Uma
Novela de
Carlos Henrique
Vinhedo
do Amor - Capítulo 03
No Capítulo
Anterior...
Carolina estava perto de uma cômoda, onde ela tinha
deixado a cesta onde trouxe Ana Paula. Carolina acaba sem querer derrubando a
cesta, fazendo com que o pingente que havia dentro caia e se abra, mostrando o
nome Ana Paula. Carolina apanha o pingente.
Carolina (desconfiada): O que é isso? (T) Um pingente?!
Carolina percebe que dentro estava escrito algo, ela olha
e lê.
Carolina: Ana Paula? (T) Esse é o seu nome?
(Fala Carolina olhando para Ana Paula e ao mesmo tempo segurando o pingente)
Fique
Agora Com o Capítulo de Hoje.
Cena 1: Bela Rosa –
Fazenda Louvier – Quarto de Casal – 1993 – Manhã
Eduardo chega no quarto e percebe Carolina segurando
algo.
Eduardo: O que é isso meu amor?
Carolina: Um pingente que achei dentro da cesta
onde encontramos a criança, dentro dele está escrito Ana Paula, será que esse é
o nome dela?
Eduardo: Se está escrito deve ser, agora,
porque será que quem abandonou deixou esse pingente?
Carolina com um sorriso no rosto, tira a criança do
carrinho de bebê e a segura.
Carolina (sorridente): Não sei, mas a partir de hoje já temos
um nome para nossa pequena! (T) Ana Paula, é assim que ela vai se chamar!
Cena 2: Bela Rosa –
Cabana de Isabel – 1993 – Manhã
Rebeca: Isabel, as buscas pela Ana Paula já
começaram! Vão a procurar por toda Bela Rosa.
Isabel (nervosa): E se não a encontrarem tia Rebeca? O
que eu vou fazer?
Rebeca: Não pense nisso minha sobrinha! Você
vai ver que tudo vai dar certo!
Cena 3: Fazenda Louvier
– Sala de Estar – Entrada – 1993 - Manhã
Alguém bate na porta da fazenda, Eduardo vai atender,
enquanto Carolina desce as escadas.
Eduardo abre a porta e dá de cara com um policial.
Eduardo: Delegado? Aconteceu algo para o senhor
estar aqui?
Delegado (Flávio): Bom dia Eduardo! Eu vim perguntar se
você sabe algo sobre o desaparecimento de uma recém-nascida, sabe algo a
respeito?
Carolina fica assustada ao ouvir a notícia, ela vai até a
porta onde estavam Eduardo e o Delegado Robert, e antes de Eduardo falar algo,
ela o interrompe.
Eduardo: Si...
Carolina (mentindo): Não delegado! Não sabemos de nada! Me
desculpem pela falta de educação! Sem querer acabei escutando a conversa.
Delegado (Flávio): Então, muito obrigado! E se tiverem
notícias, me avisem!
Carolina dá um sorriso falso e fecha a porta, e logo após
a tranca.
Eduardo (nervoso): Carolina! Você ficou louca de vez? E
se eles resolvessem entrar aqui para investigar?
Carolina: Eu não vou entregar a Ana Paula, se os
pais a abandonaram, é porque não quiseram ela! E se alguém perguntar, falamos
que adotamos ela em um orfanato! Fim!
Carolina nervosa sobe as escadas e Eduardo fica
pensativo.
Cena 4: Bela Rosa –
Fazenda Bustamante – 1993 – Manhã
Lúcia
entra na sua casa silenciosamente e olhando para todos os lados, cuidadosamente
ela sobre o primeiro degrau da escada, Armando chega por suas costas e a
questiona.
Armando: Procurando por mim Lúcia?
Lúcia
assustada, põe a mão no peito e se vira.
Lúcia (nervosa): Que susto papai! O que faz aqui a
essas horas?
Armando: Como assim a essas horas? Já é de
manhã, não percebeu o tempo passar? (T) O que você estava fazendo na cidade?
Lúcia: Cidade? Que cidade?
Armando (desconfiado): Você não disse para a Lucrécia que
iria até a cidade?
Lúcia: Sim! Estava querendo dar uma
passadinha lá para visitar algumas amigas.
Armando: Avise a Lucrécia que leve um chá até
meu quarto! Desde que acordei, minha cabeça não para de doer!
Lúcia
vai até a cozinha chamar Lucrécia, enquanto Armando sobe para seu quarto.
