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A Rainha do Alemão | Capítulo 02



SEGUNDO CAPÍTULO/SENTINDO-SE UM LIXO:

CENA 1/DIA/GRAJAÚ/DELEGACIA:
Guimarães – Dessa vez, ele não escapa da gente
Pedro – Ele não vai escapar sempre Guimarães. Qual o nome desse polícial que vai vim pra reforçar a delegacia do Rio?
Guimarães -  Arthur, Arthur Moraes. Pedreira o delegado de São Paulo, me telefonou avisando da transferência do polícial, diz que é um dos melhores que quase todas as missões que ele está comandando ele sempre consegue prender uma carga enorme de drogas, armas, e até de vagabundos, ele está vindo pro Rio com a esposa Jamile, estão de casamento marcado e iram se casar aqui mesmo. Pedreira me falou que ele nem insistiu pra ficar em São Paulo quando soube que ia vim pra essa sede, diz que o rapaz é compreensivo, e que qualquer ordem que lhe dão é cumprida
Pedro – Ótimo 
Carlos – Então, ele... esse polícial Arthur, vai ajudar a encontrar o nosso menino?
Guimarães – Sim, por isso, que foi bom vocês terem vindo até aqui, eu sei o quanto ta sendo difícil pra vocês dois ter ficado todo esse tempo sem notícias do filho de vocês, mas eu peço a compreenssão de vocês dois para que esperam até esse polícial chegar no Rio, e começar a trabalhar junto com os outros políciais nesta delegacia 
Carlos – Tudo bem pra quem esperou 2 meses, não custa nada esperar mais alguns dias 
Fatima – Espero que esse polícial, esse tal de Arthur, traga o nosso menino de volta delegado 
Guimarães – Ele vai trazer junto com Pedro. Bom então até lá não podermos fazer nada, apenas esperar a chegada do novo polícial
CENA 2/EM SÃO PAULO/APARTAMENTO DE ARTHUR E JAMILE:
Arthur estava ao telefone – Sim Pedreira, está tudo certo sim, a Jamile aceitou ir pro Rio comigo, sim a gente vai pra morar 
Pedreira – To vendo que o Guimarães me roubou o melhor polícial da região 
Arthur – Que isso, você também vai ficar com uns bons ai, o Jorge, o Paulo, o César, vou sentir saudades de todos vocês 
Pedreira – Quem sabe quando essa tal missão que o Guimarães ta planejando com o meu melhor polícial ser finalizada, quem sabe ele não te manda de volta  
Arthur – E eu volto, hein! 
Pedreira – Vamos estar lhe esperando de braços abertos 
Arthur olha pra Jamile que olhava algumas roupas e fala no telefone – Pedreira tenho que desligar agora, mas eu vou ficar ligando mesmo do Rio  
Pedreira – Pode ligar a qualquer hora, menos de madrugada é claro 
Arthur ri – Pode deixar ,valeu por tudo, até logo – e desliga –  Meu amor o que foi? Tô te vendo nesse armário faz mais de uma hora 
Jamile – Eu não posso levar todas as minhas roupas meu amor, eu só to escolhendo as mas bonitas – e mostra um vestido – Que tal eu levar esse?
Arthur – É lindo, mas se quiser pode levar tudo já que a gente vai pra morar no Rio  
Jamile – Meu amor, será que vai ser bom essa nossa ida pro Rio? Largar tudo aqui em São Paulo e viver numa cidade desconhecida que a gente não conhece ninguém?
Arthur – Com o tempo a gente vai se acostumando, e como o Pedreira me falou, quando a tal missão acabar a gente pode até voltar pro Rio 
Jamile – Tomara então que essa tal missão acabe logo, mas vem cá, você não sabe que missão é essa não?
Arthur – Ainda não tenho nenhuma notícia, Pedreira me falou que eu vou ficar sabendo assim que começar a trabalhar na nova sede no Rio 
Jamile – Porque tem que ser você, hein meu amor?
Arthur – Porque eu fui escolhido, e você deveria se orgulhar do seu futuro marido ser um dos melhores da delegacia e ter essa missão de ir até o Rio 
Jamile se aproxima – Mas eu me orgulho sim e muito – e o beija e o olha – Quando que a gente vai começar a planejar o nosso primeiro filho, meu amor?
Arthur – Jamile você sabe o quanto quero ser pai, mas agora não, to no momento da minha carreira que filho agora não ia se encaixar, sabe ?
Jamile se afasta dele – Você sempre coloca a sua carreira na frente de tudo Arthur, a carreira em primeiro lugar, sempre
Arthur – Você como eu sabe o quanto eu batalhei pra ser um polícial, o quanto estudei, o quanto me esforçei pra chegar onde eu to, e agora um filho não ia encaixar, você me entende?
Jamile decepcionada – Claro que eu entendo 
Arthur se aproxima segurando em seu rosto – Eu te amo 
Jamile sorri – Eu também te amo, meu amor 
E os dois se beijam 

