Type Here to Get Search Results !

Fortalezas Amorosas - Capítulo 01

Capítulo 1
Cena 1: //Mato Grosso - Fazenda Bona Alleanza (Boa Aliança) //
**Atenção: O Capítulo usa expressões faladas no Mato Grosso**
Açucena e seu pai trabalham incansavelmente na lavoura.
- Açucena: Ô pia, acho melhor para pra tomar uma água. O senhor tá aqui desde às 5h da manhã, e eu tô aqui faz poucos minutos.
- Eurico: Não faz mal não, filha.
- Açucena: Então, tá bom.
Eles continuam trabalhando.
De repente, um carro lotado de trabalhadores da fazenda vizinha chegam. Seu Eurico não vê e nem ouve, devido ao seu problema de audição.
- Açucena: Ah, não, lá vem esses coisa-ruim, esse bando de cara cheio de sem-graceira.
Os trabalhadores descem e caminham até Açucena.
- Trabalhador 1: Salve Lindeza!
- Açucena: O que é, hein? Vá zanzar por aí.
- Trabalhador 1: Calma, belezura. Só vim perguntar como tu tá.
- Açucena: Você perguntando como eu tô? Você tá muito ressabiado... Eu lhe conheço, seu ladino.
- Trabalhador 1: Que estar de lua, hein (mal humor).
- Açucena: Vá zanzar, vai.
- Trabalhador 1: Tá, tá, tá. Eu hein... Que rapariga chata...
- Açucena: É o quê? Fale de novo... Eu não tô devendo nada a seu ninguém, não. Viu... Seu homem safado.
Açucena dá um tapa na cara dele.
O trabalhador pega Açucena pelo braço.
- Açucena: Me solte, seu idiota.
- Trabalhador: Você vai aprender a me respeitar, lindeza.
- Açucena: Me solta.
Ele põe a mão na boca dela e com ajuda dos outros trabalhadores começa a carregar Açucena. Ela mordeu a mão dele.
- Açucena: Socorro. Socorro.
Seu Eurico ouve os gritos e se vira.
- Eurico: Açucena, minha filha. Mas o que está acontecendo aqui...
Ele, pela sua idade avançada, anda em um ritmo um pouco lento.
O trabalhador com dor na mão pela mordida de Açucena, dá um tapa forte na cara dela e ela desmaia.
- Eurico: Filhaaa. Filhaaa.
Alguns trabalhadores o seguram.
- Trabalhador: Calma, seu Eurico, vai ficar tudo bem.
- Eurico: Bem o quê? Tão levando minha filha. Me solte, seu homem nojento.
- Trabalhador: Calma, seu Eurico, sou seu amigo.
- Eurico: Me solte. Me solte. Me solte. Vá, seu safado.
- Trabalhador 2: Eu vou dar um jeito nesse homem.
Ele dá um soco em Eurico, que cai no chão apagado. Os amigos dele começam a bater em Eurico.

Os outros chegam em uma árvore cercada de mato e colocam Açucena.
- Trabalhador 1: Vamo brincar de amorzinho, haha... Me deixem a só com ela.
Ele começa a desabotoar a camisa. Em seguida, começa a abrir a calça e se deita perto de Açucena e beija seu pescoço.
Ele pega ela pelo braço e beija ela com prazer.
//Casa da Família//
Ilza, mãe de Açucena está na cozinha preparando o almoço. Júlio, amigo e amor de Açucena, chega.
- Júlio: Ô de casa...
- Ilza: Já vai... Ô, Júlio, como vai.
- Júlio: Vou bem... A senhora sabe onde a a Açucena tá?
- Ilza: Deve tá lá na lavoura com o Eurico.
- Júlio: Tá bom. Bom dia.
Ele sai.
Júlio anda pela estrada a caminho da lavoura, quando vê Açucena nos braços do trabalhador, enquanto ele a apalpa.
- Júlio: Mas que atrevido... Larga ela, seu idiota.
Ele corre e grita.
- Júlio: Larga ela, seu perverso.
O trabalhador começa a apalpar as partes íntimas de Açucena.
- Júlio: Larga elaaa.
Ele parte pra cima e dá um soco. O trabalhador fica cambaleando e vai pra cima de Julio.
Eles se atracam.

Cena 2: //Casa da Família Mattos - Centro de Cuiabá//
André, ainda está deitado. Eis que sua mãe, Helena bate na porta.
- Helena: Filho, hora de levantar...
- André: Eu já estou acordado, mãe...
- Helena: Que horas você chegou ontem?
- André: 00h30.
- Helena: Meu Deus... Você tem que ver as horas que você chega de suas saídas.
- André: Mãe, se você não percebeu... Eu sou Advogado. Advogado não fica vagabundando por aí, fica trancado numa sala com 1001 papéis pra ver e reler.
- Helena: Tá bom, calma. Que estar de lua, eu hein. (Mal humor)
- André: Não é estar de lua. É porquê eu já me cansei de seus comentários ridículos!
André se levanta e entra no banheiro de seu quarto. Ele fecha a porta na cara de Helena.
- Helena: Vou cair fora daqui. Esse estar de lua, contamina.

