargada) Eu só quero que você seja feliz, Romina. E, se precisar de mim, sempre estarei aqui.

 

Romina sorri, embora as lágrimas continuem rolando pelo rosto.

 

ROMINA - (Empática) Obrigada, Juliano. Isso significa muito para mim.

 

Ela se afasta lentamente, deixando Juliano parado, observando-a. Ele assiste enquanto ela se afasta, sua figura ficando menor a cada passo. O vento continua a soprar.

 

JULIANO - (Murmurando para si mesmo) Fique em paz, Romina...

 

Ele observa até que ela desapareça de vista.

 

CENA 07. PRAIA. MANHÃ

Marsala está parada na beira da água, observando o horizonte com um sorriso nostálgico. O vento brinca com seus cabelos, e o som do mar parece acalmar sua alma. De repente, ela sente uma presença familiar ao seu lado.

 

MARSALA - (Sussurrando) Gerson...

 

Ela se vira lentamente e vê o fantasma de Gerson, sua figura translúcida brilhando com uma luz suave. Ele sorri para ela, com o olhar cheio de carinho e amor.

 

GERSON - (Docemente) Marsala, querida.

 

Marsala sorri, embora seus olhos brilhem com lágrimas. Ela dá um passo em direção a ele, como se quisesse tocá-lo.

 

GERSON - (Com emoção) Eu passei para me despedir. Chegou a hora de seguir o meu caminho.

 

Marsala assente, sentindo a verdade das palavras dele.

 

MARSALA - (Com uma voz trêmula) Eu sei. E quero que saiba que sou eternamente grata pelo amor que compartilhamos. Você foi o grande amor da minha vida, Gerson. Espero que seu caminho do outro lado seja cheio de luz e paz.

 

Gerson se aproxima mais, seu olhar ainda mais intenso.

 

GERSON - (Empático) Marsala, eu quem tenho que agradecer. Foi uma honra viver os últimos 20 anos ao lado de uma mulher incrível como você. Seu amor, sua força... você me fez o homem mais feliz.

 

Ele estende a mão, e embora seja apenas um fantasma, Marsala sente um calor reconfortante.

 

GERSON - (Continuando) Preciso que você seja feliz, Marsala. Sua felicidade me trará paz onde quer que eu esteja. Prometa que vai viver cada dia com alegria e amor.

 

Marsala deixa uma lágrima cair, mas seu sorriso é sereno e cheio de aceitação.

 

MARSALA - (Empática) Eu prometo, Gerson. Vou viver por nós dois. E sempre me lembrarei de você com amor e gratidão.

 

Eles compartilham um olhar final de profunda conexão. De longe, Marsala vê uma figura se aproximando. É Alejandro, caminhando em direção a ela com um sorriso esperançoso.

 

GERSON - (Sussurrando) Falando em felicidade, a sua está vindo a seu encontro nesse momento.

 

Marsala observa Alejandro, sentindo uma nova esperança se acender em seu coração. Ela se vira para Gerson, dando um último sorriso cheio de amor e gratidão.

 

MARSALA - (Suavemente) Eu sei que será assim. Tenho fé que meu caminho ainda está cheio de amor e alegria. Obrigada, Gerson, por tudo.

 

Gerson acena com a cabeça, sua figura começando a desvanecer lentamente.

 

GERSON - (Desaparecendo) Adeus, minha querida. Seja feliz.

 

Marsala observa enquanto Gerson desaparece, sentindo uma paz profunda. Ela se vira para Alejandro, que está agora muito próximo, e sorri para ele.

 

ALEJANDRO-  (Com um sorriso) Marsala, ¿cómo estás?

MARSALA - (Sorrindo) Agora, tudo está bem.

 

Marsala segura a mão de Alejandro e o guia por uma caminhada pela praia.

 

CENA 08. RIO DE JANEIRO. PLANO GERAL

Sonoplastia on: “My All – Mariah Carey

 

PLANO GERAL

A câmera abre com um plano geral deslumbrante do Rio de Janeiro ao entardecer. O céu começa a tingir-se de tons de laranja, rosa e dourado, enquanto o sol se prepara para se pôr. As águas tranquilas da Baía de Guanabara refletem as cores do céu, criando uma cena de tirar o fôlego.