CENA 3/RIO DE JANEIRO/MORRO/CASA DE GARDENAL:

Graziela coloca a sua bulsa enquanto Gardenal estava deitado 
Gardenal a olha – Não fica assim minha Rainha 
Graziela – Você me estrupa e quer que eu fique comigo?
Gardenal – Que história é essa de estrupo? Ta maluca é?
Graziela – Você sabe muito bem que eu não gosto e eu não quero transar com você, mas você me obriga
Gardenal – Mas não é estrupo, você apenas tem que obedecer as minhas vontades eu como o dono do morro 
Graziela – Eu e a minha mãe, um dia vamos sair daqui e eu não vou mas precisar obedecer as suas vontades 
Gardenal – Eu já te falei sobre isso, nem a sua mãe e nem muito menos você vão sair desse morro 
Graziela – Você não pode me prender aqui pra sempre
Gardenal – Porque você me rejeita? Você podia ter tudo, tudo o que você sonha 
Graziela – E você acha que o meu sonho é ser dona de um morro, Gardenal? Viver foragida da Polícia? Viver com medo que a qualquer momento posso levar uma bala de alguma 
Invasão polícial. Eu não quero isso pra mim, como também não quero viver aqui nesse morro pra sempre 
Gardenal – Você acha que a Polícia vai chegar até nós? Os meus capangas colocam eles pra correr no início do morro quem dira chegar até aqui 
Graziela – Pode ser, ou pode não ser,  mas o meu sonho não é esse, eu sonho em viver uma vida em paz, ter uma familia um marido e filhos...
Gardenal se aproxima e segura em seu pescoço – Eu sou seu marido, essa é a tua familia feliz, e se quiser um filho só falar que eu paro de usar camisinha 
Graziela – Me larga, Gardenal 
Gardenal a olha e a solta – Quando você vai entender isso, minha Rainha?
Graziela – Para de me chamar de Rainha, porque eu não sou Rainha de nada, manda o seu pessoal parar de me chamar de Rainha, diz pra todo mundo de volta pra lembrar do meu nome Graziela da Silva Motta
Gardenal – Porque você é tão dura comigo? Qualquer garota no seu lugar iria implorar pra ser Rainha, e eu quero que você seja a minha Rainha, e você me rejeita 
Graziela – Posso ir agora, Gardenal?
Gardenal – Pra onde?
Graziela (irônica) – Pra minha casa, agora que eu já satisfiz as vontades do meu Rei 
Gardenal – A noite vai ter um baile e eu quero a sua presença 
Graziela – A Gardenal não
Gardenal – Sim, você pode voltar pra sua casa mas a noite eu te quero aqui, se não aparecer o Pezão e o Piolho vão até a sua casa te buscar 
Graziela o olha e sae da casa e Gardenal se veste.