Cena 5: Bela Rosa –
Cabana de Isabel – 1993 – Tarde
Alguém
bate na porta da cabana de Isabel. Rebeca, sua tia, vai atender. Rebeca abre e
dá de cara com o Delegado.
Delegado (Flávio): Senhora Rebeca, eu e minha equipe já
rondamos por Bela Rosa inteira e não a achamos. Tudo afirma que o esposo de sua
sobrinha, ao fugir, sumiu junto com ela. Eu sinto muito.
Rebeca
faz uma expressão de preocupada, lágrimas escorrem do seu rosto. Ela fecha a
porta de sua casa e vai até Isabel, que estava deitada.
Rebeca (nervosa): Isabe...
Isabel (chorando): Eu ouvi tudo tia Rebeca! Não
encontraram a Ana Paula, o Camilo a levou!
Rebeca olha para a sobrinha com pena.
Rebeca: Mas não vamos perder as esperanças,
vai que...
Isabel
(nervosa/gritando): Vai
que o que tia Rebeca? O Camilo, matou a minha filha!
Isabel
cai no choro e sua tia a conforta.
Isabel (chorando/decidida):
Tia Rebeca, eu já
tomei uma decisão! Eu quero recomeçar minha vida! Eu não aguento mais pensar em
tudo que aconteceu, eu não aguento! Amanhã mesmo, com minhas economias,
viajamos para Puebla!
Cena 6: Fazenda
Borges – Sala de Estar – 1993 - Tarde
Helena
está descendo as escadas de sua casa com a ajuda de Edmundo, ela alisa sua barriga
passando a mão. Marcelo, filho de Helena e Edmundo estava no jardim da casa.
Edmundo (feliz): Falta tão pouco tempo para nosso
segundo filho nascer!
Helena (feliz): E se dessa vez for uma menininha? Qual
nome você daria para ela?
Edmundo: Lívia! E se for menino, Vitor!
Helena: Dois nomes lindos! (T) Você sabe onde
está o Marcelo, amor?
Edmundo: Não sei, deve estar brincando no
jardim!
Edmundo
começa a sentir dores no peito, Helena fica preocupada.
Helena (preocupada): Meu amor, você está bem?
Edmundo: Sim, não se preocupe...
Edmundo
começa a tossir bastante, ele põe a mão no seu peito e cai desmaiado no chão.
Helena entra em desespero.
Helena
(nervosa/gritando): SOCORROOOO!
Alguém me ajuda!
Marcelo
entra correndo na sala, logo após a empregada Cecília entra.
Marcelo (nervoso): PAI! O QUE ACONTECEU?
Helena
e Marcelo entram em desespero. A empregada disca o número da ambulância e dá os
dados do local.
Cena 7: Fazenda
Louvier – Quarto de Carolina e Eduardo – 1993 - Tarde
Escondida, Raquel entra no quarto de sua mãe e seu pai, onde está Ana Paula.
Raquel (raivosa): Criança infeliz! Maldita hora em que meus pais foram te encontrar!
Raquel ouve alguém mexendo a maçaneta da porta, ela olha para os lados e pensa em se esconder, sua mãe Carolina abre a porta e se assusta ao ver a filha lá dentro.
Carolina: O que faz aqui Raquel?
Raquel (nervosa): Eu... estava procurando um brinco meu, pensei que poderia ter caído aqui, mas, não achei!
Raquel sai do quarto e Rebeca fica desconfiada.
Cena 8: Bela Rosa - Cabana de Isabel - 1993 - Noite
Rebeca está colocando suas roupas e as de Isabel dentro de uma mala velha.
Isabel (decidida): Amanhã mesmo vamos tia Rebeca! Vai ser um novo recomeço, para nós duas!
Rebeca abraça Isabel e as duas se emocionam.
Cena 9: Puebla - Hospital - 1993 - Noite
Edmundo é internado em um hospital na cidade de Puebla. Helena, Marcelo e o Doutor estão na mesma sala que ele, esperando alguma reação.
Porque você Edmundo? Porque?
Helena (chorando): Porque você Edmundo? Porque você?
Doutor: Senhora Helena, me acompanhe até a recepção, vamos pegar um chá para acalmar a senhora.
Helena preocupada, sai da sala acompanhada por doutor. Marcelo fica a espera de sua mãe, enquanto isso, ele percebe seu pai se mexer.
