7° Episódio [PENÚLTIMO ESPISÓDIO]
(CENA 1 – Noite / Aeroporto de Guarulhos)
P.O.V Kauan
Kauan – Alex! – Eu grito
desesperado enquanto pedia ajuda a Alex.
Alex – O que foi Kauan? – Ele
pergunta preocupado.
Kauan – O Jhon, eu não sei o que
houve com ele. – Eu digo nervoso e chorando.
Alex – Se acalme, eu vou chamar a
ambulância e ele vai ficar bem. – Ele diz rapidamente e sai do banheiro.
P.O.V Alex
(Eu ia ligar para ambulância, mas
alguém me ligou no exato momento.)
Alex – Fala Julieta! – Digo
rapidamente.
Julieta – Alex, eu preciso que
você “cuide” do Kauan nesse exato momento. – Ela diz para eu o matar.
Alex – O que? Você quer que eu
mate o Kauan? Porquê? – Pergunto.
Julieta – Faça o que eu estou
mandando, não é por mim e sim pelo o Daniel. – Ela diz.
Alex – Mas eu não posso fazer isso
agora, o Jhonatan está muito mal. – Eu digo com preocupação.
Julieta – Agora se importa com
ele? – Ela pergunta ironicamente.
Alex – Não, é que eu necessito que
ele melhore para o Kauan desgrudar dele. – Eu digo calmamente.
Julieta – Ah, pelo o amor de Deus.
Não acha que é tarde demais para se preocupar com aquele câncer ambulante? Se
ele vê o Kauan morrendo ou não, ninguém vai acreditar. – Ela diz friamente.
Alex – Como você consegue ser tão
fria? – Eu pergunto.
Julieta – O seu próprio pai por
acaso já lhe obrigou a se prostituir? Se não, você não deve saber o porquê eu
sou tão “fria”. – Ela diz nervosa.
Alex – Eu não sabia disso... – Eu
digo um pouco chocado.
Julieta – Pois bem... vai tratar
de lidar com o Kauan, ou não? – Ela pergunta.
Alex – Me perdoe, Julieta. Não vou
sujar as minhas mãos com sangue. – Eu digo e desligo o telefone.
P.O.V Julieta
Julieta – Desligou... como esse
inútil ousou desligar o telefone na minha cara? – Pergunto ao Daniel.
Daniel – Hahaha. – Ele ri
sarcasticamente.
Julieta – Do que tanto ri, Hiena
maldita? – Pergunto ironicamente.
Daniel – Da sua desgraça, como
sempre. – Ele diz com o canivete na mão.
Copiloto – Senhores passageiros,
estamos prontos para a decolagem. – Ele diz pelo os alto-falantes.
Julieta – Acho que essa “fuga
impossível” merece um brinde, não é? – Pergunto enquanto erguia a taça com o
champagne.
Daniel – Como você preferir... –
Ele me dá um beijo e bebemos o champagne.
(CENA 2 – Noite / Delegacia do Rio de Janeiro)
P.O.V Miguel
(No telefone.)
Miguel – Eu ordeno que a mate. –
Digo para um capanga pelo o telefone.
Capanga – Eu não sou quem cuida
dessa parte, se quer matar a Valentina vai ter que contratar outra pessoa. –
Ele desliga o telefone na minha cara.
Miguel – Filho da puta! – Eu
coloco o telefone de volta ao orelhão da delegacia.
P.O.V Joana
(Eu e Valentina ainda estávamos se beijando dentro da sala de visita
intima.)
Joana – Acho que por hoje já está
bom. – Digo esbaforida, enquanto tirava os meus lábios da sua boca.
Valentina – Se você já se sentir
bem assim... – Ela diz com um olhar malicioso. Eu dou um selinho nela.
Joana – Mas é sério eu tenho que
ir, preciso falar com o Diego. Eu juro que quando eu conseguir eu te tiro
daqui. – Prometo a ela.
(Eu vou embora daquele local e vou para casa.)
(CENA 3 – Noite / Aeroporto de Guarulhos)
P.O.V Alex
Pensamento: Alex – Eu não posso
continuar com isso, é uma loucura... – Penso concentrado. – A Julieta está
ficando maluca, o que o tal do Daniel fez para ela? – Penso.
Kauan – Alex! Cadê a porra da
ambulância? – Ele grita chorando.
Alex – A ambulância? – Pergunto
assustado.