CENA 4/DO LADO DE FORA DA CASA:

Pezão continuava encostado no muro e vê Graziela saindo da casa e vai até ela – Rainha você...
Graziela o olha – Para de me chamar de Rainha você e todo mundo daqui, eu já to cansada de ouvir esse apelido gentil que o Gardenal colocou em mim 
Pezão – Calma eu so queria saber se você vai vim pro baile logo mais 
Graziela – Sou obrigada a vim eu não tenho escolha, se não venho com as minhas próprias pernas os servos do Gardenal vão até a minha casa e me tragam a força, eu não aguento mais vocês, o Gardenal...
Pezão (preocupado) – Ele te fez alguma coisa?
Graziela – Nada, agora eu preciso ir 
Pezão – Quer que eu te acompanhe até a sua casa?
Graziela – Não sou nenhuma criança pra ser levada até em casa, eu posso ir com as minhas próprias pernas 
Pezão – Não precisa também...
Graziela (interrompe) – Tchau Pezão 
Pezão (triste) – Tchau 
Graziela saiu, Pezão a olhou e logo após caminhou rumo até a casa de Gardenal

CENA 5/CASA DE GARDENAL:

Gardenal – Entra, Pezão
Pezão entra – Senhor 
Gardenal – O que foi agora, Pezão? 
Pezão – Um recado da Iris 
Gardenal – O que ela quer?
Pezão – Ela veio até aqui pra falar com o senhor, mas daí ficou sabendo que o senhor estava com a Graziela 
Gardenal o olha – Como é que é?
Pezão o olha 
Gardenal – Graziela?
Pezão – Desculpa senhor, ela pediu que eu chamasse ela pelo nome 
Gardenal se levanta – Você? Porque você? Aliás você conversou com ela?
Pezão se enrola – Não é bem eu senhor, todo mundo, ela pediu que a chamasse pelo nome a hora que eu fui até a casa dela trazê-la até aqui pro senhor, ela me pediu isso
Gardenal – Ela pode pedir, mas não esqueça que ela tem que ser chamada por Rainha 
Pezão – Tudo bem 
Gardenal – Vai continua, o que tava falando e some daqui 
Pezão – Ela viu o senhor com a rainha aqui dentro e falou que mas tarde ia voltar aqui pra falar com o senhor 
Gardenal – O que ela quer falar comigo?
Pezão – Não sei, ela não me disse, mas disse que voltaria 
Gardenal – O que ela falou quando você disse que a Rainha estava comigo aqui dentro?
Pezão – A o que sempre diz chefe 
Gardenal o olha impaciente – E o que ela sempre diz, Pezão?
Pezão – Que não sabe porque o senhor escolheu justamente ela pra ser a rainha, e não outra
Gardenal – É eu tambem não sei, pode ir 
Pezão – Com Licença – e saiu 

CENA 6/CASA DE GRAZIELA:

Beatriz – Como você esta minha filha?
Graziela – Um Lixo mãe, a senhora sabe o que é ser tratada como um objeto? É isso que o Gardenal me trata, como um objeto 
Beatriz se senta ao seu lado – Filha, será que você não entende que ele te ama 
Graziela se levanta – Que ama nada, isso não é amor mãe, transar com a pessoa que ama a força, sem a vontade da outra? Isso não é amor, não é – desesperada – Eu to me sentindo um lixo 
Beatriz – Ele só faz isso porque você nega 
Graziela – Mãe para de defender o Gardenal 
Beatriz – Você nunca ouviu aquele ditado não filha? Se você não é capaz de vencer o seu inimigo, una-se a ele 
Graziela – Eu nunca vou me unir com o Gardenal, nunca, e você mãe já deveria saber disso 
Beatriz – Várias garotas desse morro são doidas pra serem a protegida do Gardenal, e você é, e ainda reclama? Não joga essa sorte fora 
Graziela – Sorte mãe? A senhora chama isso de sorte?
Beatriz – É sorte sim, você sabe o quanto o Gardenal é perigoso e se ele resolver virar o ódio em nós, a gente estamos ferradas 
Graziela – Quer saber? Eu vou tomar um banho pra ver se eu tiro esse lixo que parece que ta enrolado no meu corpo  
Beatriz se senta, Graziela vai pro seu quarto, pega roupas e toalha, vai até o banheiro tira a sua roupa, liga o chuveiro e começa a se lavar,enquanto se lavava ela lembrava da cena 
do “”estrupo“” e começa a chorar impulsivamente