 

VISTA AÉREA

A câmera sobrevoa o Pão de Açúcar, capturando os bondinhos que se movem lentamente, carregando turistas maravilhados com a vista panorâmica. A música de Mariah Carey começa suavemente, seu tom melódico complementando a serenidade da cena.

 

CLOSE NO CRISTO REDENTOR

O Cristo Redentor é mostrado em close, seus braços abertos como se abençoassem a cidade. A luz dourada do sol poente ilumina a estátua, criando um halo divino ao redor de sua cabeça.

 

PANORÂMICA DAS PRAIAS

A câmera faz uma panorâmica sobre as praias de Copacabana e Ipanema, onde os banhistas aproveitam os últimos raios de sol. As ondas quebram suavemente na areia, e as barracas de praia começam a acender suas luzes, preparando-se para a noite que se aproxima.

 

VISTA DA LAGOA RODRIGO DE FREITAS

A câmera se move para a Lagoa Rodrigo de Freitas, onde pedalinhos navegam preguiçosamente sobre a água. Os prédios ao redor começam a refletir as cores do pôr do sol, criando uma vista deslumbrante.

 

CLOSE NAS FAVELAS

As favelas são mostradas com carinho, suas cores vibrantes destacando-se na encosta dos morros. As luzes das casas começam a acender, parecendo estrelas que piscam na terra.

 

FOCO NO CENTRO DA CIDADE

 O centro da cidade é capturado com seus prédios históricos e modernos contrastando, enquanto o trânsito começa a diminuir. As pessoas passeiam pelas calçadas, desfrutando da brisa fresca da tarde.

 

PLANO ABERTO DAS MONTANHAS

A câmera se move para um plano aberto das montanhas que cercam a cidade, com a Floresta da Tijuca em destaque. A música de Mariah Carey atinge uma nota alta, sincronizando-se com a grandeza das montanhas e a paz que elas transmitem.

 

ENCERRAMENTO

A câmera retorna ao plano geral do Rio de Janeiro, capturando toda a cidade enquanto o sol se põe lentamente no horizonte. As luzes da cidade começam a brilhar, preparando-se para a noite. A música de Mariah Carey termina suavemente, deixando uma sensação de tranquilidade e beleza duradoura.

 

CENA 09. MANSÃO DE JULIANO. INT. NOITE

Juliano nervoso, bate à porta da imponente mansão. Ele respira fundo enquanto aguarda ansiosamente. Finalmente, a porta se abre e Inara aparece, com uma expressão séria, mas também compreensiva.

 

INARA - (com um sorriso forçado) Juliano... Entre.

 

Juliano entra com certo desconforto. Ele se vira para Inara, que o observa atentamente.

 

JULIANO - (sem jeito) Oi, Inara...

INARA - (séria) Oi, Juliano. Sente-se.

 

Juliano se senta, nervoso, enquanto Inara vai até uma mesa próxima e pega um envelope. Ela se aproxima e entrega o envelope a Juliano, que o observa com curiosidade.

 

JULIANO - O que é isso?

INARA - (firme) São os papéis do divórcio e da guarda de Clarinha para Romina. Para você assinar.

 

Juliano fica chocado com a revelação, não esperava que Inara tomasse essa decisão tão rapidamente.

 

JULIANO - (surpreso) Inara, eu...

INARA - (interrompendo) Eu já refleti bastante sobre isso, Juliano. E acredito que é o melhor para todos nós. Agora, sem Max, você e Romina podem seguir em frente juntos.

 

Juliano abaixa a cabeça, absorvendo as palavras de Inara.

 

JULIANO - (com tristeza) Eu amo a Romina, mas entendi que nós nunca ficaremos juntos.

INARA - (com compaixão) Isso não importa agora, Juliano. O que importa é que eu desejo sinceramente a sua felicidade.

 

Emocionados, Juliano e Inara se abraçam, compartilhando um momento de compreensão mútua.

 

INARA - (afastando-se) Eu vou desocupar a mansão em breve. Não se preocupe, não quero nada seu.

 

Juliano olha para Inara, com gratidão e tristeza misturadas em seus olhos.

 

JULIANO - (com sinceridade) Eu vou te ajudar, Inara. Com dinheiro, ou... o que precisar.

INARA - (com um sorriso fraco) Por favor, não. Eu quero recomeçar do zero. Já distribuí alguns currículos e assim que conseguir um emprego, vou embora.

 

Juliano assente, respeitando a decisão de Inara.

