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FAÇA A SUA SORTE - CAPÍTULO 13




CENA 01. MANSÃO DE JULIANO. INT. TARDE

Inara chega à luxuosa mansão, carregando várias sacolas de compras de grife. Ela entra e é recebida pela empregada na entrada principal.

 

Inara  - Boa tarde. Como está tudo por aqui?

Empregada -  Boa tarde, dona Inara. Posso ajudá-la com essas sacolas?

Inara - Não, está tudo bem. Eu consigo carregar. Obrigada. (Inara olha ao redor, notando a ausência de sua filha e marido.) Onde está Clarinha? E Juliano?

Empregada -  A pequena Clarinha está dormindo. A babá deu a mamadeira e a colocou para descansar. Quanto ao seu marido, Juliano... Ele saiu sem dizer para onde ia.

 

Inara franze a testa, preocupada.

 

Inara - Ele saiu? Estranho, não me disse nada. (Ela tenta disfarçar sua ansiedade.)

Empregada - Sim, dona Inara. Parecia ter algo em mente, mas não mencionou para onde ia.

 

Inara fica pensativa por um momento, enquanto a empregada a observa com curiosidade.

 

Inara - (murmurando para si mesma) Hoje é o dia da soltura de Romina...

Empregada -  Perdão, dona Inara?

Inara - (erguendo o olhar) Nada. Obrigada por me informar. (Ela se vira, perdida em seus próprios pensamentos.)

Empregada -  Se precisar de mais alguma coisa, estarei na cozinha.

 

Inara acena em reconhecimento, enquanto Maria se afasta. Inara suspira e fecha os olhos por um momento, tentando juntar os fragmentos de informação em sua mente.

 

Inara - (para si mesma) Será que Juliano... não, não pode ser. Mas e se ele... (Ela engole em seco, uma sensação de apreensão se instalando em seu peito.)

 

A cena termina com Inara perdida em seus pensamentos.

 

CENA 02. PRESÍDIO. EXT. TARDE

A cena começa com Juliano, tenso e ansioso, esperando diante da porta do presídio. Seus olhos estão fixos na entrada. Finalmente, a porta se abre e Romina emerge.

 

Romina - (sorrindo) Juliano...

 

Juliano avança rapidamente e a abraça com força, sentindo o alívio inundar seu ser.

 

Juliano - Seja bem-vinda, de volta. (Ele segura seu rosto, olhando nos olhos dela.) Estou tão feliz que finalmente está livre.

Romina - Obrigada, Juliano. Mesmo depois de tudo o que aprontei com você, ainda teve compaixão por mim. Não sei o que teria sido de mim sem o seu apoio durante esses três anos.

 

Eles se afastam um pouco, ainda segurando as mãos um do outro.

 

Juliano - Você tem um futuro brilhante pela frente, Romina. Estou aqui para ajudá-la em tudo o que precisar.

Romina - (com gratidão) Você sempre foi um homem de coração bom, Juliano. Nunca vou esquecer tudo o que fez por mim.

 

Ela então pergunta por Clarinha, e Juliano ilumina-se com entusiasmo ao descrever a filha deles.

 

Juliano - Ela está tão grande agora, Romina. Linda como sempre.

Romina - Mal posso esperar para abraçá-la pessoalmente, sem ser apenas por foto.

 

Juliano sente uma pontada de desconforto, mas disfarça rapidamente.

 

Juliano - Vamos comemorar sua liberdade. Que tal irmos comer algo juntos?

 

Romina sorri, emocionada, concordando com a cabeça.

 

CENA 03. CONDOMÍNIO DE LUXO. EXT. TARDE

Marsal aparece  saindo do seu condomínio. Ela caminha pela calçada, seus passos confiantes ecoando enquanto ela se prepara para seus afazeres. De repente, Simas, um homem jovem e determinado, a aborda, fazendo-a se assustar.

 

Simas -  (com um sorriso irônico) Como vai, viúva Marsala?

 

Marsala olha para ele, confusa e um tanto intrigada.

 

Marsala - (franzindo a testa) Desculpe... nós nos conhecemos?

Simas - Não diretamente, mas meu nome é Simas.

Marsala- Simas!? Não me recordo desse nome.

Simas – Muito prazer. Sou o filho que seu falecido marido, Gerson, teve em Portugal.

 

Marsala solta uma gargalhada, incrédula.