Kauan – Sim, você disse que ia
ligar a ambulância, você prometeu! – Ele grita nervoso.
Alex – Eu... – Digo nervoso.
Kauan – Você disse que ia ligar,
mentiroso! – Ele grita.
Alex – Cala a boca! – Injeto uma
seringa com calmante no pescoço dele.
Kauan – O que você...o que... –
Ele diz tonto e desmaia.
Alex – Agradeça que eu não lhe
mate... – Digo a ele.
(Coloco ele no meu colo e o levo para um avião que Julieta reservou
para mim.)
(CENA 4 – Manhã / Hospital Albert Einstein)
P.O.V Jhonatan
Jhonatan – O que eu estou fazendo
aqui? – Acordo assustado e com a respiração ofegante.
Alex – Se acalme, você desmaiou no
banheiro do aeroporto. – Ele diz calmamente.
(Fico em silêncio por um tempo)
Jhonatan – Cadê o Kauan? –
Pergunto preocupado.
Alex – O Kauan? – Ele pergunta
nervoso.
Jhonatan – Sim, o Kauan. – Digo
calmamente.
Alex – Ele... ele... – Ele diz
nervoso e gaguejando.
Jhonatan – Me diga logo, o que
houve com ele? – Digo nervoso.
Alex – Ele foi para o Rio de
Janeiro sem você, ele não te suportava mais... Ele disse que não iria ficar
perto de um “morto ambulante”. – Ele diz friamente. Aquelas palavras entraram
como um tiro no meu coração.
Jhonatan – Eu não acredito no que
você disse... ele disse que ia me amar mesmo se eu morresse. – Digo confiante,
mas chorando.
Alex – Ele não te ama Jhonatan.
Ele só queria a herança do seu querido papai falecido. – Ele diz friamente,
novamente.
Jhonatan – Do que você está
falando? – Pergunto confuso.
Alex – Do seu pai! – Ele exclama.
Jhonatan – Do que você está
falando? O Kauan jamais poderia se interessar pela a minha suposta “herança”, o
meu pai está vivo e ele é pobre. – Afirmo.
Alex – Como assim? Você não
herdeiro de uma herança multimilionária? – Ele pergunta confuso e indignado.
Jhonatan – Não, meu pai não tem
onde cair morto, igualmente a mim. – Afirmo novamente. Ele “voa” para cima do
meu pescoço, mas não para me sufocar.
Alex – Por acaso você está
brincando com a minha cara? Doente! – Ele fala como se estivesse possuído.
Jhonatan – Sai de perto de mim!
Quem você pensa que é? – Pergunto nervoso.
Pensamento: Alex – A Julieta me
fez de estupido... aquela vagabunda me usou. – Ele pensa nervoso.
Jhonatan – Vai embora do meu
quarto agora mesmo! – Eu grito.
Alex – Aquela infeliz! – Ele diz
furioso. Estava se referindo a Julieta. Ele sai do quarto.
Jhonatan – Do que ele estava
falando? – Eu me pergunto confuso. Começo a me recordar do que aconteceu antes
de eu desmaiar. – Julieta e Daniel... eles são traficantes... – Digo, ainda,
sem acreditar. – Tenho que ir pro Rio de Janeiro, alguma coisa aconteceu com o
Kauan. Eu tenho certeza que ele não me abandonou.
(CENA 5 – Manhã / Galpão Abandonado | Rio de Janeiro/RJ)
P.O.V Kauan
(Eu acordo, mas estava tudo escuro. Não lembra de nada o que aconteceu
antes de eu acordar.)
Voz desconhecida – Acabe logo com
isso! – Ele(a) grita.
(Escuto um barulho de tiro, mas não veio em minha direção.)
Pensamento: Kauan – Que barulho
foi esse? Tenho que sair logo desse lugar. – Penso assustado.
(Alguém tira o capuz que estava cobrindo o meu rosto.)
Julieta – Bom dia, Flor do dia! –
Ela diz alegre, ironicamente.
Kauan – Onde eu estou? O que você
fez comigo? – Pergunto nervoso e tentando me soltar, mas eu estava com as mãos
e os pés amarrados na cadeira em que eu estava.
Julieta – São muitas perguntas
para eu responder, deixe para quem entende desse assunto. – Ele vai para atrás
e aparece o Daniel. Ele estava com uma arma na mão.