ABERTURA:

CENA 7/AINDA NO MORRO/CASA DE GORETE E JOSIAS:

Lorenzo lia um livro e Josias se aproxima – O que você ta lendo filho?
Lorenzo não responde 
Josias – Oh filho não precisa ficar com raiva da gente, tudo que eu e a sua mãe fazermos por você é para o seu bem 
Lorenzo – Eu não aguento isso pai, o tiroteio já passou mas mesmo assim eu não posso ir pra rua 
Josias – Eu sei, mas será que você não pode compreender e ficar em casa com nós só hoje? Amanhã mesmo você volta pra sua vida normal, mas hoje fica com nós 
Lorenzo – Eu to aqui, não to?
Josias –  Ta – e o olha – Ta sim – e se levanta indo até a cozinha onde estava Gorete – Ele ta brabo com a gente 
Gorete – Isso depois passa, mas não podemos deixar o Lorenzo, o nosso único filho, botar os pés pra fora dessa casa, hoje pelo menos não 
Josias – E ele não vai 
Gorete – Até quando Josias? Até quando nós vamos viver se escondendo? Viver trancados dentro de casa com medo de sair e levar uma bala perdida, até quando?
Josias – Eu não sei meu amor, onde eu trabalho mal ganho pra sustentar você e o nosso filho, ainda mas hoje que eu faltei o serviço pra ficar em casa com vocês 
Gorete – Será que algum dia a gente ainda vai viver em paz ?
Josias – Claro que vamos 
Gorete – É tudo o que eu mas quero é viver em paz com você, e com o nosso filho 
Josias se aproxima e os dois se abraçam preocupados 

CENA 8/EM ALGUM LUGAR PERTO DALI:

Roque tremendo por causa da falta da pedra, andava pelo morro, e vê, uma senhora era Shelma, que andava com sua bolsa e lembra das palavras de Túlio
“”Túlio - Arruma grana, e você terá o que quer “”
Roque se aproxima da senhora – Minha senhora, eu preciso de um dinheiro pra comer, não comi nada ainda hoje
Shelma (apressada) – Eu não tenho nada 
Roque – Eu preciso 
Shelma – Eu já disse que eu não tenho nada
Roque olha a sua bolsa e puxa, a senhora segurava a bolsa
Shelma – Larga a minha bolsa, seu ladrãozinho 
Roque a empurra, que cae no chão, e sae correndo com a bolsa nos braços 
Shelma (desesperada) – Peguem esse ladrão, peguem, socorroooo....
Roque consegue se esconder, ele revira a bolsa da senhora jogando tudo ao chão, e pega a sua carteira, onde só tinha uma nota de 50 reais,ele bota no seu bolso e sae dali, deixando a bolsa com tudo dentro, ali no chão jogada. 
                                                                       
CENA 9/BAIRRO DA PENA/OFICINA DE APARECIDO:

Jeremias estava embaixo de um carro e Aparecido chega – É to vendo que o tiroteio lá de cima já acabou 
Jeremias sae debaixo do carro – Olha, eu não sei como aquele pessoal consegue morar naquele lugar quase todo dia é isso
Aparecido – É tudo gente que não tem condições, que não conseguem se mudar do Morro 
Jeremias – Se fosse eu, preferia dormir debaixo da ponte do que ficar morando naquele lugar 
Aparecido – Também não exagera, Jeremias 
Jeremias – Parece que o Gardenal tá de Aniversário hoje, ai eles estavam comemorando 
Aparecido – Nós comemora com festa, eles comemoram com balas pro alto,cada doido nesse mundo viu, vou te contar 
Jeremias – São bandidos, bandidos comemoram assim 
Aparecido – Engraçado que esse Gardenal ai já esta comandando o complexo do Alemão a quase um ano, e até agora, nenhum Polícial conseguiu chegar até ele e tirar ele de lá
Jeremias – Fiquei sabendo que o cara é o capeta em pessoa, o bicho é ruim
Aparecido – Pode apostar que tem bandido por ai muito pior que ele 
Jeremias – Eu não sei, e muito menos quero saber como esse tal de Gardenal é, so pelo nome Gardenal, parece bicho 
Aparecido – É apelido, somente apelido, ele não deve ser tão ruim assim, e nem tão sortudo, um dia a casa dele vai cair assim como de todo bandido, pode demorar mas um dia ele também vai cair!

