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CINE RANABLE - JEZEBEL A GATA BORRALHEIRA PARTE 2


CINE RANABLE

JEZEBEL: A GATA BORRALHEIRA - PARTE 2


idealizado e roteirizado por
FELIPE ROCHA


classificação indicativa
"Livre para todos os públicos"


baseado em
"A Viúva Alegre", "Chocolate Com Pimenta", "Cinderela"
(Walcyr Carrasco e Irmãos Grimm)

GÊNERO
Comédia pastelão, Comédia de fim de noite.



"Esta é uma obra coletiva de ficção baseada na livre criação artística e sem compromisso com a realidade. Não se assuste com as fantasias e as coisas surreais encontradas nesse filme."


CENA 01. FAZENDA BOA ESPERANÇA. SALA. INTERIOR. DIA
Atenção Edição: Continuação da última cena do capítulo anterior. Roseli avisa aos proprietários da fazenda que Jezebel foi embora.
ACHEROPITA — Como assim? Então é isso mesmo? Você está falando a verdade? Ela nos deixa na mão, sem mais nem menos? Depois de todas as oportunidades que oferecemos, ainda tem gente que tem mau gosto e sai insatisfeita. E depois vai ficar contando para todo mundo da cidade que eu sou "pão dura", que eu não pago bem. Por isso é importante ter cautela quando se for contratar uma empregada.
AGRÍCOLA — Olha, se eu fosse de maior e tomasse propriedade dessa casa, eu já teria escolhido empregados mais refinados que ela. O que Jezebel é perto de uma empregada qualificada? Nada! Eu só acho que ela deveria voltar. Vou sentir falta de alguém para limpar o chiqueiro.
JACINTA — Ah não, não! Eu não acredito que ela foi embora. Quem vai fazer minhas unhas agora?
ACHEROPITA — Gente, eu tenho uma solução. Essa mulher pode ser a nossa nova empregada. Que tal?
AGRÍCOLA — (debochando) Você tá de brincadeira né? Uma obesa como essa! Eu diria que combina com os porcos. Até mais do que a Jezebel. É pensando bem, ela é útil mesmo.
ROSELI — Peraí... deixa eu ver se eu entendi, vocês estão achando que eu sou a empregada de vocês, é?
ACHEROPITA — Não, não estamos achando querida! Já estamos confirmando! E eu acho que a sua prima Jezebel.../
ROSELI — Prima não. Não temos nenhuma relação de parentesco.
ACHEROPITA — Continuando... Eu acho que ela já deve ter te informado sobre as regras da casa né. Quando um burro fala, o outro abaixa a orelha.
JACINTA — Peraí mãe... o certo não seria: "quando um inteligente fala, o burro abaixa a orelha?"
AGRÍCOLA — Eu também concordo...
Roseli dá gargalhadas ao ver as hipóteses das demais meninas.
ROSELI — Ah meu Deus do céu! Essa é boa, eu nunca vi meninas tão burras nessa vida! Gente não saber um ditado. Tá pior que eu num exame de matemática, ou até mesmo organizando as contas da fábrica.
Agrícola se aproxima de Roseli e puxa a orelha dela, que reclama de dor.
AGRÍCOLA — Tá se achando a diva né, a dona do pedaço. Eu acho melhor parar com isso agora! Senão eu vou continuar apertando mais...
ROSELI — Ai, ai, ai... Tá bom, tá bom chega!
JACINTA — Ô mãe, mas como é que é o ditado mesmo...
ACHEROPITA — (agressiva) Mas que bosta é essa? Que infelicidade! Eu não posso falar mais nada nessa casa. O povo só me interrompe.
ROSELI — Olha eu acho que talvez a senhora não tenha tanta importância assim para suas filhas. Se me permite, devia acabar com essas má influências.
ACHEROPITA — Que más influências?
ROSELI — As más influências abstratas. Ah, vai levar anos e anos para a senhora descobrir! Mas antes da senhora descobrir, eu suponho que leve isso também...
Roseli encara uma mesa com torta e inicia uma guera de bolo, tacando na cara de Acheropita...
ACHEROPITA — Sua mal dita...
ROSELI — Ridícula! Sua vaca! Seu lugar é no chiqueiro.
AGRÍCOLA — Ah não! Com a minha mãe não!
A guerra de bolo começa. Acheropita tenta revidar em Roseli, mas Jacinta acaba levando e tacando em Acheropita. Agrícola leva uma torta na cara. Por fim, as três se tornam rivais. Roseli corre e vai embora. 
ACHEROPITA — Ah minhas filhas, temos que trocar essas roupas já! Essa maldita me paga, me paga!
CORTA PARA:

CENA 02. CIDADE SANTO AUGUSTINHO. INTERIOR. DIA
Na Cidade de Santo Augustinho, Xisto e a comunidade encaram um gato na árvore.
XISTO — Mas que bosta é essa! Que insolente. Como ele subiu nessa árvore?
PINTACILDO — Ninguém sabe, seu Xisto.
XISTO — Esse gato só vive dando trabalho, eu quero saber quem é o proprietário dele.
Em seguida, Cleusdete chega gritando.
CLEUSDETE — (gritando) Esse gato é meu! Pode tirar os olhos do meu gato, agora.
XISTO — Mas eu só estava tentando salvar o gato.
CLEUSDETE — Tentando salvar o gato? Vocês estavam aí parados que eu sei... observando! Aqui nessa cidade quando tem um babado junta todo mundo. E não fazem nada! Tirem os olhos dele já. Ele vai murchar.
XISTO — Murchar? Mas gato não murcha!
CLEUSDETE — Ele vai "muchar" ah eu sei lá... é uma regra do Português de falar quando você não tá falando a verdade.
XISTO — Sentido figurado!
CLEUSDETE — Pois bem, ele vai murchar de tanta inveja de vocês.
BRISA — (grita) Ah que inveja o quê do seu gato! Um bicho desses. Assombração.
CLEUSDETE — Ah, Brisa. Fica quieta aí no seu canto, hoje eu não quero pegar contágio de gente mal humorada. Me deem a escada agora.
Ptacildo arma a escada para Cleusdete.
CLEUSDETE — (a Xisto) Me dê a mão!
Xisto dá a mão a Cleusdete e segura uma escada. Cleusdete conversa com o Gato.
CLEUSDETE — Ô Clarindo, vem cá Clarindo! Vem cá meu lindo, vem para mamãe, vem! Olha eu prometo que quando você pular nos meus braços eu vou fazer aquela biscoito frito juntos assistindo filme.
XISTO — Não seria pipoca?
CLEUSDETE — Calado! (a Clarindo, o gato) Vem cá meu amor, vem precioso!
Num momento, Xisto boceja e sem perceber solta a escada. Cleusdete cai.

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