 

CENA 10. MANSÃO DE MARISOL. QUARTO DE HÓSPEDES. NOITE

Marisol entra no quarto de hóspedes com uma bandeja contendo um lanche simples. Ela sorri ao ver Romina deitada na cama.

 

MARISOL - Romina, trouxe algo para você comer.

ROMINA - (não olha para Marisol) Não estou com fome.

MARISOL - (senta-se ao lado de Romina) Eu sei que é difícil, querida, mas você precisa tentar reagir.

 

Marisol entrega a bandeja a Romina, que a recusa novamente.

 

MARISOL - Dói ver duas mulheres que eu tanto admiro passando por isso.

ROMINA - (sem entender) Duas mulheres? Do que você está falando, Marisol?

MARISOL - Eu estava conversando com Inara mais cedo. Ela está decidida a dar o divórcio a Juliano e recomeçar do zero.

 

Romina fica surpresa com a notícia, mas mantém a compostura.

 

ROMINA- Até que enfim ela tomou vergonha naquela cara e decidiu se valorizar.

MARISOL – Romina...

ROMINA - E a Clarinha? Ela disse algo sobre minha filha?

MARISOL - (negando com a cabeça) Não, não mencionou nada sobre Clarinha. Mas é mais um motivo para você tentar se manter forte.

 

Marisol sorri, tentando animar Romina.

 

MARISOL - Além disso, logo teremos que arranjar um jeito de nos virarmos. O dinheiro dos diamantes já se foi e as contas estão no vermelho.

 

A preocupação toma conta do semblante de Romina.

 

ROMINA - (passando a mão na cabeça) Isso é péssimo...

MARISOL - (sorrindo) Mas não precisa se preocupar. Nós podemos dar um jeito juntas. Inclusive, pensei que poderíamos até convidar a Inara.

ROMINA - (debochando) Você quer dizer um negócio com a Inara? Nem em sonho, Marisol.

 

Marisol a olha sorrindo.

 

CENA 11. RIO DE JANEIRO. PLANO GERAL

Do plano aéreo são mostradas as mais diversas paisagens do Rio de Janeiro até o amanhecer.

 

CENA 12. INTERIOR DO RIO DE JANEIRO. FAZENDA. DIA

Simas está radiante na fazenda que acabou de comprar, olhando ao redor com um sorriso enorme no rosto.

 

SIMAS - (cheio de orgulho) Olha só, Gabriela! Esse é o nosso pedaço de paraíso! Não é incrível?

 

Gabriela se aproxima dele e o beija, compartilhando sua felicidade.

 

GABRIELA - (sorrindo) É maravilhoso, Simas! Estou tão feliz por você, meu amor.

Simas, então, a rodopia no ar, transbordando alegria.

SIMAS - E eu estou feliz por nós dois, Gabriela. Mais do que feliz, estou extasiado! E sabe por quê?

Gabriela, curiosa, olha para ele, aguardando sua resposta.

SIMAS - Porque além de ter realizado meu sonho de ter essa fazenda, estou com a mulher mais maravilhosa do mundo e ainda temos um bebezinho a caminho!

 

Ele coloca a mão na barriga de Gabriela, demonstrando todo seu amor e carinho pelo bebê que estão esperando.

 

GABRIELA - (feliz) Mal posso esperar para conhecer nosso filhinho, Simas.

Neste momento, Selena aparece, interrompendo o momento romântico com seu jeito peculiar.

SELENA - (ironicamente) Ah, que lindo! Mas você não pode esquecer da sua sogrinha, Simas. Eu sou uma cruz que você vai carregar para sempre!

 

Selena solta uma risada sarcástica, enquanto Simas e Gabriela trocam olhares cúmplices.

 

SIMAS - (sorrindo) Sempre tão autêntica!

 

A cena termina com todos rindo juntos, em meio à felicidade e descontração desse momento.

 

CENA 13. CLÍNICA PSIQUIÁTRICA. JARDIM. MANHÃ

Leo, com olhos vazios e expressão desorientada, caminha pelo pátio do hospício enquanto os raios de sol banham o local. Seu cabelo está desgrenhado e sua roupa desleixada. Ele parece estar em um mundo próprio, distante da realidade.

 

LÉO - (desnorteado) Max? Max! Onde você está?

 

Ele anda de um lado para o outro, abordando outros pacientes com um olhar agitado e desesperado.