CENA 10/GRAJÁU/DELEGACIA:

Guimarães estava em sua sala e Pedro entra – Com Licença senhor, delegado 
Guimarães – Fala Tenente, Pedro 
Pedro – Posso sentar?
Guimarães – Claro, não precisa nem pedir 
Pedro entra, fecha a porta e se senta – Sabe eu tava aqui pensando, o senhor acha mesmo que esse tal de Arthur vai conseguir o que todo policial até hoje não conseguiu? Invadir o morro, e chegar até no Gardenal?
Guimarães – Não sei Pedro, mas o Gardenal ele vai ter que cair, ele não pode ficar livre se achando mas esperto que nós da polícia, recebi uma informação que hoje é o aniversário dele, e parece que ele mandou atirar bala pra cima por mas de 30 minutos 
Pedro – Sério?
Guimarães – Você sabe o que isso significa? Que podia muito bem ter atingido algum inocente 
Pedro – Claro, senhor 
Guimarães – Por isso que eu te falei Pedro, o Arthur vai comandar essa missão de invadir o morro do seu lado, e lembrando o que eu falei agora pouco, se não conseguir trazer o 
Gardenal preso, mete bala pra matar, porque esse indivíduo não pode mas ficar livre 
Pedro – Sim, senhor 
Guimarães – A festinha dele vai acabar Pedro, cedo ou tarde o reinado que ele acha que comanda, vai desabar!

CENA 11/MORRO/FORA DA CASA DE GARDENAL:

Gardenal estava do lado de fora, falando com os capangas – Essa Noite é pra ficar marcada na história desse morro, a comemoração do aniversário do dono disso aqui tudo, nada pode
dar errado, vocês me entenderam?
Piolho – Sim, senhor 
Pezão – Claro, senhor 
Gardenal olha pra Antoniel – E você, Antoniel?
Antoniel – Tudo vai acontecer perfeitamente, Chefe 
Gardenal – Otimo. Pezão e Piolho se a Rainha não aparecer assim que a festa começar vocês sabem o que tem que fazer, nao é?
Pezão – Eu posso ir buscar ela sozinha, senhor 
Gardenal – Os dois Pezão, os dois vão buscar a Rainha na casa dela 
Iris se aproxima – Gardenal, até que enfim que ela te deixou sozinho 
Gardenal – O que você quer comigo, Iris?
Iris – Será que a gente pode ir até a sua casa?
Gardenal – Vamos 
Gardenal sae e Iris vai atrás e Piolho olha pra Pezão – Então quer pegar a Rainha sozinho?
Pezao – Não enche o saco Piolho, eu já te avisei 
Piolho – Olha não sei como que o chefe ainda não meteu bala no meio da sua testa, porque ele não é burro, e nem otário, ele sabe que você gosta da Rainha 
Pezao – Porque você não vai dar um jeito no Túlio, e me deixa em paz 
Piolho – Túlio? Porque o túlio?
Pezao – O teu amiguinho ta vendendo droga no morro de volta não ta sabendo, não?
Piolho (supreende) – Que história é essa Pezão?
Pezao – Agora você tem mas o que fazer do que ficar enchendo o meu saco, vai procurar o seu amigo, vai! 