Marcelo (esperançoso): Pai?
Edmundo (inconsciente): Onde estou?
Marcelo: No hospital, você desmaiou! (T) papai, de melhor eu chamar o doutor!
Edmundo (sem forças): Filho, fica aqui comigo!
Marcelo fica emocionado com o chamado do pai e resolve ficar mais ele.
Marcelo (chorando): Claro pai!
Edmundo: Não chore! (T) Filho, quero que saiba que eu sempre te amei, e sempre vou amar! Queria te faar uma coisa, nunca desista dos seus sonhos, e o mais importante, sempre escute seu coração!
Marcelo (emocionado): Pai, porque está me dizendo isso?
Edmundo: Porque eu te amo! Filho, de alguma coisa acontecer comigo, saiba que eu nunca vou esquecer de você, nem mesmo depois da morte!
Marcelo (chorando): Pai, você não vai morrer! Não vai!
Edmundo com muito esforço, segura a mão de Marcelo. Marcelo deita sua cabeça sobre o pai. O coração de Marcelo vai ficando mais fraco a cada segundo. A máquina apita, e Edmundo morre.
Marcelo (chorando/gritando): Não, não pode ser! PAAAAAAAAAAAAAAAAAAAI!
Foco na expressão de sofrimento de Marcelo, a imagem congela, bordas beges circulam a fotografia, aparecem alguns desenhos de cachos de uvas avermelhados.
Escondida, Raquel entra no quarto de sua mãe e seu pai, onde está Ana Paula.
Raquel (raivosa): Criança infeliz! Maldita hora em que meus pais foram te encontrar!
Raquel ouve alguém mexendo a maçaneta da porta, ela olha para os lados e pensa em se esconder, sua mãe Carolina abre a porta e se assusta ao ver a filha lá dentro.
Carolina: O que faz aqui Raquel?
Raquel (nervosa): Eu... estava procurando um brinco meu, pensei que poderia ter caído aqui, mas, não achei!
Raquel sai do quarto e Rebeca fica desconfiada.
Cena 8: Bela Rosa - Cabana de Isabel - 1993 - Noite
Rebeca está colocando suas roupas e as de Isabel dentro de uma mala velha.
Isabel (decidida): Amanhã mesmo vamos tia Rebeca! Vai ser um novo recomeço, para nós duas!
Rebeca abraça Isabel e as duas se emocionam.
Cena 9: Puebla - Hospital - 1993 - Noite
Edmundo é internado em um hospital na cidade de Puebla. Helena, Marcelo e o Doutor estão na mesma sala que ele, esperando alguma reação.
Porque você Edmundo? Porque?
Helena (chorando): Porque você Edmundo? Porque você?
Doutor: Senhora Helena, me acompanhe até a recepção, vamos pegar um chá para acalmar a senhora.
Helena preocupada, sai da sala acompanhada por doutor. Marcelo fica a espera de sua mãe, enquanto isso, ele percebe seu pai se mexer.
Marcelo (esperançoso): Pai?
Edmundo (inconsciente): Onde estou?
Marcelo: No hospital, você desmaiou! (T) papai, de melhor eu chamar o doutor!
Edmundo (sem forças): Filho, fica aqui comigo!
Marcelo fica emocionado com o chamado do pai e resolve ficar mais ele.
Marcelo (chorando): Claro pai!
Edmundo: Não chore! (T) Filho, quero que saiba que eu sempre te amei, e sempre vou amar! Queria te faar uma coisa, nunca desista dos seus sonhos, e o mais importante, sempre escute seu coração!
Marcelo (emocionado): Pai, porque está me dizendo isso?
Edmundo: Porque eu te amo! Filho, de alguma coisa acontecer comigo, saiba que eu nunca vou esquecer de você, nem mesmo depois da morte!
Marcelo (chorando): Pai, você não vai morrer! Não vai!
Edmundo com muito esforço, segura a mão de Marcelo. Marcelo deita sua cabeça sobre o pai. O coração de Marcelo vai ficando mais fraco a cada segundo. A máquina apita, e Edmundo morre.
Marcelo (chorando/gritando): Não, não pode ser! PAAAAAAAAAAAAAAAAAAAI!
Foco na expressão de sofrimento de Marcelo, a imagem congela, bordas beges circulam a fotografia, aparecem alguns desenhos de cachos de uvas avermelhados.
Obrigado pelo seu comentário!