 

LÉO - (aos outros pacientes) Você viu meu filho? Ele tem que estar por aqui. Preciso encontrá-lo antes que seja tarde demais.

 

Os pacientes olham para ele com indiferença ou medo, sem entender suas palavras desconexas.

 

LÉO - (incoerente) Tenho que ir para Londres continuar os golpes. Não posso ir sem ele. Alguém pode matá-lo aqui no Brasil. Não... não podemos deixar isso acontecer.

 

Ele continua sua busca frenética, ignorando os olhares curiosos dos outros pacientes e as tentativas dos enfermeiros de acalmá-lo.

 

LÉO - (cada vez mais agitado) Max! Por favor, apareça! Preciso de você... não posso fazer isso sozinho...

 

Cansado e exausto, Leo finalmente se ajoelha no chão, olhando para o céu.

 

LÉO - (gritando) Filhooooo...

 

Seu grito ecoa pelo pátio do hospício, misturando-se com o silêncio perturbador do local. Leo permanece ajoelhado, perdido em seus próprios pensamentos sombrios.

 

CENA 14. PLANO GERAL

No céu aves aparecem voando de um lado para o outro. Nesse momento um letreiro indicando a passagem de tempo de um ano é mostrado.

 

CENA 15. LIVRARIA. INT. TARDE

Juliano está sentado em uma mesa decorada com exemplares de seu livro, "Memórias de uma Amizade", enquanto uma fila de fãs ansiosos se estende ao seu redor, segurando cópias do livro para autógrafos. Ele sorri e cumprimenta cada pessoa que se aproxima, irradiando felicidade e gratidão.

 

VOZ DE JULIANO (NARRANDO) - (ao fundo, em voz emotiva)

Olá, queridos amigos. Aqui estou eu, Juliano, realizando um sonho que jamais imaginei ser possível. Me tornei um escritor, contando a história da minha amizade inesquecível com Paty Lisboa. E que jornada tem sido!

 

Enquanto Juliano fala, a cena se mescla com imagens dele autografando os livros, compartilhando sorrisos e conversas breves com os fãs que o abordam.

 

VOZ DE JULIANO  (NARRANDO) - (ao fundo, com entusiasmo)

O livro tem sido um sucesso estrondoso, graças ao apoio e carinho de cada um de vocês. Obrigado por fazerem parte dessa jornada comigo.

 

Enquanto Juliano continua a distribuir autógrafos, sua voz narrando prossegue, revelando um aspecto mais íntimo de sua vida.

 

VOZ DE JULIANO (NARRANDO) - (ao fundo, com um toque de humor)

Agora, quanto ao amor... Bem, ainda não encontrei a mulher dos meus sonhos. Mas não desisto, estou sempre em busca dela. Quem sabe um dia...?

 

A câmera mostra o rosto de Juliano, seu olhar transmitindo determinação e esperança, mesmo diante das incertezas do futuro.

 

VOZ DE JULIANO (NARRANDO) - (ao fundo, com nostalgia)

Enquanto isso, a vida segue seu curso. Mas vez ou outra, me pego pensando no destino de três mulheres que marcaram minha vida de maneiras diferentes. O que terá acontecido com Romina, Marisol e Inara? Desde aquele dia, nunca mais ouvi falar delas...

 

A cena se encerra com Juliano sorrindo para a câmera.

 

CENA 16. APARTAMENTO DE ROMINA. PORTUGAL. NOITE

Romina entra no apartamento, fechando a porta atrás de si.

 

ROMINA - (animada) Onde está o amor da minha vida?

 

Clarinha, sua filha, surge correndo e sorridente em sua direção. Romina se abaixa para abraçá-la e a enche de beijos, enquanto Clarinha ri feliz.

 

ROMINA - (abraçando Clarinha) Ah, minha princesa! Como eu amo esse sorriso.

 

Valfredo aparece na sala, sorrindo para a cena.

 

VALFREDO - (rindo) Parece que alguém está muito feliz em vê-la.

 

Romina se levanta e sorri para Valfredo.

 

ROMINA - (sorrindo) Esse sorriso da minha pequena é meu combustível.

VALFREDO - (animado) Ficamos a tarde toda brincando, não é, Clarinha?

 

Clarinha assente, ainda sorrindo, enquanto Romina sorri para ela e depois para Valfredo.