Kauan – Daniel... desgraçado... –
Eu digo baixo.
Daniel – Cale a boca, putinha! –
Ele dá um soco fortíssimo na minha cara. – Sabia que eu sempre tive a vontade
de lhe devolver esse soco? – Ele pergunta cinicamente.
Kauan – O que você quer de mim? –
Pergunto tristemente.
Daniel – É obvio, eu quero o que
você me roubou: Jhonatan. – Ele diz nervoso.
Kauan – Quantas vezes eu terei que
dizer que não o roubei de você? Eu e o Jhon nos apaixonamos, e ainda nos
amamos. – Digo confiante.
Daniel – O Jhonatan me ama! Ele só
está um pouco confuso porque você o “hipnotizou”. – Ele grita.
Kauan – Tá me achando com cara de
“Pyong” para fazer hipnose? – Pergunto ironicamente.
Daniel – Olhe como você fala
comigo, vadia! – Ele aperta a minha perna fortemente.
Kauan – Eu não vou ter o mesmo
destino do Alessandro, não por você! – Exclamo.
Daniel – Como você sabe disso? –
Ele pergunta nervoso.
Kauan – Andei pesquisando pelo o
seu nome e o da Julieta na internet, vocês dois estão ligados pelo os mesmos
crimes: Narcotráfico e homicídio. – Eu falo confiante.
Julieta – Não me envolva nisso, eu
sou uma viúva. – Ela diz.
Kauan – Só se for “Viúva Negra”. –
Digo ironicamente.
Daniel – Já chega dessas
“brincadeirinhas”! – Ele grita nervoso. – Eu já estou perdendo a minha
paciência contigo Kauan! – Ele me ameaça.
Kauan – Não tenho medo de um
covarde como você. – Digo na “cara” dele.
Daniel – Cale-se! – Ele tira um
canivete do bolso e aponta para o meu rosto.
Capanga – Senhorita Julieta. – Ele
chega ofegante.
Julieta – O que houve? Eu não
disse que estava ocupada? – Ela diz nervosa.
Capanga – Senhorita... soltaram a
Valentina. – Ele diz.
Julieta – O que? – Ela pergunta
assustada.
Kauan – Por que tem tanto medo da
sua enteada? – Pergunto ironicamente.
Daniel – Já te mandei calar a
boca! – Ele grita e aponta o canivete para mais perto do meu rosto.
Julieta – Certo, se ela saiu da
cadeia eu quero que vocês todos vão atrás dela e a aniquilem quando eu der a
ordem. – Ela grita para todos. Eles saem de lá e vão atrás de Valentina.
Kauan – Você não pode fazer isso,
ela é sua enteada. – Eu digo indignado.
Julieta – Não liguei nem para a
morte do paizinho dela, imagine da própria. - Ela diz ironicamente.
(CENA 6 – Manhã / Hospital Albert Einstein | São Paulo/SP)
P.O.V Jhonatan
Pensamento: Jhonatan – Eu não
posso ficar aqui, eu tenho que saber onde o Kauan está. – Penso nervoso.
P.O.V Alex
(No telefone.)
Alex – Julieta! – Grito.
Julieta – Eu não sou surda... o
que houve para me ligar a essa hora? – Ela pergunta nervosa.
Alex – O Jhonatan, aquela história
de “herança” é totalmente falsa. – Exclamo.
Julieta – Diga uma coisa que eu
não saiba, imbecil. – Ela diz ironicamente.
Alex – Do que você está falando? –
Pergunto confuso.
Julieta – Tenha um bom
interrogatório, querido. – Ela diz e desliga o telefone.
Alex – Interrogatório? – Pergunto
confuso a mim mesmo.
Policial – Alex Sán Roman? – Ele
pergunta seriamente.
Alex – Policial? – Pergunto assustado.
Ele fica em silêncio. – Sim, esse é o meu nome. Porquê? – Pergunto confuso.
Policial – Nos acompanhe até a
delegacia. Você está preso pelo o sequestro de Kauan Moretto. – Ele diz e puxa
as algemas. Ele me prende.
Jhonatan – Eu sabia que você tinha
algo a ver com o “abandono” do Kauan. – Ele sai de dentro do quarto em que
estava. – Policial, você sabe onde ele está? – Pergunto esperançoso.
Policial – A pessoa anônima que
nos relatou não disse nada mais que isso. – Ele fala.