CENA 12/NO BECO DE TÚLIO:

Roque vai até Tulio – Tulio eu preciso de pedra 
Tulio – Cadê o dinheiro?
Roque mostra a nota de 50 reais – Aqui 
Tulio – Ótimo – e pega o dinheiro e lhê da a pedra
Roque o olha com a pedra na mão 
Tulio – Pode ir 
Roque – E o meu troco?
Tulio – Que troco?
Roque – Eu te dei 50 reais, e você me disse que estava custando 30, eu quero o meu troco 
Tulio – Aumentou de volta 
Roque – 50 Reais?
Tulio – Não quer? Eu te devolvo – disse pegando a pedra da sua mão 
Roque – Não, não, deixa eu fico com a pedra 
Tulio lhê entrega – Muito bem, agora vaza daqui, vai 
Roque com a pedra na mão se afasta de Tulio 

CENA 13/NA CASA DE GARDENAL:

Gardenal – Então já estamos aqui o que você quer Iris?
Iris se aproxima beijando o pescoço de Gardenal – Eu quero você!
Gardenal a segura e se afasta – Já estou satisfeito 
Iris – A Rainha já te satisfez? Eu dúvido que foi do jeitinho que você gosta!
Gardenal – O Pezão já me falou que você viu ela aqui, se sabe que é ela, porque pergunta?
Iris – Gardenal, porque ela?
Gardenal – Porque eu escolhi 
Iris – Tinha que ter escolhido alguém que queira ser Rainha do seu lado, e você sabe muito bem que ela não quer 
Gardenal – Você queria ser a escolhida?
Iris – Porque não? Eu sempre estou do seu lado, você me chama e eu venho, você me pede ordens e eu cumpro, eu sou sua aliada Gardenal 
Gardenal – É você é, mas Rainha eu quero ela, e não você 
Iris – Porque?
Gardenal – Eu já disse o porque
Iris – Não vai me dizer que você ama ela?
Gardenal – E porque não?
Iris – Você não pode amar Gardenal 
Gardenal – Aé? E porque não?
Iris – Porque ela é chave de cadeia 
Gardenal – Chave de cadeia? Que historia é essa, Iris?
Iris – Ela não quer, ela não te obedece, ela pode muito bem algum dia se juntar com a polícia pra armar alguma arapuca pra você ser preso 
Gardenal (se enfurece) – Endoidou foi? Ela nunca ia fazer isso comigo!
Iris – Ela vai ser a sua perdição escuta só o que eu to te falando
Gardenal (irritado) – Pode ir 
Iris – Eu quero conversar com você, Gardenal 
Gardenal – Mas eu não quero conversar, vai embora agora 
Iris – Eu posso vim pro baile?
Gardenal – A vontade, se for pra se divertir é claro, se for pra arrumar confusão com a minha Rainha porque ela também vai vim, não precisa nem se dar ao trabalho de aparecer
Iris – Não esquece o que eu te falei, fica de olho bem aberto nela 
Gardenal a olha e Iris sae da casa

CENA 14/DO LADO DE FORA:

Iris observa Pezão e vai até ele 
Pezão – E ai, já jogou o seu veneno pro Chefe?
Iris – Pezão, Pezão vocês homens são tudo iguais mesmo né? Tanto você, como o Gardenal estão cegos pela Graziela....
Pezao – Rainha Iris, Rainha 
Iris – Graziela,eu só chamo ela de Rainha na frente do Gardenal, agora atrás dele não 
Pezao – Você vai vim pro Baile hoje?
Iris – Vou, é claro 
Pezao – O Chefe vai com a Rainha 
Iris – Eu sei 
Pezao – Voce vai vim sozinha?
Iris – Acho que sim 
Pezao – Se quiser de companhia, so falar comigo 
Iris o olha – Você não se enxerga não, Pezão? Você acha que eu vou vim pro Baile com você?
Pezão – Ih qual foi, hein?
Iris - Eu só tenho olhos pro Gardenal, agora pra Capanga dele pra mim é como se fosse Mulher 
Pezão – Eu não sou mulher não
Iris – Pra mim é, você vive defendendo aquela piranha porque não pede a companhia dela?
Pezão – Porque ela já vai ter companhia, e não a chama assim
Iris – So porque vai estar com o Gardenal?  Porque se fosse outro cara você ia fazer de tudo pra tê-la só pra você
Pezão – Não fala besteira 
Iris – Me ajuda Pezão, me ajuda a afastar a sua amada do Gardenal 
Pezão a olha – Não tem como fazer isso, quero dizer, esquece isso, se o chefe quer ela como Rainha, ela vai ser a Rainha 
Iris – Bobalhão, vai deixar a amada pro chefe? Que homem frouxo que você é hein, Pezão? 
Pezão a olha e Iris sae, deixando ele pensativo 