Cena 3: //Campo//
Açucena começa a despertar.
- Açucena: An... O que está acontecendo...
Ela se levanta e vê Júlio e o trabalhador brigando.
- Açucena: Júlio. Cuidado!
- Júlio: Açucena... Corre e pede ajuda!
O trabalhador aproveita a distração de Júlio e enfia uma faca na barriga dele.
- Júlio: Ahhh.
Açucena vê o sangue escorrendo da barriga de Júlio e pega um pedaço de madeira da placa da fazenda e bate na cabeça do trabalhador.
- Açucena: Júlio...
Ela corre e pega Júlio.
- Açucena: Júlio, tá tudo bem...
- Júlio: Não. Não tá. Pede ajuda...
Açucena sai correndo até sua casa.

Cena 4: //Casa de Açucena//
Sua mãe assiste TV enquanto cozinha. Açucena chega correndo.
- Açucena: Ô, mãe... Pede ajuda. O Júlio tá ferido...
- Ilza: Ai Meu Deus... O que aconteceu?
- Açucena: Uma briga... Depois lhe conto... Mas corre, pede ajuda mãe.
Ilza sai correndo pra pedir ajuda.
Açucena corre de volta pro campo.
//Campo//
Açucena chega e vê Júlio desacordado.
- Açucena: Júlio. Júlio. Júlio. Não morre.
Ela chora e olha pros lados. Ela se lembra de seu pai.
- Açucena: Meu pai. Meu pai.
Ela sai e vai andando até o lugar onde estava Eurico.
- Açucena: Pai... Pai...
Ela procura por ele.
- Açucena: Pai... Ai Jesus.
Ela encontra seu pai com o rosto cheio de sangue.
- Açucena: Pai. Pai.
Açucena segura o pai desmaiado.
O socorro chega até Júlio
- Açucena: O socorro chegou...
Ela começa a gritar.
- Açucena: AQUIIIII... AJUDAAA.
Os moradores correm e ajudam ela.
- Homem: Quem fez isso?
- Açucena: Os miserávi da fazenda vizinha...
Eles saem dali. Ilza vê o marido machucado no braço do homem.
- Ilza: EURICO. EURICOOO.
- Açucena: Mãe... Cadê a Viviane e o Henrico?
- Ilza: Foram procurar emprego.
- Açucena: Precisamo deles no hospital.
Elas entram num carro com Eurico e Júlio e vão pro hospital mais próximo.

Cena 5: //Casa de Jogo do Bicho//
Henrico e Viviane saem com amigos de dentro da casa de jogo.
- Viviane: Que sorte hein, meu irmão... Quem diria. Você o rei do jogo.
- Henrico: Eu sei que sou. Rsrs.
- Viviane: Vamo fazer o quê agora com esse dinheiro? Temos que gastar!
- Henrico: Isso mesmo.
O carro onde estão Açucena e Ilza vai passando pelo local.
- Açucena: Pera... Aqueles dois não são o Henrico e a Viviane?...
- Ilza: Ih, são eles mesmos.
- Açucena: Para esse caro, seu Antônio.
O carro para. Açucena desce e anda sorrateiramente até os dois que estão de costas.
- Viviane: Vamo botar um pouco dessa grana no banco, uma conta minha e sua. Aí, a gente pensa em que gastar...
- Açucena: Ah, é? Deviam gastar com a nossa família, seus imundos. Nosso pai tá ferido ali enquanto éramos quase mortos e eu estuprada no campo por causa dos trabalhadores da fazenda vizinha. Aqueles nojentos. E enquanto trabalhamos, vocês dois, seus vagabundos... Estão jogando no jogo do bicho e cheios de dinheiro. AGORA, EU VOU PEGAR ESSE DINHEIRO E VOU INVESTIR NA NOSSA FAMÍLIA.
- Viviane: Escuta aqui, feche sua boca, você é muito zzz. E outra, estávamos tentando ajudar a família. Se manca, garota.
- Açucena: Mas nossa família pega em dinheiro limpo, não dinheiro sujo... E outra eu sei quem são vocês...
- Ilza grita: VAMOS LOGO FILHA.
- Viviane: ATA. Nós não sabiamos que iria acontecer algo hoje... E outra, se você quase foi estuprada é porquê teve algum motivo e deve ser porquê você é oferecida.
- Açucena: A ÚNICA OFERECIDA AQUI É VOCÊ, QUE SE JOGA PRA QUALQUER UM.
- Viviane: ATA, santinha rapariga.
- Henrico ri baixo: Kkkkkkkkkkk.
- Açucena: ESCUTA AQUI, SUA IDIOTA, A ÚNICA SAFADA AQUI É VOCÊ, SUA RAPARIGA VENDIDA!
Açucena dá um tapa na cara de Viviane e outro na cara de Henrico.
//Gancho//

Postar um comentário

0 Comentários
* Please Don't Spam Here. All the Comments are Reviewed by Admin.