 

Marsala - (entre risos) Desculpe, mas isso é absurdo. Meu marido não teve filhos.

Simas - Eu sei que é difícil de acreditar, mas estou aqui para provar. Vou fazer um exame de DNA e comprovar que sou filho legítimo de Gerson.

 

Marsala franze o cenho, desconfiada.

 

Marsala - Você só pode estar brincando. Isso é algum tipo de golpe para conseguir dinheiro. É isso?

Simas - (com firmeza) Não é um golpe, Marsala, mas  eu provando que sou realmente filho de Gerson, tenho direito à minha parte na fortuna.

 

Uma troca de olhares intensos e palavras afiadas se segue, enquanto Marsala e Simas se confrontam.

 


Marsala -
Você é um oportunista! Acha que pode simplesmente aparecer aqui do nada e reivindicar parte do que é meu?

Simas- Eu não estou pedindo esmolas, Marsala. Estou exigindo o que é meu por direito!

Marsala - Seu direito? Você não tem direito algum! Meu marido nunca mencionou outro filho, muito menos um nascido em Portugal!

Simas - Talvez ele não tenha contado a você, mas ele sabia da minha existência. E agora que ele se foi, é hora de eu reivindicar minha parte.

Marsala - (irritada) Isso é ridículo! Você não passa de um impostor tentando se aproveitar da situação.

Simas - (com raiva) Eu não sou um impostor! E vou provar isso com o exame de DNA.

 

A discussão esquenta ainda mais, com acusações sendo lançadas de ambos os lados. Passantes curiosos começam a observar a cena, enquanto Marsala e Simas continuam a trocar farpas.

 

Marsala - Você nunca vai conseguir provar nada!

Simas - Veremos quanto você vai rir quando o exame confirmar a verdade.

 

Marsala o encara.




 

CENA 04. RESTAURANTE. INT. TARDE

Romina e Juliano estão sentados em um restaurante aconchegante, cercados por uma atmosfera leve e descontraída. O garçom traz os pratos principais enquanto os dois começam a conversar.

 

Romina - (sorrindo) Este lugar é encantador, Juliano. Obrigada por me trazer aqui.

Juliano - (com um sorriso gentil) É um prazer minha amiga.

 

Eles começam a saborear suas refeições.

 

Romina - (após um momento) Sabe, Juliano, é estranho estar do lado de fora novamente. A liberdade é um sentimento tão poderoso.

Juliano - (assentindo) Com certeza. Imagino que tenha sido difícil estar atrás das grades por tanto tempo.

Romina - (nervosa) Foi, Juliano. Mas, ao mesmo tempo, me deu tempo para refletir sobre muitas coisas. Sobre minha vida, minhas escolhas...

 

Há um breve momento de silêncio enquanto ambos ponderam sobre as palavras de Romina.

 

Juliano - (gentil) Estou aqui para apoiá-la, Romina. Se precisar de alguma coisa, é só me chamar.

Romina - (com gratidão) Obrigada, Juliano. Significa muito para mim saber que posso contar com você.

 

Eles continuam a conversar animadamente, compartilhando histórias e risadas enquanto desfrutam de sua refeição juntos.

 

CENA 05. APARTAMENTO DE MARSALA. INT. NOITE

Marsala entra em seu luxuoso apartamento, seus saltos ecoando no piso de mármore enquanto ela chama pelo nome de seu falecido marido.

 

Marsala - Gerson? Gerson, querido, você está aí?

 

De repente, uma figura translúcida e familiar surge diante dela, com Gerson olhando para ela com uma expressão travessa.

 

Gerson - (com um sorriso sacana) Aqui estou eu, minha querida Marsala!

 

Marsala, furiosa, avança na direção do fantasma de Gerson, com os punhos cerrados de raiva.

 

Marsala – Eu quero saber que palhaçada é essa?

Gerson - Calma, minha adorável Marsala. Só estou aqui para alegrar seu dia!

 

Marsala bufa de irritação, ignorando as tentativas de Gerson de acalmá-la.

 

Marsala - Alegria? Você acha que isso é engraçado? Se você estivesse vivo, eu te mataria agora mesmo!

 

Gerson - (fingindo inocência) Mas querida, você sabe que não pode me matar, eu já estou... morto!

 

(Marsala revira os olhos, impaciente, e cruza os braços, exigindo uma explicação.)

 

Marsala - Chega de brincadeiras, Gerson. Que história é essa de filho em Portugal?