 

ROMINA - (olhando para o relógio) Preciso tomar um banho rápido e me arrumar. Tenho um trabalho e já estou atrasada ...

 

Valfredo assente, compreendendo.

 

VALFREDO - Eu preparo um lanche enquanto você se arruma.

 

Romina agradece com um aceno de cabeça enquanto corre em direção ao banheiro.

 

ROMINA - (gritando do banheiro) Valfredo, separa meu vestido vermelho de gala, por favor!

 

Valfredo ri e acena com a cabeça

 

SONOPLASTIA ON ATÉ A ÚLTIMA CENA : “ A HISTÓRIA DE LILY BRAUN – MARIA GADÚ

 

CENA 17. PORTUGAL. PLANO GERAL. NOITE

Nos miradouros espalhados pela cidade, as vistas panorâmicas são simplesmente deslumbrantes. À luz da lua, é possível ver os telhados de terracota se estendendo até o horizonte, enquanto ao longe o rio serpenteia pela paisagem, refletindo as luzes da cidade.

 

 

CENA 18. AUDITÓRIO. HOTEL. PORTUGAL. NOITE

Romina entra no auditório principal do luxuoso hotel, e imediatamente os olhares se voltam para ela. Ela irradia elegância e sofisticação em seu vestido deslumbrante, que abraça suas curvas de forma impecável. Seus cabelos estão perfeitamente arrumados em um coque elaborado, e seu andar é seguro e gracioso.

 

À medida que ela avança pelo salão, aplausos calorosos e sussurros de admiração acompanham seus passos. Romina mantém a postura impecável, mantendo um sorriso gentil nos lábios enquanto a luz dos lustres luxuosos dança sobre sua pele.

 

Entre a multidão, Marisol e Inara observam Romina discretamente. Inara, sempre pronta para fazer um comentário ácido, sussurra para Marisol sobre a pontualidade duvidosa de Romina, chamando-a de vagabunda. Marisol, mais cautelosa, pede que Inara não chame a atenção.

 

Romina, sem se deixar abalar pelos comentários indelicados que ecoam em seu ponto eletrônico, continua avançando com confiança em direção ao palco.

 

CENA 19. AUDITÓRIO. HOTEL. PORTUGAL. NOITE

O telão se ilumina com uma imagem magnífica do Cristo Redentor, enquanto Romina termina de passar o vídeo com um sorriso satisfeito.

 

ROMINA - (no microfone, com confiança) Senhoras e senhores, o momento que todos esperavam chegou. Alguém aqui está prestes a fazer a compra de uma das sete maravilhas do mundo moderno por um preço abaixo do que ele realmente vale.

 

Um murmúrio de excitação percorre a plateia enquanto as pessoas se preparam para participar do leilão.

 

ROMINA - (continuando) Então, sem mais delongas, que comecem os lances!

 

As ofertas começam a ser feitas em euros, com Romina habilmente instigando ofertas cada vez mais altas. Enquanto isso, Marisol, com sua elegância inconfundível, toma um gole de champanhe e se levanta, dirigindo-se para a frente do palco com confiança.

 

MARISOL - (com um sorriso sedutor) Cinco milhões de euros!

 

A plateia murmura, impressionada com a ousadia da oferta de Marisol. Mas antes que o leilão possa avançar, Inara, determinada e decidida, também se levanta e se une ao jogo.

 

INARA - (com determinação) Dez milhões de euros!

 

A surpresa toma conta do auditório enquanto Romina, Marisol e Inara mantêm suas posturas.

 

ROMINA - (no palco, com um tom desafiador) Não posso acreditar que, com tantos cavalheiros presentes, uma mulher tenha sido a mais corajosa e vai arrematar os direitos sobre esse patrimônio incrível.

 

Um silêncio tenso se instala no local, enquanto Romina, Marisol e Inara trocam olhares nervosos.

 


O momento de silêncio tenso é rompido quando um homem elegante, vestido impecavelmente em um terno sob medida, se levanta com uma expressão confiante e altiva. Ele ergue a cabeça com orgulho, capturando a atenção de todos no auditório.

 

HOMEM - (com voz firme e determinada) Trinta milhões de euros... em espécie!

 

Um murmúrio coletivo de surpresa se espalha pela plateia quando o homem elegante abre uma maleta, revelando pilhas de notas de euro, reluzindo à luz do ambiente. Os olhos de todos se arregalam diante da visão do dinheiro em frente deles.