CENA 15/PERTO DO BECO DE TÚLIO:

Piolho desce o morro com a arma na mão, e vai até um cara – Você viu o Tulio por ai?
O cara aponta, e Piolho sae a procura de Tulio ate ver ele e se aproxima – Tulio?
Tulio – E ai Piolho, como vai? – disse cumprimentando com um aperto de mão 
Piolho – To bem e você Tulio, como ta?
Tulio – To bem, também 
Piolho – Eu fiquei sabendo de umas histórinhas ai, e vim te procurar para esclarecer as coisas
Tulio – Ih, to vendo que acreditou na fofoca dessa gente né? 
Piolho – Você voltou a vender droga, Tulio?
Tulio – Claro que não cara, esse povo inventa demais 
Piolho – Olha eu já defendi a sua cabeça pro Gardenal uma vez, mas eu não vou repetir isso Tulio, eu te considero como se fosse um irmão que eu não tive, e se você estiver vendendo
essa porcaria de novo aqui dentro, eu largo de mão, e eu mesmo falo pro Gardenal cortar a sua cabeça fora, você me ouviu?
Tulio o olha - Relaxa cara que eu não to mas metido com essa porcaria 
Piolho – Acho bom mesmo, bom vou voltar lá pra cima que eu tenho que cuidar da segurança do Gardenal 
Tulio – Vai lá vai 
Piolho sae e Tulio engole em seco 

CENA 16/CASA DE SUZANA E ANTONIEL:

Antoniel bate na porta, e Suzana grita – Quem é?
Antoniel – Sou eu meu amor, Antoniel 
Suzana abre – Graças a deus 
Antoniel entra, e Suzana fecha a porta 
Antoniel a olha – Porque você ta preocupada?
Suzana – Por causa de você Antoniel, eu fiquei aqui rezando pra você voltar vivo pra casa
Antoniel – Não teve nenhuma invasão ao morro meu amor, foi apenas uma comemoração pro aniversário de Gardenal 
Suzana – Eu sei, eu sei que hoje é o aniversário daquele homem, eu sei 
Antoniel – Não fala assim 
Suzana – Antoniel, eu não vou mais aguentar, eu vou ir embora daqui 
Antoniel – Você não pode me deixar 
Suzana – Eu vou Antoniel, isso não é vida que eu pedi a Deus, eu quero viver em paz, e não viver todo dia preocupada sem saber se você vai voltar vivo ou morto pra casa 
Antoniel – Eu não posso abandonar o Gardenal 
Suzana – E porque não?
Antoniel – Porque ele é meu amigo 
Suzana (se exalta) – Ele é um bandido! 
Antoniel – Fala baixo, se alguém ouve você falando assim do Gardenal, e ele ficar sabendo, nem quero pensar no que ele seria capaz de fazer com você 
Suzana – Antoniel chega, eu tomei uma séria decisão sobre a minha vida
Antoniel – Do que você esta falando, Suzana?
Suzana -  Você vai ter que escolher Antoniel, ou você continua casado comigo fora desse morro, ou você continua nesse morro sozinho, qual você escolhe?
Antoniel se supreende com a decisão de Suzana

                                                                                                                                                                                                                  CONTINUA...



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