P.O.V Jhonatan
(Um pouco de esperança surgiu em mim.)
(CENA 7 – Manhã / Delegacia do Rio de Janeiro)
P.O.V Joana
(Avisto a Valentina de longe, ela estava finalmente saindo de dentro
daquele lugar.)
Joana – Valentina! – Olho para ela
e grito o seu nome. Ela vem correndo feliz na minha direção.
Valentina – Joana! – Ela grita o
meu nome.
(Um carro preto para na frente de Valentina enquanto ela atravessava a
rua, quase a atropelando. Dois homens saem de dentro do carro e a “sequestram”.
Eles me veem e vem na minha direção, tento correr, mas é inútil. Eles me
sequestram também.)
(CENA 8 – Tarde / Galpão Abandonado | Rio de Janeiro/RJ)
P.O.V Julieta
Julieta – Tire o capuz das duas! –
Ordeno aos capangas.
Valentina – Julieta? – Ela
pergunta confusa.
Julieta – Sim minha querida
enteada, sou eu, Julieta, sua querida madrasta. – Falo ironicamente.
(Em outra sala.)
P.O.V Kauan
Kauan – Cadê a assassina da sua
irmã? – Pergunto ironicamente.
Daniel – Não foi a Julieta que a
matou, ela disse que foi o Miguel. – Ele diz nervoso.
Kauan – Você acha que ela vai
confessar que matou a Clara? – Pergunto.
Daniel – Sim, ela confia muito em
mim. – Ele diz confiante.
Kauan – Confia tanto que tentou
lhe matar. – Digo ironicamente.
Daniel – Cale a sua maldita boca!
– Ele puxa a minha cabeça por trás e me aproxima do seu rosto. – Eu já lhe
mandei calar a boca... se você não me obedecer novamente vai pagar muito caro.
– Ele me ameaça e aproxima o seu rosto cada vez mais.
Kauan – O que você está fazendo? –
Pergunto confuso. Ele me rouba um beijo, mas eu não consigo fazer nada. Tento
lutar com todas as minhas forças.
(Ele afasta a sua boca da minha.)
Daniel – Não é tão ruim como eu
pensava. – Ele diz cinicamente.
Kauan – Você está com abstinência
de sexo por acaso? – Pergunto ironicamente.
Daniel – Cale a boca, só não lhe
mato agora porque eu tive uma ótima ideia. – Ele me desamarra da cadeira, mas
dessa vez algema as minhas mãos.
Kauan – O que você está fazendo? –
Pergunto confuso e assustado.
Daniel – Já que não tem um homem
que vale a pena nesse lugar, por que não me divertir com você? – Ele pergunta.
– Daqui a uma hora eu retorno para começarmos o nosso joguinho. – Ele fala
cinicamente.
Kauan – Era só o que me faltava,
outro estuprador. – Falo a mim mesmo. – Será que dessa vez terei o Jhonatan
para me salvar de novo? – Pergunto tristemente a mim mesmo.
(CENA 9 – Tarde / Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro)
P.O.V Jhonatan
Jhonatan – O Kauan só pode está
nessa cidade, não tem como ele ter ido para outro lugar. – Digo esperançoso a
mim mesmo.
(Saio do aeroporto e começo a “caçá-lo” pela a cidade. Eu recebo uma
ligação do... Daniel?)
(No telefone.)
Jhonatan – Daniel? – Pergunto
confuso.
Daniel – Escute-me bem seu filho
de uma puta, você quer que o Kauan continue vivo? – Ele pergunta em tom de
ameaça.
Jhonatan – Claro que eu quero, o
que você fez com ele? – Pergunto confuso.
Daniel – Uma pergunta de cada vez,
eu não fiz nada com ele, só a Julieta. – Ele diz.
Jhonatan – Quem é Julieta? –
Pergunto confuso.
Daniel – Minha chefe, ela é ótima
torturando... – Ele diz indiretamente.
Jhonatan – Daniel! – Grito. – Por
favor, não faz nada com o Kauan, eu te imploro! – Imploro a ele.
Daniel – Não lhe prometo nada, já
se foi a época que eu era obcecado por ti. Só lhe digo uma coisa, se quiser ele
de volta vá para o galpão abandonado mais perto do aeroporto. – Ele diz isso e
desliga a chamada.