 

Gerson coça a cabeça, fingindo desentendimento, antes de finalmente confessar.

 

Gerson - Bem, é uma longa história... Eu estava em uma de minhas viagens a Portugal e...

 

Antes que ele possa continuar, Marsala irrompe em um surto histérico, misturando raiva, choque e histeria de forma hilária. Ela começa a correr em círculos, gesticulando selvagemente enquanto grita com o fantasma de Gerson.

 

Marsala - Uma longa história? Uma longa história? Eu devia ter te matado quando tive a chance! Você me deixou com um bastardo Português! Eu nunca vou perdoar você por isso, Gerson! Nunca!

 

A cena termina com Marsala continuando seu surto enquanto Gerson tenta, sem sucesso, acalmá-la e pedir perdão.

 

CENA 06. APARTAMENTO DE SELENA. INT. NOITE

Gabriela e sua mãe, Selena, estão sentadas à mesa, desfrutando de um jantar tranquilo em sua casa. O ambiente é aconchegante, iluminado pela luz suave das velas. Gabriela olha ao redor, notando a ausência de Simas.

 

Gabriela - (com gentileza) Mãe, você viu o Simas sair?

Selena - (com um suspiro) Não, querida. Não vi, mas não ficaria surpresa se ele não voltasse.

 

Gabriela abaixa o olhar, visivelmente desconfortável com o comentário de sua mãe.

Gabriela - Mãe, por favor, eu já te pedi para não falar assim do Simas.

Selena - (com um olhar pesaroso) Ver você abrir mão de seus sonhos por ele é difícil para mim.

 

Gabriela respira fundo, compreendendo a preocupação de sua mãe.

 

Gabriela - Eu entendo, mãe. Mas eu o amo, e estou feliz ao lado dele.

Selena - (com um suspiro) Infelizmente essa dependência emocional que ele causa em você é o que faz eu aturá-lo dentro da minha casa.

Gabriela - (com firmeza) Mãe, eu sei que você está preocupada, mas não precisa ser tão dura com o Simas. Ele não é perfeito, mas me faz feliz.

Selena - (entre risos) Ah, minha filha, você é tão ingênua! Simas só está com você pois não tem onde ficar .

Gabriela - (defensiva) Isso não é verdade, mãe! Simas me ama de verdade, tenho certeza disso. E eu tenho certeza que a senhora passará a ama-lo no dia em que ele provar ser herdeiro do milionário falecido e ter parte da herança

Selena - (ainda rindo) Simas, Herdeiro? Claro, querida. E eu sou a rainha da Inglaterra!

Gabriela - (frustrada) Você nunca vai entender, mãe. Simas é diferente, ele tem um coração bom.

Selena - (com carinho) Eu sei que você o ama, Gabriela. Mas às vezes o amor nos faz cegos para a verdade. Você precisa abrir os olhos antes que seja tarde demais.

Gabriela - (com determinação) Eu confio no Simas, mãe. E vou apoiá-lo em tudo o que ele precisar.

 

Gabriela olha para sua mãe, sentindo frustração.

 

CENA 07 . MANSÃO DE JULIANO. INT. NOITE

Romina e Juliano chegam à mansão, seus rostos irradiando felicidade e alívio. Ao entrarem, são recebidos por Inara, cuja expressão é uma mistura de surpresa e desdém.

 

Inara - (com frieza) Onde você estava, Juliano?

Juliano - (com um sorriso radiante) Eu fui buscar a Romina.

 

Romina olha para Inara com um misto de ansiedade e cautela.

 

Romina - (com um sorriso contido) Como vai, Inara?

 

Inara olha para Romina dos pés à cabeça, seu olhar transmitindo uma indiferença gélida.

Inara - (com voz cortante) O que você está fazendo aqui?

 

Juliano mantém seu sorriso, tentando manter a calma.

 

Juliano - Romina insistiu em ver Clarinha, Inara. Ela é a mãe, não podemos negar esse direito.

 

Inara explode de raiva, sua voz ecoando pela sala.

 

Inara - (gritando) Clarinha é minha filha, Juliano! Ela não tem direito nenhum sobre ela! Romina perdeu todos os seus direitos quando nos entregou a menina!

Juliano – Por favor, Inara.

Inara – (gritando)  Eu quero essa criminosa fora daqui agora mesmo!

 

O clima tenso na mansão atinge o seu ápice, com Inara e Romina trocando olhares.



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