 

Romina, com um sorriso astuto, segura o martelo de leilão e olha para o homem elegante com admiração disfarçada. Ela sabe que essa é a oferta que vai encerrar o leilão e garantir o sucesso do seu plano.

 

ROMINA - (com satisfação) O Cristo Redentor está oficialmente vendido.

 

Com um golpe cerimonioso do martelo, Romina encerra o leilão, selando o destino do Cristo Redentor. A plateia irrompe em aplausos, reconhecendo a magnitude do momento histórico.

 

O homem elegante recebe os aplausos com um sorriso modesto, enquanto Romina, Marisol e Inara trocam olhares de cumplicidade e triunfo.

 

Romina respira fundo, sentindo o peso do sucesso do seu plano, e pega uma taça de champanhe. Ela brinda discretamente com Marisol e Inara, celebrando silenciosamente o sucesso da sua astúcia e determinação.

 

CENA 20. BAR. INT. MADRUGADA

O lugar é aconchegante, com uma decoração vintage e luzes coloridas. As mesas estão cheias de pessoas rindo e conversando, criando uma atmosfera vibrante e festiva. Romina, Marisol e Inara estão sentadas juntas em uma mesa central, brindando com taças de champanhe e sorrindo. Há uma sensação de vitória e liberdade no ar.

 

Romina - (rindo): Nunca pensei que a gente conseguiria vender o Cristo Redentor! Foi uma loucura, meninas!

Marisol - (brincando, tomando um gole de champanhe): Acho que é seguro dizer que entramos para a história como as maiores golpistas do século!

Inara - (com um sorriso travesso): E, pelo visto, ainda somos ótimas atrizes. Aquele homem com a mala de dinheiro nunca suspeitou de nada.

 

As três caem na gargalhada, e Inara quase derruba sua taça de champanhe de tanto rir. Romina olha ao redor e vê um homem vestido de palhaço passando com uma bandeja cheia de drinks coloridos.

 

Romina - Esperem, vou pedir uma rodada daquelas bebidas malucas pra gente. Afinal, a noite é nossa!

 

Romina levanta a mão e chama o palhaço, que se aproxima com um sorriso largo e exagerado.

 

Palhaço - (com uma voz engraçada): O que posso servir para essas três damas lindas?

Romina - Três daquelas bebidas coloridas, por favor! Hoje é dia de comemorar em grande estilo.

 

O palhaço entrega os drinks e faz uma pequena performance com malabarismo de garrafas, arrancando risos da mesa e das pessoas ao redor. As três amigas pegam os drinks e brindam novamente.

 

Marisol - Sabe, quando começamos essa jornada, eu nunca imaginei que acabaríamos em um bar em Lisboa, juntas, poderosas e comemorando.

Inara - (fazendo uma careta engraçada): Quem diria que o maior golpe das nossas vidas terminaria assim? Com champanhe e drinks coloridos!

Romina - Acho que merecemos essa celebração. Passamos por tanto, mas no fim das contas, aqui estamos. Unidas e vitoriosas.

 

Elas tomam um gole de seus drinks e Romina olha para Inara e Marisol com um brilho nos olhos.

 

Inara - E agora, qual será o próximo grande plano? Não podemos parar por aqui!

Marisol – (curiosa) Aposto que Romina já está matutando algo...

Romina - (sorrindo) Ah minhas golpistinhas... Aguardem, pois o que vem por aí, vai abalar ainda mais todas as estruturas!

 

O palhaço reaparece, agora acompanhado por um grupo de mariachis que começa a tocar uma música animada. As três amigas se levantam, puxando o palhaço para dançar com elas. A música aumenta e logo todo o bar está dançando e cantando junto.

 

A cena se transforma em uma festa improvisada, cheia de alegria e diversão.

 

Enquanto dançam e riem, Romina, Marisol e Inara compartilham um olhar de cumplicidade e amizade, sabendo que, independentemente dos desafios que enfrentaram, encontraram algo inestimável: a força e o apoio umas das outras.

 

O clima de celebração continua, e a câmera se afasta lentamente, mostrando o bar cheio de pessoas felizes e dançando, com as três no centro de tudo, aproveitando cada momento.

 

Neste momento, a cam foca no palhaço, de longe, observando Romina, Marisol e Inara de maneira suspeita.

 

fade to black

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