Jhonatan – Alô! Daniel! Alô!! –
Grito para o telefone, mas não adianta de nada.
(CENA 10 – Tarde / Casa de Joana)
P.O.V Diego
Diego – Renan! – Chamo a atenção dele.
Renan – O que foi, amor? – Ele
pergunta preocupado.
Diego – A mamãe está demorando
demais, não acha? – Pergunto.
Renan – Também estou suspeitando,
será que aconteceu alguma coisa com ela? – Ele pergunta preocupado.
Diego – Não sei, mas acho que
devemos procura-la. – Falo preocupado.
(Nós saímos de casa e vamos a procura de Joana.)
(CENA 11 – Tarde / Galpão Abandonado | Rio de Janeiro/RJ)
P.O.V Julieta
Joana – O que você quer comigo? Eu
nem sei quem você é... – Ela diz assustada.
Julieta – Você infelizmente viu
algo que não deveria ter visto... Perdão. – Digo ironicamente. – Vocês duas são
amigas por acaso? – Pergunto.
Valentina – Isso não lhe
interessa, vadia! – Ela grita.
Julieta – Meça suas palavras! –
Dou um soco na barriga de Valentina.
Joana – Não a machuque! – Ela
grita.
Julieta – Fique quieta, você não
passa de uma advogada. – Grito.
Valentina – A Joana é bem mais que
uma advogada, ela é o amor da minha vida. – Ela grita.
Julieta – O que? Eu escutei bem?
Você, minha enteada, é sapatão? – Pergunto confusa.
Valentina – Não usaria bem esse
termo... – Ela fala ironicamente.
Julieta – Era só o que me faltava
de você... – Digo decepcionada.
Valentina – Enfim Julieta, o que
você quer comigo? Por que me trouxe a esse lugar? – Ela pergunta confusa.
Julieta – Não é obvio? Eu não
quero que tenha concorrentes na herança do teu pai. – Falo diretamente.
Valentina – Eu já lhe falei mil
vezes que eu não quero essa maldita herança. – Ela grita.
Julieta – Deixe de mentir! – Grito
de volta. Dou um soco na cara dela.
Joana – Por favor, pare de bater
nela. – Ela implora.
Julieta – Quieta sapatão! – Grito.
P.O.V Joana
(Estava tentando me desamarrar cortando as cordas com o meu canivete
que estava no bolso de trás.)
Julieta – Você quer saber o quanto
você é burra, Valentina? – Ela pergunta cinicamente.
Valentina – Do que você está
falando, maldita? – Ela pergunta confusa.
Julieta – Sabe quem matou a sua
querida amiga, Clara? – Ela pergunta.
Valentina – Você está envolvida na
morte dela, infeliz? – Ela pergunta confusa.
Julieta – Minha querida Valentina,
isso não é nem a ponta do iceberg. – Ela fala em tom de ironia. – Sabe quem a
matou? Miguel, o seu querido ex-marido. – Ela fala com certeza. – É por esse
motivo que ele está apodrecendo naquela cadeia, ou você acha que a palavra de
uma mulher vale tanto assim nesse país? – Ela diz ironicamente.
Miguel – Para de mentir, Julieta! -
Ele entra pela a porta do galpão.
Julieta – Miguel? – Ela pergunta
confusa.
Miguel – Sim, querida. Para de
tentar defender o Sergio, o seu amante. Diga logo que ele era o “professor de
reforço” da Clara, e que ele passava as drogas para ela. – Ele diz.
Julieta – Está louco? – Ela grita.
Miguel – Foi comprovado que eu não
matei a Clara, e quanto a você Valentina, eu paguei a fiança.
Joana – Você é um infeliz, não
bastava ter abandonado a mim e a seu filho, e ainda tem a audácia de continuar
me prejudicando? – Pergunto.
Miguel – Não se meta, Joana! – Ele
grita.
Valentina – Você é um covarde, você
não dá medo a uma mulher, bêbado insuportável. – Ela me defende.
Julieta – Calem a boca! Deixem que
eu resolvo esse problema. – Ela puxa a arma que estava no seu bolso e aponta
para ele.
Miguel – O que você que está
fazendo, Julieta? – Ele pergunta.
Julieta – Dando um fim nos meus
problemas. – Ela puxa o gatilho e dá um tiro na cabeça de Miguel. – Queime no
inferno... – Ela diz a ele. Miguel cai morto no chão.
(Eu finalmente consigo me soltar das cordas. Aproveito que Julieta
estava de costas e desamarro Valentina.)
Julieta – Estão prontas para serem
as próximas? – Ela se vira. Eu vou correndo até Julieta, pego a arma que estava
na mão dela e jogo no chão.
Joana – Será que você é tão
“machona” agora? – Pergunto.
Julieta – Eu não tenho nada para
resolver contigo. – Ela diz dando ênfase ao “contigo”.
Valentina – Com ela talvez não,
mas comigo sim. – Ela diz confiante.
(Na outra sala.)
P.O.V Kauan
Pensamento: Kauan – Tem que ter
uma maneira de eu sair daqui, mas como? – Penso confuso.
Daniel – Kauan! Estou de volta,
mas para o seu azar acho melhor nos divertimos somente de noite para dar um
clima melhor. – Ele diz ironicamente.
Kauan – Você é um desgraçado... –
Digo a ele.
Daniel – Eu sei... – Ele diz
ironicamente.
(Na sala anterior.)
P.O.V Valentina
Valentina – Não vai adiantar você
fugir de mim agora, Julieta. Espero que eu finalmente me vingue da Clara e do
meu pai. – Digo confiante.
Julieta – Desde quando sabe que eu
tenho algo a ver com a morte daquele velho? – Ela pergunta ironicamente.
Valentina – Desde que você começou
a usar “Botox”. – Digo confiante.
(CENA 12 – Tarde / Rio de Janeiro – RJ)
P.O.V Diego
Diego – Mamãe! Mamãe! – Eu gritava
pela a cidade em busca dela.
Renan – Joana! Dona Joana! – Ele
grita em busca dela.
Diego – Desista Renan! Nós nunca
vamos acha-la, somos somente dois adolescentes em busca de uma mulher, ninguém nunca
vai nos ouvir. - Digo sem esperança.
Desconhecido – Garotos! – Ele grita,
chamando a nossa atenção.
Renan – Assaltante! – Ele grita
desesperado.
Diego – Se acalme Renan, não o
julgue. – Repreendo-o.
Desconhecido – Garotos, vocês viram
um jovem com o cabelo um pouco loiro e de olhos verdes? – Ele pergunta
desesperado.
Diego – Depende, qual é o seu nome?
– Pergunto um pouco assustado.
Jhonatan – Jhonatan! Me chamo Jhonatan!
– Ele afirma. – Se virem alguém como ele, me avise, por favor. Ele é o amor da
minha vida. – Ele diz nervoso.
Renan – O senhor viu uma senhora...
– Ele diz.
Diego – Renan! – Grito para ele, o
interrompendo. – Minha mãe, que não é uma senhora, desapareceu desde hoje cedo.
Não tenho ideia de onde ela pode estar, tenho medo do que pode ter acontecido
com ela. – Digo nervoso.
Jhonatan – Garotos, eu queria
muito ajudar vocês, mas eu não posso agora. Quem sabe... espera, qual o nome da
sua mãe? – Ele pergunta curioso.
Diego – Minha mãe se chama Joana,
ela foi buscar a Valentina na delegacia e não voltou com ela até agora. – Digo
nervoso.
Jhonatan – Valentina Córcega? –
Ele pergunta esperançoso.
Diego – Sim, esse é o seu
sobrenome, por quê? – Pergunto com dúvida.
Jhonatan – Garoto, eu sei aonde a
sua mãe pode estar, talvez ela esteja junta ao meu Kauan. O meu Kauan... – Ele
diz um pouco triste.
Diego – Então, vamos lá agora! – Falo
feliz.
(CENA 13 – Tarde / Galpão Abandonado)
P.O.V Kauan
Kauan – Saia de perto de mim! –
Grito para ele.
Daniel – Não tenho o porquê me temer,
pelo menos você vai ficar com alguém bonito e gostoso. – Ele diz
maliciosamente. Ele se aproximava cada vez mais de mim.
Kauan – Uma baita autoestima para
um lixo como você. – Digo ironicamente.
Daniel – Olhe como fala comigo,
vadia! – Ele estava prestes a me bater, mas alguém segura a mão dele.
Jhonatan – Você não vai mais encostar
um dedo na minha vida! – Ele grita para o Daniel.
(A tela fica acinzentada e surgem
folhas de trigo como congelamento.)
CONTINUA...
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